CHAM-A - Parte ou Capítulo de um Livro / Part of Book or Chapter of Book
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- Arquivos Açorianos : percursos patrimoniais e de valorização da memória insularPublication . Moscatel, CristinaOs arquivos são, pelos seus atributos definidores, espelho e património das comunidades que os produzem, mas podem ser, e normalmente são-no, património de todas as realidades que com essas comunidades produtoras interagem. São registo, memória e fonte para a produção historiográfica e para a construção e/ou definição cultural. Neste sentido, gozariam, juntamente com as produções artísticas, móveis e imóveis, e mesmo com a imaterialidade, de um estatuto patrimonial que geraria investimento, divulgação e educação. Não obstante, o conceito de ‘património’ quando aplicado à realidade documental, leia-se aos arquivos, carece ainda de enfase, nas esferas públicas e institucionais, e de consubstancialização. Esta comunicação pretende, no âmbito do acima exposto, abordar a política arquivística açoriana nos últimos 50 anos, no sentido de lhe encontrar um percurso na consubstancialização patrimonial dos arquivos locais, bem como no intuito de analisar de que forma, e por que meios, essa política arquivística tem contribuído para a valorização da memória e para a construção de conhecimento sobre a(s) realidade(s) insulare(s). […].
- Contributo para o estudo da presença dos franciscanos Seculares no Grupo Oriental do arquipélago dos Açores, séculos XVII a XXIPublication . Chaves, Duarte NunoMotivado pela ação provocada pela Contra-Reforma, o século XVII nos Açores apresenta um dos períodos de maior fervor religioso desta região, sendo disso exemplo a difusão da vida conventual e monástica no arquipélago. O recrudescimento dos movimentos de seculares franciscanos, inseridos na Ordem Terceira da Penitência, no espaço Ibero-americano, têm a sua correspondência neste território insular, com a fundação de uma fraternidade de irmãos penitentes, muito possivelmente durante a primeira década de seiscentos, mais precisamente na ilha de Santa Maria. Esta situação é comprovada através de documentos do arquivo da sua congénere de Ponta Delgada, em S. Miguel. Segundo estes registos, as cerimónias de profissão dos primeiros irmãos penitentes nesta ilha, em 1624, contaram com a participação de um irmão da Ordem Terceira de Santa Maria, o fidalgo João Soares de Sousa. [...].
- Emigração Açoriana : entre a História e a MemóriaPublication . Silva, Susana Serpa[…]. Não obstante o incremento do estudo da emigração, em diferentes áreas das Humanidades e das Ciências Sociais, ainda existem muitas fontes e dados por explorar e é possível inovar nas formas de análise desta relevante questão da historiografia açoriana. Sendo certo de que a História, como ciência, procura o rigor alicerçado em fontes coevas e escritas, não é menos certo que, para o estudo da contemporaneidade, se possa recorrer às memórias e aos testemunhos orais, desde que recolhidos criteriosa e fundamentadamente. Afinal, as narrativas biográficas e autobiográficas, os diários, a epistolografia, integram o conjunto de fontes historiográficas utilizadas por inúmeros historiadores. Por consequência, porque não recorrer a relatos destas naturezas, a memórias e testemunhos orais? Não só é possível utilizar fontes oficiais diferentes e que têm sido algo descuradas, como é possível conciliar — dentro de uma perspetiva científica — a História e as Memórias da emigração açoriana. [da Introdução]
- A ilha Graciosa nos relatos de viajantes estrangeiros (século XIX)Publication . Silva, Susana SerpaA literatura de viagens, que abrange uma grande amplitude de categorias (diários, relatos, crónicas, cartas, ensaios científicos, entre outros), não se reporta somente aos estudos literários, sendo muito utilizada, como fonte, pela historiografia. Como, e bem, referiu António Andrade Moniz “a literatura de viagens, enquanto expressão da experiência humana de deambulação e de encontro físico e cultural com a pluralidade de espaços, está particularmente vocacionada, mais do que qualquer outro género ou subgénero, para o diálogo intercultural com todas as ciências”. Logo, a História não é excepção, não obstante a necessária salvaguarda de um espírito crítico na análise deste tipo de testemunhos, por vezes descritivos e rigorosos; por vezes subjetivos, imprecisos e presos a juízos de valor. Os textos da literatura de viagens confrontam o sujeito, individual e colectivo, com a problemática central da identidade/alteridade, ou seja, o eu e o outro, pelo que nem sempre se tratam de narrativas ou visões estritamente científicas, mas resultantes de interpretações e impressões pessoais e, até, em alguns casos, sustentadas em escritos e relatos anteriores, ou seja, em fontes nem sempre fidedignas ou isentas de erros. […]. No caso da literatura de viagens sobre as ilhas dos Açores, no século XIX, deparamos com diferentes tipologias e com múltiplas situações no que se refere aos próprios viajantes. Por isso, […].
- In Memoriam : Alberto Vieira (1956-2019)Publication . Meneses, Avelino de Freitas de; Riley, Carlos Guilherme; Lalanda, Margarida Sá Nogueira
- A literatura de viagens e os olhares femininos sobre os Açores setecentistas e oitocentistasPublication . Rego, Margarida Vaz doA expressão literatura de viagens abrange várias vertentes, que se filiam no género narrativo, próximo da crónica, da autobiografia, do diário, do relato científico, entre outros. Segundo Maria do Céu Fraga, «no fundo, exigimos destas obras apenas que o seu centro seja ocupado por uma viagem, isto é que o seu sentido se construa à volta da deslocação no espaço, quer seja narrada com pormenor, quer constitua apenas um pretexto para divagação do seu autor». Daí que a literatura de viagens não seja apenas um estudo literário, pois tem-se afirmado como uma preciosa fonte documental, não só para os historiadores, como também para a «descoberta do Outro e do nascimento do pensamento etnográfico, para a construção e reconstrução das geografias míticas e reais, do imaginário sociocultural de um dado autor ou de uma dada sociedade ou a génese de algumas utopias». Estas obras, que assumem um importante papel de testemunhas de uma época, resultantes da visão do outro (o visitante, o estrangeiro), tornam-se, pois, fontes importantíssimas para os historiadores, nomeadamente para os que estudam o espaço Atlântico e, em particular, para os estudos insulares. As ilhas levam de imediato a uma visão de viagem pois, nas épocas anteriores ao século XX, só podiam ser alcançadas por mar. O Europeu do século XVIII, o iluminista que pretende conhecer o mundo através da razão e da experiência, lança-se no Atlântico à procura dos segredos da natureza. A ciência é então baseada na experiência e as missões científicas ligam-se de forma direta ao traçado das rotas coloniais. […].
- Museologia açoriana. Uma aproximação biobibliográficaPublication . Ribeiro, Maria Manuel VelásquezA existência de museus nos Açores é centenária e o seu percurso comporta experiências duradouras e efémeras, dispersas por todas as ilhas. A constituição de museus continua, na atualidade, a animar organismos públicos e entidades privadas, autarquias, empresas e particulares, para o que se tem contado com um elenco de atores com motivações, visões e formações muito diversas. Essa riqueza é, contudo, mal conhecida, e muitas experiências e as personalidades que lhes estão associadas, bem como a bibliografia que produziram, não se constituem em repositório de conhecimentos que faculte uma visão abrangente sobre a forma como a musealização da memória açoriana se foi constituindo. Uma proposta de biobibliografia da museologia açoriana tem como objetivo construir e facultar um conhecimento preciso e atualizado das personalidades ligada à museologia açoriana, e contribuir para uma maior compreensão da história dos museus nos Açores. [da Nota Introdutória]
- Nota de abertura e breve enquadramento geográficoPublication . Chaves, Duarte NunoA edição do livro Questões de Identidade Insular na Macaronésia ocorre na sequência da parceria mantida pelo CHAM - Centro de Humanidades, unidade de investigação interuniversitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e à Universidade dos Açores com a Santa Casa da Misericórdia das Velas, S. Jorge, Açores. Como consequência desta cooperação institucional resultou a concretização, desde 2011, de vários acontecimentos culturais e científicos efetuados, usualmente na ilha de S. Jorge, e de forma pontual em outras ilhas do arquipélago dos Açores. Estes eventos tiveram como consequência a edição de três publicações de estudos, no âmbito da História Insular e Atlântica: Aquém e Além de São Jorge Memória e Visão (2014); Açores e Madeira: percursos de memória e identidade (2017); e Memória e Identidade Insular: Religiosidade Festividades e Turismo nos Arquipélagos da Madeira e Açores (2019). Todas elas com a chancela das entidades anteriormente citadas. […].
- A procissão das cinzas em São Bernardino : um reflexo do processo de evangelização Franciscana na MadeiraPublication . Faria, Cláudia; Chaves, Duarte Nuno; Alves, GraçaNo âmbito da parceria desenvolvida pelo Centro de Estudos do Atlântico (CEHA) e o CHAM – Centro de Humanidades da Universidade dos Açores, fomos resgatar uma procissão, pouco conhecida entre nós, que ocorre, todos os anos, na Quarta-feira de cinzas, na paróquia de Santa Cecília, mais concretamente no Convento de S. Bernardino, em Câmara de Lobos. Gostaríamos de frisar que o texto agora editado representa uma primeira abordagem no espaço da investigação histórica e antropológica a este fenómeno de religiosidade popular. Uma vez recolhida a informação teórica acerca desta tradição, manifestamente pouca, optou-se por contactar, primeiro, o responsável pelo Convento de São Bernardino, Frei Nélio Mendonça, depois, os leigos da ordem Franciscana e, por último, a população residente na zona. O objetivo era ouvir os vários intervenientes e registar o grau de envolvência não só das famílias que guardam as imagens (santos) mas também daqueles que estão diretamente envolvidos nos preparativos da procissão. Pretendíamos recolher o máximo de informação (oral e visual) relativa ao dia da procissão propriamente dito, mas também no que diz respeito aos preparativos e acima de tudo testemunhar o que se passa durante o resto do ano, período durante o qual as imagens ficam recolhidas em várias casas. Era ainda nosso propósito aferir o impacto desta procissão não apenas no seio da comunidade câmara-lobense mas também na Ilha da Madeira. O trabalho de campo requer sempre preparação prévia e cuidada. Requer igualmente uma boa dose de boa vontade e espírito aberto. É importante estar atento aos detalhes e ouvir mais do que falar. A nossa missão enquanto “arqueólogos da memória” é registar. Não sendo possível “mostrar” toda a dimensão desta recolha, deixamos aqui alguns apontamentos. Ficou, porém, registado, em áudio e vídeo, esta jornada de trabalho que está disponível para futuros estudos.
- Proteção e inventário das relíquias históricas e monumentos artísticos [e] obras de interesse nitidamente turístico e de embelezamento da Terra. Políticas para o património, em S. Miguel e Santa Maria, no lustro 1946-1950Publication . Lapa, SofiaO breve estudo que aqui apresento sobre o tema das políticas distritais para o património cultural, em S. Miguel e Santa Maria, no lustro 1946-1950, surgiu no âmbito da investigação que venho desenvolvendo sobre o legado testamentário feito por Maria Francisca Borges de Medeiros Dias da Câmara (1869-1945) ao Museu Carlos Machado, comummente designado como «Legado da Condessa de Cuba». Com efeito, foi ao procurar conhecer quer a constituição quer o processo de incorporação museológica deste legado, ocorrido em 1947, que procedi, entre outras, à leitura de um conjunto de livros de actas da Comissão Executiva da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada, então instituição de tutela daquele museu. Para contextualização geral do tema que agora nos ocupa, recordemos o enquadramento legal do corpo administrativo que produziu a fonte documental sobre a qual incide o presente artigo. O quinquénio em análise corresponde a um período de plena vigência do regime do Estado Novo (1933-1974), encontrando-se o território português organizado em três grandes unidades administrativas: o Continente, as Ilhas Adjacentes, e as Colónias. […].