DHFA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
Permanent URI for this collection
Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
Browse
Browsing DHFA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 138
Results Per Page
Sort Options
- A administração municipal de Ponta Delgada nos primórdios da autonomia (1896-1910)Publication . Machado, José Joaquim Ferreira; Meneses, Avelino de Freitas de; Cordeiro, Carlos Alberto da Costa"O regime liberal introduziu alterações profundas no modelo de organização e gestão dos concelhos, com consequências ímpares na evolução da instituição municipal, que era tão antiga como o próprio país. O século XIX foi assim um tempo de mudança na governação do espaço concelhio, que se viu confrontada com a emergência de novos poderes – o governador civil e a Junta Geral – investidos de propósitos de uniformidade e de centralismo, antagónicos da autonomia lata e tradicional das câmaras municipais. Para além da sinuosidade da política portuguesa de oitocentos, marcada pelas lutas liberais e pelo advento do republicanismo, o exercício do poder municipal foi ainda condicionado por novas exigências sociais e económicas, consoante o ritmo do desenvolvimento das comunidades e o grau da consciência cívica dos povos. Os Açores experimentaram naturalmente os efeitos da conjuntura nacional. Ademais, na última década do século, sobretudo em Ponta Delgada, este quadro de efervescência política e social era ainda acentuado por reivindicações autonomistas, correspondidas em lei pelo Decreto de 2 de Março de 18951. As relações de poderes, os despiques partidários, a aritmética eleitoral e os apetites do caciquismo encontravam aqui terreno fértil para a sua germinação. A explicação destes fenómenos, da sua intensidade e das suas correlações, constitui o objecto do presente estudo, centrado na instituição municipal, mas sem perder de vista as conexões que o exercício desse poder implicava tanto no plano institucional, como no das interdependências das elites locais. […]"
- O doente da Unidade de Dor do Hospital Divino Espírito Santo : breve abordagem de qualidade de vida, dor e sofrimentoPublication . Martins, Raquel Maria de Fraga; Tomás, Licínio Manuel VicenteO estudo ocorreu na Unidade de Dor do Hospital do Divino Espírito Santo, no período de Outubro de 2004 a Junho de 2006. O universo em estudo definiu-se por critérios de funcionamento inerentes à instituição. Estes foram aplicados sobre a globalidade dos 451 doentes com processo activo na Unidade de Dor, do qual foi retirada uma amostragem. A hipótese da investigação foi a avaliação da qualidade de vida do doente, averiguando de que forma é que situações de dor crónica por doença prolongada, podem ser causadoras de alteração na qualidade de vida, levando a uma profundas modificações do quotidiano. Foi também colocada a hipótese de os doentes associarem à ocorrência dos seus estados de dor crónica, o facto de terem sido despoletados por situações emocionais originadas pelas suas histórias de vida. Aplicou-se, o WHOQOL BRIEF. Para apurar a existência ou não da segunda hipótese foi introduzida uma pergunta aberta de recolha de informação sobre o acontecimento, ou os acontecimentos de ordem emocional, afectiva ou relacional que na vida do sofrente poderão ter conduzido a um despoletar ou a um acentuar da situação de doença. O estudo revelou que 94,28% dos doentes sentiam a situação de doença como limitadora da sua qualidade de vida a vários níveis e 65,71% reconhecem um acontecimento de ordem emocional nas suas vidas que despoletou ou agravou a situação de doença.
- Dialécticas da mobilidade dos açorianos : incorporação em espaços transatlânticosPublication . Roberto, Sandra Gaspar; Rocha, Gilberta Pavão NunesA região dos Açores á semelhança do resto do país, tiveram sempre muito presente o fenómeno emigratório, embora nesta região o fenómeno apresente determinadas especificidades, nomeadamente, na escolha do destino, predominantemente, o continente norte-americano. Assim o conhecimento desta realidade permite, por um lado, uma análise das características da emigração nesta região, por outro, uma oportunidade de reflexão sobre a recepção de imigrantes nos Açores que se começou agora a fazer sentir e, poderá no futuro vir a aumentar. Na temática das migrações um factor central para os indivíduos que migram e para os países de recepção de imigrantes corresponde á incorporação dos migrantes nas sociedades de acolhimento. As políticas governamentais, as características do mercado de trabalho e das comunidades étnicas, assim como as competências individuais dos imigrantes parecem constituir as fontes principais de análise para o percurso que fazem nos países de acolhimento. Assim, neste estudo descrevemos o percurso dos emigrantes açorianos nos EUA e no Canadá, através de dois segmentos da população que viveram vários anos nestes países e regressaram á ilha de S. Miguel, quer por vontade própria, quer em consequência de processos de expulsão do país de acolhimento. No contexto da incorporação destes emigrantes, coloca-se ainda em relevo o percurso da primeira geração de emigrantes e daquela que simboliza a segunda geração, pois apesar de ter nascido ainda em Portugal, todo o percurso de vida desde a infância foi realizado no país de acolhimento.
- Associativismo juvenil nos Açores : sociabilidade e participação socialPublication . Lopes, Tibério Gil; Gonçalves, Rolando Lima LalandaO desenvolvimento do trabalho constituiu-se num estudo desenvolvido na Área do Associativismo Juvenil, tendo como preocupação central compreender o movimento associativo como uma forma de participação social dos jovens. Procurámos dar resposta reflectindo acerca da função organizacional e função social do associativismo juvenil, traçando uma retrospectiva acerca do conceito de juventude e dos pressupostos que estão subjacentes à compreensão de identidades individuais e identidades colectivas. Por outro lado, os processos de socialização e os factores de integração social dos jovens levaram-nos a aprofundar o sentido da acção social, manifestamente assente na transposição prática das representações sociais dos indivíduos. Revisitámos o conceito de cultura, de modo a entendermos o sentido das práticas culturais, não olvidando, em todo o caso, o sentido da mobilização colectiva própria do movimento associativo. Tendo-se desenvolvido esta análise no enquadramento subjacente ao associativismo juvenil, procurámos ainda entender as formas de sociabilidade dos jovens e a relação existente, ou não, com as suas práticas culturais e práticas associativas, e concluímos que elas constituem um elemento fundamental de interligação e homogeneidade para a compreensão da participação social. No quadro da participação social e do associativismo juvenil, pudemos verificar que existem factores identitários socialmente construídos, bem como, um referencial de valores que confluem para a dinâmica dos modelos predominantes ao desenvolvimento local e regional. No entanto, aferimos, também, que a participação nas associações juvenis é, ao mesmo tempo, condicionada pelas representações sociais do jovem e pelos seus contextos de socialização formais. Finalmente, e de acordo com as dimensões que apresentámos para a compreensão da participação social dos jovens, concluem-se que pertençam às associações juvenis corporizadas por resultados, acima de tudo de convivialidade, lazer e satisfação pessoal, verificados pela proximidade e reciprocidade, em contextos de socialização inerentes ao sistema de valores e às práticas culturais dos jovens.
- A Grande Guerra nos Açores : memória histórica e património militarPublication . Rezendes, Sérgio Alberto Fontes; Cordeiro, Carlos Alberto da Costa"[…]. A análise das relações entre as duas esferas de poder local, a civil (materializada em última instância nos Governadores Civis) e a militar (assente no Comando Militar dos Açores e respectivos comandos de ilha), posteriormente retidas numa única entidade, o Alto Comissário da República nos Açores, em 1918, e o seu desenvolvimento ao longo do período em analise, ou seja de meados do 1914 a finais de 1919, permitirá entender o esforço realizado para conter a conjugação crítica de factores negativos. De facto, na fase final do conflito mundial a gripe pneumónica vitimaria, no espaço de poucos meses entre 20 a 40 milhões de pessoas por todo o mundo, sendo "disseminada essencialmente através das comunicações marítimas", assumindo o "transporte de soldados um papel fundamental na propagação", juntando-se assim à fome, à guerra e à instabilidade política reinante na capital portuguesa, mas com inevitáveis reflexos locais. Esta análise demarca o período em estudo entre o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando na Bósnia a 28 de Junho de 1914 e o repatriamento dos alemães concentrados no Depósito de Angra do Heroísmo a 7 de Novembro de 1919, situação como a última, em termos objectivos, ocorrida em território açoriano e ainda relacionada com a Grande Guerra. […]". (da Introdução, págs. 15-16)
- Programação museológica e espaço arquitectónico : o Museu Carlos Machado de Ponta Delgada, AçoresPublication . França, Igor Tavares de Melo Espínola; D'Alfonso, Maddalena; Martins, Rui de Sousa[…]. Efectivamente, a arquitectura de museus é um dos mais interessantes temas da arquitectura contemporânea. O fascínio que os museus hoje exercem no imaginário das sociedades desenvolvidas, radica, em grande parte, no facto dos seus edifícios constituírem, frequentemente, uma presença icónica no contexto urbano em que se inserem. Esse mecanismo de encantamento apoia-se no reconhecimento de que, num mundo crescentemente padronizado, uma arquitectura promotora de diferença, e susceptível de afirmar as “cores” de uma cidade, de uma região, ou mesmo de uma nação, pode constituir uma mais-valia assinalável. Suplantando os “herdeiros” das grandes catedrais medievais, estações ferroviárias, hospitais, fábricas, bibliotecas, prenunciados pelas vanguardasmodernistas, são precisamente os museus que hoje mais próximos estão decumprirem aquela profecia. Recentemente essa presunção tem-se apoiado num entendimento escultórico do edifício, que se afirma como algo de espectacular e susceptível de rivalizar, ou até mesmo de anular, a lógica expositiva. Por outro lado, desde remotamente considerados “instrumentos de medida” do nível cultural de um povo, pese embora o facto de terem despertado ódios e desamores ao longo da sua existência multissecular, são, ainda hoje, os edifícios dos museus que enformam o espaço expositivo por excelência. Este aspecto assume especial relevância na cultura ocidental, precisamente a geradora da instituição museal, uma vez que aquela se afirma na inter-relação entre a mensagem e o espaço onde a obra é exposta. Assim, encontrar um ponto de equilíbrio entre continente e conteúdo, entre o carácter distintivo da marca urbana, ou a exaltação pura e simples da arte e do coleccionismo abrigados no museu, deverá constituir-se como o principal desafio a enfrentar pelo arquitecto, chamado a intervir nesta área da arquitectura contemporânea. É neste contexto que a manifestação recente, por parte da tutela, da vontade de investir na sede do Museu Carlos Machado, constitui uma oportunidade para refundar o seu projecto museológico, conferindo às suas infra-estruturas as condições necessárias à sua implementação. É aquele pressuposto que justifica o nosso interesse em desenvolver este trabalho que, sendo embora um exercício académico, constitui também resposta a uma situação concreta. […].
- Cultura e identidades açorianas : as palestras radiofónicas de Francisco Carreiro da Costa (1945-1974)Publication . Gonçalves, Francisco António Grandão; Cordeiro, Carlos Alberto da CostaO movimento regionalista açoriano, nos anos 20 e 30 do século XX, promoveu debates sobre as realidades políticas, económicas, sociais e, de um modo muito especial, culturais insulares. Envolveu intelectuais, políticos, jornalistas, empresários, elementos do clero, entre outros, que almejavam a “construção” de uma verdadeira “consciência açoriana”, entendida, em linhas gerais, como a substituição dos interesses particularistas de cada uma das ilhas pelos valores da unidade e solidariedade açoriana. O recurso à História e o apelo ao regresso da tradição; as preocupações pela preservação do património etnográfico e artístico; a exaltação dos valores patrióticos integra esse discurso regionalista que, na sua vertente mais conservadora, invoca os valores da ordem e da disciplina sociais. É nestas questões que se declara o interesse e dedicação de Francisco Carreiro da Costa, aos Açores. Desde cedo manifestou atenção pelas questões culturais do arquipélago, aquando da organização e realização do I Congresso Açoriano, de que foi seu secretário, o que lhe permitiu o contacto com a generalidade das questões açorianas de então. Além das actividades de carácter oficial e associativo, foi à etnologia dos Açores, que se dedicou mais empenhadamente. Os vários cargos que ocupou permitiram que realizasse uma obra exaustiva de descoberta, recolha e coordenação dos valores da tradição regional, que executou com método, persistência e a divulgou amplamente. Personalidade marcante e influente na sociedade açoriana do seu tempo, foi considerado importante obreiro das Letras e possuidor de reconhecidas capacidades intelectuais. A sua vida foi um raro exemplo de trabalho e actividade, tendo compreendido muito de perto a alma do povo, que tão empenhadamente observou em todas as suas manifestações, conforme testemunham aqueles com quem privou. Foi interlocutor privilegiado de escritores, jornalistas, artistas, cientistas que visitaram São Miguel e viram nele colaborador incansável. Participou em diversas palestras e conferências no território nacional como no estrangeiro, contribuindo com os seus estudos para o enriquecimento do debate sobre a definição da identidade açoriana. Salienta-se, igualmente, o valioso trabalho de compilação e divulgação do património histórico e etnográfico dos Açores, empreendido pelo Dr. Francisco Carreiro da Costa, bem como a sua colaboração na constituição de vários organismos culturais do arquipélago. A vasta e tão relevante obra congregada no Fundo Dr. Francisco Carreiro da Costa que se encontra à guarda dos Serviços de Documentação da Universidade dos Açores, é constituída pelas palestras, proferidas no Emissor Regional, correspondência diversa enviada pelo próprio a particulares e a entidades públicas, trabalhos de investigação, ficheiros sobre os temas de estudo, além de textos variados, que são importantes para quem se queira debruçar sobre a problemática da identidade cultural açoriana. […]
- João Bosco Mota Amaral e o Regime Açoriano de Autonomia PolíticaPublication . Ferreira, Maria Filomena da Silva Sousa; Amaral, Carlos Eduardo Pacheco“João Bosco Mota Amaral é portador de um projecto político singular para os Açores, se bem que integrado nos quadros nacional e europeu, pelo qual pugna e cuja implementação assume, na sequência de eleições livres. De facto, a sua actuação política, quer no quadro da Assembleia Nacional, quer nas fases do período revolucionário, quer da consolidação do regime democrático, foi determinante para a conceptualização da autonomia das regiões insulares e a operacionalização da autonomia política e legislativa dos Açores. O trabalho que agora se apresenta parte do pressuposto de que a filosofia não é apenas uma actividade interrogativa e contemplativa, com graus de profundidade e fecundidade variáveis, mas também uma intencionalidade orientada para a praxis nos seus mais variados domínios, dos quais se destacam, pela sua relevância, o axiológico, o antropológico, o social e o político. Com efeito, consideramos, na senda do pensamento de Gramsci1, que a filosofia não se resume a um saber articulado num todo coerente, fruto do labor apurado dos filósofos sistemáticos, mas que se efectiva, também, no pensar profundo do homem comum que se agita e que age orientado por um ideal. Para este filósofo e activista, tal como para o político João Bosco Mota Amaral, o mundo e a existência não são concebidos como dados; configuraram-se, pelo contrário, como problemáticos, desencadeadores da reflexão e da acção transformadora. No caso do político açoriano, o ideário, materializado na assunção de responsabilidades representativas, governativas e, ainda, na escrita, ultrapassa o solipsismo e subjectivismo do homem singular e concreto e impulsiona a comunidade portuguesa, de Portugal, dos Açores e da diáspora, a ousar novas formas de organização do social e do político e ganha uma pregnância de sentidos numa outra lógica, a característica da imaginação (re)fundadora de significados e de instauração de novas realidades. Pressupomos, também, que as comunidades não são entidades abstractas desenraizadas dos âmbitos concretos nos quais se elevam. Com efeito, advogamos que o curso das suas existências é condicionado pela acção concreta de agentes políticos. É, pois, por isto que ousamos pensar que nos Açores, no ocaso do Estado Novo e aurora da Democracia, emerge uma existência vigilante, a de João Bosco Mota Amaral, capaz de captar com acutilância o alcance genésico de factos históricos, o que lhe permite encarnar os desígnios do povo e, através do seu ideário vertido em acção, determinar-lhe o curso existencial. Deste modo, o pensamento e a acção deste agente político singular, João Bosco Mota Amaral, são, simultaneamente, determinados por um quadro de referência (Liberalismo, Social-democracia, Humanismo, Personalismo e Doutrina Social da Igreja) e configurados como matrizes constitutivas do rumo da sociedade de que fazem parte, determinando-lhe o percurso futuro. […]”
- Interpretação e linguagem na hermenêutica de GadamerPublication . Toste, Abel Ricardo Aguiar; Silva, Rui Sampaio daDesde que os historiadores começaram a fazer história que se pôs a pergunta acerca da hermenêutica. Para se atingir o verdadeiro sentido dos textos, evitando a sua má interpretação, estabeleceram-se métodos diversos. Para alguns hermeneutas, tratava-se de conhecer a personalidade do autor, para melhor compreender a sua obra. Para outros, o mais importante seria reconstruir os sistemas filosóficos, ou os debates de ideias anteriores ao texto. Opondo-se a todo o género de subjectivismo e de relativismo, o trabalho hermenêutico de Hans-Georg Gadamer, figura decisiva da hermenêutica do século passado, veio combater todas as noções de método interpretativo, estabelecendo todo o seu sistema filosófico-hermenêutico no acontecimento da tradição, mediado pela linguagem. […]. A sua importância para a teologia, jurisprudência e estética é enorme. A noção da pré-compreensão, derivada do contexto vital do intérprete foi aplicada à hermenêutica, e a interpretação deixa de ser uma questão de método, para ser um existencial, uma questão relativa à existência do intérprete. Deste modo, interpretar é compreender, e compreender é aplicar. Só assim haverá verdadeira compreensão. A interpretação busca conhecer as condições em que ocorre a compreensão; ou seja, procura compreender a própria linguagem e, através dela, o próprio homem, a sua história e existência. É através da linguagem que se dá o acesso ao mundo e às coisas. […]. (Da Introdução)
- Paideia e direitos humanosPublication . Santos, Auxiliadora Conceição dos; Miúdo, Berta Pimentel“[…]. O Homem tem consciência das suas potencialidades e é dentro dela que se torna um Homem pleno de direitos, entendendo o outro Homem como uma mais-valia para a sua formação e aperfeiçoamento. A educação é a forma privilegiada de aperfeiçoamento do Homem em todas as suas dimensões, desde a psicológica até à política. Cada vez mais, a sociedade actual toma consciência que é através de uma educação, organizada e aberta às diferenças, que poderá melhorar todos os cidadãos que dela fazem parte. Aos jovens têm de ser dadas as ferramentas não só físicas, mas fundamentalmente mentais, que lhes possibilitem progredir como pessoas. A educação deve promover todas as dimensões humanas, perseguindo os valores positivos que se encontram na base de toda a formação. Valores como a fraternidade, a solidariedade, a responsabilidade, a liberdade e o respeito mútuo são metas que todos deviam procurar alcançar numa sociedade que procura a defesa e a efectivação dos Direitos Humanos. Nesta ordem de ideias, é necessário que a Escola não descure a educação para a cidadania, preparando crianças e jovens para a sua integração na comunidade, para o respeito pelo Outro, mesmo que não sejam da mesma cultura, religião ou partido político, mesmo que não tenham as mesmas convicções, a mesma cor da pele ou a mesma orientação sexual. A Escola tem um papel essencial na educação para a cidadania. Deve ser o lugar onde se ensinam os jovens a serem tolerantes, respeitando todos os outros e reconhecendo a sua humanidade, para além de todas as diferenças, preferindo o diálogo e a argumentação em vez da violência, aceitando a diversidade de opiniões e de crenças e não discriminando os que têm convicções diferentes. A Filosofia, no Ensino Secundário, será neste sentido, a disciplina que contribui de forma significativa para a formação dos jovens. Segundo a UNESCO, a Filosofia deve ser uma disciplina a que todos os jovens do mundo devem ter acesso, porque contribui para a formação de Homens livres e de cidadãos críticos, participativos e responsáveis. Estudar Filosofia mobiliza a capacidade crítica e argumentativa, favorece a abertura de espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância entre os indivíduos e os grupos. […]” (da Introdução)