Browsing by Issue Date, starting with "2003"
Now showing 1 - 10 of 73
Results Per Page
Sort Options
- De entre nós, os que orientamPublication . Mira Leal, SusanaEste artigo traça o perfil dos docentes que, na Região Açores, exerceram as funções de orientação no contexto da profissionalização por estágio integrado entre os anos lectivos de 1992/1993 e 1997/1998. Os dados aqui apresentados são resultantes de um estudo desenvolvido em 1998, em que se procurou, por um lado, caracterizar pessoal e profissionalmente estes orientadores e o seu pensamento e concepções nos aspectos considerados relevantes para a prática da supervisão, e, por outro, as suas práticas e estilos supervisivos. Dadas as limitações de extensão do artigo, apresentamos apenas os resultados referentes aos primeiros aspectos, que nos parecem de ter em conta numa altura em que se pensa o 5.º ano das licenciaturas em ensino da Universidade dos Açores e se prepara a sua revisão, buscando promover a reflexão sobre os orientadores que temos e os que queremos, analisando os critérios de selecção e recrutamento de orientadores na Região e o papel e as responsabilidades da Universidade dos Açores, particularmente do seu Departamento de Ciências da Educação, na formação destes.
- Intraguild predation among the aphidophagous ladybird beetles Harmonia axyridis PALLAS and Coccinella undecimpunctata L. (Coleoptera: Coccinelidae) : characterization of the direction and symmetryPublication . Félix, Sandra; Soares, António O.Direction and symmetry of intraguild predation (IGP) between all developmental stages of the aphidophagous Harmonia axyridis Pallas and Coccinella undecimpunctata L. were characterized. Our results revealed that H. axyridis predation level was significantly higher than C. undecimpunctata and eggs were the more vulnerable developmental stage. Significantly asymmetric IGP on eggs occurred after the second and fourth larval stages of H. axyridis and C.undecimpunctata, respectively. Asymmetric IGP on pupas exclusively occurred in the presence of the fourth larval stage of H. axyridis.
- Açorianos no Rio Grande do Sul : a identidade açoriana nas obras de cronistas, viajantes e historiadores sul-riograndensesPublication . Franzen, Beatriz VasconcelosA presença açoriana, no extremo sul da América portuguesa, incluindo a Colônia do Sacramento, faz-se notar antes mesmo da sua vinda oficial, iniciada em 1748, quando foram enviados para Santa Catarina os primeiros casais de número. Em 1722 foram mandados para a Colônia do Sacramento trinta ilhéus que haviam chegado no Rio de Janeiro, sem autorização. Em vez de faze-los retornar a Portugal, como determinava a lei, o governador resolveu remete-los para a Colônia do Sacramento, que, naquele momento, vivia um período de calma (após o Tratado de Utrech – 1715 - até o início do novo cerco que ocorrerá de 1735 a 1737) e necessitava incrementar seu povoamento. Dois anos depois (1724), sete casais chegados ao Rio nas mesmas condições são, também, enviados para a colônia. Em 1728, segundo os documentos da época, “uma leva de ilhéus” chegava à colônia, novamente enviados pelo Governador do Rio, visto que haviam aportado naquela cidade sem autorização para emigrar. A partir de 1737 com a fundação de Rio Grande (instalação do forte de Jesus, Maria e José), muitos açorianos, vindos da Colônia do Sacramento, fugindo dos conflitos permanentes a que aquele estabelecimento português no Rio da Prata estava sujeito, buscavam segurança e tranquilidade no novo povoado. Nos primeiros anos, as dificuldades eram grandes. Em 1744, o padre Melchor Strasser, S.J., que participava de uma expedição de missionários que se destinava ao Paraguai e ao Chile, teve o seu navio naufragado nas costas do Rio Grande do Sul. Alguns sobreviventes chegaram a praia e após algumas peripécias alcançaram o povoado de Rio Grande. [...]
- Verdade e Justiça no reformismo positivista de Manuel de ArriagaPublication . Costa Carvalho, MagdaPor se apresentarem como eixos centrais da proposta reformista do político e pensador Manuel de Arriaga, o presente artigo debruçar-se-á sobre as noções de Verdade e de Justiça no positivismo do autor, quer enquanto importantes conceitos filosóficos, quer como incontornáveis valores político-sociais.
- As estruturas silábicas e a redução vocálica no Português Europeu.Publication . Miguel, Maria Augusta CavacoThis paper discusses vowel behavior in relation to syllable structure in European Portuguese. The analysis is based on Government Phonology (Kaye, Lowenstamm and Vergnaud, 1985, 1990). We will argue that syllabic constituents in European Portuguese determine, to a great extent, vowel behavior. Branching nuclei and rhymes are the structures which most clearly determine the value of vowels in unstressed positions. As we will see throughout this paper, vowel reduction is clearly conditioned by syllable structures.
- Contribution to the knowledge of the Coccinellidae (Insecta: Coleoptera) fauna from the Azores islands.Publication . Soares, António O.; Elias, Rui B.; Resendes, Roberto; Figueiredo, HelenaAn updated list of the Coccinellidae species of the Azores archipelago is presented. New records for S. Miguel: Nephus (Sidis) hiekei; Sta. Maria: Rodolia cardinalis; S. Jorge: Stethorus punctilium, Clitosthetus arcuatus, Scymnus nubilus, N. (Sidis) hiekei; Pico: R. cardinalis; Graciosa: C. arcuatus, S. (Scymnus) interruptus, N. (Sidis) hiekei, Lindorus lophantae and R. cardinalis; Corvo: S. nubilus, N. (Sidis) hiekei and Coccinella undecimpunctata. Regressions of species richness against area of the islands and distance from the nearest mainland were performed. No statistical significant correlation between species richness against area was found but a statistical significant negative correlation between the number of species and the distance from the nearest mainland was obtained. The results are, in part, in accordance with the predictions of MACARTHUR & WILSON’S (1967) equilibrium theory of island biogeography, relating differences in the diversity within Azorean islands with isolation.
- Mazagão em 1677Publication . Cosme, JoãoO objectivo central deste artigo é contribuir para um melhor conhecimento da presença portuguesa em Mazagão no ano de 1677, tendo por base o documento que publicamos em anexo, que é uma parte do códice nº 296, depositado nos Reservados da Biblioteca Nacional de Lisboa. A fonte reporta-se a este ano, que foi o primeiro do governo de D. Cristóvão de Almada. É a resposta a uma carta, em que o pai (Rui Fernandes de Almada) do governador pedira que o informassem dos acontecimentos referentes à partida de seu filho de Lisboa até ao seu estabelecimento naquela praça marroquina. Embora não haja referência explícita ao autor do documento, podemos presumir que é da autoria de António da Silva Pereira que acompanhou o governador desde Lisboa e que, depois, foi enviado como embaixador ao Imperador de Marrocos. Caso não tenha sido o seu autor material, é de crer que tenha tido alguma influência na elaboração deste relato. D. Cristóvão de Almada tomou posse como governador de Mazagão em 29 de Fevereiro de 1677, substituindo D. Marcos de Noronha que havia governado a praça desde 27 de Novembro de 1671. Aquele manteve-se em funções até 21 de Setembro de 1681, quando entregou o governo da praça a Bernardim de Távora Tavares. [...]
- A Filosofia e o Ensino na UniversidadePublication . Luz, José Luís Brandão daO ensino da filosofia na universidade assume a partir de Kant destaque especial pela clarividência que poderá irradiar nas outras áreas do saber. A convivência privilegiada com o conhecimento da verdade seria penhor da autonomia de toda a universidade, que deveria conformar-se com as exigências racionais da verdade que a filosofia seria capaz de descobrir. A crescente especialização da ciência e a sua ligação à técnica, em associação com o fenómeno de mundialização, que nos confronta com surpreendentes mundividências, não só arruinaram a pretensão de exemplaridade que a filosofia pensava assegurar, como obrigaram a repensar o seu lugar na universidade para responder aos apelos irrecusáveis que as exigências da verdade e as solicitações sociais nos dirigem.
- O morgadio dos pobres : as doações, os beneméritos e a gestão dos recursos patrimoniais da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo (das origens a meados de setecentos)Publication . Medeiros, João LuísNa Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo, como, aliás, em todas as irmandades congéneres disseminadas pela metrópole, pelos arquipélagos atlânticos e demais territórios ultramarinos de ocupação portuguesa, são os recursos económicos provenientes dos legados e doações pias que sustentam o financiamento das práticas assistenciais, as actividades de culto e todos os encargos administrativos da irmandade. As quotas de admissão, as colectas, os peditórios, as receitas da tumba, o acompanhamento de funerais ou mesmo as oferendas alcançadas no decurso dos actos religiosos e outros donativos de reduzido valor constituem importantes meios de angariação de verbas, mas revelam-se sempre insuficientes para garantir os supremos desígnios da confraria. Nesta conjuntura, a irmandade da Misericórdia de Vila Franca do Campo organiza e desenvolve todo o seu labor assistencial em torno do património que lhe é doado por particulares – confrades ou não – ainda que se sinta na obrigação de canalizar boa parte destes proventos para áreas de intervenção estranhas à caridade e assistência públicas. A subsistência económico-financeira das confrarias – sejam elas de origem medieval ou moderna (como é o caso das Misericórdias) – é, aliás, um problema crónico no universo confraternal português. Sentem-no com maior acuidade as irmandades da Misericórdia por via do seu vasto raio de acção assistencial e caritativo, mas vivem-no persistentemente muitas das vetustas confrarias medievas do reino e as corporações de igual estrutura e semblante criadas nos Açores no decurso dos primeiros tempos de colonização. [...]
- Sobre história da solidariedadePublication . Meneses, Avelino de Freitas deEm finais de 2001, publiquei um livro de história sobre a minha terra natal, as Lajes da ilha Terceira. Para tal, realizei alguma investigação, procedi a muitas consultas. Fi-lo em crónicas mais antigas, em bibliografia mais recente, mas também na imprensa periódica. Fundamentalmente, consultei o boletim paroquial O Semeador, que entre as décadas de 1960 e de 1980 foi o principal repositório do quotidiano da freguesia, hoje elevada à condição de vila. Pela análise do obituário, concluí que nos anos sessenta e setenta os homens e as mulheres da minha freguesia, que eu então pensava que morriam muito velhos, afinal faleciam bem novos, com sessenta e poucos anos de idade, em média, apesar da divulgação dos sistemas de assistência social, por exemplo, a Caixa de Previdência e as Casas do Povo. Volvido um quarto de século, os homens e as mulheres da minha freguesia, os homens e as mulheres de todas as freguesias dos Açores morrem substancialmente mais velhos, com uma média já próxima dos 80 anos. O confronto da esperança de vida, à entrada do último quartel do século XX, e nos alvores do século XXI, demonstra a importância do progresso material na melhoria das condições de vida. Ficamos até convencidos de que a evolução natural da sociedade é no sentido da perfeição. Porém, um tal optimismo, quando interiorizado inconscientemente, gera um grande individualismo, que move o desprezo pela entreajuda, que durante séculos foi o meio fundamental de defesa e de sobrevivência das comunidades. [...]