DSOC - Parte ou Capítulo de um Livro / Part of Book or Chapter of Book
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Browsing DSOC - Parte ou Capítulo de um Livro / Part of Book or Chapter of Book by Author "Diogo, Fernando"
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- Acesso ao mercado de trabalho : jovens com baixas qualificações escolares e de contextos sociais desfavorecidosPublication . Diogo, Fernando; Faria, Patrícia TavaresCom este capítulo procura-se perceber como os jovens em situação de pobreza se relacionam com o emprego, dando especial destaque à caracterização da transição escola-trabalho num contexto de impacto da crise no emprego. Para se atingir este objetivo recorre-se, também, a dados a montante: o que motivou os jovens a sair da escola e com que escolaridade. [...].
- Desemprego e inatividade juvenilPublication . Palos, Ana Cristina Pires; Diogo, Fernando; Silva, OsvaldoUm dos impactos estruturais mais profundos resultantes da crise económica atual é o desemprego, em geral, e o juvenil, em particular. As dificuldades de inserção dos jovens no mercado de trabalho são de tal forma significativas, em especial a partir de 2008, que poderemos estar a assistir a uma alteração do perfil-tipo dos desempregados de longa duração que, nos anos 80 do século XX, apontava para desempregados mais idosos e pouco escolarizados. No presente capítulo pretendemos identificar, nas trajetórias profissionais dos jovens, os períodos de desemprego e a sua duração, bem como caraterizar as redes de suporte com que podem contar nas situações em que se encontram privados de trabalho. A análise das trajetórias de inserção profissional destes jovens permite perceber que o desemprego é um fenómeno massivo e cumulativo nas experiências laborais dos jovens. Num contexto de crise dos sistemas de proteção social percebe-se o papel insubstituível das solidariedades familiares no apoio às situações de desemprego. A analise tipológica permite ainda perceber que a condição dos jovens desempregados é diferenciada em função da idade, género e percursos escolares e formativos.
- Dinâmicas sociais nos AçoresPublication . Rocha, Gilberta Pavão Nunes; Lalanda-Gonçalves, Rolando; Tomás, Licínio Manuel Vicente; Diogo, Fernando; Borralho, ÁlvaroPretende-se neste capítulo apresentar algumas das dinâmicas sociais nos Açores nas últimas duas décadas, enquadrando-as na evolução global observada no país. O período adotado é justificável não só pela proximidade temporal, mas também por nele se identificarem algumas das mudanças sociais mais significativas ocorridas na sociedade açoriana e, em alguns casos, um atenuar das diferenças face ao todo nacional. Procura-se, assim, dar conta de alguns dos principais elementos estruturantes da análise sociológica, apresentados em pontos separados, 1 como a população e a educação, o emprego, a pobreza e a religiosidade, inseridos num contexto insular, de acentuada dispersão e desigualdade na dimensão geográfica e demográfica das várias ilhas. Como espaço(s) insular(es), de pequena dimensão, aqui não teorizado (s), nem fundamentado(s) nas características identificadoras da(s) insularidade(s), a análise e a compreensão da(s) sociedade(s) açoriana(s) não pode deixar de ter em consideração esta sua especificidade territorial. De facto, como já foi posto em evidência (Lalanda-Gonçalves, 2000), existe uma relação entre a insularidade (definida enquanto distância ao exterior e pequena dimensão territorial) e a contração do espaço de oportunidade (definido como a probabilidade de obter um emprego compatível com a qualificação obtida num determinado espaço socioeconómico). Procura-se, assim, integrar as diferentes dinâmicas sociais, económicas e culturais, e compreender o sistema societal açoriano tendo em conta a sua historicidade (Touraine, 1974).
- Jovens e emprego : tipologia de inserções profissionaisPublication . Palos, Ana Cristina; Diogo, Fernando; Silva, OsvaldoAs transformações económicas das últimas décadas têm produzido fortes impactos na situação social dos jovens. Neste capítulo caraterizamos os percursos profissionais de jovens açorianos (n=432) procurando aferir o grau de precariedade presente nesses percursos mediante a caraterização das condições em que os jovens exercem as suas atividades profissionais, designadamente, vínculos contratuais, oportunidades de promoção profissional, rendimento auferido e horário de trabalho. Mediante o cruzamento destas variáveis com as caraterísticas sociográficas dos inquiridos, apresentamos uma tipologia das inserções profissionais que enunciam diferentes configurações da precariedade laboral. As clivagens que o género, a idade e as qualificações académicas introduzem nestes processos comprovam a diversidade inerente à condição juvenil. Os mais novos e as raparigas estão sobrerepresentados nas formas mais precárias de vinculação laboral e os menos qualificados figuram, em maior número, entre os jovens que auferem rendimentos mais baixos.
- Percursos profissionais dos jovensPublication . Palos, Ana Cristina Pires; Silva, Osvaldo; Diogo, FernandoAs complexas transformações que, ao longo das últimas décadas, têm atravessado os mercados de emprego produziram importantes impactos nas relações da juventude com o trabalho. Nas sociedades atuais, e particularmente no contexto europeu, esta relação parece balizada pela incerteza e pela reversibilidade dos processos de inserção profissional e de autonomização e emancipação familiar. Neste capítulo procedemos à reconstrução das trajetórias de emprego de jovens açorianos, entre os 15 e os 34 anos, que se encontram em diferentes momentos das suas trajetórias profissionais. Como se caraterizam estas trajetórias e os percursos profissionais destes jovens? Os dados analisados comprovam que a relação da juventude açoriana com o mundo do trabalho é muito diferenciada e, em linha com os resultados de outras investigações, salienta-se que o cenário de precariedade laboral parece não ter o mesmo impacto no universo juvenil estudado, transparecendo aqui como principais princípios de desigualdade a escolaridade e o género.
- A pobreza nos Açores no contexto nacional, resultados do IDEF 2010-2011Publication . Diogo, FernandoA rapidez e a profundidade das transformações sociais por que está a passar a sociedade portuguesa implicam desafios e agudizam tensões no desenvolvimento das políticas públicas, especialmente nas que têm como objetivo a redução da pobreza ou a minimização dos seus efeitos. Coloca-se a questão da fiabilidade dos instrumentos de informação estatística disponíveis para conceber e monitorizar essas políticas, face à rapidez e profundidade do agravamento dos indicadores indiretos de pobreza (aumento da taxa de desemprego, taxa de crescimento negativo do PIB, novos pedidos de apoio em instituições sociais, redução dos apoios sociais do estado, aumento de impostos) e de degradação da situação social em geral. A partir da recente publicação dos dados do IDEF 2010/2011 (Inquérito às Despesas das Famílias), explora-se as limitações das fontes estatísticas para medir a pobreza em Portugal, constroem-se resultados – assentes na definição das categorias sociais mais vulneráveis à pobreza e na evolução dos principais indicadores – e discutem-se hipóteses – relativas às transformações recentes da pobreza em Portugal. Para realizar este trabalho, mobilizam-se dados estatísticos do IDEF 2005/2006 e 2010/2011 e do ICOR (2003-2011 – Inquérito às Condições de Vida e Rendimento), ensaiando-se os resultados para a Região Autónoma dos Açores, enquanto estudo de caso dentro do contexto português. Os resultados e as fontes estatísticas são criticados a partir da perspetiva construtivista da análise da pobreza, ressalvando-se as limitações desta abordagem a partir de autores como Ogien e Paugam, mas também se mobilizam autores menos críticos como Tonwsend e Glewwe e Van der Gaag. As conclusões vão no sentido da manutenção do essencial das principais categorias sociais afetadas pela pobreza, embora com um aumento do seu volume e da sua intensidade, bem como pela potencial emergência, pela primeira vez em Portugal, de uma nova categoria social de indivíduos em situação de pobreza, os novos pobres.
- Pobreza, emprego e escolaridade : notas sobre o caso portuguêsPublication . Diogo, FernandoO objetivo central deste capítulo é darmos conta de alguns dos principais resultados que obtivemos nos nossos estudos sobre a pobreza ao longo dos últimos 12 anos de maneira a contribuir para a construção de um retrato da pobreza em Portugal a partir da análise da situação açoriana. Os nossos estudos centram-se, em particular, nos indivíduos em situação de pobreza que trabalham, muitos deles beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Pretende-se, portanto, concorrer para uma melhor compreensão de uma parte das pessoas e dos grupos afetados. Neste sentido, recorremos a estudos com desenhos de investigação muito diversos dado que uns são quantitativos e outros são qualitativos. Pretende-se, enfim, identificar traços e características a partir de vários estudos distintos e não apresentar uma investigação coerente e representativa. [...].
- Pobreza, rendimento social de inserção e crianças, o que há de novo?Publication . Diogo, FernandoSe é certo que a pobreza das crianças está associada à pobreza das famílias que as enquadram, as especificidades sociais e biológicas que fazem da infância uma idade da vida singular também atuam para fazer da pobreza infantil um problema e um objeto específico. As crianças e jovens têm necessidades próprias distintas dos adultos cuja análise e compreensão é mal acomodada pelo conceito geral de pobreza. Acresce que a análise da pobreza infantil tem uma importância que transcende a própria infância e juventude, isto porque o conjunto de experiências sociais negativas que se acumula ao longo das infâncias desprotegidas tem uma forte probabilidade de consubstanciar na construção de uma posição social baixa na idade adulta. Falta de recursos, problemas de desenvolvimento mal resolvidos, traumas psicológicos e uma escolaridade medíocre traçam um destino provável de inferioridade social, construído na infância (e na juventude), mau grado a precocidade e a ousadia da previsão.