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CHAM-A - Parte ou Capítulo de um Livro / Part of Book or Chapter of Book

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  • Regras e (des)governanças em meio claustral feminino
    Publication . Conde, Antónia Fialho; Lalanda, Margarida Sá Nogueira
    As formas de governança dos mosteiros femininos de clausura nos séculos XVI a XVIII encontram-se pormenorizadamente definidas numa primeira fonte: as Constituições Gerais elaboradas após o Concílio de Trento por cada Ordem ou Congregação e, depois de aprovadas pelo Papa, publicadas e distribuídas por todas as suas Casas. Tais textos contêm determinações claras quanto à governança a exercer pela autoridade máxima interna do convento, a prelada (com denominações diferentes nas várias Ordens, como «abadessa» ou «presidente»), e igualmente ao controlo desta pela autoridade eclesiástica masculina externa, nuns casos o bispo local e noutros a cabeça do mais próximo convento de frades ou de monges da mesma Família religiosa. Daqui resultam um segundo e um terceiro tipos de fontes escritas para esta temática: as Visitas ou Visitações efetuadas pela tutela a um mosteiro, e as Juntas ou Capítulos gerais do ramo masculino duma Ordem, em que são apresentados e mandados corrigir os casos assinalados nas diferentes Casas. Para se conhecer de tais governanças teóricas e desgovernanças vividas são apresentados aqui casos de mosteiros femininos portugueses nos séculos XVII e XVIII num espaço de fronteira marítima não só insular como arquipelágica, os Açores, e comparados com os dum espaço de fronteira terrestre, o Alentejo.
  • Museologia açoriana. Uma aproximação biobibliográfica
    Publication . Ribeiro, Maria Manuel Velásquez
    A existência de museus nos Açores é centenária e o seu percurso comporta experiências duradouras e efémeras, dispersas por todas as ilhas. A constituição de museus continua, na atualidade, a animar organismos públicos e entidades privadas, autarquias, empresas e particulares, para o que se tem contado com um elenco de atores com motivações, visões e formações muito diversas. Essa riqueza é, contudo, mal conhecida, e muitas experiências e as personalidades que lhes estão associadas, bem como a bibliografia que produziram, não se constituem em repositório de conhecimentos que faculte uma visão abrangente sobre a forma como a musealização da memória açoriana se foi constituindo. Uma proposta de biobibliografia da museologia açoriana tem como objetivo construir e facultar um conhecimento preciso e atualizado das personalidades ligada à museologia açoriana, e contribuir para uma maior compreensão da história dos museus nos Açores. [da Nota Introdutória]
  • Nota de abertura e breve enquadramento geográfico
    Publication . Chaves, Duarte Nuno
    A edição do livro Questões de Identidade Insular na Macaronésia ocorre na sequência da parceria mantida pelo CHAM - Centro de Humanidades, unidade de investigação interuniversitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e à Universidade dos Açores com a Santa Casa da Misericórdia das Velas, S. Jorge, Açores. Como consequência desta cooperação institucional resultou a concretização, desde 2011, de vários acontecimentos culturais e científicos efetuados, usualmente na ilha de S. Jorge, e de forma pontual em outras ilhas do arquipélago dos Açores. Estes eventos tiveram como consequência a edição de três publicações de estudos, no âmbito da História Insular e Atlântica: Aquém e Além de São Jorge Memória e Visão (2014); Açores e Madeira: percursos de memória e identidade (2017); e Memória e Identidade Insular: Religiosidade Festividades e Turismo nos Arquipélagos da Madeira e Açores (2019). Todas elas com a chancela das entidades anteriormente citadas. […].
  • A ilha Graciosa nos relatos de viajantes estrangeiros (século XIX)
    Publication . Silva, Susana Serpa
    A literatura de viagens, que abrange uma grande amplitude de categorias (diários, relatos, crónicas, cartas, ensaios científicos, entre outros), não se reporta somente aos estudos literários, sendo muito utilizada, como fonte, pela historiografia. Como, e bem, referiu António Andrade Moniz “a literatura de viagens, enquanto expressão da experiência humana de deambulação e de encontro físico e cultural com a pluralidade de espaços, está particularmente vocacionada, mais do que qualquer outro género ou subgénero, para o diálogo intercultural com todas as ciências”. Logo, a História não é excepção, não obstante a necessária salvaguarda de um espírito crítico na análise deste tipo de testemunhos, por vezes descritivos e rigorosos; por vezes subjetivos, imprecisos e presos a juízos de valor. Os textos da literatura de viagens confrontam o sujeito, individual e colectivo, com a problemática central da identidade/alteridade, ou seja, o eu e o outro, pelo que nem sempre se tratam de narrativas ou visões estritamente científicas, mas resultantes de interpretações e impressões pessoais e, até, em alguns casos, sustentadas em escritos e relatos anteriores, ou seja, em fontes nem sempre fidedignas ou isentas de erros. […]. No caso da literatura de viagens sobre as ilhas dos Açores, no século XIX, deparamos com diferentes tipologias e com múltiplas situações no que se refere aos próprios viajantes. Por isso, […].
  • Arquivos Açorianos : percursos patrimoniais e de valorização da memória insular
    Publication . Moscatel, Cristina
    Os arquivos são, pelos seus atributos definidores, espelho e património das comunidades que os produzem, mas podem ser, e normalmente são-no, património de todas as realidades que com essas comunidades produtoras interagem. São registo, memória e fonte para a produção historiográfica e para a construção e/ou definição cultural. Neste sentido, gozariam, juntamente com as produções artísticas, móveis e imóveis, e mesmo com a imaterialidade, de um estatuto patrimonial que geraria investimento, divulgação e educação. Não obstante, o conceito de ‘património’ quando aplicado à realidade documental, leia-se aos arquivos, carece ainda de enfase, nas esferas públicas e institucionais, e de consubstancialização. Esta comunicação pretende, no âmbito do acima exposto, abordar a política arquivística açoriana nos últimos 50 anos, no sentido de lhe encontrar um percurso na consubstancialização patrimonial dos arquivos locais, bem como no intuito de analisar de que forma, e por que meios, essa política arquivística tem contribuído para a valorização da memória e para a construção de conhecimento sobre a(s) realidade(s) insulare(s). […].
  • A procissão das cinzas em São Bernardino : um reflexo do processo de evangelização Franciscana na Madeira
    Publication . Faria, Cláudia; Chaves, Duarte Nuno; Alves, Graça
    No âmbito da parceria desenvolvida pelo Centro de Estudos do Atlântico (CEHA) e o CHAM – Centro de Humanidades da Universidade dos Açores, fomos resgatar uma procissão, pouco conhecida entre nós, que ocorre, todos os anos, na Quarta-feira de cinzas, na paróquia de Santa Cecília, mais concretamente no Convento de S. Bernardino, em Câmara de Lobos. Gostaríamos de frisar que o texto agora editado representa uma primeira abordagem no espaço da investigação histórica e antropológica a este fenómeno de religiosidade popular. Uma vez recolhida a informação teórica acerca desta tradição, manifestamente pouca, optou-se por contactar, primeiro, o responsável pelo Convento de São Bernardino, Frei Nélio Mendonça, depois, os leigos da ordem Franciscana e, por último, a população residente na zona. O objetivo era ouvir os vários intervenientes e registar o grau de envolvência não só das famílias que guardam as imagens (santos) mas também daqueles que estão diretamente envolvidos nos preparativos da procissão. Pretendíamos recolher o máximo de informação (oral e visual) relativa ao dia da procissão propriamente dito, mas também no que diz respeito aos preparativos e acima de tudo testemunhar o que se passa durante o resto do ano, período durante o qual as imagens ficam recolhidas em várias casas. Era ainda nosso propósito aferir o impacto desta procissão não apenas no seio da comunidade câmara-lobense mas também na Ilha da Madeira. O trabalho de campo requer sempre preparação prévia e cuidada. Requer igualmente uma boa dose de boa vontade e espírito aberto. É importante estar atento aos detalhes e ouvir mais do que falar. A nossa missão enquanto “arqueólogos da memória” é registar. Não sendo possível “mostrar” toda a dimensão desta recolha, deixamos aqui alguns apontamentos. Ficou, porém, registado, em áudio e vídeo, esta jornada de trabalho que está disponível para futuros estudos.
  • Contributo para o estudo da presença dos franciscanos Seculares no Grupo Oriental do arquipélago dos Açores, séculos XVII a XXI
    Publication . Chaves, Duarte Nuno
    Motivado pela ação provocada pela Contra-Reforma, o século XVII nos Açores apresenta um dos períodos de maior fervor religioso desta região, sendo disso exemplo a difusão da vida conventual e monástica no arquipélago. O recrudescimento dos movimentos de seculares franciscanos, inseridos na Ordem Terceira da Penitência, no espaço Ibero-americano, têm a sua correspondência neste território insular, com a fundação de uma fraternidade de irmãos penitentes, muito possivelmente durante a primeira década de seiscentos, mais precisamente na ilha de Santa Maria. Esta situação é comprovada através de documentos do arquivo da sua congénere de Ponta Delgada, em S. Miguel. Segundo estes registos, as cerimónias de profissão dos primeiros irmãos penitentes nesta ilha, em 1624, contaram com a participação de um irmão da Ordem Terceira de Santa Maria, o fidalgo João Soares de Sousa. [...].
  • Transatlânticos : viajantes norte-americanos nos Açores (séculos XIX-XX)
    Publication . Riley, Carlos Guilherme
    Os ventos alísios e as correntes oceânicas sempre encaminharam, no tempo da navegação à vela, as barcas e escunas americanas para as ilhas dos Açores. Pode até dizer-se – a propósito de Thomas Hickling, um mercador de Boston que se estabeleceu em Ponta Delgada a partir de 1769 - que já havia Americanos nos Açores antes da independência americana. Thomas Hickling Sr. (1745-1834) é, aliás, o ponto de partida incontornável para qualquer abordagem que se prenda com as relações entre os Estados Unidos da América e as ilhas dos Açores, pois a sua presença neste arquipélago não só ficou gravada em pedra, desafiando as folhas caídas da nossa memória, como foi indiretamente responsável por um expressivo número de testemunhos literários norte-americanos sobre os Açores, na transição dos séculos XVIII-XIX, caso do precioso Diário escrito pela sua filha Catherine Green Hickling, que cobre o período de tempo compreendido entre 1786 e 1788, ou então a interessante obra composta pelo seu genro John White Webster, intitulada A Description of the Island of St. Michael que foi, salvo melhor opinião, o primeiro livro de Literatura de Viagem publicado por um americano sobre os Açores. Podemos ainda juntar a este rol o filho de Catherine Green Hickling, o reputado historiador e hispanista William Hickling Prescott, o qual em 1816 veio à ilha de São Miguel visitar o avô materno e daqui escreveu algumas cartas aos seus amigos em Boston, destacando o clima e a flora subtropical açoriana, característica que nunca escapava à observação dos nativos da Nova Inglaterra, bem como as tradições arcaicas da sociedade local, cuja acentuada falta de urbanidade impressionou o jovem Bacharel da Universidade de Harvard, que apenas encontrou um interlocutor local – Joaquim António Paula de Medeiros – com quem pudesse manter longas conversas em francês. Neste breve apanhado dos mais antigos testemunhos literários de viajantes/ visitantes norte-americanos nos Açores, podem-se identificar três tipologias diferentes de escrita – o diário, o livro publicado e o epistolário – que concorrem no sentido sublinhar o papel catalisador que a figura patriarcal de Thomas Hickling desempenhou […].
  • A literatura de viagens e os olhares femininos sobre os Açores setecentistas e oitocentistas
    Publication . Rego, Margarida Vaz do
    A expressão literatura de viagens abrange várias vertentes, que se filiam no género narrativo, próximo da crónica, da autobiografia, do diário, do relato científico, entre outros. Segundo Maria do Céu Fraga, «no fundo, exigimos destas obras apenas que o seu centro seja ocupado por uma viagem, isto é que o seu sentido se construa à volta da deslocação no espaço, quer seja narrada com pormenor, quer constitua apenas um pretexto para divagação do seu autor». Daí que a literatura de viagens não seja apenas um estudo literário, pois tem-se afirmado como uma preciosa fonte documental, não só para os historiadores, como também para a «descoberta do Outro e do nascimento do pensamento etnográfico, para a construção e reconstrução das geografias míticas e reais, do imaginário sociocultural de um dado autor ou de uma dada sociedade ou a génese de algumas utopias». Estas obras, que assumem um importante papel de testemunhas de uma época, resultantes da visão do outro (o visitante, o estrangeiro), tornam-se, pois, fontes importantíssimas para os historiadores, nomeadamente para os que estudam o espaço Atlântico e, em particular, para os estudos insulares. As ilhas levam de imediato a uma visão de viagem pois, nas épocas anteriores ao século XX, só podiam ser alcançadas por mar. O Europeu do século XVIII, o iluminista que pretende conhecer o mundo através da razão e da experiência, lança-se no Atlântico à procura dos segredos da natureza. A ciência é então baseada na experiência e as missões científicas ligam-se de forma direta ao traçado das rotas coloniais. […].
  • Proteção e inventário das relíquias históricas e monumentos artísticos [e] obras de interesse nitidamente turístico e de embelezamento da Terra. Políticas para o património, em S. Miguel e Santa Maria, no lustro 1946-1950
    Publication . Lapa, Sofia
    O breve estudo que aqui apresento sobre o tema das políticas distritais para o património cultural, em S. Miguel e Santa Maria, no lustro 1946-1950, surgiu no âmbito da investigação que venho desenvolvendo sobre o legado testamentário feito por Maria Francisca Borges de Medeiros Dias da Câmara (1869-1945) ao Museu Carlos Machado, comummente designado como «Legado da Condessa de Cuba». Com efeito, foi ao procurar conhecer quer a constituição quer o processo de incorporação museológica deste legado, ocorrido em 1947, que procedi, entre outras, à leitura de um conjunto de livros de actas da Comissão Executiva da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada, então instituição de tutela daquele museu. Para contextualização geral do tema que agora nos ocupa, recordemos o enquadramento legal do corpo administrativo que produziu a fonte documental sobre a qual incide o presente artigo. O quinquénio em análise corresponde a um período de plena vigência do regime do Estado Novo (1933-1974), encontrando-se o território português organizado em três grandes unidades administrativas: o Continente, as Ilhas Adjacentes, e as Colónias. […].