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- Percepção das crianças do 1º ciclo do Ensino Básico do concelho das Lajes do Pico (Açores) sobre resíduos sólidos urbanos e a sua gestãoPublication . Silva, Cristina Maria Moreira Machado da; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro PonceOs problemas ambientais causados pela acção do homem impõem a necessidade de se procurarem formas de desenvolvimento adequadas ao ambiente. Esta problemática é objecto de estudo da Educação Ambiental, que considera as dimensões sociais, políticas, económicas, culturais, ecológicas e éticas das questões ambientais e informa a gestão e conservação da natureza. Um dos principais problemas dos tempos modernos, que necessita de ser enfrentado pela sociedade é o tratamento de resíduos sólidos urbanos. Este assunto tem sido alvo de um conjunto amplo de investigações, que resultam em regulamentações próprias que procuram minimizar este problema ambiental, culminando em diversas campanhas de informação e formação do público em geral. Em Portugal, a ilha do Pico (Região Autónoma dos Açores), é um dos pontos onde a instalação de infra-estruturas adequadas à recepção separada de resíduos sólidos mais terá tardado. Partindo deste conhecimento local, e da importância da escola, cujo principal papel envolve o desenvolvimento nas crianças e jovens de atitudes de respeito pelo ambiente, procurámos, utilizando uma metodologia de carácter predominantemente qualitativa, do tipo descritivo interpretativo, caracterizar o que sabem e o que pensam as crianças a frequentar o último ano do primeiro ciclo do ensino básico de todas escolas do concelho das Lajes do Pico (n=49), sobre resíduos sólidos e a sua gestão. As crianças responderam a um questionário com diversos tipos de perguntas, incluindo associações livres, perguntas abertas, fechadas e de opinião, além de terem elaborado ainda uma composição sobre resíduos sólidos. As respostas destas crianças, com nove e 10 anos de idade, sugerem que detêm alguns conhecimentos sobre resíduos e uma grande abertura e sensibilização para trabalhar temas relacionados com o ambiente. Entre as principais lacunas de conhecimento, destacaram-se o destino final dos resíduos sólidos, o processo de reciclagem, alguma confusão de termos (ex. reciclagem / separação) e omissão de comportamentos de redução e reutilização de bens e recursos. Das variáveis pesquisadas (sexo, idade, habilitações dos pais, frequência de eco-escola), nenhuma se mostrou particularmente consistente na explicação de diferenças de conhecimento ou sensibilização. As principais fontes do conhecimento referidas foram a escola (professores) e a família. Espera-se que este trabalho venha a contribuir para o delineamento de novas planificações por parte dos professores sobre o tema dos resíduos sólidos urbanos de modo a colmatar as lacunas detectadas, contribuindo para a formação integral dos alunos como cidadãos activos e responsáveis.
- Interpretação e linguagem na hermenêutica de GadamerPublication . Toste, Abel Ricardo Aguiar; Silva, Rui Sampaio daDesde que os historiadores começaram a fazer história que se pôs a pergunta acerca da hermenêutica. Para se atingir o verdadeiro sentido dos textos, evitando a sua má interpretação, estabeleceram-se métodos diversos. Para alguns hermeneutas, tratava-se de conhecer a personalidade do autor, para melhor compreender a sua obra. Para outros, o mais importante seria reconstruir os sistemas filosóficos, ou os debates de ideias anteriores ao texto. Opondo-se a todo o género de subjectivismo e de relativismo, o trabalho hermenêutico de Hans-Georg Gadamer, figura decisiva da hermenêutica do século passado, veio combater todas as noções de método interpretativo, estabelecendo todo o seu sistema filosófico-hermenêutico no acontecimento da tradição, mediado pela linguagem. […]. A sua importância para a teologia, jurisprudência e estética é enorme. A noção da pré-compreensão, derivada do contexto vital do intérprete foi aplicada à hermenêutica, e a interpretação deixa de ser uma questão de método, para ser um existencial, uma questão relativa à existência do intérprete. Deste modo, interpretar é compreender, e compreender é aplicar. Só assim haverá verdadeira compreensão. A interpretação busca conhecer as condições em que ocorre a compreensão; ou seja, procura compreender a própria linguagem e, através dela, o próprio homem, a sua história e existência. É através da linguagem que se dá o acesso ao mundo e às coisas. […]. (Da Introdução)
- Consumos juvenis e atitudes ambientais : um estudo exploratório das perspectivas dos alunos do Ensino Secundário na ilha do Pico (Açores)Publication . Pinto, Jacycarla Silva Thé; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Arroz, Ana Margarida MouraAs problemáticas ambientais ocupam um lugar central nas preocupações da sociedade contemporânea. Partindo da perspectiva do desenvolvimento sustentável e dos questionamentos que o conceito suscita, examina-se o cenário actual de modo a compreender os problemas decorrentes da relação existente entre a sociedade e ambiente. Inúmeros problemas ambientais tem sido estudados no meio académico, mas a questão do consumo emerge como fundamental para uma sociedade sustentável. Assim, este trabalho investiga a compreensão das perspectivas ambientais dos jovens e da sua articulação com as disposições e práticas de consumo. O objectivo principal deste estudo situa-se, assim, ao nível da caracterização das práticas de consumo e atitudes ambientais. A influência exercida pelo nível de consciência ambiental do jovem consumidor e das suas atitudes em relação ao consumo sustentável foram apreciadas, na Ilha do Pico - Açores, através da aplicação de inquéritos por questionário. O trabalho foi realizado dentro das três escolas desta ilha, abrangendo o total dos alunos do secundário e os cursos profissionais, num total de 339 alunos, matriculados. Uma das suas principais mais valias deste estudo reporta-se precisamente ao facto de disponibilizar informação relativamente à generalidade dos alunos do ensino secundário na Ilha do Pico. Quando questionados em relação aos critérios de consumo, os jovens, na sua maioria, responderam que compravam por “Gostar”, resposta que sinaliza alguma irreflexão. No entanto a questão ambiental não lhes passa despercebida. De acordo com as respostas obtidas na aplicação da escala do Novo Paradigma Ecológico, a prudência representa a norma subjectiva deste grupo, incluindo mais de metade dos jovens (58,6%). O peso relativo da confiança, de cerca de um quinto dos inquiridos (19,7 + 2,6%) é ainda menor se atendermos a que a generalidade convive com crenças de carácter aparentemente irreconciliável e típicas dos dois paradigmas em presença na escala NEP. Na percepção destes jovens as soluções para os problemas ambientais relacionados com o consumo é uma responsabilidade directa dos seres humanos. No geral as respostas dos inquiridos deixam subentender a necessidade de um maior debate público sobre o tema, de forma que haver maior consciencialização e responsabilização individual. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o delineamento de políticas e programas de intervenção no âmbito da cidadania, de modo a ajudar na formação de jovens mais ambientalmente conscientes do impacto das suas atitudes e valores, sobre o meio ambiente. Espera-se ainda contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre a articulação entre a consciência ambiental e o consumo em jovens portugueses.
- Paideia e direitos humanosPublication . Santos, Auxiliadora Conceição dos; Miúdo, Berta Pimentel“[…]. O Homem tem consciência das suas potencialidades e é dentro dela que se torna um Homem pleno de direitos, entendendo o outro Homem como uma mais-valia para a sua formação e aperfeiçoamento. A educação é a forma privilegiada de aperfeiçoamento do Homem em todas as suas dimensões, desde a psicológica até à política. Cada vez mais, a sociedade actual toma consciência que é através de uma educação, organizada e aberta às diferenças, que poderá melhorar todos os cidadãos que dela fazem parte. Aos jovens têm de ser dadas as ferramentas não só físicas, mas fundamentalmente mentais, que lhes possibilitem progredir como pessoas. A educação deve promover todas as dimensões humanas, perseguindo os valores positivos que se encontram na base de toda a formação. Valores como a fraternidade, a solidariedade, a responsabilidade, a liberdade e o respeito mútuo são metas que todos deviam procurar alcançar numa sociedade que procura a defesa e a efectivação dos Direitos Humanos. Nesta ordem de ideias, é necessário que a Escola não descure a educação para a cidadania, preparando crianças e jovens para a sua integração na comunidade, para o respeito pelo Outro, mesmo que não sejam da mesma cultura, religião ou partido político, mesmo que não tenham as mesmas convicções, a mesma cor da pele ou a mesma orientação sexual. A Escola tem um papel essencial na educação para a cidadania. Deve ser o lugar onde se ensinam os jovens a serem tolerantes, respeitando todos os outros e reconhecendo a sua humanidade, para além de todas as diferenças, preferindo o diálogo e a argumentação em vez da violência, aceitando a diversidade de opiniões e de crenças e não discriminando os que têm convicções diferentes. A Filosofia, no Ensino Secundário, será neste sentido, a disciplina que contribui de forma significativa para a formação dos jovens. Segundo a UNESCO, a Filosofia deve ser uma disciplina a que todos os jovens do mundo devem ter acesso, porque contribui para a formação de Homens livres e de cidadãos críticos, participativos e responsáveis. Estudar Filosofia mobiliza a capacidade crítica e argumentativa, favorece a abertura de espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância entre os indivíduos e os grupos. […]” (da Introdução)