Departamento de História, Filosofia e Artes
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- A importância geoestratégica dos Açores na política externa portuguesa durante a Segunda Guerra MundialPublication . Andrade, Luís Manuel Vieira deO arquipélago dos Açores ocupa uma posição privilegiada no Atlântico Norte, na medida em que fica situado entre a América do Norte e a Europa, facto que o torna ponto de passagem obrigatório para os navios e aeronaves que circulam não só entre aqueles dois continentes, como também destes para África, a América do Sul e o Médio Oriente. […]. Desde essa altura até aos nossos dias, a sua importância aumentou consideravelmente, atingindo o seu auge durante a Segunda Guerra Mundial, muito embora continuasse aquele arquipélago a desempenhar importante papel após o termo daquele conflito. Com a aparecimento das armas nucleares e a bipolarização das relações internacionais durante o período geralmente conhecido por “guerra fria”, através nomeadamente da formação de dois pactos antagónicos de natureza militar - NATO e Pacto de Varsóvia -, os Açores mantiveram, pelo menos em alguns aspectos, essa importância, proveniente primordialmente da sua situação geográfica que originou e determinou o seu valor geopolítico e geoestratégico. É, portanto, fundamental, ao iniciar este trabalho, ter em consideração vários conceitos, os quais em nosso entender são imprescindíveis a fim de melhor compreendermos a problemática referente à importância geopolítica e geoestratégica do arquipélago, que se prendem essencialmente com várias teorias desenvolvidas nos finais do século dezanove e nos primórdios do século vinte, sem as quais não seria possível uma compreensão efectiva no âmbito desta matéria. […].
- O Ano da Europa. Os Açores e as regiões da Europa no contexto da nova conjunturaPublication . Amaral, Carlos Eduardo PachecoThe paper argues that 1989 was the true year of Europe - not 1974. It was the year of Europe because or the emancipation it witnessed of the Old Continent, from both superpowers, and because, with the downfall of the Berlin Wall, it also witnessed the final ending of both the Second World War, and the Cold War. The year of Europe, but mainly the year of Germany; and the year of Europe, because the year of Germany. Arguing the futures of Germany and of Europe to be interwinned, this paper goes on to look at the revolutionary wave of events that has been sweeping through Eastern Europe and the Soviet Union – with Germany in the very eye of the storm- as representing a new opportunity for both Germany, and Europe: through federal unification. It was the year of Europe, because 1989 presented Germany and the Old Continent, with yet another chance for unity. But unity of a new type, one that goes beyond the traditional utopian approaches of both 1848 and 1948, as well as the state integration of the Treaties of Paris and of Rome, in the cal! for a Europe of the Regions, as the only organizational structure capable of fulfilling the very needs for self-regulation, self-realization – for autonomy – that have dictated the revolutionary character of 1989. Citizen, not state sovereignty, and the regional construction of Europe – as the single architectural structure capable of constituting an adequate forum for the realization of the ideals of freedom and autonomy that have grazed throughout Europe - such are the main thrusts of Mr. Pacheco Amaral's argument.
- Piaget e a filosofia moderna do conhecimentoPublication . Luz, José Luís Brandão daO suporte experimental que a psicologia oferece à epistemologia genética não é suficiente para obscurecer o papel da inspiração filosófica na formulação dos itinerários que ela mesma traçou e percorreu. A problemática relativa à progressiva constituição do conhecimento, a partir das acções do sujeito individual, é um exemplo deste compromisso. Mas, se a sua formulação traduz uma questão que a filosofia transcendental equacionou, a solução proposta por Piaget não deixa, todavia, de transparecer uma certa ambiguidade quando concebe o sujeito do conhecimento em oposição ao próprio sujeito individual, que, simultaneamente, reconhece estar na origem da sua constituição.
- Criatividade científica, imaginação e metáforaPublication . Luz, José Luís Brandão daApesar de a coordenação lógico-dedutiva ser fundamental na construção do conhecimento científico, vários autores têm sublinhado a importância de outros factores que escapam ao controlo estrito da razão. A percepção de um significado novo que está na origem da criatividade científica encontra grandes afinidades com a formação da metáfora, como foi teorizado por Aristóteles, mais tarde, por Paul Ricoeur, David Bohm, G. Holton, Th. Kuhn e, entre nós, por José Enes.
- Que ensino para a filosofia?Publication . Luz, José Luís Brandão daProcuramos esclarecer o sentido da filosofia com o auxílio de alguns pensadores da antiguidade clássica e também de contemporâneos, explorando a sua ligação com o desenvolvimento das ciências. Simultaneamente, esboçamos uma reflexão sobre o que poderão ser as exigências formativas do ensino da filosofia, como um processo de sujeitar os problemas da actualidade à experiência do pensamento. O recuo na memória do presente abre o caminho para pensar o nosso tempo, não para nos refugiarmos no prestígio do passado, mas como via de inserir os acontecimentos presentes num campo mais vasto de inteligibilidade que recusa a absolutização do panorama dos acontecimentos em curso.
- Tempo e teleonomia na compreensão da mudança: uma aproximação de Prigogine e PiagetPublication . Luz, José Luís Brandão daComo acontece no processo de evolução dos seres vivos, em certos domínios da física, as transformações tornam-se mais difíceis de compreender, pois a emergência de novidades não parece susceptível de ser explicada pelo modelo determinista das suas condições iniciais ou por factores de ordem ambiental. A ligação da noção de tempo à persistência com que um traço se mantém nas progressivas flutuações a que um sistema está sujeito, e a noção de teleonomia, ligada ao mecanismo auto-regulador dos ser vivos, que se enriquece com o próprio jogo das suas transformações, alargou a influência do paradigma da evolução a certos fenómenos do mundo físico. Prigogine e Piaget debatem o fenómeno da irreversibilidade da matéria e da vida como um processo de aperfeiçoamento e não de aniquilamento.
- Descartes: a unidade das ciências e a metafísicaPublication . Luz, José Luís Brandão daO ideal de construção sistemática dos saberes assumiu na filosofia cartesiana formas sucessivas de expressão, consoante a radicalidade dos problemas que o preocuparam e a correspondente exigência de fundamentação. A reflexão sobre a consistência ontológica do cogito levou a reconhecer a insuficiência do plano representativo para justificar toda a realidade presente na consciência. Esta descoberta poderá permitir uma maior atenção à expressividade noética da imaginação, conforme se manifesta na produção poética.
- Teófilo Braga, uma filosofia do aplausoPublication . Luz, José Luís Brandão daO positivismo negou à filosofia a sua dimensão metafísica e cortou o passo à legitimidade de um tratamento filosófico das questões que o espírito humano coloca para além do domínio do deduzível e do verificável. Para Comte, a filosofia limita-se a determinar as condições do conhecimento da realidade, constituindo-se como um instrumento metodológico das diferentes ciências. Teófilo Braga seguiu a linha de inspiração comtiana, elegendo como temas nucleares a questão da demarcação entre o cognoscível e o incognoscível, que a chamada lei dos três estados apresenta, e a ordenação dos conhecimentos, que se organizam de acordo com uma íntima articulação de procedimentos indutivos e dedutivos. Ao mesmo tempo, assume o propósito de preencher as lacunas e renovar a sistematização racional dos fenómenos do universo iniciada por Comte, harmonizando-a com os aprofundamentos que se realizavam ao nível das diferentes disciplinas. A verdade absoluta e definitiva constrói-se com o testemunho da experiência, que confere infalibilidade e segurança às previsões científicas e marca o ritmo do progresso crescente do conhecimento. Daí a especial atenção que merecem as questões metodológicas, como o estudo dos procedimentos indutivos e dedutivos sobre que se organiza todo o conhecimento nas ciências. Esta dimensão triunfalista da filosofia despertou sentimentos contraditórios em Portugal, que cedo denunciou as suas limitações.
- A imaginação e a criatividade na teoria piagetiana do desenvolvimento intelectualPublication . Luz, José Luís Brandão daO programa piagetiano de uma análise epistemológica do desenvolvimento da inteligência encontra na ideia de equilíbrio o apoio decisivo para evitar as explicações que o situa quer no prolongamento dos dados imediatos da percepção, quer também da intervenção do quadro estático dos esquemas de assimilação do sujeito. O significado deste percurso não se encontra apenas nos resultados terminais da constituição operatória da inteligência. Pelo contrário, procuramos chamar a atenção para o dinamismo que se manifesta em todas as fases do seu desenvolvimento, onde o poder criativo da imaginação se organiza à margem de exigências de teor lógico-matemático, dominantes no ulterior funcionamento operatório do pensamento. Neste contexto, procuramos sublinhar uma continuidade com o projecto kantiano em que a imaginação se torna decisiva para assegurar a apreensão ordenada do mundo.
- O vale das Furnas na literatura de viagens do século XIXPublication . Luz, José Luís Brandão daO Vale das Furnas tem alimentado, desde o século XVIII uma profusão de relatos e impressões de viagens de personalidades de variadas épocas, de diferentes latitudes e animados por uma multiplicidade de interesses que o têm visitado. Apresenta-se alguma dessa literatura que reporta, a par da constituição geológica, da fauna e flora, aspectos curiosos da vivência social e do desenvolvimento termal.