Browsing by Author "Costa, Susana Goulart"
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- Da eternidade à historicidade : traços das fundações pias setecentistas na ilha de São MiguelPublication . Costa, Susana Goulart[...]. O exercício vincular no arquipélago dos Açores, tal como em muitas outras zonas da expansão portuguesa, manifestou-se desde os primórdios do povoamento insular. Na ilha de São Miguel, os registos fundacionais acompanham o decorrer de todo o Antigo Regime (1493-1822) num total superior a 1.200 fundações. Nos primeiros tempos do povoamento e durante o século XVI, o volume vincular corresponde a 33,8% das fundações. Este valor reflecte como, desde os primeiros tempos, a posse da terra foi relevante como elemento justificativo da hierarquia sócio-económica e, por consequência, em determinados círculos sociais, foi salvaguardada para os herdeiros de forma a garantir não só a sobrevivência material da casa como a dominância dos seus possuidores. Na centúria seguinte, atinge-se o auge da prática vincular, com 46,9% de novas fundações, resultado não só da consolidação das elites micaelenses que interferem cada vez mais na formação dos quadros político e económico, como do mimetismo desta prática por parte de alguns sectores de grupos sociais inferiores. O século XVIII apresenta uma quebra considerável, uma vez que se assiste apenas a 19,2% do total fundacional, o que corresponde aproximadamente a 228 novos vínculos – dado significativo se considerarmos o aumento demográfico insular deste período - cuja evolução pode ser visualizada no gráfico 16. [...]
- O Dia de Todos os Santos, o Pão por Deus e o HalloweenPublication . Costa, Susana GoulartNo dia 1 de novembro celebra-se o Dia de Todos os Santos, que é feriado em Portugal. Neste dia, desde há séculos que é tradição pedir o Pão por Deus. Assim, as crianças iam pelas ruas pedindo pão, castanhas, laranjas, vinho ou outros alimentos que lhes eram oferecidos pela população para recordar as pessoas que já tinham falecido. Por vezes, também se ofereciam algumas moedas, que se acreditava que ajudariam a pagar a viagem entre o mundo dos vivos e dos mortos. Por isso, no dia 2 de novembro, comemora-se o Dia dos Finados ou o Dia dos Mortos, em que é costume visitar os cemitérios.
- Gaspar Frutuoso, o cientista da HistóriaPublication . Costa, Susana GoulartGaspar Frutuoso nasceu na ilha de São Miguel, em 1522. Imagina o que seria esta ilha há mais de 500 anos, até porque Ponta Delgada ainda não era cidade, título que só recebeu em 1546. Frutuoso estudou em Ponta Delgada e, sendo bom aluno, cedo se destacou na escola, manifestando interesse por se tornar sacerdote. Os pais apoiaram o seu percurso e conseguiram que ele viajasse até Salamanca, para se matricular na Universidade desta cidade. Sabemos que ele estudou na Universidade de Salamanca nas décadas de 1540 e 1550, local onde fez muitos amigos e aprendeu o que mais de atual se conhecia sobre a cultura europeia.
- Grupos de simetria : identificação de padrões no património cultural dos AçoresPublication . Teixeira, Ricardo Emanuel Cunha; Costa, Susana Goulart; Moniz, Vera Maria RaposoAntes de surgir a palavra escrita, a imagem constituiu durante muito tempo o principal veículo de comunicação. Desde a Antiguidade que a repetição de um mesmo motivo tem sido usada nos mais variados contextos, dando lugar a composições de grande beleza estética. Se olharmos com atenção, encontramos com frequência composições deste tipo em monumentos e espaços públicos. Muitas são de natureza matemática e têm por base as isometrias do plano (reflexão, translação, rotação e reflexão deslizante) e o conceito de simetria. Uma investigação que oriente os alunos na deteção de padrões geométricos existentes no Património Cultural constitui uma excelente oportunidade para se estimular a utilização de ferramentas matemáticas como forma de interpretar o mundo real. A exploração de conexões entre temas matemáticos e a vida do dia a dia desempenha um papel nuclear na aprendizagem dos alunos e deve estar presente ao longo de todo o seu percurso escolar. Os programas e orientações curriculares, nacionais e internacionais, apontam claramente nesse sentido. O estudo que agora se apresenta surge precisamente como um contributo para estimular este tipo de conexões matemáticas, tendo como pano de fundo a análise dos grupos de simetria de figuras planas inspiradas nos padrões que integram o Património construído existente no arquipélago dos Açores. Muitos desses padrões podem ser apreciados ao olhar para calçadas (com estrutura horizontal) ou para varandas e fachadas em azulejo de muitas habitações (com estrutura vertical), e constituíram o objeto central da nossa atenção.
- História da ilha do Faial (das origens a 1833): Património ArquivísticoPublication . Viana, Mário; Costa, Susana GoulartA documentação incluída no terceiro volume da História da Ilha do Faial encontra-se fundamentalmente na Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta e é o registo de diferentes tipos de memórias institucionais. Do espólio da Câmara Municipal e até à época de elevação da Horta a cidade, apresentam-se, sob a forma de sumários, 20 Livros de Vereações, onde os sucessivos escrivães foram arquivando as decisões locais que afetaram a organização e o quotidiano da sede do concelho e da restante ilha, e 17 Livros de Registo das ordens e determinações emanadas de autoridades externas como o rei, o corregedor dos Açores ou o provedor da fazenda régia. Por outro lado, o pulsar das transações solenes entre particulares perpassa pelos sumários de 42 Livros de Notas dos Tabeliães.
- Livro de Resumos – Seminário Internacional “Turismo Sénior, Bem-estar e Sustentabilidade”Publication . Medeiros, Teresa; Tomás, Licínio Manuel Vicente; Silva, Luís; Costa, Susana Goulart; Sousa, Mariana; Ferreira, JoaquimO Seminário Internacional de Turismo Sénior, Bem‑estar e Sustentabilidade propõe‑se divulgar os resultados de um estudo multifásico e multimétodo referente ao Projeto Turismo Sénior: Rotas de Bem‑Estar e Vivências Locais num Ecossistema Insular (TURIVIVA+). O Projeto é financiado pelo programa PO2020 Açores e Governo Regional dos Açores, com referência ACORES-01-0145-FEDER-000115. Centrado no estudo aprofundado da realidade micaelense, o TURIVIVA+ evidencia os benefícios intrínsecos, a nível local, perante as novas tendências dos viajantes que procuram São Miguel com grande apetência pelo turismo de natureza, pelas experiências únicas e genuínas de contemplação, imersão e de relaxamento. A partir de uma amostra de mais de mil turistas seniores (n=1083) que visitaram a ilha de S. Miguel (Arquipélago dos Açores), nos últimos dois anos (2021 e 2022), apresenta‑se a síntese dos estudos desse projeto, que num primeiro momento procura evidenciar as características, atividades desenvolvidas, preferências, formas de bem‑estar e experiências memoráveis dos turistas seniores. Completam‑se os resultados dos dados recolhidos por entrevistas feitas a pessoas idosas, registando o testemunho das suas memórias, assim como os saberes de artesãos locais, nas áreas mais emblemáticas do património regional e das tradições locais. O recurso à tecnologia de última geração incorpora tanto a georreferenciação, de cerca de 300 sítios catalogados da ilha de São Miguel, bem como a utilização da técnica de realidade aumentada através de uma APP específica, desenvolvida para o efeito, delineando circuitos ou rotas típicas entre espaços culturais no perímetro insular. Para além da apresentação de resultados do projeto TURIVIVA+, o presente livro de resumos pretende facultar uma síntese bilingue de quatro comunicações da autoria de eminentes conferencistas, especialistas no domínio do Turismo Sénior, a saber: i) “Silver Economy – Tourism: Challenges & Antiphon”, por Luiz Moutinho (Universidade de Suffolk, Reino Unido); ii) Grey Tourism and Deseasonalization, por Alfonso Vargas‑Sanchéz (Universidade de Huelva, Espanha); iii) “Experiências Turísticas Acessíveis: Desafios e Estratégias, por Celeste Eusébio (Universidade de Aveiro); e iv) a conferência de encerramento: “The Tourist’s Motivation for Travelling: The Case of the Senior Tourism”, por Rafael Robina Ramírez (Universidade da Extremadura, Cáceres, Espanha).
- Padrões em Calçada Portuguesa nos Açores: um cruzamento entre o Património e a MatemáticaPublication . Teixeira, Ricardo Emanuel Cunha; Melo, Helena Sousa; Costa, Susana Goulart"[…]. É neste contexto que estão as calçadas que, diariamente, observam os nossos passos e acompanham a nossa azáfama nos passeios e espaços públicos urbanos. Não são muitos os que prestam atenção para o contraste do preto do basalto com o branco do calcário, embora este chão que pisamos seja minuciosamente olhado por muitos turistas estrangeiros. Esta calçada, designada como Calçada Portuguesa, deve ter chegado aos Açores em meados do século XIX, provavelmente pelas mãos de gente ilustre que tinha condições financeiras para, junto as suas nobres moradias, importar a moda da calçada que se observava em Lisboa e em outras cidades continentais. […]".
- A paróquia de São José de Ponta Delgada : da sua criação a meados do século XVIIIPublication . Costa, Susana GoulartNo ano de 1534, a estrutura religiosa do arquipélago dos Açores inicia uma nova fase, caracterizada pela criação da Diocese de Angra. Sediado na ilha Terceira, o novo bispado atlântico prestigia a cidade onde já estavam localizadas as principais instituições político-administrativas ilhenses e reflecte o reconhecimento dos poderes régio e papal sobre o desenvolvimento açoriano, palpável através do crescimento sócio-demográfico e económico. Na ilha de São Miguel, a maior no seio arquipelágico, o povoamento iniciou-se no litoral sul, na zona da Povoação, aonde acederam os primeiros habitantes oriundos da ilha de Santa Maria, a primeira ilha descoberta. A exploração da costa sul continuou, com a consequente ocupação de diversos espaços, baptizados de acordo com as respectivas características climáticas, geológicas e paisagísticas: Ponta Garça, Vila Franca do Campo, Água de Pau, Lagoa e, finalmente, Ponta Delgada. No final do século XV, precisamente em 1499, o lugar de Ponta Delgada passa a gozar do estatuto de vila, equiparando-se à já existente Vila Franca do Campo que, até então, era o centro de toda a ilha. O terramoto que debelou Vila Franca do Campo, em 1522, o crescimento do povoamento e o implemento de estruturas administrativas na vila recém criada, como a Alfândega, acabariam por prestigiar, cada vez mais, esta zona da ilha, que vê reconhecido o seu desenvolvimento através do alvará de D. João III de 2 de Abril de 1546, que a eleva a cidade. [...]
- Programa Científico da Igreja dos Franciscanos da Ribeira GrandePublication . Costa, Susana Goulart; Chaves, Duarte Nuno; Constância, João P.Este Relatório compreende o texto de suporte para a Musealização da Igreja dos Franciscanos da cidade da Ribeira Grande (Açores), fundada em meados do século XVII. O Museu foi inaugurado a 14 de fevereiro de 2013, com núcleos alusivos à história do Franciscanismo nas ilhas açorianas, à Igreja invocada a Nª Srª da Guadalupe e à Ordem Terceira dos Franciscanos.
- The Unknown Carnival of Terceira Island (Azores, Portugal) : Community, Heritage, and Identity on StagePublication . Marcelli, Andrea Mattia; Sousa, Francisco; Fonseca, Josélia; Silva, Leonor Sampaio da; Melotti, Marxiano; Costa, Susana GoulartTerceira Island hosts a Carnival that enjoys unique features in the landscape of European folklore. It involves a major share of the resident population, it takes place on stages scattered all over the island, and it involves a blend of dancing, music, and acting. This paper presents the preliminary results of a collaborative project between native and foreign scholars, with the activist goal of providing Terceira’s Carnival with visibility in order to ensure its preservation. Documentary evidence and fieldwork activities undertaken in 2020 provide grounds to interpret Terceira’s Carnival as a multi-modal endeavour that nurtures social cohesion through mythopoesis, subversion of hegemonic roles, and the distribution of leadership to folk elites. As such, we argue that Terceira’s Carnival does not fit traditional scholarly views on European Carnivals. Additionally, we show that, thanks to its ability to trigger identity-making processes, this Carnival is a case for cultural sustainability: in fact, it ensures the preservation of communal bonds in face of changing global and regional social landscapes.