ARQ - Hist2s - Vol 14-15 (2010-2011)
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Artigos publicados no Vol. XIV-XV – 2010-2011
CONTEÚDO:
ESTUDOS
COSME, João - Tratado de Paz entre Portugal e o Reino de Fez : Arzila, 8 de Maio de 1538COSTA, Elisa Maria Lopes da - A Jacobeia : achegas para a história de um movimento de reforma espiritual no Portugal setecentista
MATOS, Manuel Cadafaz de - Alguns dados para o estudo do Franciscano Pe. Jerónimo Emiliano de Andrade (1789-1847) e da sua acção espiritual, cultural e social nos Açores
COSTA, Ricardo Manuel Madruga da - Ordenanças, finanças municipais e recursos produtivos da ilha do Pico em começo de oitocentos : um breve esboço
VAQUINHAS, Irene - Apontamentos para a História do Teatro-Circo Saraiva de Carvalho da Figueira da Foz (1884-1895)
MONICO, Reto - Olhares suíços sobre o Portugal de Salazar. 2 : as guerras (1936-1945)
Conferências & Ensaios
MENESES, Avelino de Freitas de - O vinho na História dos Açores : a introdução, a cultura e a exportaçãoMARTINS, Ana Maria Almeida - A intemporalidade de Antero de Quental
Fontes
VIANA, Mário - Para a História da metrologia em Portugal : dois documentos de 1358-1360 relativos a CoimbraRecensões
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- Para a História da metrologia em Portugal : dois documentos de 1358-1360 relativos a CoimbraPublication . Viana, MárioA 17 de Janeiro de 1359, na alcáçova da cidade de Coimbra, Afonso Martins Alvernaz, vassalo do rei D. Pedro I e seu juiz, fez pronunciar uma sentença sua no processo que opunha o concelho de Coimbra ao mosteiro de Santa Cruz quanto à jurisdição dos almotacés sobre o lugar de Ansião, termo da dita cidade, e que decorria desde inícios de Dezembro de 1358. Vicente Esteves, prior de Ansião, enquanto procurador do mosteiro, pediu traslado de todo o processo, o qual chegou até nós, conservado na Torre do Tombo (ver documento nº 1). A notoriedade do documento referido está em conter a notícia mais próxima da reforma, dos pesos e medidas, efectuada no reinado de D. Pedro, da qual não se conhece o diploma original, mas que se deduz pertencer aos anos de 1357-1358. [...].
- A intemporalidade de Antero de QuentalPublication . Martins, Ana Maria AlmeidaNaquele tempo, no início de Novembro de 1871, quando as Conferências do Casino, velhas de 4 meses, já eram para o seu principal impulsionador e primeiro conferente: "Uma aurora mas à qual se não seguiu dia, ou só um dia fusco" (engano o seu), Antero de Quental comunicava a Oliveira Martins a intenção de se candidatar ao lugar de Professor de Literatura no Curso Superior de Letras, em Lisboa: "Afinal resolvi definitivamente ir ao concurso (…) Entre mil concorrentes eu serei sempre o último classificado na minha qualidade de homem perigoso; mas, ainda assim, com esta perspectiva de échouer, convém-me tentar, acrescentando-se que nada perco em estudar dez ou doze meses, certos lados da história que conheço mal (…) Que diz Você a isto francamente?" Quase de imediato anunciava também a Jaime Batalha Reis ter tomado a resolução de ir ao concurso e como tinha muito que estudar e não o podia fazer com aproveitamento em Lisboa, retirava para o Porto onde teria sossego e vagar. [...]
- O vinho na História dos Açores : a introdução, a cultura e a exportaçãoPublication . Meneses, Avelino de Freitas deNas sociedades primitivas, a garantia da subsistência, naturalmente assegurada pela pluralidade das produções, constitui o principal propósito da economia. Todavia, a expectativa do enriquecimento motiva a procura e a descoberta de especializações, condizentes com o carácter da natureza e a carência do mercado. Assim, a par da diversidade dos cultivos, que assegura o sustento das gentes, individualizamos a predominância de certos bens, que logra a exportação e o lucro. Nesta perspectiva, entre os séculos XV e XVII, reconhecemos um primeiro sistema económico insular, onde pontificam os cultivos do trigo e do pastel e a escala das armadas comerciais do Oriente e do Novo Mundo. Nesta fase, registamos principalmente a participação das ilhas de maior projecção político-económica, sobretudo a Terceira e S. Miguel. No caso terceirense, releva a importância da cidade de Angra, motivada pela excelência do ancoradouro, que determina o desenvolvimento da economia e a convergência da administração. No caso micaelense, ressalta a riqueza da agricultura, movida pela extensão e pela fertilidade dos solos, que resulta na abundância das colheitas. […].
- Olhares suíços sobre o Portugal de Salazar. 2 : as guerras (1936-1945)Publication . Monico, RetoEntre 1936 e 1945 quase todas as fontes consultadas, quer diplomáticas, quer jornalísticas, dão uma imagem positiva da política de Salazar, a qual defendem sem que praticamente sobre ela exerçam qualquer análise crítica. Durante a guerra civil espanhola, se excluirmos a imprensa comunista, que, no entanto, fala muito pouco de Portugal, os representantes suíços em Lisboa e os editorialistas dos principais quotidianos helvéticos justificam a atitude filofranquista do governo português. No que diz respeito à política externa portuguesa e à neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial, as mesmas fontes, obnubiladas, sem dúvida, pelo mito da ditadura «branda e moderada» de Salazar, manifestam uma grande compreensão e simpatia pelas diferentes tomadas de posição do ditador português, por razões ideológicas, pelo facto de Portugal ser um pequeno país como a Suíça e também pelo papel de Portugal no abastecimento da Confederação durante o conflito.
- Apontamentos para a História do Teatro-Circo Saraiva de Carvalho da Figueira da Foz (1884-1895)Publication . Vaquinhas, IreneNeste estudo é feito um pequeno historial do Teatro-Circo Saraiva de Carvalho, casa de espectáculos inaugurada, em 1884, na cidade da Figueira da Foz. Procede-se ao estudo das condições que presidiram à sua fundação, as quais apontam para a necessidade de revitalização imobiliária da zona onde será edificado – o bairro novo de Santa Catarina –, bem como à caracterização socioprofissional dos seus fundadores e à análise dos respectivos relatórios até à sua reconversão a casino, no ano de 1895, no momento em que o jogo de fortuna ou azar se converte na "grande febre da época de banhos".
- Ordenanças, finanças municipais e recursos produtivos da ilha do Pico em começo de oitocentos : um breve esboçoPublication . Costa, Ricardo Manuel Madruga daO trabalho pretende dar um contributo para uma visão da sociedade e da economia da ilha do Pico no começo do século XIX com destaque para a importância da tropa das Ordenanças e sua caracterização social. Pretende-se igualmente oferecer uma perspectiva das finanças municipais e dos constrangimentos colocados pela escassez dos recursos. O trabalho completa-se com uma breve caracterização da economia da ilha com destaque para a produção de vinho e sua relevância.
- Alguns dados para o estudo do Franciscano Pe. Jerónimo Emiliano de Andrade (1789-1847) e da sua acção espiritual, cultural e social nos AçoresPublication . Matos, Manuel Cadafaz deO Padre Jerónimo Emiliano de Andrade nasceu na cidade de Angra, na ilha Terceira nos Açores, em 30 de Setembro de 1789 e pertenceu à congregação dos Franciscanos. Dedicou-se ao ensino e, simultaneamente foi produzindo uma obra intelectual, quer impressa em Lisboa quer naquele arquipélago, onde são predominantes os temas de natureza histórica, teológica e pedagógica. De entre estas suas obras avulta a intitulada Topographia, ou descryção physyca, política, civil, ecclesiastica e histórica da ilha Terceira dos Açores, de 1843-1845. Após ter sido o primeiro Reitor do Liceu de Angra do Heroísmo (com nomeação em 6 de Agosto de 1846), veio a falecer em 11 de Dezembro do ano seguinte. Este franciscano dá hoje o seu nome à Escola Secundária da mesma cidade.
- A Jacobeia : achegas para a história de um movimento de reforma espiritual no Portugal setecentistaPublication . Costa, Elisa Maria Lopes daUm movimento de reforma espiritual no Portugal setecentista, cujo programa pretendia abranger os religiosos e os leigos, ficou para a História com o nome de Jacobeia. Uma resenha breve dá a conhecer algumas figuras mais importantes deste movimento bem como as fases principais da respectiva evolução.
- Tratado de Paz entre Portugal e o Reino de Fez : Arzila, 8 de Maio de 1538Publication . Cosme, JoãoNeste artigo, falaremos sobre a conjuntura política e religiosa vivida em Marrocos e que levou à assinatura do Tratado de Paz, em 8 de Maio de 1538, entre Portugal e o Reino de Fez. Na província do Suz, os Xarifes organizaram-se como grupo político e religioso, e iniciaram a luta pela unificação do território marroquino. Para concentrar os esforços militares contra os Xarifes, o Sultão de Fez foi obrigado a assinar um tratado de paz com os portugueses. Todavia, a dinâmica dos Xarifes ganhou tal dimensão que, em 1541, começou a recuperar as praças que estavam sob o domínio dos portugueses, e em 1549 conquistaram Fez, capital do reino Uatácida, e unificaram todo o território marroquino sob a direcção de uma nova dinastia - Sádida.