Browsing by Author "Cordeiro, Nuno"
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- Amostragem altitudinal da flora vascular e da vegetação na Montanha do PicoPublication . Silva, Luís; Cordeiro, Nuno; Illas, Xénia; Martínez, AsunciónA ilha do Pico, a mais jovem do Arquipélago dos Açores, é uma das mais ricas em flora e vegetação. Apresenta-se o resultado de uma amostragem altitudinal da flora vascular ao longo de um gradiente altitudinal na Montanha do Pico. Realizaram-se 14 amostragens a intervalos de 100 m de altitude, entre os 1250 e os 2350 m, duas das quais no interior de hornitos. O número de taxa por local variou entre 2 e 16. O tipo de vegetação presente nas charnecas variou com a altitude, incluindo Mato de Vassoura e Mato de Rapa, com elementos característicos da zona de montanha (Daboecia azorica e Thymus caespititius). A vegetação no interior dos hornitos incluía taxa com alguma raridade (Bellis azorica, Cardamine caldeirarum, Daphne laureola e Ranunculus cortusifolius) constituindo um autêntico enclave. De salientar a presença de Silene uniflora ssp. cratericola, apenas na zona da caldeira. O número de plantas introduzidas, observadas ao longo da subida, foi relativamente reduzido. A partir dos 1400 m, eram comuns vastas áreas de rocha nua ou com coberturas de líquenes e briófitos. Ficou patente o efeito da altitude e do grau de exposição aos agentes climatéricos, como se verificou pelas diferenças entre a vegetação das charnecas (maior exposição), da caldeira (exposição intermédia) e dos hornitos (menor exposição). A preservação dos enclaves na zona de Montanha é assim fundamental. A acção dos visitantes, através do pisoteio e da dispersão acidental de plantas introduzidas, poderá facilitar a instalação dessas espécies. Assim, será fundamental a implementação de medidas de monitorização dos trilhos e de contenção das plantas introduzidas.
- Amostragem da flora costeira da Ilha GraciosaPublication . Silva, Luís; Cordeiro, NunoNeste trabalho realizou-se uma amostragem da flora da zona costeira na ilha Graciosa. Em 16 locais amostraram-se 92 plantas vasculares. O número de taxa amostrados variou entre 9 e 30, e a percentagem de taxa indígenas variou entre 6 e 70%. Apenas em 5 locais a percentagem de indígenas ultrapassou a percentagem de introduzidas. A percentagem de endémicas variou entre 0 e 30%, encontrando- se acima dos 20% apenas para três locais; apenas em dois dos locais se verificou uma total ausência de endémicas. Os locais com maior percentagem de plantas indígenas foram os Fenais, o Carapacho e a Ponta do Pesqueiro, existindo vários locais onde as plantas indígenas são ainda comuns. A maioria dos locais apresentava vegetação do tipo costeiro com uma intervenção humana mais ou menos intensa. As espécies dominantes foram muito frequentemente introduzidas (Tamarix africana, Carpobrotus edulis) e em alguns casos endémicas (Festuca petraea, Erica azorica). De referir a ocorrência das seguintes endémicas características da zona costeira: Festuca petraea, Daucus carota ssp. azorica, Gaudinia coarctata, Euphorbia azorica, Spergularia azorica e Azorina vidalii. Foram amostradas várias plantas nativas típicas da zona costeira nos Açores: Plantago coronopus, Polypogon maritimus, Asplenium marinum, Atriplex prostrata, Beta maritima, Frankenia pulverulenta, Crithmum maritimum, Juncus acutus, Ornithpus pinnatus, Spergularia marina, Tolpis succulenta. Numa ravina costeira, que se estende até uma maior altitude foram ainda encontradas espécies indígenas com uma distribuição não tipicamente ou unicamente costeira: Erica azorica, Calluna vulgaris, Myrica faya, Holcus rigidus, Hypericum foliosum, Myrsine africana, Thymus caespititius, Rubia agostinhoi. É também de salientar o facto de que entre as dez plantas com maiores valores de importância, quatro eram nativas e duas eram endémicas. Entre as plantas introduzidas com maior importância encontravam-se T. africana, Carpobrotus edulis, Drosanthemum floribundum, Lotus suaveolens e Cyrthomium falcatum. Solidago sempervirens foi também relativamente comum. Dada a relativa frequência das plantas indígenas na zona costeira da ilha Graciosa, e considerando que se encontram de forma dispersa e fragmentada, muitas vezes associadas a plantas introduzidas, será necessário definir mosaicos importantes em termos de conservação. É igualmente importante monitorizar e controlar as populações de plantas introduzidas e naturalizadas na zona costeira da ilha Graciosa.
- Caracterização das manchas florestais da Ilha GraciosaPublication . Silva, Luís; Cordeiro, NunoNeste trabalho procedeu-se a uma caracterização geral das manchas florestais da ilha Graciosa. Os 24 locais amostrados estenderam-se desde os 34 até aos 340 metros de altitude A generalidade das manchas correspondeu a matas de exóticas, havendo apenas dois locais com mato nativo de Erica. Somente em dois locais os valores de frequência e cobertura relativas dos taxa indígenas foram superiores ou iguais a 50%. O número de taxa indígenas variou entre 0 e 83% e a cobertura entre 0 e 88%. Os endemismos estavam presentes em 13 dos locais, com percentagens que variaram entre 8 e 20%, e com coberturas que oscilaram entre 6 e 25%. De salientar que 8 locais apresentaram percentagens superiores ou iguais a 80% de taxa introduzidos, um dos quais com 100%. Em 6 locais a percentagem de introduzidas atingiu mais de 60% e em 8 locais mais de 70%. Uma situação semelhante foi encontrada para a percentagem de cobertura. A espécie mais importante nas amostragens foi a árvore naturalizada Pittospoum undulatum. Seguiram-se duas nativas (Myrica faya e Pteridium aquilinum), duas introduzidas (Rubus ulmifolius e Arundo donax) e uma endémica (Erica azorica). As restantes 8 plantas indígenas (4 nativas e 4 endémicas) surgiram com uma importância mais reduzida. Entre as plantas mais importantes encontraram-se várias invasoras problemáticas (Rubus ulmifolius, Arundo donax, Hedychium gardnerianum e Lantana camara) e várias plantas potencialmente invasoras (Spartium junceum, Agave americana, Ailanthus altissima, Tradescantia fluminensis e Canna indica). Entre as lenhosas com interesse florestal, destacaram-se Acacia melanoxilon, Cryptomeria japonica, Eucaliptus globulus e Persea indica. No entanto, na generalidade dos locais, a sua ocorrência caracterizou-se por uma percentagem de cobertura não superior a 25%. A gestão da invasão por P. undulatum dependerá dos objectivos propostos para cada área mas, devido à sua extensão, exige um sistema de coordenação de nível regional e implica, não apenas o desenvolvimento de técnicas de controlo, mas também a reflorestação com espécies autóctones e florestais. Para tal será imprescindível definir uma estratégia florestal para a ilha Graciosa e, em simultâneo, reunir os recursos mínimos, necessários ao controlo das espécies invasoras e à propagação das espécies nativas e com interesse florestal. A inexistência de tais medidas poderá agravar ainda mais o problema das plantas invasoras nas manchas florestais da ilha Graciosa.
- Caracterização do habitat de Lotus azoricus P. W. Ball na ilha do PicoPublication . Silva, Luís; Cordeiro, Nuno; Illas, Xénia; Martínez, AsunciónA ilha do Pico, a mais jovem do Arquipélago dos Açores, é uma das mais ricas em. Apresenta-se o resultado de uma amostragem da flora vascular na zona da Manhanha, incluída no SIC e na ZPE da Ponta da Ilha (Pico). Especificamente, pretendeu-se analisar a flora e a vegetação existente na zona de implantação de uma população de Lotus azoricus, uma leguminosa endémica dos Açores. A zona de estudo estendeu-se desde o nível do mar até aos 20 m de altitude e incluiu diferentes substratos geológicos (fluxos de lava, lavas escoriáceas e gravilha). O número total de taxa foi de 25, sendo 10 endémicos e 8 nativos dos Açores. O tipo de vegetação presente variou com a distância ao mar e o tipo de substrato, incluindo Mato Costeiro de Vassoura com Camarinha e Zimbro, bem como vários tipos de Prados Costeiros: Prado Costeiro de Festuca, Prado Costeiro de Myosotis e Prado Costeiro de Lotus. A zona colonizada por L. azoricus correspondia a um fluxo de lavas compactas mas também com alguma lava escoriácea. As plantas apresentavam 1 ou 2 vagens por ramificação do caule, e apenas entre 1 e 3 flores por indivíduo. A análise das percentagens de cobertura na zona de implantação de L. azoricus indicou que apenas uma percentagem relativamente pequena da área era ocupada por aquela espécie (15%). Uma grande parte da área correspondia a rocha sem cobertura vegetal. Festuca jubata e Erica azorica eram as espécies com as maiores percentagens de cobertura. A área ocupada pela população em estudo era muito restrita. A preservação desta população residual está dependente da sua monitorização, do estudo da sua variabilidade genética, da utilização de técnicas de propagação vegetal e da implementação de medidas de gestão do SIC e da ZPE.
- Distribuição e abundância de Pittosporum undulatum Ventenat na ilha do Pico (Açores)Publication . Cordeiro, Nuno; Silva, Luís; Illas, Xénia; Martínez, AsunciónNeste relatório, apresentam-se os resultados acerca da distribuição de P. undulatum em algumas formações vegetais da ilha do Pico, bem como a inventariação das principais espécies vegetais associadas. P. undulatum distribui-se, de uma maneira geral, por todo o perímetro da ilha do Pico, verificando-se que a generalidade dos locais amostrados apresenta níveis de abundância de 3 e 4, situando-se estes na faixa costeira e no interior a altitudes não superiores a 600 metros. As altitudes amostradas abrangeram uma faixa dos 38 aos 744 metros, estando P. undulatum presente até aos 577 metros. Quanto à abundância de P. undulatum, encontraram-se valores médios de entre 2 (plantas dispersas) e 3 (grupos de plantas), e percentagens médias de cobertura entre 25 – 50%. Tendo em conta o tipo de habitat predominante em cada local de amostragem, verificou-se uma divisão entre mata de exóticas e mato nativo, havendo, no entanto, preponderância de mata de exóticas. Relativamente aos dados referentes às espécies associadas a P. undulatum, convém realçar que, no total dos 10 locais amostrados, se obteve um total de 75 taxa. Quanto à origem dos taxa, é de salientar que em todos os locais foram encontrados taxa endémicos, nativos e introduzidos, sendo que os locais com mato nativo foram os que apresentaram maior número de taxa endémicos e nativos. No que diz respeito ao número total de taxa encontrados, verificou-se que o local com maior número de taxa foi o do Mistério da Prainha (35) e o com menor foi o da Terra Alta (8). O local com maior número de taxa endémicos foi o Mistério da Prainha (15) e o com maior número de introduzidos foi o Sul Sta. Luzia (11). Entre as espécies associadas, há a registar a ocorrência de Pinus pinaster, uma situação menos comum noutras ilhas. Embora, praticamente, toda a região central da ilha, dotada de características naturais singulares, esteja reconhecida e protegida pela Rede Natura 2000 (SIC e ZPE), é de extrema importância a monitorização pontual e contínua, com o objectivo de delimitar e eliminar focos de dispersão de P. undulatum, particularmente nas zonas mais baixas e abrigadas.
- Distribuição e abundância do feto comum Pteridium aquilinum, na ilha do PicoPublication . Illas, Xénia; Silva, Luís; Cordeiro, Nuno; Martínez, Asunción; Pinto, CarlosO nosso trabalho centrou-se na observação e quantificação da distribuição de Pteridium aquilinum, frequentemente conhecido como feto comum, na ilha do Pico. Esta espécie é rica em compostos químicos tóxicos, sendo conhecida a relação entre a ingestão do feto comum e o desenvolvimento da Hematúria Enzoótica Bovina (HEB), doença crónica associada ao desenvolvimento de tumores vesicais e à perda de sangue pela urina, em bovinos. Assim, é importante avaliar o seu nível de abundância e a distribuição de P. aquilinum na ilha do Pico. Foram amostrados 11 pontos repartidos ao longo da ilha, tendo-se registado a abundância do feto comum e as espécies associadas. Em geral, o feto foi encontrado nos diferentes habitats que a ilha apresenta, sem distinção, sendo mais abundante nas beiras-de-estrada, nas margens dos campos agrícolas, e em terrenos abandonados. Foi feita uma comparação entre os dados obtidos por Silva em 2001 e os dados obtidos na presente expedição, sem encontrar diferenças significativas. Embora sejam conhecidas algumas utilizações agrícolas do feto comum na ilha do Pico, a existência de casos de HEB e de intoxicações agudas devidas à ingestão de P. aquilinum, poderá exigir a implementação de medidas que levem à redução das suas populações, em especial ao nível das pastagens.
- Seed production and vegetative growth of Hedychium gardnerianum Ker-Gawler (Zingiberaceae) in São Miguel Island (Azores).Publication . Cordeiro, Nuno; Silva, LuísHedychium gardnerianum is an important plant invader in the Azores Archipelago. In this research we analysed fecundity, fertility, seed bank and vegetative growth of this herbaceous perennial at three sites at different altitudes in São Miguel Island. The mean number of spikes per hectare varied from 2.7 to 4.0x107. The mean numbers of fruits and seeds per hectare were 8.8x106 and 1.6x107, respectively. However, the number of seeds remaining in the soil was very low when compared to the same number at time of seed shed. Vegetative growth occurs by annual addition of one to four new corms to the rhizome. Each new corm usually originates new leaves, and eventually a spike. In general, older corms do not show leaves, working as storage organs. In H. gardnerianum a high seed production might be a key factor in dispersion, while vegetative growth allows a rapid establishment at new sites.