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- Não deve dar a palavra aos amigos... assim não é justo! Representações das crianças sobre o gestor da palavra na comunidade de investigação filosóficaPublication . Santos, Ana Isabel; Costa Carvalho, MagdaO presente artigo tem como objetivo a apresentação e discussão das representações das crianças acerca do papel do Gestor da Palavra (GP). Trata-se de um recurso concebido e desenvolvido no âmbito de sessões de Filosofia para Crianças, de acordo com a metodologia da comunidade de investigação filosófica (community of philosophical inquiry) de Matthew Lipman (2003) e de Ann Margaret Sharp (1987). Designamos como “Gestor da Palavra” o membro da comunidade de investigação responsável por escolher, durante o diálogo, quem fala e quando fala. Surge como uma estratégia para envolver ativamente as crianças nos procedimentos da sessão e a sua importância estende-se até às dimensões pedagógica e filosófica da comunidade de investigação. Adotou-se como metodologia o estudo de um caso exploratório, recorrendo-se a um questionário para realizar o levantamento das formas de pensar das crianças. Da análise de conteúdo do questionário, emergiram três subcategorias na definição daquilo que o GP deve e não deve fazer: cognitiva, ética e social. Destas, é a dimensão ética aquela que revela maior incidência de respostas, com implicações para dimensões fundamentais da Filosofia para Crianças como sejam a promoção do caring thinking (LIPMAN, 2003) e a conceção de autoridade na comunidade de investigação. Assim, o artigo divide-se em cinco secções: a Filosofia para Crianças como área científica e como programa curricular, com incidência no conceito de “comunidade de investigação filosófica”; o GP no âmbito da comunidade de investigação; a metodologia do estudo; a apresentação dos resultados e a sua discussão.
- Matemática Recreativa : Pontos e QuadradosPublication . Teixeira, Ricardo Emanuel CunhaO Pontos e Quadrados é um jogo tradicional de origem desconhecida. Joga-se em muitas partes do mundo, onde assume diferentes designações. É provável que o leitor já tenha jogado o Pontos e Quadrados no decorrer da sua infância, mesmo que o conheça por outro nome. (...) A dinâmica deste jogo centra-se, portanto, na regra “sempre que um jogador completar um quadrado deve jogar outra vez”. A ideia é a de criar situações onde possamos fechar vários quadrados de uma só vez. Simultaneamente, devemos evitar que o adversário consiga concretizar este tipo de estratégia. (...) Engane-se o leitor que pense que este é um simples jogo para passar o tempo. Na verdade, o Pontos e Quadrados é um jogo muito interessante, sendo mesmo alvo de estudo por parte de amantes da matemática e da teoria da computação. (...)
- Cidades educadoras e gestão cultural : um estudo de caso no município da Lagoa-AçoresPublication . Viveiros, Teresa Sofia de Melo; Tomás, Licínio Manuel VicenteÉ a partir do relatório Aprender a Ser, coordenado por Edgar Faure (1972) e publicado pela UNESCO, que surge o conceito de Cidade Educadora. Numa visão prospetiva da educação, Faure vem chamar a atenção para o capital educativo da cidade, fazendo a interligação entre educação-território. Em 1990, em Barcelona, decorre o I Congresso das Cidades Educadoras e é então que, partindo dos pressupostos de Faure, é redigida a Carta das Cidades Educadoras, com vinte princípios norteadores e subscrita, então, por 139 cidades. Numa cidade educadora, conceitos e linhas de atuação que vão ao encontro da educação permanente, de uma educação cultural e extensível a diversos equipamentos, de um projeto cultural e formativo da cidade, são aspetos fundamentais. Conscientes da importância de uma cidade assumir-se como uma escola a céu aberto para todos os cidadãos, da importância da identidade local e de uma gestão cultural e pedagógica municipal, este trabalho dedicou-se a estudar, numa primeira fase, o trinómio cidade-educação-cultura, de uma forma individual e interligada, centrando-se, à posteriori, nas cidades educadoras e nas suas políticas educativas e culturais. Esta componente teórica serviu de base para o estudo do Município da Lagoa (Açores), objeto de estudo desta dissertação. Neste estudo urgiu não só a necessidade de se efetuar uma investigação documental sobre o concelho (caraterização, enquadramento histórico, levantamento de potenciais recursos culturais e educativos, políticas municipais), como também se sentiu a necessidade de realizar um estudo quantitativo, através de um questionário estruturado que abrangeu 552 sujeitos, 62% a residir no concelho da Lagoa.
- Estudo sobre a inteligência emocional no desporto : avaliação da influência da prática desportiva no desenvolvimento da inteligência emocionalPublication . Rodrigues, Joana Patrícia dos Santos; Carvalho, Célia Maria de Oliveira Barreto Coimbra; Condessa, IsabelO estudo da Inteligência Emocional (IE) em contexto desportivo é uma área relativamente recente e pouco estudada, mas que tem vindo a estabelecer uma relação positiva com dois sentidos, a prática desportiva parece incrementar a IE e a IE melhora a performance desportiva. Desta forma, a avaliação entre o desporto e a IE torna-se pertinente, sendo que, não só contribui para perceber como a IE pode melhorar a performance desportiva, como o contexto desportivo se pode estabelecer como um meio educativo das emoções. As investigações realizadas até agora nesta área, beneficiam o estudo da IE como fator preditor de uma melhor performance, negligenciando o papel que a prática desportiva pode ter como promotora da IE. Este estudo pretende ser um primeiro passo para colmatar esta lacuna ao nível da investigação nesta área, pretendendo abrir caminho para um melhor conhecimento da relação entre prática desportiva e IE. Para isto, revelou-se importante estabelecer o modelo teórico e os instrumentos de medida da IE a utilizar, uma vez que, até agora, este assunto não reuniu consenso entre os investigadores. Assim, adotou-se o modelo conceptual de IE de Mayer e Salovey (1997), tendo sido escolhidos os instrumentos de medida de habilidades emocionais (STEU-B e STEM-B). No entanto, como a maioria das investigações na área utiliza instrumentos de avaliação da IE de autorrelato, achou-se pertinente incluir também um instrumento de medida deste tipo no presente trabalho (TEIQue-SF). O presente estudo utilizou uma amostra total de 180 indivíduos, habitantes da ilha de São Miguel, a qual se encontra dividida em duas amostras mais pequenas: uma com 122 indivíduos, divididos em dois grupos (atletas e não atletas); e outra com 163 indivíduos, divididos em quatro grupos (não atletas, atletas de artes marciais, atletas de desportos individuais e atletas de desportos coletivos). Os resultados obtidos através dos instrumentos de medida da IE administrados aos participantes do estudo, revelaram não existirem diferenças estatisticamente significativas entre os atletas e não atletas, e entre os diferentes grupos de atletas, ao contrário do que vem sido defendido pelos estudos nesta área. Estes resultados também evidenciaram que as principais variáveis com valor preditivo da IE, medida pelos instrumentos de autorrelato, são os traços da personalidade e os sintomas de ansiedade, depressão e stress, enquanto, os instrumentos de habilidades não apresentaram variáveis com valor preditivo forte, de entre as variáveis presentes no estudo. Estes resultados podem apontar para a existência de diferenças ao nível da IE entre atletas profissionais e de elite e, atletas amadores e, levantar a questão, se não será a psicoeducação sobre as emoções associada à prática desportiva que promove a IE. O facto de os resultados do presente estudo não se encontrarem em consonância com a literatura nem serem concordantes entre os diferentes tipos de instrumentos de avaliação da IE utilizados, atestam a necessidade de mais investigações nesta área, que permitam compreender a relação entre a prática desportiva e a IE.
- A Matemática no quotidiano : promover a descoberta da matemática, partindo das experiências do dia a dia das crianças, no contexto da educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Garcia, Melissa Vanessa Santos; Cascalho, José Manuel; Teixeira, Ricardo Emanuel CunhaCom o presente relatório pretendemos analisar e fundamentar as práticas que foram desenvolvidas em contexto de estágio, no âmbito das unidades curriculares de Estágio Pedagógico I e Estágio Pedagógico II, do plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, da responsabilidade do Departamento de Educação, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade dos Açores. Optámos pelo tema “A Matemática no Quotidiano: Promover a descoberta da Matemática, partindo das experiências do dia a dia das crianças, no contexto da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico”, investigando sobre o modo como a Matemática pode ser trabalhada a partir das vivências do quotidiano das crianças. Ao longo dos dois estágios, procurámos explorar diferentes conexões matemáticas, entre a Matemática e as outras áreas/domínios do currículo e entre a Matemática e a vida do dia a dia. Neste relatório, apresentamos em primeiro lugar uma breve fundamentação teórica, onde focamos a formação dos profissionais de educação e o ensino da Matemática, apontando para boas práticas que devem ser adotadas pelos educadores/professores. Abordamos também as potencialidades de explorar a Matemática no quotidiano e algumas questões ligadas ao desenvolvimento da autonomia e da cooperação, bem como aspetos relevantes do método de Singapura. Em seguida, apresentamos os procedimentos metodológicos adotados para a execução deste trabalho e a caraterização dos ambientes educativos onde decorreram os dois estágios. Segue-se a descrição e reflexão de algumas atividades que foram concretizadas nos dois estágios, relacionadas com a Matemática e o quotidiano. Conclui-se este relatório com umas breves considerações finais. Uma vez que as atividades realizadas tiveram em conta o quotidiano das crianças como, por exemplo, fazer um bolo, medir o comprimento de objetos, ver as horas, identificar sequências e padrões e, ainda, fazer pesagens, notámos que houve um aumento significativo do interesse e da participação, principalmente, das crianças com mais dificuldades de aprendizagem. Este tipo de atividades fez com que as crianças percebessem que a Matemática está mais presente nas suas vidas do que imaginavam e que pode ser trabalhada de uma forma lúdica e apelativa. No decorrer dos estágios, registou-se igualmente um aumento da autonomia e da cooperação, na sequência da implementação de algumas rotinas, bem como da implementação de atividades maioritariamente em pequeno grupo.
- Currículo e valores veiculados na Educação de Infância e no 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Teixeira, Paula Cristina Simões; Serpa, Margarida DamiãoO presente relatório estágio pretende refletir sobre as práticas realizadas durante os Estágios Pedagógicos I e II, do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Numa primeira instância, tratam-se aspetos relacionados com a formação inicial de educadores/professores, com especial destaque para a relevância dos estágios pedagógicos. Num segundo momento, apresentam-se algumas conceções do currículo e expõem-se aspetos relacionados com o desenvolvimento curricular. Ainda nesta parte reflete-se sobre os valores transmitidos pela escola na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico, com base em literatura especializada na área. Posteriormente, e constituindo a terceira parte deste documento, procede-se à descrição de algumas atividades desenvolvidas durante os dois estágios pedagógicos, fazendo-se uma reflexão crítica das mesmas. Em último lugar, apresenta-se um estudo cujo objetivo consistiu em determinar os aspetos mais valorizados nos enunciados e nas correções de trabalhos escritos, realizados pelas crianças durante o estágio no 1.º ciclo. Concluiu-se que dominaram as atividades de tipo académico, sendo reduzidas as que estiveram ligadas a situações do quotidiano da criança, e não se registaram variações consideráveis entre as capacidades e competências mais valorizadas na primeira parte do estágio e as mais valorizadas na segunda parte deste. Também se concluiu que as correções da estagiária, aos trabalhos escritos das crianças, incidiram mais nos conteúdos tratados do que nos aspetos linguísticos da produção escrita. No geral, foram valorizadas sobretudo capacidades e competências ligadas ao domínio e uso da informação.
- Ambientes de aprendizagem na educação infantil : do desenvolvimento das capacidades coordenativas ao desempenho escolarPublication . Costa, Nicole Medeiros; Condessa, IsabelEste relatório de estágio, surge no âmbito dos Estágios Pedagógicos I e II, do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e tem como principais objetivos caracterizar os contextos dos estágios – envolvimento, escola, sala, crianças e macroestratégias; assim como, descrever, analisar e fundamentar algumas das atividades apresentadas na prática pedagógica. Neste processo de formação a estagiária confrontou algumas das opções tomadas com uma prática reflexiva e algum suporte documental para sustentar o seu desenvolvimento profissional nas práticas de ensino e de investigação acerca do tema aprofundado – Ambientes de Aprendizagem na Educação Infantil: do Desenvolvimento das Capacidades Coordenativas ao Desempenho Escolar. A temática aprofundada, ao longo das práticas supervisionadas, teve como pressuposto a importância da coordenação motora como capacidade para fortalecer na criança, permitindo-a alcançar melhores performances desportivas, artísticas e académicas. A Expressão Motora e a Expressão e Educação Físico-Motora surgem, assim, como área curricular promotora de aprendizagens motoras e cognitivas. Os nossos dois estudos, complementares, foram realizados na escola do estágio, o primeiro com um grupo de crianças (n=72), do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico; e, o segundo, com os educadores/ professores (n= 21) e tiveram o propósito de avaliar quer o desenvolvimento de capacidades físicas e coordenativas das crianças, quer o trabalho que é feito nesse domínio pelos docentes da escola, respetivamente. No primeiro estudo, recorremos a alguns testes para a determinação da composição corporal, de aptidão física (baseados na Prova de Fitnessgram) e de coordenação motora (baseados na bateria Korperkoordination Test fur Kinder – KTK). Os resultados, fruto da intervenção da estagiária, fizeram sobressair numa melhoria da coordenação corporal das crianças do estágio em geral, embora só se tenha verificado essa tendência para a aptidão física nas crianças mais novas. O segundo estudo, teve como intuito dar a conhecer o modo como educadores e professores valorizam a coordenação motora e a promovem nas suas práticas de ensino. Da aplicação do questionário ficámos a perceber que, para este grupo de profissionais o trabalho sobre a coordenação motora traz benefícios para as crianças que perpassam a área físicomotora, sendo também eles do domínio social e académico.
- A excelência do brincar e jogar no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico : uma análise em contexto de estágioPublication . Farias, Maria João Cordeiro Cabral; Condessa, IsabelO presente relatório de estágio insere-se no âmbito da formação de educadores e professores do 1.º Ciclo e reporta-se às atividades desenvolvidas durante os Estágios Pedagógicos I e II. Este documento abrange uma componente teórica, mas também uma análise sobre o trabalho prático realizado ao longo deste processo de formação no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico, descrevendo a nossa ação na prática pedagógica e apresentando uma reflexão crítica e fundamentada, sobre algumas intervenções realizadas neste contexto, com especial destaque para as atividades sobre a temática deste relatório: A Excelência do Brincar e Jogar. Para compreendermos de que forma podemos motivar as crianças para aprender de uma forma natural e harmoniosa com o seu desenvolvimento, decidimos enveredar pela vertente lúdica do ensino-aprendizagem, a partir da análise do brincar e do jogar. Neste sentido, foi essencial realizar um estudo de caso, que estruturámos a partir da aplicação de uma entrevista a estagiários da (s) escola (s) do (s) estágio (s), com o intuito de saber em que medida, nesta fase de formação, recorreram às atividades lúdicas e ao jogo durante as suas práticas pedagógicas, tanto no pré-escolar como no 1.º ciclo. A partir da análise de conteúdo pudemos confirmar a utilização do lúdico nas práticas, como um recurso privilegiado e potencializador, embora os testemunhos tenham sido claros que na educação pré-escolar esse recurso acontece de uma forma muito mais frequente e numa perspetiva globalizadora; enquanto, no 1.º ciclo, a utilização de estratégias desta natureza, pode não acontecer tão regularmente, mas ocorre, incidindo mais numa ou noutra área curricular. A partir destes testemunhos e das nossas vivências corroboramos então com o papel sublime do brincar e do jogo na aprendizagem e desenvolvimento da criança, embora não nos seja possível generalizar esses resultados. Este foi um verdadeiro momento de confronto entre a teoria e a prática em que a estagiária teve oportunidade de ver evoluir a sua profissionalidade, ao refletir sobre o (s) contexto (s) da (s) escola (s), a diversidade da aprendizagem das crianças/ alunos e as suas práticas pedagógicas.
- Os blogues de literatura portugueses no século XXI : uma análise a cinco bloguesPublication . Faria, Sara Beatriz de Sousa Magalhães; Faria, Dominique Almeida RosaO presente trabalho académico estuda cinco Blogues de Literatura Portugueses: As Histórias de Elphaba, Atmosfera dos livros, Estante de Livros, Marcas de Leitura e Silêncios de Falam. Estes blogues são estudados a nível da sua estrutura e conteúdo. O objetivo é refletir sobre o funcionamento dos blogues de literatura no século XXI, determinando, mais concretamente, como estão estes blogues organizados, que utilização fazem da web 2.0 e das redes sociais, o que motiva os seus autores, assim como quais as temáticas das obras literárias de que falam. Nas últimas décadas foram vários os autores a anunciar a morte do livro impresso. Neste trabalho iremos refletir sobre a precisão destas previsões, e tentar averiguar se o texto digital na forma de blogue está a promover o códice ou se está a contribuir para a sua possível extinção.
- Da assistência à adoção : a sociedade perante a infância abandonada (séculos XIX a XX)Publication . Mendes, Tânia Gabriela Godinho Santos; Silva, Susana SerpaA adoção em Portugal é uma forma de proteção infantil relativamente recente. Tem-se assistido a um aumento do número de crianças adotadas, contudo, esta ainda é uma escolha fortemente marcada como sendo um último recurso das famílias impossibilitadas duma parentalidade biológica. Longo foi o percurso histórico da criança abandonada até ao reconhecimento da adoção como forma de relação familiar, atendendo ao seu superior interesse. No entanto, associado à adoção surge um conjunto de representações sociais adversas à mesma e que poderão condicionar a própria escolha. Este estudo dá-nos uma perspetiva histórica da evolução da assistência à infância e do papel da criança na sociedade açoriana, em particular, de modo a contribuir para uma melhor compreensão das representações sociais atuais face à criança adotada. Assim, recuamos até meados do século XIX, em que a Roda dos Expostos afigurava-se como uma forma de assistência à criança abandonada e desvalida e como resposta à pobreza e manutenção da honra familiar, demonstrando o facilitismo que havia nas exposições. Em relação ao século XX, ilustramos legislativamente os avanços e os retrocessos históricos do reconhecimento do papel da criança na sociedade e na sua proteção. Salienta-se, no período do Estado Novo, as peculiaridades da adoção na ilha Terceira, Açores, evidenciada pelo interesse e procura de casais norte-americanos. Foram várias as crianças “adotadas” pelos americanos da “Base das Lajes”, e ainda hoje a legalidade destes processos levantam fortes questionamentos morais sobre essa prática. Tornou-se pertinente abordar este fenómeno por forma a correspondermos à finalidade do estudo, dado que procurámos demonstrar a facilidade que havia em levar uma criança para os EUA sem grandes processos burocráticos. Isto ilustra a visão que havia sobre a própria criança, o que se reflete nas atuais representações sociais sobre a adoção, visto ser um assunto que continua a gerar polémica entre as gentes da ilha.
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