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Violência nas relações de namoro : uma abordagem comparativa entre jovens açorianos e americanos

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A violência nas relações de intimidade entre jovens tem vindo a constituir um campo de estudo autónomo da violência conjugal, situação que tem contribuído para evidenciar a amplitude e a severidade deste fenómeno na sociedade e para lhe conferir maior centralidade nos discursos sociais e educativos (Caridade & Machado, 2006; Matos, Machado, Caridade & Silva, 2006). Nas últimas décadas, a violência no namoro tem emergido como um problema social e de saúde pública, merecedor de atenção (e.g. O’Keefe, 2005) realçando-se a ideia de que “a existência de violência no namoro é contrária à crença de que esta fase da vida dos jovens é a melhor etapa da relação de um casal” (Dixe, Rodrigues, Freire, Rodrigues, Fernandes & Dias, 2010, p.1), para além de comprometer aspetos importantes do processo de desenvolvimento individual. Com efeito, é útil lembrar que os primeiros namoros acontecem, tendencialmente, na adolescência, um período da vida em que os indivíduos enfrentam desafiantes tarefas de desenvolvimento, como a adaptação emocional às mudanças físicas decorrentes das alterações hormonais da puberdade, as interpretações sobre si mesmo para a descoberta da própria identidade, a complexificação das relações com os pares, ou o ajustamento às expectativas sociais do encaminhamento para o papel de adulto (Oliveira, 2009). Estes anos da adolescência são, assim, eminentemente caracterizados pela procura e exploração, demandas que podem ser alcançadas, entre outros meios, através da participação em novas unidades de vida social. As situações de namoro, enquanto exemplo de unidades de vida social, podem, então, contribuir para que os jovens procedam à exploração de quem são, realizem a aprendizagem da convivência conjunta e do desempenho de papéis de adultos, tenham oportunidades de companheirismo, experimentação sexual e resolução de conflitos, pois, embora o grau de compromisso assumido seja inferior ao do casamento, existe um vínculo e uma partilha que exige mútuo ajustamento (Félix, 2012; Oliveira, 2009). Ou as situações de namoro podem comprometer todos esses aspetos, quando se definem pela vivência de sentimentos negativos, por um clima de inibição da expressão de sentimentos, pela coerção, severidade ou hostilidade, isto é, por um ambiente onde impera a violência.

Description

Keywords

Violência no Namoro Relações de Intimidade Intimidade entre Jovens Violência Conjugal Saúde Pública Vida Social

Citation

Caldeira, S. N., & Soares; S. M. (2015). Violência nas relações de namoro: uma abordagem comparativa entre jovens açorianos e americanos. In G. P. N. Rocha & A. Borralho (Orgs.), "Novas e Velhas tendências populacionais", (pp. 177-193). Lisboa: Edições Colibri.

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