DHFA - Teses de Doutoramento / Doctoral Thesis
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Também documentos cujo grau seja igual ou mais elevado que TESE DE DOUTORAMENTO, mas não siga a Convenção de Bolonha, são colocados nesta categoria.
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- Uma cidade portuária: a Horta entre 1880 e 1926. Sociedade e cultura com a política em fundoPublication . Lobão, Carlos Manuel Gomes; Cordeiro, Carlos Alberto da Costa; Silva, Susana SerpaOs Açores, graças à sua localização, desempenharam "um papel fulcral na história do Atlântico". Seria neste contexto que a cidade da Horta se tornou, mercê do seu abrigado ancoradouro e de ser geralmente a primeira terra a que tanto navios como tripulações "arribavam" depois de uma viagem por mar, num dos principais portos de articulação das comunicações marítimas que ligavam entre si as ilhas dos Açores e os dois lados do Atlântico. Por outro lado, na sequência da atividade comercial e da curiosidade pelas ilhas, ganharia um ar cosmopolita, que chegou até ao presente. Dito de outra maneira, a situação geográfica e a excelência da sua baía em contacto com os "ventos" da história "universalizaram" o Faial, porque foi a partir da baía / porto, transformada (o), pela sua importância, no "pulmão e no estômago" da ilha e das suas gentes, que se teceria de forma prioritária a História do Faial, se afirmaria o seu feitio hospitaleiro e a feição cosmopolita da sua cidade. No quadro deste estudo trazer a cidade da Horta a debate é destacar o seu contributo para a história do Atlântico, como espaço cultural, económico, social, político e científico.
- O impacto social da presença norteamericana na ilha Terceira, Açores, durante o período do Estado Novo (1933-1974)Publication . Santos, Tânia Gabriela Godinho; Silva, Susana Serpa; Diogo, Fernando Jorge AfonsoA investigação subjacente à tese que agora se apresenta, pretende fazer perpetuar as memórias e a identidade de uma comunidade — neste caso, a da ilha Terceira — em consequência da presença estrangeira que aqui se estabeleceu. O nosso estudo incide primordialmente, sobre o impacto que a presença norteamericana, sediada na Base das Lajes, teve na população insular, presença esta que se oficializa em 1946 e que ainda hoje se faz sentir. Por consequência, esta pesquisa centra-se no período temporal de 1933 a 1974, isto é, os primórdios da Base das Lajes: desde a construção do aeródromo, com a sua pista de terra batida, até à chegada dos britânicos e as consequências das obras de melhoramento do campo de aviação, para os proprietários da planície das Lajes, como para a comunidade em geral, apresentando com maior incidência os impactos sociais resultantes da presença norte-americana que se iria oficializar, após a desmobilização da Royal Air Force, em 1946, e até ao final do Estado Novo em 1974. Em relação à presença dos militares norte-americanos, questão central neste trabalho, abordamos também os processos de adoção/entrega de crianças terceirenses a casais norte-americanos, bem como os matrimónios entre jovens insulares e militares, atendendo ao impacto que a presença estrangeira trouxe, mas que também permitiu vislumbrar a perspetiva de uma nova vida na outra margem do Atlântico, impulsionando a emigração e o perseguir do american dream. Destes casos resulta um conjunto de conclusões e reflexões que se vão levantando no seguimento da investigação, desde logo, a reflexão em torno da emigração e da miragem de uma melhor qualidade de vida, sendo esta uma das grandes motivações das jovens nubentes, mas também dos progenitores que entregam os seus filhos quase como se de uma “emigração” antecipada se tratasse, vislumbrando um melhor futuro para eles e uma fuga à pobreza endémica dos Açores. Tendo estes sido fenómenos arquipelágicos, não se centraram unicamente na ilha Terceira, foram transversais a todo o arquipélago. Cremos que estes dois fenómenos são instrumentais para se compreender o impacto social dos norteamericanos na Terceira, e nos Açores em geral. É nosso intuito resgatar e preservar as memórias de uma comunidade que vivenciou os fortes impactos da presença norte-americana e comprovar como esta presença transformou a vida e a quietude insular, trazendo desenvolvimento e prosperidade às gentes da ilha. Este recuo ao passado pretende ser um legado para as gerações futuras, com o intuito de compreender melhor as consequências sociais da implantação da Base das Lajes.
- Introdução da cultura do chá na ilha de São Miguel no século XIX (subsídios históricos)Publication . Moura, Mário Fernando de Oliveira; Costa, Susana GoulartO título desta tese é “A introdução da cultura do chá na Ilha de S. Miguel no século XIX” (subsídios históricos)”. Deixamos de fora as restantes oito Ilhas dos Açores porque, excetuando-se o caso da do Faial, nos finais do século XIX, a cultura e a produção do chá é um fenómeno da ilha de São Miguel. A História que propomos desta bebida estimulante não alcoólica, a segunda mais consumida no planeta, sendo a água a primeira, segue um percurso que começa no global e culmina no particular. Este trabalho articula-se em torno de dois eixos, à volta dos quais agem e interagem os demais temas: um institucional, centrado na acção da Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense (SPAM), outro biográfico, centrado na figura de José do Canto. Permite-nos vislumbrar o contexto global do chá. Seguimo-lo do seu presumível berço original, situado numa vasta região montanhosa dos Himalaias, hoje partilhada por diferentes países, tais como a China, o Vietname e a Índia, até ao seu cultivo, uso e consumo. Muito embora recue aos primórdios asiáticos do chá, este trabalho situa-se, essencialmente, entre a década de sessenta do século XIX, tempo inicial das iniciativas dos irmãos José do Canto (1820-1898) e Ernesto do Canto (1831-1900) e do primo José Jácome Correia (1816-1886), e o ano de 1898, ano da morte do primeiro.
- Liberalismo e municipalismo : o caso do extinto concelho das Capelas (1839-1853) na Ilha de São MiguelPublication . Viveiros, André Manuel Pereira; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaEste estudo pretende ser um pequeno contributo para o conhecimento da História Local das ilhas dos Açores. Apontamento historiográfico onde procuramos saber quais as razões que estiveram na base da criação do concelho das Capelas em 1839, na ilha de São Miguel, como se processou o seu o funcionamento e quais as razões ponderosas que ditaram a sua extinção em 1853. Tentamos enquadrar a temática no seu tempo histórico, o tempo de um país que de forma conturbada procurava implantar um novo regime - o Liberalismo -, cujos principais acontecimentos se repercutiam nas ilhas, refletindo, também nelas, o que se passava a nível nacional. Novo regime político que trouxe as mudanças necessárias: a criação da Província Oriental dos Açores que em 1833 libertava São Miguel da tradicional ascendência de poder da ilha Terceira; a publicação de Decreto datado de 1835 que criava três distritos autónomos nas ilhas com sedes em Ponta Delgada, Angra e Horta; a preparação da proposta de Lei (1838) a dividir a ilha de São Miguel em mais dois concelhos, o das Capelas e o da Povoação. Apuradas as razões que estiveram na base daquela proposta, que é aprovada na Câmara dos Deputados com a publicação de Decreto datado de 3 de julho de 1839, passamos a analisar as eleições e o processo de instalação do novo município. Apoiados essencialmente em fontes primárias avaliamos o seu funcionamento, constatando-se de imediato as grandes dificuldades institucionais e financeiras com que a câmara municipal se debatia. Dificuldades que obstam à aspiração de contruir um Paço Municipal, um novo cemitério, estradas e redes de água para o concelho; Enquanto se vai sentindo a sua gradual asfixia face às crescentes necessidades orçamentais para pagar à junta geral a quotização que lhe incumbe no amparo das crianças expostas, cujo incumprimento abre crise institucional entre a câmara e o Governador Civil, desinteligências que serão acrescidas pela incapacidade daquela mandar em tempo útil mapas de recenseamento da população do concelho, fundamentais para a fiscalidade distrital e realização das eleições locais e nacionais. Com a chegada da Regeneração em 1851 e consequente nomeação de novo Governador Civil temos, primeiro, a dissolução da câmara naquele ano e depois a efetiva supressão do concelho, que até era sustentável economicamente, quando comparados os seus dados com os dos demais da ilha. No estudo, permanece a dúvida sobre o real significado da chamada economia da laranja sobre todo o processo do efémero concelho.
- O Liceu Nacional de Angra do Heroísmo nas décadas finais da Monarquia (1880-1910) : percurso de uma instituição liceal insularPublication . Ávila, Leandro Adelino Andrade Cardoso; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaA Reforma de Luciano de Castro procurou imprimir ao ensino liceal português um novo rumo, mas foi com a legislação de Jaime Moniz que aconteceu a rutura com o estado caótico em que se encontrava este nível de ensino. Contudo, a assimetria entre os liceus continuou colocando-os em categorias diferenciadas. Neste encalce, o liceu angrense, durante várias décadas, pugnou pelo melhoramento da respetiva categoria, a fim de poder ministrar o curso liceal completo, mobilizando diversos argumentos que legitimassem tal pretensão. Ao nível arquipelágico, procurou-se que esta afirmação se efetivasse, assumindo-se concomitantemente como fator de valorização e de centralidade do próprio distrito. Neste domínio, esta e outras questões assumiram contornos políticos, não ficando incólume o papel das autoridades distritais, bem como o perfil político-partidário e prestígio dos reitores. Pese embora lacunas ao nível das instalações e recursos disponíveis, assim como o caráter elitista da população estudantil, o liceu angrense não deixou de ser um importante núcleo cultural e intelectual do distrito, influenciando e deixando-se influenciar pelo meio onde estava inserido. A contextualização da realidade liceal angrense no cômputo nacional assumiu-se como importante vetor, podendo contribuir para o entendimento mais holístico da realidade liceal portuguesa, integrando as especificidades de um liceu insular.
- Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada : ecos da II Guerra Mundial nos AçoresPublication . Rezendes, Sérgio Alberto Fontes; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaIsolados no Atlântico Norte, os Açores sempre padeceram em contexto de luta pelo domínio dos mares. Durante a II Guerra Mundial, esta realidade não seria diferente. A interação das autoridades civis e militares perante uma mudança imposta por pressões exteriores evidencia a especificidade e vulnerabilidade do seu povo mediante fatores de ordem externa e interna, anómalos ao país e induzidos pela guerra: bloqueio económico, falta de matérias-primas, de géneros alimentares, rarefação dos transportes, inflação, mercado negro, quebra de poder de compra e agitação social, entre mais. Com uma mobilização ímpar, as ilhas teriam graves dificuldades em sustentar a presença de um vasto contingente militar, que distribuído pelas três principais ilhas teria como função defende-las independentemente das lacunas materiais e alimentares, humanas e financeiras. A reconversão do dispositivo militar, de paz para guerra, sobrecarregado pelas facilidades concedidas a povos estrangeiros, agravaria ainda mais uma economia dependente do exterior, expondo as ilhas a fatores como o bloqueio económico e a guerra submarina. Perante um Estado com poderes excecionais, e autoritário, os militares e o povo conheceriam a rarefação, a insegurança e o encarecimento dos transportes, exemplos das múltiplas variáveis que assolariam o arquipélago e que fariam da capacidade de sacrifício dos açorianos, e de entendimento entre instituições, mais do que uma virtude: uma cumplicidade.
