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Abstract(s)
Neste trabalho procedeu-se a uma caracterização geral das manchas florestais da ilha Graciosa. Os 24 locais amostrados estenderam-se desde os 34 até aos 340 metros de altitude A generalidade das manchas correspondeu a matas de exóticas, havendo apenas dois locais com mato nativo de
Erica. Somente em dois locais os valores de frequência e cobertura relativas dos taxa indígenas foram superiores ou iguais a 50%. O número de taxa indígenas variou entre 0 e 83% e a cobertura entre 0 e 88%. Os endemismos estavam presentes em 13 dos locais, com percentagens que variaram entre 8 e 20%, e com coberturas que oscilaram entre 6 e 25%. De salientar que 8 locais apresentaram percentagens superiores ou iguais a 80% de taxa introduzidos, um dos quais com 100%. Em 6 locais a percentagem
de introduzidas atingiu mais de 60% e em 8 locais mais de 70%. Uma situação semelhante foi encontrada para a percentagem de cobertura. A espécie mais importante nas amostragens foi a árvore naturalizada Pittospoum undulatum. Seguiram-se duas nativas (Myrica faya e Pteridium aquilinum),
duas introduzidas (Rubus ulmifolius e Arundo donax) e uma endémica (Erica azorica). As restantes 8 plantas indígenas (4 nativas e 4 endémicas) surgiram com uma importância mais reduzida. Entre as plantas mais importantes encontraram-se várias invasoras problemáticas (Rubus ulmifolius, Arundo
donax, Hedychium gardnerianum e Lantana camara) e várias plantas potencialmente invasoras (Spartium junceum, Agave americana, Ailanthus altissima, Tradescantia fluminensis e Canna indica). Entre as lenhosas com interesse florestal, destacaram-se Acacia melanoxilon, Cryptomeria
japonica, Eucaliptus globulus e Persea indica. No entanto, na generalidade dos locais, a sua ocorrência caracterizou-se por uma percentagem de cobertura não superior a 25%. A gestão da invasão por P. undulatum dependerá dos objectivos propostos para cada área mas, devido à sua extensão, exige um
sistema de coordenação de nível regional e implica, não apenas o desenvolvimento de técnicas de controlo, mas também a reflorestação com espécies autóctones e florestais. Para tal será imprescindível
definir uma estratégia florestal para a ilha Graciosa e, em simultâneo, reunir os recursos mínimos, necessários ao controlo das espécies invasoras e à propagação das espécies nativas e com interesse florestal. A inexistência de tais medidas poderá agravar ainda mais o problema das plantas invasoras nas manchas florestais da ilha Graciosa.
Description
XI Expedição Científica do Departamento de Biologia - Graciosa 2004.
Keywords
Espécies Invasoras Espécies Nativas Floresta Ilha Graciosa (Açores)
Pedagogical Context
Citation
"XI expedição científica do Departamento de Biologia Graciosa 2004" / Universidade dos Açores. - Ponta Delgada : Universidade dos Açores, 2005. - p. 109-118