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ARQ - Hist2s - Vol 11-12 (2007-2008)

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Artigos publicados nos Vols. XI-XII – 2007-2008

CONTEÚDO:

ESTUDOS - História Insular e Atlântica

MACÍAS HERNÁNDEZ, Antonio M. - Legislación migratoria y economía regional : el caso de Canarias, 1500-1850

CALDEIRA, Arlindo Manuel - Mestiçagem, estratégias de casamento e propriedade feminina no arquipélago de São Tomé e Príncipe nos séculos XVI, XVII e XVIII

SOUSA, Paulo Silveira e - A gestão social da propriedade na ilha de São Jorge durante a segunda metade do século XIX

ESTUDOS – Vária

BARROS, José D’Assunção - Heresias entre os séculos XI e XV : uma revisitação das fontes e da discussão historiográfica - notas de leitura

DeNIPOTI, Cláudio - O mundo organizado em um catálogo de biblioteca : conhecimento, livros e pensamento em Portugal no início do século XIX

Conferências & Ensaios

MENESES, Avelino de Freitas de - Portugal é o mar

Fontes

VIANA, Mário Paulo Martins - Alguns preços de cereais em Portugal : séculos XIII-XVI

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  • Alguns preços de cereais em Portugal : séculos XIII-XVI
    Publication . Viana, Mário
    O primeiro autor português a integrar preços de cereais num trabalho de natureza historiográfica foi Fernão Lopes, na Crónica de D. Fernando, que os utilizou para caracterizar a situação económica do reino imediatamente posterior ao tratado de Alcoutim, celebrado entre o nosso rei e o monarca castelhano Henrique II a 31 de Março de 1371, e às cortes de Lisboa realizadas em Julho e Agosto do mesmo ano. Mais tarde, Gaspar Frutuoso, nas Saudades da terra, com dados colhidos em cartórios tabeliónicos e no seu conhecimento pessoal, formou uma muito fiável série para o período entre 1513 e 1589, basicamente relativa à ilha de São Miguel, nos Açores. Esta série foi utilizada por Ernesto do Canto no Arquivo dos Açores, em 1878, e por A. H. de Oliveira Marques na Revista de Economia, num artigo de 1962. Outro bom conjunto de preços, apenas para o ano de 1515, mas abarcando vários géneros alimentares, incluindo trigo, cevada, milho e centeio, repartidos por comarcas e almoxarifados, foi aproveitado por frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, no seu conhecido Elucidário, em 1799. Integrando os preços de Viterbo e outros, A. de Sousa Silva Costa Lobo publicou também uma lista de preços dos principais géneros alimentícios, para o século XV e parte do XVI, na sua História da sociedade em Portugal no século XV, de 1903. Voltando de novo ao citado ano de 1962, surge, também pela mão de Oliveira Marques, o texto da Introdução à história da agricultura em Portugal, subintitulado A questão cerealífera durante a Idade Média, dotado de uma ampla lista de registos (mais de 100, contando com os de um livro quatrocentista do mosteiro de Alcobaça) de preços de trigo, com relevo especial para o século XV. Seguem-se-lhe o artigo sobre preços no Dicionário de história de Portugal, que na parte devida a Vitorino Magalhães Godinho apresenta uma série de preços de trigo do celeiro comum de Évora entra 1578 e 1714, e a excelente monografia de António de Oliveira sobre A vida económica e social de Coimbra de 1537 a 1640, riquíssima nos mais variados dados, incluindo preços. Acrescente-se a série de preços de bens (contando com alguns de trigo, cevada e milho) e serviços em vigor na região do Porto na segunda metade do século XV, obtida por Iria Gonçalves a partir de vários cadernos de contas municipais. Por fim, mais recentemente, temos a lista fornecida por António dos Santos Pereira, para centeio, cevada e trigo, abrangendo o período de 1487 a 1531 com 46 registos, infelizmente sem indicação das respectivas proveniências.
  • Portugal é o mar
    Publication . Meneses, Avelino de Freitas de
    "[...]. No fim da Idade Média, é a necessidade de conhecimento do mar que motiva o descobrimento das ilhas. Com efeito, a ameaça do Islão obriga a Europa à exploração do Atlântico, que principia com o desvendar da costa africana e com incursões nos arquipélagos fronteiros, nas Canárias, na Madeira e nos Açores. Nas Idades Moderna e Contemporânea, é a relevância do mar que provoca o realce dos Açores. Em virtude de uma posição geográfica de privilégio, determinada pelas condições da natureza e pelo carácter da navegação, as ilhas assumem grande importância nas relações transatlânticas, quando o domínio dos oceanos equivale ao meio de engrandecimento dos estados. O mar português, mais do que o mar do passado, será o mar do futuro. Hoje, conserva uma importância inquestionável, como instrumento de acção política, como fonte de inúmeros recursos. Para a União Europeia, demasiado continentalizada, depois do mais recente alargamento, que possibilitou a inclusão de 10 países do centro e do leste, e muito constrangida, face à preponderância dos Estados Unidos, a ocidente, o enigma da Rússia, a oriente, e a força do Islão, a sul, o mar português é o meio de libertação da Europa. Para Portugal, que agora busca na Europa os recursos que outrora lhe foram sonegados pelo Império, o mar é a nossa maior riqueza, o mar é a nossa reserva estratégica. Por isso, a defesa do mar é uma prioridade nacional. No passado, o mar português compreendia o leito e as margens do Atlântico, o corredor do Índico e as escalas do Pacífico. Agora, a situação é bem diversa! Na actualidade, o mar português é sobretudo um mar açoriano. Assim, no futuro, às ilhas cabe uma missão na história de Portugal idêntica ou superior à de outrora. [...]"
  • O mundo organizado em um catálogo de biblioteca : conhecimento, livros e pensamento em Portugal no início do século XIX
    Publication . DeNipoti, Cláudio
    Este texto busca compreender alguns aspectos do universo cultural português através do estudo do “Catálogo da livraria de Marino Miguel Franzini”, manuscrito do final do século XVIII e início do século XIX, no qual o autor – um militar, cientista e político, diretamente envolvido nos acontecimentos políticos e militares portugueses do período, em particular no Vintismo – classificou e organizou os livros de sua biblioteca segundo critérios humanistas, científicos e “racionais”, típicos do liberalismo que se consolida neste período.
  • Heresias entre os séculos XI e XV : uma revisitação das fontes e da discussão historiográfica - notas de leitura
    Publication . Barros, José D’Assunção
    Este artigo busca elaborar uma visão panorâmica sobre as heresias nos períodos da Idade Média Central e da Baixa Idade Média, apresentando suas fontes e discussão historiográfica. Parte-se de uma discussão inicial sobre o conceito de “heresia” desde os antigos, acompanhando seu desenvolvimento no decurso da história medieval. Enfatizando os últimos períodos da Idade Média, procede-se a uma apresentação das fontes medievais relacionadas às heresias e sua repressão sob a égide da Igreja Cristã do Ocidente, seguindo-se uma discussão final sobre as heresias ao fim da Idade Média.
  • A gestão social da propriedade na ilha de São Jorge durante a segunda metade do século XIX
    Publication . Sousa, Paulo Silveira e
    No século XIX o Liberalismo veio consagrar a propriedade como o principal instrumento de acesso dos cidadãos à riqueza e ao usufruto das capacidades cívicas e políticas. A posse de bens passou a determinar a importância e o lugar do indivíduo na sociedade, fazendo com que a terra e a sua distribuição social constituíssem factores decisivos de produção e de reprodução económica, social e política. Este estudo pretende dar uma visão panorâmica das grandes unidades que organizavam a distribuição da terra numa pequena ilha dos Açores (São Jorge), durante a segunda metade do século XIX. Utilizando monografias e arquivos locais, imprensa periódica e alguns testamentos iremos analisar o modo como os grupos sociais e algumas instituições geriam, distribuíam e controlavam a terra. Este conjunto de processos sedimentava estruturas e contribuía para moldar o campo económico, bem como as relações e as redes de poder. Contudo, sobretudo ao longo do último quartel do século XIX, a intensa emigração consolidou-se como um importante factor de mudança social. Muitas famílias camponesas viram os seus recursos aumentar e tornaram-se proprietárias, abrindo assim o mercado fundiário.
  • Mestiçagem, estratégias de casamento e propriedade feminina no arquipélago de São Tomé e Príncipe nos séculos XVI, XVII e XVIII
    Publication . Caldeira, Arlindo Manuel
    No pequeno arquipélago de São Tomé e Príncipe, situado sobre a linha do Equador, um sector da população mestiça, produto das relações entre portugueses e escravas africanas, ganhará, ainda na 1ª metade do século XVI, relevância económica e reconhecimento político. Mais lento será o reconhecimento social, processo complexo em que a estratégia mestiça, da mesma forma do que a dos “brancos da terra”, passa por uma política de casamentos que se pode caracterizar como de “branqueamento” ou “desafricanização” e de que, neste artigo, são estudados vários casos, relacionando- -os com o estatuto legal de propriedade. A mulher da elite crioula, não deixando de ter um papel social próximo do de outras sociedades europeias e europeizadas do seu tempo, assume um carácter relativamente mais interventivo, sobretudo quando se trata do grupo das mulheres viúvas.
  • Legislación migratoria y economía regional : el caso de Canarias, 1500-1850
    Publication . Macías Hernández, Antonio M.
    La economía de la España de los siglos XVI al XVIII tenía un marcado carácter regional y las autoridades locales aplicaban la legislación migratoria regia según las exigencias laborales del aparato productivo. El caso de Canarias constituye un buen ejemplo de esta tesis. La emigración a América alcanzó una elevada magnitud debido sobre todo al papel ejercido por los factores de atracción. De ahí que la clase terrateniente impusiera mecanismos institucionales para retener campesinos a la tierra en las fases de expansión de la economía insular y favoreciera su movilidad en las etapas de crisis, aligerando con este objeto las restricciones a la emigración o solicitando a la Corona medidas migratorias específicas al caso insular.