DHFA - Teses de Doutoramento / Doctoral Thesis
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Também documentos cujo grau seja igual ou mais elevado que TESE DE DOUTORAMENTO, mas não siga a Convenção de Bolonha, são colocados nesta categoria.
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Browsing DHFA - Teses de Doutoramento / Doctoral Thesis by advisor "Cordeiro, Carlos Alberto da Costa"
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- Uma cidade portuária: a Horta entre 1880 e 1926. Sociedade e cultura com a política em fundoPublication . Lobão, Carlos Manuel Gomes; Cordeiro, Carlos Alberto da Costa; Silva, Susana SerpaOs Açores, graças à sua localização, desempenharam "um papel fulcral na história do Atlântico". Seria neste contexto que a cidade da Horta se tornou, mercê do seu abrigado ancoradouro e de ser geralmente a primeira terra a que tanto navios como tripulações "arribavam" depois de uma viagem por mar, num dos principais portos de articulação das comunicações marítimas que ligavam entre si as ilhas dos Açores e os dois lados do Atlântico. Por outro lado, na sequência da atividade comercial e da curiosidade pelas ilhas, ganharia um ar cosmopolita, que chegou até ao presente. Dito de outra maneira, a situação geográfica e a excelência da sua baía em contacto com os "ventos" da história "universalizaram" o Faial, porque foi a partir da baía / porto, transformada (o), pela sua importância, no "pulmão e no estômago" da ilha e das suas gentes, que se teceria de forma prioritária a História do Faial, se afirmaria o seu feitio hospitaleiro e a feição cosmopolita da sua cidade. No quadro deste estudo trazer a cidade da Horta a debate é destacar o seu contributo para a história do Atlântico, como espaço cultural, económico, social, político e científico.
- O ensino primário nas ilhas de S. Miguel e Terceira : dos ideais às práticas educativas nas primeiras décadas do século XXPublication . Medeiros, Isolina Júlia dos Reis e Reis; Cordeiro, Carlos Alberto da Costa; Pintassilgo, Joaquim António de SousaPretende-se com este estudo dar a conhecer a história do ensino nas ilhas de S. Miguel e Terceira e destacar a importância que tiveram as sociedades de beneficência, Associação Século XX, a Sociedade Promotora de Instrução Terceirense e a Liga Micaelense de Instrução, no combate ao analfabetismo. Estas instituições republicanas, com forte influência da maçonaria, destinavam-se a promover a alfabetização e escolarização, através da implementação de comissões de beneficência, caixas económicas escolares, cursos noturnos, bibliotecas, museus e missões escolares, pelo método de João de Deus. As instituições, com vista à frequência escolar, proviam os meios necessários às crianças pobres e desse modo, garantiam a sua presença na escola. Mas, a democratização do ensino aberto às massas, comportava uma intenção ideológica: criar uma “nova escola” gratuita, obrigatória e laica, onde fossem inculcados os novos ideais e valores republicanos. Ao formar um “homem novo”, mais ativo e participativo na sociedade, era possível alcançar o progresso e a regeneração social. Estes novos ideais, confrontados com uma sociedade tradicional católica geraram, no caso terceirense, grandes controvérsias com a igreja. Este estudo pretende contribuir para o conhecimento da História da Educação nos Açores que regista uma produção muito reduzida, devido à informação escassa e dispersa, ao mau estado de certos fundos não catalogados e à falta de organização e tratamento documental.
- José Maria Raposo Amaral (1856-1919) : um progressista convicto?Publication . Pimentel, Afonso Alberto Pereira; Costa, Susana Goulart; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaPelos múltiplos papéis que desempenhou - de dirigente partidário a autarca, de proprietário rural a industrial, de entusiasta da caça a impulsionador da piscicultura - José Maria Raposo de Amaral Júnior figura, sem dúvida, entre os homens cuja ação influenciou o quotidiano da ilha de S. Miguel num período que vai do último quartel de oitocentos às primeiras duas décadas do século XX. Herdeiro de uma das mais ricas fortunas da maior ilha do Açores, Raposo de Amaral faz parte da elite micaelense, destacando-se no rol dos protagonistas do primeiro movimento autonómico dos Açores e do processo de industrialização de S. Miguel que lhe surge associado. O Senhor do Colégio, como é popularmente conhecido, está à testa dos projetos das indústrias do álcool, do açúcar e do chá, liderando, igualmente, empreendimentos tão diversos como o fornecimento e distribuição de água a Ponta Delgada, o povoamento piscícola das lagoas das Sete Cidades e Furnas ou a construção do Coliseu Avenida (no presente, Coliseu Micaelense). Ora, a presente tese assume-se como uma das diversas narrativas possíveis sobre a vida de José Maria Raposo de Amaral, pretendendo-se, seja através do recurso ao testemunho direto do próprio, recolhido em milhares de cartas que escreveu e arquivou, seja com apoio de outras fontes da época ou trabalhos historiográficos já publicados, contribuir, complementarmente, para uma melhoria do conhecimento da história micaelense numa época marcada por grandes e aceleradas mudanças que culminariam na eclosão da Grande Guerra.
- Liberalismo e municipalismo : o caso do extinto concelho das Capelas (1839-1853) na Ilha de São MiguelPublication . Viveiros, André Manuel Pereira; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaEste estudo pretende ser um pequeno contributo para o conhecimento da História Local das ilhas dos Açores. Apontamento historiográfico onde procuramos saber quais as razões que estiveram na base da criação do concelho das Capelas em 1839, na ilha de São Miguel, como se processou o seu o funcionamento e quais as razões ponderosas que ditaram a sua extinção em 1853. Tentamos enquadrar a temática no seu tempo histórico, o tempo de um país que de forma conturbada procurava implantar um novo regime - o Liberalismo -, cujos principais acontecimentos se repercutiam nas ilhas, refletindo, também nelas, o que se passava a nível nacional. Novo regime político que trouxe as mudanças necessárias: a criação da Província Oriental dos Açores que em 1833 libertava São Miguel da tradicional ascendência de poder da ilha Terceira; a publicação de Decreto datado de 1835 que criava três distritos autónomos nas ilhas com sedes em Ponta Delgada, Angra e Horta; a preparação da proposta de Lei (1838) a dividir a ilha de São Miguel em mais dois concelhos, o das Capelas e o da Povoação. Apuradas as razões que estiveram na base daquela proposta, que é aprovada na Câmara dos Deputados com a publicação de Decreto datado de 3 de julho de 1839, passamos a analisar as eleições e o processo de instalação do novo município. Apoiados essencialmente em fontes primárias avaliamos o seu funcionamento, constatando-se de imediato as grandes dificuldades institucionais e financeiras com que a câmara municipal se debatia. Dificuldades que obstam à aspiração de contruir um Paço Municipal, um novo cemitério, estradas e redes de água para o concelho; Enquanto se vai sentindo a sua gradual asfixia face às crescentes necessidades orçamentais para pagar à junta geral a quotização que lhe incumbe no amparo das crianças expostas, cujo incumprimento abre crise institucional entre a câmara e o Governador Civil, desinteligências que serão acrescidas pela incapacidade daquela mandar em tempo útil mapas de recenseamento da população do concelho, fundamentais para a fiscalidade distrital e realização das eleições locais e nacionais. Com a chegada da Regeneração em 1851 e consequente nomeação de novo Governador Civil temos, primeiro, a dissolução da câmara naquele ano e depois a efetiva supressão do concelho, que até era sustentável economicamente, quando comparados os seus dados com os dos demais da ilha. No estudo, permanece a dúvida sobre o real significado da chamada economia da laranja sobre todo o processo do efémero concelho.
- O Liceu Nacional de Angra do Heroísmo nas décadas finais da Monarquia (1880-1910) : percurso de uma instituição liceal insularPublication . Ávila, Leandro Adelino Andrade Cardoso; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaA Reforma de Luciano de Castro procurou imprimir ao ensino liceal português um novo rumo, mas foi com a legislação de Jaime Moniz que aconteceu a rutura com o estado caótico em que se encontrava este nível de ensino. Contudo, a assimetria entre os liceus continuou colocando-os em categorias diferenciadas. Neste encalce, o liceu angrense, durante várias décadas, pugnou pelo melhoramento da respetiva categoria, a fim de poder ministrar o curso liceal completo, mobilizando diversos argumentos que legitimassem tal pretensão. Ao nível arquipelágico, procurou-se que esta afirmação se efetivasse, assumindo-se concomitantemente como fator de valorização e de centralidade do próprio distrito. Neste domínio, esta e outras questões assumiram contornos políticos, não ficando incólume o papel das autoridades distritais, bem como o perfil político-partidário e prestígio dos reitores. Pese embora lacunas ao nível das instalações e recursos disponíveis, assim como o caráter elitista da população estudantil, o liceu angrense não deixou de ser um importante núcleo cultural e intelectual do distrito, influenciando e deixando-se influenciar pelo meio onde estava inserido. A contextualização da realidade liceal angrense no cômputo nacional assumiu-se como importante vetor, podendo contribuir para o entendimento mais holístico da realidade liceal portuguesa, integrando as especificidades de um liceu insular.
- Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada : ecos da II Guerra Mundial nos AçoresPublication . Rezendes, Sérgio Alberto Fontes; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaIsolados no Atlântico Norte, os Açores sempre padeceram em contexto de luta pelo domínio dos mares. Durante a II Guerra Mundial, esta realidade não seria diferente. A interação das autoridades civis e militares perante uma mudança imposta por pressões exteriores evidencia a especificidade e vulnerabilidade do seu povo mediante fatores de ordem externa e interna, anómalos ao país e induzidos pela guerra: bloqueio económico, falta de matérias-primas, de géneros alimentares, rarefação dos transportes, inflação, mercado negro, quebra de poder de compra e agitação social, entre mais. Com uma mobilização ímpar, as ilhas teriam graves dificuldades em sustentar a presença de um vasto contingente militar, que distribuído pelas três principais ilhas teria como função defende-las independentemente das lacunas materiais e alimentares, humanas e financeiras. A reconversão do dispositivo militar, de paz para guerra, sobrecarregado pelas facilidades concedidas a povos estrangeiros, agravaria ainda mais uma economia dependente do exterior, expondo as ilhas a fatores como o bloqueio económico e a guerra submarina. Perante um Estado com poderes excecionais, e autoritário, os militares e o povo conheceriam a rarefação, a insegurança e o encarecimento dos transportes, exemplos das múltiplas variáveis que assolariam o arquipélago e que fariam da capacidade de sacrifício dos açorianos, e de entendimento entre instituições, mais do que uma virtude: uma cumplicidade.