Departamento de História, Filosofia e Artes
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- 1.º de Maio, memórias de uma lutaPublication . Pires, Ana Paula; Coordenação e edição de Ana Teresa Alves (FCSH-UAc)Coragem e resistência são duas palavras que sintetizam bem o significado histórico das lutas que levaram à criação do Dia Internacional do Trabalhador. Desde as primeiras mobilizações, não se tratava apenas de reivindicar melhores salários ou horários mais curtos – como a emblemática luta pelas 8 horas de trabalho, quando a média rondava as 12 horas –, mas de afirmar a dignidade humana e recusar, de forma coletiva, a exploração como destino inevitável.
- 25 de Abril, sempre!Publication . Pires, Ana PaulaFoi no dia 25 de Abril de 1974, uma quinta-feira, que um golpe militar, liderado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) colocou um ponto final a 48 anos de ditadura em Portugal, abrindo caminho, primeiro, para a Revolução Portuguesa (1974-1975) e, depois, para a democracia, institucionalizada pela Constituição de 1976. A operação “Fim de Regime” foi posta em marcha ao som de “E depois do Adeus” e “Grândola, vila morena”, as duas senhas escolhidas para que os militares que se encontravam em vários quartéis da cidade de Lisboa mobilizassem, tomando vários pontos estratégicos da capital portuguesa, desde o Terreiro do Paço até ao Largo do Carmo.
- Abordagem Simbólica da RepúblicaPublication . Castro, Maria GabrielaNo âmbito da temática da República falar de simbologia é uma realidade necessária. A República possui os seus símbolos, como qualquer outro regime político que se afirma pela simbologia capaz de unir os cidadãos e agregar as vontades em torno de um sentimento nacional. Apesar de o nosso título conter a possibilidade de enveredarmos por uma análise dos símbolos da república e por eles tentarmos entender a intencionalidade segunda que os mesmos escondem, entendemos arriscar o desafio de olhar a própria república como um símbolo capaz de abrir o nosso horizonte ideológico à dimensão que lhe é própria, a da imaginação onde, por natureza, mora a ilusão. Como em muitas outras ocasiões utilizamos os termos partindo do princípio de que a inteligibilidade própria do senso comum é suficiente para captarmos a sua significação. Neste caso, falar de república e de símbolo pressupõe que todos entendamos do que estamos a falar. No entanto, pretendemos ir um pouco mais além do senso comum e inteleccionar fenomenologicamente o núcleo eidético da república enquanto símbolo. Paul Ricoeur, filósofo que estudamos desde 1992, dedicou inúmeras páginas à tentativa de expressar esse núcleo de inteligibilidade próprio do símbolo e que faz dele matéria de reflexão filosófica. Tentemos, pois, a apreensão intelectual desse núcleo eidético que apaixonou Ricoeur, colocando o quesito, simples na sua formulação literária e complexo na sua compreensão filosófica: o que é o símbolo?
- Acílio Estanqueiro Rocha e as pendências do estruturalismoPublication . Luz, José Luís Brandão daDiversos trabalhos de Acílio Estanqueiro Rocha têm procurado depurar o recorte doutrinal do estruturalismo, contribuindo para o aprofundamento crítico desta influente corrente filosófica do século XX. Acompanhando alguns vetores da sua análise, atenderemos, em primeiro lugar, à clarificação das categorias cardinais que lhe serviram de alicerces, como estrutura, modelo, natureza/cultura, progresso e relativismo cultural. De seguida, passaremos ao confronto com outras correntes da filosofia, como o marxismo e o existencialismo, assim como o neo-estruturalismo, completando o que já anteriormente fizemos com a fenomenologia e a hermenêutica, em trabalho com o título «O “estruturalismo” como problemática, na obra filosófica de Acílio da Silva Estanqueiro Rocha». Finalmente, noutro registo, daremos atenção aos ensaios que escreveu sobre a universidade, em que o autor reflete sobre a missão da universidade num momento de mudanças reformadoras que as instituições de ensino superior conheceram em Portugal e, de algum modo, em toda a Europa.
- Acolhimento institucional de mães adolescentes na ilha Terceira : entendimento, práticas e estruturasPublication . Martins, Martinha de Fátima Correia; Tomás, Licínio Manuel VicenteDiversos estudos indicam que a gravidez precoce continua a ser uma problemática social de relevo na Região Autónoma dos Açores. Apesar de uma tendência para a diminuição progressiva do registo de nascimentos ocorridos, na faixa etária entre os 11-19 anos de idade, para o período entre 2001 e 2014, a região continua a apresentar um número elevado de nascimentos em mães nessa faixa etária. Desse modo, os Açores são uma das regiões europeias com mais casos de gravidez na adolescência. O propósito central deste trabalho é descrever o apoio social de jovens institucionalizadas ou previamente institucionalizadas em risco de gravidez precoce ou com uma gravidez precoce consumada. Participaram no estudo 14 jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 19 anos. Foi desenvolvido um estudo qualitativo, de caráter exploratório e descritivo. O estudo baseou-se numa entrevista semiestruturada, aplicada de acordo com um guião previamente preparado. A entrevista foi adaptada em função do tipo de participantes, visto que as adolescentes foram distribuídas por três condições: adolescentes não grávidas institucionalizadas, mas com elevado risco de gravidez precoce; adolescentes grávidas ou mães adolescentes institucionalizadas; e, finalmente, mães adolescentes não institucionalizadas. Este estudo permitiu concluir que, em geral, as relações das participantes com as famílias de origem são marcadas por riscos cumulativos, por um aparente conhecimento dos métodos anticoncecionais, que não foi condição suficiente para prevenir uma gravidez precoce de algumas delas, e que o apoio social está muito dependente das famílias de origem, não obstante o respetivo historial multiproblemático.
- O acordo Luso-Francês de 1964 : a base francesa das Flores (1964-1977)Publication . Cabral, Pedro Vasco Enes da Silveira de Sousa; Andrade, Luís Manuel Vieira deO principal objectivo deste estudo consiste em compreender as relações Luso Francesas durante o processo do acordo estabelecido entre os dois países em 1964, e determinar o impacto que teve na manutenção dos interesses dos dois Estados: para Portugal, a ajuda política e militar numa conjuntura particularmente adversa; para a França, o acesso a facilidades concedidas nos Açores, essenciais para o cumprimento do seu programa de desenvolvimento da tecnologia dos mísseis, inerente a um projecto mais abrangente da política externa francesa. De salientar que, nesta altura, Portugal encontrava-se em negociações para a renovação do acordo das Lajes com os Estados Unidos, havendo, por este prisma, a possibilidade de alguma crispação por parte dos norte-americanos em relação a este assunto. Perante as dificuldades na prossecução dos seus intentos - a manutenção das suas colónias e, por consequência, a sobrevivência do regime – Portugal necessitava de encontrar novos parceiros para garantir apoio político nas instâncias internacionais, como era o caso da ONU, e apoio militar pelo facto de ter perdido este tipo de auxílio dos seus aliados tradicionais, sobretudo, dos EUA. Desta forma, a nossa dissertação terá como desafio principal tentar demonstrar como o acordo Luso-Francês foi importante para a canalização de recursos e apoios externos que serviram para a consumação de estratégias internas.
- Os Açores e a Europa : ultraperiferia, autonomia e subsidiariedadePublication . Fontes, Paulo VitorinoSituados no meio do Oceano Atlântico, os Açores sempre interagiram com as duas margens. Com a conquista da autonomia político-administrativa e com a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, a Região Autónoma dos Açores tem empreendido um significativo percurso de integração europeia, onde também sobe inspirar outras ilhas e arquipélagos nos seus processos de emancipação política. Pretendemos explorar esse percurso na articulação de três conceitos: a autonomia; a ultraperiferia, em que a luta política das regiões e ilhas da Europa, destacando o papel dos Açores, conduziu à consagração do estatuto de ultraperiferia e o princípio da subsidiariedade entre o centro e as periferias, reforçada no Tratado de Lisboa. A metodologia seguida é a revisão bibliográfica dos contributos pertinentes à temática, equacionando as potencialidades e desafios que os Açores hoje enfrentam, para concluir que a fértil articulação da autonomia com a subsidiariedade, no atual quadro jurídico-político europeu, possibilita, para além do desenvolvimento interno, uma nova centralidade da Região na política internacional.
- Os Açores em finais do regime de capitania geral, 1800-1820Publication . Costa, Ricardo Manuel Madruga da"[…]. Efectivamente, apesar do entusiasmo revelado por Ferreira Drummond nos seus Anais da Ilha Terceira quanto ao regime de capitania-geral mandado introduzir nos Açores em 1766 pelo futuro Marquês de Pombal, como o limiar de uma nova era, não parece transparente que os resultados correspondam às intenções e, menos ainda, ao aparente empenho de alguns capitães-generais, patente no conteúdo de anunciadas medidas de disciplina administrativa e de fomento, nomeadamente no campo da agricultura. Quando compulsamos a volumosa e variada documentação do acervo reunido no fundo da Capitania-Geral dos Açores, à guarda da Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo, fica-nos a impressão de que o regime criado por Pombal em 1766 gerou e alimentou uma enorme teia burocrática que, em novos moldes e sob a aparência de uma desejada modernidade, perpetuou, afinal, o quadro das dificuldades que justificaram a reforma do ministro de D. José. De facto, embora tornando a relação mais próxima e personificada numa autoridade centralizadora com tutela à escala insular, pode dizer-se que quase apenas se alterou a proximidade da esfera do Estado e a maior frequência do relacionamento entre as várias instâncias do poder nas ilhas. Importa ter ainda em conta que, se é certo que nos Açores se instaura um regime centralizado que poderia potenciar uma maior eficácia governativa, a verdade é que a autoridade máxima representativa da coroa no arquipélago irá, por seu turno, ficar extremamente dependente das decisões e orientações do governo de Lisboa, perdendo, assim, qualquer margem de autonomia que pudesse tornar efectiva e profícua a autoridade de que estava investida. Como afirma José Enes, "O sistema [das capitanias] agravou-se com a reforma pombalina, porque o Capitão General não foi investido com mais competências do que as que tinham os capitães do donatário e centralizando na Terceira a ligação governativa de todas as ilhas com Lisboa acrescentou mais uma instância retardadora e conflituosa no exercício do poder". […]"
- Os Açores na Filosofia e nas Ciências : Estudos IPublication . Luz, José Luís Brandão daOs sucessivos títulos que compõem a obra convergem no estudo de autores que, na segunda metade do século XIX e começos do século XX, trouxeram para o debate público uma reflexão em torno das conceções e temas ligados à filosofia positivista e ao seu combate, assim como ao desenvolvimento da investigação científica. Sobressaem as temáticas que incidem na elaboração duma visão positiva e utilitarista do homem e da sociedade, no incremento dos estudos etnológicos e antropológicos, na crítica à religião, na propagação dos ideais republicanos que conduziram à instauração da República em Portugal e a uma reflexão sobre o papel do Estado na vida social, cultural e política do país. Mas também não deixam de contemplar o papel doutrinário de alguns autores que se distinguiram na promoção e defesa da natureza espiritual do homem, crítica ao positivismo e materialismo, defesa da dimensão metafísica do pensamento.
- Os Açores na Filosofia e nas Ciências : Estudos IIPublication . Luz, José Luís Brandão daConjunto de 21 ensaios que procura uma abordagem da filosofia e da cultura portuguesa a partir do contributo trazido por autores de origem açoriana. Consoante o período histórico a que dizem respeito, os diferentes ensaios poderão ser agrupados em três conjuntos. O primeiro reporta-se aos séculos XVI e XVII e incide na obra historiográfica de Gaspar Frutuoso (1522-1591) e no sermonário de Bartolomeu do Quental (1626-1698), abordando as conceções do homem e da história, designadamente a visão reformista que ambos propõem para a condução da vida moral, social e política. O segundo inclui pensadores do século XIX e inícios do século XX, como Teófilo Braga (1843-1924), Manuel de Arriaga (1840-1917) e Francisco M. Faria e Maia (1841-1923), procurando nas suas obras a visão crítica da religião, a teoria do direito e a filosofia do conhecimento. Finalmente, o terceiro conjunto, que contempla o século XX, dispensa particular atenção aos temas da fenomenologia, do conhecimento e da metafísica em pensadores de apurada estatura filosófica, como Gustavo de Fraga (1922-2003) e José Enes (1924-2013), integrando também autores que deixaram obra poética e ensaística de índole cultural e filosófica, como Ruy Galvão de Carvalho (1903-1991), Manuel Pereira Medeiros (1936-2013). O livro encerra com um estudo sobre o significado da insularidade, convocando a visão de filósofos, literatos e intelectuais que refletiram sobre o tema.