CICS/A - Parte ou Capítulo de um Livro / Part of Book or Chapter of Book
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Recent Submissions
- The functionality profile of children with autistic spectrum disorders (ASD) in the Azores : communication, learning and autonomyPublication . Botelho, Tânia; Matos, Ana; Mota, Pilar; Romão, Bárbara; Caldeira, Suzana Nunes; Rego, Isabel Estrela; Silva, Osvaldo Dias Lopes da; Sousa, ÁureaAutism is a disorder of the neuro-development characterized by persistent difficulties in communication, cognitive processes, social interaction and also by restrict interests and repetitive and stereotyped behaviours. Regarding to the vision of Universal Design for Learning (UDL), the educational approach should enhance not only the academic acquisitions but also the prognosis of the evolution of the clinical condition and of the functionality of children with Autistic Spectrum Disorders (ASD). Thus, it was considered important to know the perspective of educators/teachers and parents/guardian for the 121 children with ASD who participated in this study. The children aged 3-11 years old, live in the Azores (ARA) and are enrolled in kindergarten and in primary schools. Data were collected with a questionnaire (educators/teachers) and in an interview (parents/caretakers). Results suggest that there are different perspectives between the two groups, with educators/caretakers viewing the functionality profile of these children as being more aggravated. These differences are statistically significant, especially in terms of the functionalities assessed by the items of communication and learning. The analysis of these different perspectives evidences the importance of the communication between the educational providers regarding the work developes by them.
- Porque odiamos? A exclusão do «Outro» em tempos de crisePublication . Medeiros, Pilar DamiãoNeste artigo, intitulado Porque odiamos? A exclusão do “Outro” em tempos de crise, pretendemos analisar até que ponto as intensas hostilidades e aversões tendem a acentuar numa sociedade agora global, não obstante profundamente marcada por uma variedade de tensões étnicas, culturais e religiosas. O ressurgi¬mento da retórica de direita e dos nacionalismos desencadeados por uma cultura do medo, a crescente xenofobia instigada pelo ódio ao “Outro” e a quase ininterrupta presença do terrorismo não só violam os mais básicos Direitos Humanos, como nos fazem recordar o indizível horror, crueldade e barbárie humana praticada ao longo do século XX, que ainda permeia a nossa memória coletiva – as duas Grandes Guerras, o Holocausto, o massacre dos Arménios pelos Turcos, os Gulags, o massacre de Nanking, o conflito no Vietnam, o genocídio de Ruanda, a Guerra nos Balcãs, entre outros. […].
- Envolvimento dos estudantes no Ensino Superior e perfis de autodescriçãoPublication . Caldeira, Suzana Nunes; Silva, Osvaldo Dias Lopes da; Sousa, Áurea; Mendes, Maria; Martins, Maria José D.Enquadramento Conceptual: Existem ainda poucos estudos sobre o envolvimento no Ensino Superior, mas os resultados obtidos até ao momento indicam que esta variável tem um comportamento semelhante ao apresentado no ensino não superior. Isto é, o envolvimento dos estudantes é preditor do sucesso e da permanência no sistema de ensino, podendo, no entanto, ser afetado por variáveis pessoais e contextuais. Objetivos: Aferir a relação entre o envolvimento dos estudantes do Ensino Superior e algumas variáveis pessoais, académicas e familiares. Metodologia: Participaram no estudo 784 estudantes do Ensino Superior. O instrumento utilizado, além de questões Auto descritivas e sociodemográficos, continha a "Escala Quadridimensional de Envolvimento dos Alunos na Escola (EAE-E4D), de Veiga (2013) revista por Silva, Ribas e Veiga (2016), a qual é constituída por 20 itens distribuídos por quatro dimensões (Cognitiva, Afetiva, Comportamental e Agenciativa). Os dados recolhidos foram analisados utilizando diversos métodos estatísticos, de onde se destacam o método das K-médias, no âmbito da Análise Classificatória, e a Análise de Correspondências Múltiplas (ACm). Resultados: A aplicação do método das k-médias, considerando uma partição dos estudantes da amostra em três classes (clusters), com vista à maximização das diferenças entre as pontuações obtidas na EAE-4D, permitiu a identificação de três perfis de estudantes (os menos envolvidos, os moderadamente envolvidos e os mais envolvidos). O mapa percetual resultante da ACM fez sobressair estes três perfis, permitindo a rápida visualização das principais associações entre as categorias das variáveis em análise. Conclusão: O grupo de estudantes com um maior envolvimento, isto é, com pontuações mais altas na escala global e nas suas dimensões, carateriza-se, essencialmente, por se descreverem como mais pontuais, assíduos, empenhados e não distraídos, e cujo curso frequentado foi escolhido atendendo principalmente aos seus interesses e aptidões, comparativamente aos restantes grupos de estudantes. Os perfis identificados poderão ser úteis a nível da adoção de estratégias de ensino e aprendizagem suscetíveis de mobilizar os estudantes menos envolvidos.
- Não ser como os outros : Resistência à imposição identitária num contexto difícilPublication . Diogo, FernandoEste trabalho incide na análise do processo de construção identitária, sublinhando-se a margem de manobra dos indivíduos. Optámos pela análise dos beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido (RMG), dado tratar-se de uma categoria social envolvida num contexto de grande imposição identitária a partir da escassez de recursos com origem numa situação de pobreza material, de escassez de recursos escolares e de uma dupla estigmatização simbólica. Esta última deriva, quer da condição de pobre, quer da condição de beneficiário desta medida. À partida, lidamos com uma categoria social extremamente vulnerável a processos de categorização negativa por parte dos outros e com uma baixa margem de manobra, entendida como a capacidade de os indivíduos resistirem à definição de si a partir dos outros, desenvolvendo estratégias de ação que podem ser contraditórias com as estratégias esperadas pelos outros a partir da categorização que fazem (Diogo, 2003). Pretendemos, contudo, demonstrar que os processos de imposição identitária têm limites e a adesão a uma identidade negativa (Pinto, 1991) não é um processo automático e inevitável. Assim, mesmo nas situações mais extremas, como a que analisamos, existe um trabalho de construção identitária por parte dos indivíduos que, de diversas maneiras, procura conciliar o que cada um percebe dos outros em relação a si (identidade para os outros) com o que percebe sobre si próprio (identidade para si), através da utilização de estratégias.
- Desigualdades de género e pobreza nos AçoresPublication . Diogo, Fernando; Rocha, GilbertaOs Açores são um território e uma sociedade onde as desigualdades de género assumem algumas peculiaridades no contexto nacional, de que a violência doméstica é um exemplo (Rocha et al., 2010). Existem, aliás, diversas questões sociais em que apresentam um ritmo próprio e algo distinto do conjunto do País. Por exemplo, na atividade feminina, na escolaridade e na escolarização dos estudantes, como também na dinâmica demográfica (A. Diogo, 2008; Palos, 2002; Rocha, 1991, 2015; Rocha et al.,2010, 2012, 2016). Essas diferenças também são visíveis na problemática da Pobreza, quer no peso dos beneficiários do RSI na população residente, quer na própria taxa de risco de pobreza, como a seguir se verá. As desigualdades de género são uma temática estruturante da análise sociológica, tanto no passado, como no presente, neste caso em aspetos que estão intimamente relacionados com as transformações profundas do papel da mulher na modernidade, e que apontam para a sua maior vulnerabilidade social (Silva, 2016), designadamente no mundo laboral. A entrada da mulher no mercado de trabalho fez-se mais tardiamente nos Açores, pois em 1981, enquanto que as mulheres empregadas representavam na média nacional, 29% do total, nos Açores o valor era de apenas 11,8%. A maior participação feminina observada nos anos posteriores fez diminuir as diferenças entre os Açores e o País no seu conjunto, mantendo, todavia, a Região valores ligeiramente inferiores. Considerando a Taxa Bruta de Atividade em 2011, estes são de 40,1% e 43,9%, respetivamente (Rocha et al., 2016: 273). Além disso, há cerca de 20 anos, com consequências no tempo presente, verificava-se que “as mulheres evidenciam uma saída da vida activa mais precoce do que os homens, pois o volume de mulheres que permanece em atividade começa a reduzir-se após os 35 anos, ficando o sustento da família a cargo do marido.” (Rocha et al., 1999: 85).
- Praxe académica e trote estudantil : manifestação de cultura académica ou de decadência civilizacional em dois países lusófonosPublication . Martins, Maria José D.; Caldeira, Suzana Nunes; Silva, Osvaldo; Mendes, Maria; Sousa, ÁureaEste artigo apresenta uma investigação empírica com estudantes de licenciatura de duas instituições de ensino superior portuguesas de reduzida dimensão e visa conhecer melhor o fenómeno da praxe académica através de dois estudos qualitativos. Pretende-se ainda problematizar a natureza destas práticas, enquanto manifestações de cultura académica ou de decadência civilizacional, em dois países lusófonos [Portugal e Brasil], pois apesar da diferente designação usada nos dois países para o fenómeno - praxe académica e trote estudantil, respetivamente, esses termos referem-se a práticas similares e têm uma origem comum. No final ensaiam-se algumas explicações para o fenómeno a partir de modelos da psicologia social e propõem-se medidas para prevenir a praxe abusiva.
- Jovens açorianos e a recente crise económica: (e)migrar é solução?Publication . Rocha, Gilberta Pavão Nunes; Mendes, DerrickDesde os finais do século XIX que a emigração açoriana teve como principal destino o continente norte-americano: os EUA e a partir dos anos 50 do século XX também o Canadá. Foi uma emigração não qualificada, como acontecia com a generalidade da população então residente no arquipélago, que serviu os interesses destes países no seu processo de desenvolvimento industrial e conduziu a uma diminuição e envelhecimento prematuro da população das ilhas açorianas, de forma mais acentuada nos anos 60 e 70 da centúria passada. As enormes transformações ocorridas não só nos países de destino, mas também na região de origem, fizeram com que se assistisse a uma quebra bastante acentuada dos fluxos emigratórios dos Açores a partir dos anos 80 do século passado, que contribuiu decisivamente para uma nova configuração demográfica das comunidades açorianas. A crise económica e social em que Portugal viveu de forma mais acentuada desde o ano de 2011, fez recrudescer de forma muito significativa a globalidade da emigração portuguesa, aliando aos destinos tradicionais (a Europa) novos países com destaque para dois países lusófonos: Brasil e Angola. Neste contexto, pretende-se perceber se os açorianos, em especial os mais jovens e qualificados, encaram a emigração como um futuro previsível e se os destinos tradicionais no continente norte-americano continuam a ser preferenciais ou se, tal como acontece no conjunto de Portugal, os países da UE e os países de língua e expressão portuguesa são hoje encarados com maior viabilidade na decisão de partida, dando assim uma nova configuração à diáspora açoriana.
- Desemprego e inatividade juvenilPublication . Palos, Ana Cristina Pires; Diogo, Fernando; Silva, OsvaldoUm dos impactos estruturais mais profundos resultantes da crise económica atual é o desemprego, em geral, e o juvenil, em particular. As dificuldades de inserção dos jovens no mercado de trabalho são de tal forma significativas, em especial a partir de 2008, que poderemos estar a assistir a uma alteração do perfil-tipo dos desempregados de longa duração que, nos anos 80 do século XX, apontava para desempregados mais idosos e pouco escolarizados. No presente capítulo pretendemos identificar, nas trajetórias profissionais dos jovens, os períodos de desemprego e a sua duração, bem como caraterizar as redes de suporte com que podem contar nas situações em que se encontram privados de trabalho. A análise das trajetórias de inserção profissional destes jovens permite perceber que o desemprego é um fenómeno massivo e cumulativo nas experiências laborais dos jovens. Num contexto de crise dos sistemas de proteção social percebe-se o papel insubstituível das solidariedades familiares no apoio às situações de desemprego. A analise tipológica permite ainda perceber que a condição dos jovens desempregados é diferenciada em função da idade, género e percursos escolares e formativos.
- Percursos profissionais dos jovensPublication . Palos, Ana Cristina Pires; Silva, Osvaldo; Diogo, FernandoAs complexas transformações que, ao longo das últimas décadas, têm atravessado os mercados de emprego produziram importantes impactos nas relações da juventude com o trabalho. Nas sociedades atuais, e particularmente no contexto europeu, esta relação parece balizada pela incerteza e pela reversibilidade dos processos de inserção profissional e de autonomização e emancipação familiar. Neste capítulo procedemos à reconstrução das trajetórias de emprego de jovens açorianos, entre os 15 e os 34 anos, que se encontram em diferentes momentos das suas trajetórias profissionais. Como se caraterizam estas trajetórias e os percursos profissionais destes jovens? Os dados analisados comprovam que a relação da juventude açoriana com o mundo do trabalho é muito diferenciada e, em linha com os resultados de outras investigações, salienta-se que o cenário de precariedade laboral parece não ter o mesmo impacto no universo juvenil estudado, transparecendo aqui como principais princípios de desigualdade a escolaridade e o género.
- Jovens e emprego : tipologia de inserções profissionaisPublication . Palos, Ana Cristina; Diogo, Fernando; Silva, OsvaldoAs transformações económicas das últimas décadas têm produzido fortes impactos na situação social dos jovens. Neste capítulo caraterizamos os percursos profissionais de jovens açorianos (n=432) procurando aferir o grau de precariedade presente nesses percursos mediante a caraterização das condições em que os jovens exercem as suas atividades profissionais, designadamente, vínculos contratuais, oportunidades de promoção profissional, rendimento auferido e horário de trabalho. Mediante o cruzamento destas variáveis com as caraterísticas sociográficas dos inquiridos, apresentamos uma tipologia das inserções profissionais que enunciam diferentes configurações da precariedade laboral. As clivagens que o género, a idade e as qualificações académicas introduzem nestes processos comprovam a diversidade inerente à condição juvenil. Os mais novos e as raparigas estão sobrerepresentados nas formas mais precárias de vinculação laboral e os menos qualificados figuram, em maior número, entre os jovens que auferem rendimentos mais baixos.