DHFA - Comunicações a Conferências / ConferenceItem
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Todo o tipo de documentos relacionados com uma conferência; ex.: artigos de conferências, relatórios de conferências, palestras em conferências, artigos publicados em proceedings de conferências, relatórios de abstracts de artigos de conferência e posters de conferências.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
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Recent Submissions
- Uriel da Costa: um caso-limite de intolerânciaPublication . Luz, José Luís Brandão daUriel da Costa (1584-1640) nasceu no seio de uma família de cristãos-novos do Porto, onde foi «criado fidalgamente» na religião católica. Uma sucessão de crises religiosas levou-o à conversão ao judaísmo, que depois foi evoluindo na direção de um deísmo naturalista. Ao sair de Portugal, viveu em Hamburgo e Amesterdão, e tornou-se conhecido pela comoção que suscitou o seu drama existencial, intimamente associado às conceções fraturantes que defendeu. Entre elas, perfilam-se as suas teorias contra a imortalidade da alma e a vida para além da morte, mas também a sua defesa do primado da lei natural e da religião nos limites do que a razão livremente estabelece. Em toda a sua trajetória vai emergindo um espírito informado pelo que as ciências iam descobrindo, designadamente no campo dos estudos anatómicos, e uma ideia de razão, já própria da modernidade, que organizava o mundo e a ação humana segundo a clarividência das suas conceções ou hipóteses de trabalho. Trata-se de uma nova perspetiva que entra em confronto aberto com a ideia de razão como lugar da revelação das verdades eternas, o que de algum modo explica o clima de absoluta intolerância que marcou a relação de Uriel da Costa com os sábios da nação de Israel, que, em três sinagogas diferentes, condenaram as suas conceções.
- O ideal reformista na oratória de Bartolomeu do QuentalPublication . Luz, José Luís Brandão daBartolomeu do Quental (1626-1698) foi pregador da capela real, capelão e confessor do paço, e tornou-se sobretudo conhecido pela Congregação do Oratório que fundou em Portugal, em 1668. Analisaremos o conjunto dos seus sermões com o propósito de pôr em evidência uma eloquência oratória, pródiga em imagens, comparações e exemplos, e acompanhar os seus intentos altamente moralizadores e doutrinadores, marcados pela enunciação de uma ética política, social e pessoal. Atenderemos, desta forma, por um lado, aos temas de incidência política que predominam nos sermões pronunciados na Capela Real, nomeadamente a equidade na administração da justiça, a atenção aos mais desprotegidos, o zelo e a isenção do rei na administração do reino e a superioridade da lei de Deus que a todos sujeita. Por outro lado, tomaremos em consideração os sermões que foram proferidos fora da Capela Real, em que os temas políticos cedem o lugar à meditação sobre a fragilidade da natureza humana, o aperfeiçoamento da vida interior e a reforma da vida moral.
- Mediações na construção da memória e da identidade : «A Casa da Autonomia»Publication . Lalanda-Gonçalves, Rolando; Lalanda, Margarida Sá NogueiraEsta 4ª Jornada Científica da Rede MUSSI centra-se na «emergência de refletirmos sobre a mediação da informação e dos saberes plurais como formas de democratização da produção científica e cultural» e destaca, entre outras temáticas, as mediações de saberes e informação nos espaços culturais, no âmbito da.polis. e com especial incidência nas memórias coletivas e na democratização dos saberes. Tendo em conta tais desideratos, decidimos analisar o projeto “Casa da Autonomia”, que está a ser desenvolvido desde 2014 pelo Governo da Região Autónoma dos Açores visando preservar, divulgar e consolidar a memória do processo da autonomia política açoriana. Esta iniciativa assume-se como tendo por bases a história, a memória, a identidade e a cidadania, e desenvolve-se em quatro eixos estruturantes: recuperação patrimonial, projeto de investigação, programa museológico, e plataforma digital. Na apresentação do Projeto e na sua análise crítica pronunciamo-nos igualmente sobre percepções internas e externas desta mediação cultural que assumidamente visa promover uma cidadania ativa e informada e integrar as memórias no reforço da construção da identidade coletiva açoriana.
- Portos e actividades marítimas, nos Açores, à luz da literatura de viagens (século XIX)Publication . Silva, Susana SerpaNum século em que os oceanos continuavam a ser as grandes pontes de ligação entre continentes e ilhas; num tempo em que as viagens se faziam em bergantins, brigues, chalupas, escunas, brigues-escuna, lugres, patachos e ainda em barcos a vapor, nos quais se aglomeravam mercadorias e passageiros, inúmeros viajantes visitaram o arquipélago dos Açores que, segundo José Rodrigues Pereira, uma vez situado na região dos ventos do oeste, se havia tornado, há muito, ponto de passagem obrigatória das rotas de navegação à vela que das Américas Central e do Sul, da África e do Oriente se dirigiam para a Europa. Em pleno Atlântico Norte, as ilhas açorianas ofereciam abrigo, socorro, algum comércio e características geológicas, vulcânicas, hidrológicas. meteorológicas e marinhas que atraíram, ao longo de oitocentos, inúmeros viajantes estrangeiros, por entre oficiais de marinha, negociantes, militares, naturalistas, jornalistas, turistas, doentes em busca de uma cura ou familiares na demanda de algum parente que se fixara no arquipélago. Estes viajantes, preferencialmente britânicos e norte-americanos, deixaram relevantes relatos e testemunhos, publicando em jornais. revistas ou em livro as suas anotações e impressões de viagem. Este tipo de literatura, bastante diversificada, embora enferme de juízos de valor, de comparações anacrónicas ou de olhares preconceituosos e etnocêntricos. não deixa de constituir uma importante fonte para a História, na medida em que agrega autênticos registos de memórias, notas de minuciosas observações. de enorme abrangência temática. Algumas descrições são bastante fidedignas, até porque certas obras procuravam instruir futuros viajantes sobre um conjunto de ilhas que, para muitos, ainda permaneciam desconhecidas e, como tal, motivo de acrescida curiosidade. Entre as inúmeras descrições e observações relatadas, com cariz informativo, de natureza científica ou pseudocientífica, deparamo-nos, por vezes, com apontamentos sobre as viagens transatlânticas, os portos e as baías açorianas, as embarcações e a navegação (sobretudo inter-ilhas), configurando uma panóplia de indicações sobre as actividades marítimas insulares ou não fosse o mar, por essência, o complemento e o prolongamento das ilhas, a seiva que alimenta a vida quotidiana e o imaginário dos seus habitantes. É, portanto, sobre estas anotações e registos, em particular, que faremos incidir a nossa análise. [da Nota Introdutória].
- Gustavo de Fraga: A filosofia e o apelo a uma "Pedagogia filosófica"Publication . Luz, José Luís Brandão daPretendemos chamar a atenção, na obra de Gustavo de Fraga, para as exigências que o estudo da filosofia requer, o que nos conduz a abordar o tema do significado da filosofia.
- Precários em trajetória de emprego em carrossel : trabalhadores pobres em PortugalPublication . Diogo, Fernando; Vaz, Fernanda FreitasA precariedade no emprego é uma temática em crescendo de importância na sociedade atual, dado que afeta um número cada vez maior de indivíduos e abrange categorias sociais antes não incluídas (Diogo, 2012b). Neste sentido, a precariedade dos licenciados ou de categorias sociais específicas tem sido objeto de estudo recente (cf. por exemplo Chaves et al. 2009, Cruz 2008 ou Gonçalves, 2009). Contudo, o que a define, em boa parte, é a sua relação com formas atípicas de emprego. Ora, num país com dificuldades em aplicar a regulação estatal a toda a sociedade, e em especial à economia, as formas atípicas de emprego associam-se aos mais pobres, sendo entre estes, portanto, que se encontra a maioria dos indivíduos em situação de precariedade. Isto significa que, ao contrário do que se pode pensar, a precariedade no emprego em Portugal não é recente nem está especialmente associada às classes médias, constituindo estas ideias um efeito de ocultação da sua disseminação entre as categorias sociais mais despossuídas. Assim, esta comunicação é, em parte, um contributo para o recentramento do problema, para que a análise da precariedade no emprego seja feita em função da realidade social e não da capacidade de mobilização política (e dos interesses) de uma ou várias frações da população. Procura-se atingir esse objetivo, analisando-se as trajetórias de emprego e as características sociodemográficas básicas de um conjunto de indivíduos (selecionados mediante critérios de representatividade social, vide Vaz, 2013) alvo de entrevistas aprofundadas, em ordem a perceber-se até que ponto a sua passagem por um programa ocupacional (Prosa) teve algum tipo de impacto na sua relação com o emprego ou se continuam envolvidos numa espiral de trajetória de emprego em carrossel (Diogo, 2010). Neste sentido, trata-se de analisar uma das dimensões da relação com o emprego e com o trabalho de indivíduos em situação de pobreza, sendo este o segundo objetivo desta comunicação.
- Na forja da "Arquitetura Regional" : Entre o determinismo geográfico e as desinências nacionalistas: o caso açorianoPublication . Albergaria, Isabel Soares deO conceito de "geografia da arte" (ou Kunstgeographie na consagrada expressão alemã) radica na longa tradição do determinismo ambiental, pensamento que postula o peso das condições físicas e mesológicas sobre a conduta humana, os seus traços psico-sociais e as suas manifestações artístico-culturais. Este raciocínio justifica a ideia de que a arte, como síntese do meio, tem em cada região um carácter definido1. Tal asserção, estendida do plano regional ao nacional, justifica por igual a intenção de criar uma produção artística de expressão regionalista ou nacionalista, conduzindo à formação de núcleos espacialmente definidos de identidades nacionais/regionais. Ao longo da segunda metade do século XIX e, sobretudo, na viragem para o século XX, as abordagens acerca da geografia da arte assentaram nas premissas estabelecidas por um evolucionismo etnogenético de carácter antropológico, de raiz darwinista, que se converteu no fermento ideológico dos movimentos regionalistas e nacionalistas na arte, disseminados um pouco por toda a Europa, e também presentes em Portugal. Tendo este quadro por pano de fundo, o inquérito que se intenta levar a cabo centra-se em torno das representações da arquitetura popular açoriana, tal como estas surgiram, de forma “voluntária” mas, numa primeira fase, em contexto ainda desfavorável à eclosão de um discurso positivo e unificador da realidade arquipelágica, sendo convertidas, durante a I República, numa narrativa assente nos valores da singularidade e da diferença que abraçam o universo insular como um todo coletivo possuidor de “alma própria”. […]. (da Introdução)
- A Casa do Castelhano, na Caldeira das Lajes, Ilha Terceira. Em torno dos modelos e protótipos da tipologia da casa de planta quadrangularPublication . Albergaria, Isabel Soares deA Casa do Castelhano (ou do Espanhol) situada na Caldeira das Lajes, concelho da Praia da Vitoria – ilha Terceira, constitui um caso absolutamente singular de casa nobre pela sua antiguidade e características arquitectónicas. A construção que miraculosamente chegou aos nossos dias (embora em ruína) está envolta em mistério e são poucos os autores que lhe dispensaram sequer uma breve menção […]. [da Introdução].
- Projeto raízes : um olhar sobre. Mediação cultural e educação patrimonial na ilha de S. Miguel, AçoresPublication . Chaves, Duarte Nuno; Nascimento, José Wellington; Oliveira, NzingaO projeto Raízes é um projeto de Mediação Cultural e Educação Patrimonial, desenvolvido no ano letivo de 2013/2014, que tem como principal objetivo, estimular e desenvolver competências de jovens alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, na área do património que resultem na construção de uma "oficina de memória" (pequeno museu da escola), mantendo vivas as raízes do passado. Para tal procura-se articular conhecimentos históricos, culturais e científicos junto da comunidade escolar, num trabalho transversal às áreas do património material e imaterial.
- Darwin e a Sociedade: apresentaçãoPublication . Costa Carvalho, MagdaFoi para a Universidade dos Açores uma honra e um privilégio receber, em Setembro de 2009, os mais eminentes e reconhecidos especialistas mundiais na obra de Charles Darwin. Os três intensos dias de trabalho do Simpósio Darwin's Mistake and what we are doing to correct it saldaram-se em aprendizagens de valor incalculável e permitiram-nos celebrar Darwin não apenas enquanto incontornável figura da história da ciência e da cultura ocidentais, mas sobretudo na sua qualidade de impulsionador e promotor de novos rumos para as actuais investigações em torno da biodiversidade.