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Jovens açorianos e a recente crise económica: (e)migrar é solução?
Publication . Rocha, Gilberta Pavão Nunes; Mendes, Derrick
Desde os finais do século XIX que a emigração açoriana teve como principal destino o continente norte-americano: os EUA e a partir dos anos 50 do século XX também o Canadá. Foi uma emigração não qualificada, como acontecia com a generalidade da população então residente no arquipélago, que serviu os interesses destes países no seu processo de desenvolvimento industrial e conduziu a uma diminuição e envelhecimento prematuro da população das ilhas açorianas, de forma mais acentuada nos anos 60 e 70 da centúria passada. As enormes transformações ocorridas não só nos países de destino, mas também na região de origem, fizeram com que se assistisse a uma quebra bastante acentuada dos fluxos emigratórios dos Açores a partir dos anos 80 do século passado, que contribuiu decisivamente para uma nova configuração demográfica das comunidades açorianas. A crise económica e social em que Portugal viveu de forma mais acentuada desde o ano de 2011, fez recrudescer de forma muito significativa a globalidade da emigração portuguesa, aliando aos destinos tradicionais (a Europa) novos países com destaque para dois países lusófonos: Brasil e Angola. Neste contexto, pretende-se perceber se os açorianos, em especial os mais jovens e qualificados, encaram a emigração como um futuro previsível e se os destinos tradicionais no continente norte-americano continuam a ser preferenciais ou se, tal como acontece no conjunto de Portugal, os países da UE e os países de língua e expressão portuguesa são hoje encarados com maior viabilidade na decisão de partida, dando assim uma nova configuração à diáspora açoriana.
Jovens e emprego : tipologia de inserções profissionais
Publication . Palos, Ana Cristina; Diogo, Fernando; Silva, Osvaldo
As transformações económicas das últimas décadas têm produzido fortes impactos na situação social dos jovens. Neste capítulo caraterizamos os percursos profissionais de jovens açorianos (n=432) procurando aferir o grau de precariedade presente nesses percursos mediante a caraterização das condições em que os jovens exercem as suas atividades profissionais, designadamente, vínculos contratuais, oportunidades de promoção profissional, rendimento auferido e horário de trabalho. Mediante o cruzamento destas variáveis com as caraterísticas sociográficas dos inquiridos, apresentamos uma tipologia das inserções profissionais que enunciam diferentes configurações da precariedade laboral. As clivagens que o género, a idade e as qualificações académicas introduzem nestes processos comprovam a diversidade inerente à condição juvenil. Os mais novos e as raparigas estão sobrerepresentados nas formas mais precárias de vinculação laboral e os menos qualificados figuram, em maior número, entre os jovens que auferem rendimentos mais baixos.
EAACE : um instrumento para a psicologia escolar
Publication . Tavares, Marta Januário; Caldeira, Suzana Nunes; Silva, Osvaldo
A assertividade revela ser protetora do sucesso académico e benéfica para o estabelecimento de relações saudáveis na convivência escolar. No entanto, parecem ser escassos ou inexistentes instrumentos de avaliação da assertividade visando especificamente o contexto escolar. Considerando que a assertividade corresponde a respostas ativadas por situações sociais e contextuais e sendo a escola um dos contextos de vida mais duradouros dos jovens, com especificidades na relação com as pessoas e com as tarefas, entendeu-se que poderia ser útil dispor de um instrumento de avaliação da assertividade adequado ao contexto escolar. Este trabalho apresenta, então, a Escala de Atitudes Assertivas em Contexto Escolar (EAACE), e estudos sobre as suas propriedades psicométricas.
Os estudos foram realizados com base numa amostra de 455 alunos, de ambos os sexos, do 3º ciclo e ensino secundário, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos. No estudo da dimensionalidade, através da análise em componentes principais categórica, foram identificadas três dimensões: Assertividade Básica, Assertividade com Desconhecidos e Assertividade em Situações de Confronto. A fidelidade, avaliada através do coeficiente alfa de Cronbach, obteve bons indicadores de consistência interna. A validade, apreciada através do coeficiente de correlação ordinal de Spearman e dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, é a qualidade que requer, ainda mais apuramento.
Não obstante a necessidade de desenvolver mais estudos sobre a EAACE, espera-se que este instrumento possa ser utilizado pelos psicólogos escolares, enquanto instrumento de despiste de défices de assertividade, auxiliando no combate ao insucesso e minimização de vulnerabilidades em crianças e jovens.
Vivências nas praxes académicas e envolvimento na academia
Publication . Silva, Osvaldo; Caldeira, Suzana Nunes; Sousa, Áurea; Mendes, Maria; Martins, Maria J.
ENQUADRAMENTO: Em Portugal, o fenómeno das praxes académicas tem sido noticiado muito pelos seus aspetos negativos e pelas más experiências associadas. As vivências nesse período poderão promover um distanciamento dos estudantes a diferentes aspetos da academia e dificultar o seu sucesso. OBJETIVOS: Conhecer a opinião dos estudantes da Universidade dos Açores sobre as vivências académicas nas praxes e averiguar eventuais relações entre estas e o envolvimento académico dos mesmos. METODOLOGIA: 431 estudantes responderam a um questionário sociodemográfico, à Escala de Avaliação das Situações de Bullying nas Praxes do Ensino Superior (EASBPES), à Escala Abreviada de Satisfação com a Vida dos Estudantes (EASVE) e qualificaram as praxes com dois adjetivos. Os dados foram tratados utilizando métodos estatísticos. RESULTADOS: Questionário sociodemográfico: 27.2% dos inquiridos não participaram nas praxes e declararam-se “anti-praxe”, 9.8% não se sentiram acolhidos pelos colegas do mesmo ano e 17.4% não se sentiram acolhidos pelos colegas de anos mais avançados. EASBPES: 15.7% dos inquiridos expressaram uma opinião mais desfavorável em relação às praxes e 30.3% uma opinião mais favorável. Os que expressaram uma opinião mais favorável em relação às praxes foram os que mais participaram nas atividades nesse âmbito. EASVE: os níveis de satisfação com a vida estão correlacionados positivamente com as subescalas “relação positiva” e “dimensão social” da EASBPES. Os adjetivos foram categorizados em opinião negativa, ambivalente e positiva; 26% dos inquiridos expressaram opinião negativa, 18.6% opinião ambivalente e 55.4% opinião positiva. CONCLUSÃO: Na Universidade dos Açores a vivência de atividades e situações no âmbito das praxes académicas não parece ser adversa, nem desvincular os estudantes da instituição.
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Fundação para a Ciência e a Tecnologia
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UID/SOC/04647/2013