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DESMG - Dissertações de Mestrado / Master Thesis

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Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).

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Recent Submissions

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  • Satisfação do cuidador/Educação para a Saúde
    Publication . Faria, Carla Susana Paim Rodrigues; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva
    Numa população cada vez mais envelhecida, em que há um aumento da necessidade de apoio às pessoas idosas surge a interrogação se o apoio prestado pelos enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários está a promover a Educação para a Saúde dos cuidadores informais. Pretendeu-se com este trabalho avaliar o grau de satisfação dos cuidadores informais quando sujeitos a Educação para a Saúde em contexto domiciliário, bem como verificar a existência de relação entre esta e as características sócio demográficas dos mesmos e dos idosos, descrever os focos mais abordados nas sessões de Educação para a Saúde, e analisar a relação destes com a satisfação. Os enfermeiros são os profissionais de saúde que estão em melhores condições para desempenhar o papel de educadores para a saúde porque conhecem bem a problemática dos cuidadores de pessoas idosas dependentes pois lidam diariamente com eles e são muitas vezes vistos como o primeiro recurso para estes cuidadores em situações de necessidade de cuidados de saúde. Este tipo de relação é, por sua vez, um veículo da afectividade gerada entre o enfermeiro e a díade pessoa idosa dependente/ cuidador informal, imprescindível numa relação pedagógica (já que a construção do conhecimento de cada indivíduo se faz com base na afectividade/emoções que estabelece com os outros). Este estudo situa-se no paradigma quantitativo, sendo de natureza descritiva exploratório. Para a recolha de dados foi utilizada uma amostra não probabilística constituída por 113 cuidadores informais de idosos dependentes. Utilizou-se como instrumento de colheita de dados, o formulário. Das conclusões emergiu que a maioria dos cuidadores está satisfeito ou muito satisfeito com os cuidados de enfermagem, apresentando valores muito elevados de satisfação, no entanto, não existe relação com a Educação para a Saúde pois esta por si só não é motivo de visita domiciliária, ou seja, nenhum caso ocorre efectivamente com o objectivo de ensino. O ensino surge em alguns casos como complemento de um cuidado técnico realizado pelos enfermeiros. Relativamente à satisfação com os cuidados de enfermagem, podemos constatar que a qualidade na assistência, envolvimento do utente e promoção do elo de ligação são os itens em que os cuidadores estão mais satisfeitos. Havendo uma grande lacuna na informação dos recursos e formalização da informação.
  • Maus-tratos a pessoas idosas no domicílio : a perceção dos cuidadores formais
    Publication . Sousa, Vera Lúcia Almeida; Bicudo, Maria José Garoupa Albergaria; Silva, Rosa Maria Carvalhal da
    Numa sociedade que se tem pautado pela implementação de políticas sociais que preconizam a permanência da pessoa idosa no domicílio, assiste-se à preocupante ocorrência de maus-tratos, frequentemente induzidos pelos cuidadores informais, nomeadamente, cônjuge e/ou filhos. Os cuidadores formais dos Serviços de Apoio Domiciliário (SAD), por vezes, são os únicos elementos, externos ao meio familiar, que contactam diretamente com as pessoas idosas no domicílio, pelo que desempenham um papel determinante na prevenção, identificação e encaminhamento adequado das situações de suspeita de maus-tratos. Deste modo, emergiu a seguinte pergunta de partida: será que os cuidadores formais do SAD estão sensibilizados para a problemática dos maus-tratos às pessoas idosas no domicílio? Assim, traçaram-se os seguintes objetivos: identificar os tipos de maus-tratos a pessoas idosas com que os cuidadores formais do SAD se deparam; descrever os fatores que contribuem para a ocorrência de maus-tratos a pessoas idosas no domicílio, identificados pelos cuidadores formais do SAD; identificar as implicações dos maus-tratos a pessoas idosas no domicílio, reconhecidas pelos cuidadores formais do SAD e descrever as estratégias adotadas pelos cuidadores formais do SAD perante situações de maus-tratos às pessoas idosas no domicílio. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo em que as estratégias de colheita de dados foram o “focus group” (com 24 cuidadores formais do SAD dos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande), cujos dados foram submetidos a análise de conteúdo e para a caracterização sociodemográfica dos participantes optou-se pelo questionário. Os resultados permitiram concluir que os cuidadores formais do SAD estão sensibilizados para a problemática, ao identificarem a existência de negligência, maus-tratos físicos, psicológicos e financeiros, embora deem maior ênfase aos dois primeiros. Como fatores da sua ocorrência salientaram a relação/vinculação afetiva pessoa idosa/cuidador informal e o contexto psicosociocultural. Consideraram que os maus-tratos têm implicações não só na pessoa idosa, mas também no cuidador formal. Relativamente às estratégias acionadas, as mesmas direcionam-se para a pessoa idosa e para os cuidadores informais, tendo-se evidenciado que apesar de partilharem as suspeitas de maus-tratos com a equipa, nem sempre as comunicam aos responsáveis.
  • Academia da terceira idade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo : caracterização do modelo de formação
    Publication . Pereira, Ana Cristina Carvalho Macedo; Fonseca, António Manuel Godinho
    Percecionar e caracterizar o paradigma de formação da Academia da Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, é o principal foco da presente dissertação, no âmbito do Mestrado em Gerontologia Social. O envelhecimento é vivenciado de forma cada vez menos “formatada” ou padronizada, sendo cada vez mais heterogéneo e protagonizado por seniores mais autónomos, ativos e com maior formação escolar/académica. Esta realidade traduz-se em opções diferenciadas de ocupação e de vivência do próprio envelhecimento, podendo-se destacar a educação/formação dos seniores como uma resposta em crescente expansão e constante revisão e adaptação para um público que continua a investir no seu desenvolvimento através da aprendizagem ao longo da vida. Neste contexto, procurou-se conhecer a perceção de formadores e alunos seniores da referida Academia acerca da formação nesta preconizada, bem como tentar perceber os seus efeitos nos participantes e ainda recolher sugestões de intervenção. Para este efeito, e recorrendo a um estudo qualitativo, optou-se por recolher os dados através de dois grupos de focagem com formadores de seniores e três grupos de focagem de alunos seniores, organizados por distintos grupos de habilitações literárias. Podemos concluir que as motivações de formadores e alunos para adesão à Academia, de um modo geral, se concretizam positivamente com a experiência que vivenciam e, sobretudo, que a formação desenvolvida vai ao encontro das características dos alunos seniores, respeitando os seus ritmos, competências e interesses, através da aplicação de conteúdos práticos e úteis aos mesmos, seguindo metodologias de formação práticas, dinâmicas e adaptadas, isto é numa linha predominantemente direcionada para a prática da gerontagogia.
  • Vidas em contra-relógio : entre a gestão de cuidados a idosos dependentes e a actividade profissional
    Publication . Jorge, Sandro Miguel Teles; Pimentel, Luísa Maria Gaspar
    As famílias perante determinados contextos podem ser confrontadas com a acumulação de múltiplas funções e responsabilidades que passam pela conciliação da vida familiar e profissional. Esta situação tem implicações na saúde, qualidade de vida e relações sociais, com repercussões no desempenho profissional e na gestão das carreiras. Este estudo é de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, e tem por objectivo compreender as implicações decorrentes da conciliação entre a prestação de cuidados a pessoas idosas dependentes e o desempenho de uma actividade profissional. Para tal, seleccionou-se como objecto de análise, uma população de cuidadores-trabalhadores, residentes nas ilhas do Pico e do Faial – Região Autónoma dos Açores. O estudo empírico baseou-se na recolha qualitativa da informação, tendo sido realizadas dezassete entrevistas semi-estruturadas. O tratamento dos dados obtidos com as entrevistas consiste numa análise de conteúdo, de cujos resultados foi possível extrair as seguintes conclusões: (1) Perfil dos cuidadores-trabalhadores: na grande maioria são do género feminino, sendo o grau de parentesco filha, têm uma média de idades de 51 anos, coabitam com a pessoa idosa dependente, prestam cuidados em média há 7 anos, desempenham actividades profissionais ligadas ao sector terciário, com vínculos laborais estáveis e horários rígidos; (2) A situação de dependência num membro familiar idoso tem necessidades heterogéneas que carecem de soluções específicas, sendo vivenciados distintos sentimentos e atitudes por parte do cuidador que enfrenta profundas mudanças nas dinâmicas familiares e profissionais; (3) Cuidadores-trabalhadores que enfrentam conflitos de papéis e sobrecargas pela assunção de responsabilidade adoptam estratégias de conciliação que passam pela mobilização de recursos internos e externos; (4) A adequação da conciliação depende de factores como: grau de dependência do familiar cuidado; tipo de relação entre cuidador/pessoa cuidada/membros familiares; tipo de carreira profissional; ambiente de trabalho; competência individual e profissional; valores e prioridades individuais. A concepção de medidas sociais neste domínio deverá preconizar a protecção deste grupo social, priorizando respostas integrais em parceria com os cuidadores, promovendo a adequação dos recursos familiares, a autonomia e independência pessoal da pessoa idosa e facilitando o acesso a políticas amigas da família cuidadora de idosos.
  • Cuidador informal secundário : papéis familiares
    Publication . Figueiredo, Sónia Maria da Silva; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Araújo, Isabel Maria Batista
    O envelhecimento demográfico é uma realidade contemporânea transversal a todo o mundo. Paralelamente ao envelhecimento surgem as co-morbilidades e a dependência funcional da pessoa idosa, conferindo aos cuidadores formais e informais a responsabilidade de garantir respostas eficazes e eficientes, que garantam a satisfação das suas necessidades e a promoção da qualidade de vida. Cuidar da pessoa idosa dependente em contexto domiciliário determina um vasto leque de alterações nas dinâmicas familiares e nos papéis desempenhados pelos cuidadores. Neste âmbito, é determinante conhecer os papéis sócio-familiares dos cuidadores informais secundários, na presença de uma pessoa idosa dependente no seio familiar. Assumimos, pois, como finalidade, contribuir para uma melhor assistência às pessoas idosas dependentes no domicílio, reforçando as potencialidades dos cuidadores secundários. Este estudo é de cariz quantitativo, exploratório e descritivo. A amostra é constituída por 168 cuidadores informais secundários de 114 pessoas idosas dependentes residentes no concelho de Angra do Heroísmo, excluindo-se os cuidadores informais principais. A colheita de dados foi dirigida ao cuidador informal secundário, sob a forma de questionário, seguido de um inquérito sobre a pessoa idosa dependente. Em termos sócio-demográficos, o papel de cuidador informal secundário é maioritariamente assumido por mulheres adultas, em idade profissional ativa, que prestam apoio à pessoa idosa dependente durante mais de 40 horas por semana e com quem coabitam. O que motiva a se tornarem cuidadoras é o amor e ternura, bem como a vontade de não institucionalizar pessoa idosa dependente. Estes cuidadores secundários reconhecem a importância do papel terapêutico nas suas vidas, sustentando a manutenção das relações inter-familiares e sociais. Pretende-se que este estudo desperte os enfermeiros para a necessidade de integrar outros elementos da família da pessoa idosa dependente no seu plano de intervenção familiar, articulando cuidados de saúde primários e secundários, na identificação e resolução das necessidades de cada família.
  • Qualidade de vida no domicílio para além da ventilação não invasiva
    Publication . Baião, Vitorino da Silva Oliveira; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Fernandes, Carla Sílvia Neves da Nova
    As doenças crónicas estão associadas com frequência às pessoas de maior idade particularmente as com mais de 65 anos, e, entre as doenças crónicas com maior incidência destacamos as respiratórias. A Organização Mundial de Saúde, em 2000, apresentou a doença respiratória crónica como a quarta causa de morte a nível mundial. O flagelo das doenças respiratórias crónicas é uma realidade cada vez mais abrangente na sociedade actual, daí que a ventilação não invasiva (VNI) efectuada no domicílio seja hoje em dia, uma evidência cada vez mais forte. A VNI define-se pelo apoio ventilatório fornecido através de um interface não invasivo, tal como máscara nasal ou máscara facial, que tem como vantagem não necessitar de entubação endotraqueal. O presente trabalho centra-se numa abordagem quantitativa, exploratório descritivocorrelacional. A amostra é constituída por 99 idosos residentes na Ilha Terceira, a realizar ventilação não invasiva no domicílio. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de um questionário, no qual estão incluídos os instrumentos Índice de Barthel e o WHOQOL – Bref. A finalidade desta investigação é contribuir para um conhecimento mais aprofundado sobre a qualidade de vida dos idosos que realizam ventilação não invasiva no domicílio, de forma, a poder vir a desenvolver-se uma intervenção mais específica a esta população. Dos resultados destaca-se que maioritariamente os participantes são homens, de idade compreendida entre os 65 e os 69 anos de idade, a viver em família nuclear, com o primeiro ciclo de escolaridade, reformados, casados, do Concelho de Angra do Heroísmo, da Freguesia da Conceição, a realizar VNI através de Cpap, há menos de 48 meses, com tratamento prescrito e efectuado de 7 a 12 horas de VNI por dia, no quarto de cama, à noite, sem oxigenoterapia, independentes ou com dependência ligeira, e com uma qualidade de vida média, superior à média dos domínios do WHOQOL-Bref. Como conclusão, destaca-se que a qualidade de vida dos idosos da Ilha Terceira que realizam ventilação não invasiva no domicílio, situa-se acima do valor médio em todos os domínios quando se usa o WHOQOL-Bref.
  • Qualidade de vida dos idosos do Concelho da Praia da Vitória
    Publication . Azevedo, Manuela Fátima Silva; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Fernandes, Carla Sílvia Neves da Nova
    As alterações demográficas do envelhecimento e a qualidade de vida das pessoas idosas são preocupações que nos levaram a realizar este estudo científico que tem como objetivo perceber a qualidade de vida dos idosos do Concelho da Praia da Vitória com 75 e mais anos. O estudo pretende saber qual a perceção que os idosos têm acerca da qualidade de vida, doença, vida independente, relações sociais, sentidos e bem-estar psicológico, caraterizar as variáveis sociodemográficas (idade, género, estado civil e escolaridade), o nível de rendimento mensal dos mesmos e analisar a qualidade de vida face às características dos idosos e a cada uma das suas varáveis. Do Universo identificado a partir do Centro de Saúde da Praia da Vitória, de 1518 pessoas idosas com idades iguais ou superiores a 75 anos foi criada uma amostra estratificada por freguesias no total de 304 pessoas idosas. O instrumento de medida utilizado para medir a perceção dos idosos sobre a qualidade de vida foi um questionário com Alpha de Cronbach de 0,8 composto pela escala IAQdV de Fonseca et al., (2009). Da análise dos resultados obtidos constatou-se que a idade média é de 80,7 anos, o género mais representado foi o feminino, os idosos possuem o ensino básico sendo na maioria casados e tendo em média o rendimento mensal no valor compreendido entre 201€ e 400€. Nenhuma das variáveis sociodemográficas estabeleceu diferenças significativas com a qualidade de vida. Pelo contrário, todas as outras variáveis do estudo estabeleceram diferenças significativas com a qualidade de vida. Sobre a perceção da qualidade de vida global, verificamos que 39,8 % dos idosos da amostra a referiu como suficiente.
  • Combatentes Terceirenses e vulnerabilidade psicossocial : as necessidades psicossociais e as respostas actuais
    Publication . Rodrigues, José Pereira; Hipólito, João Evangelista de Jesus; Correia, António
    O objectivo da presente investigação é avaliar as necessidades psicossociais, numa amostra de antigos combatentes da Guerra Colonial Portuguesa, residentes na Ilha Terceira - Açores. A amostra é constituída por 255 indivíduos, com idades compreendidas entre os 55 e os 73 anos (M=63; DP=4,18). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sócio-emográfico; PCL-M; Escala Toulosana de Coping (E.T.C.); Symptom Checklist 90 Revised (SCL-90-R); Escala de Estima de Si (S.E.R.T.H.U.A.L.); Nova Escala de Valores e Escala de Avaliação da Situação Sócio-familiar de Gijón. Os resultados sugerem a presença de sintomas de PTSD, de nível de gravidade ligeiro (53,5%), moderado (41,2%) e grave (5,5%), com uma tendência para os sintomas ligeiros passarem a moderados com o aumento da idade. Ao nível da associação entre as variáveis psicossociais, verificam-se associações estatisticamente significativas (p<.01) entre as dimensões da PCL-M (reexperimentação intrusiva, evitamento e embotamento e excitabilidade aumentada), com a dimensão da ETC, (retraimento, adictividade e mudança e coping negativo) e as dimensões negativas da auto estima (tensões emocionais e hostilidade consigo próprio) e as dimensões da SCL-90-R, sendo as mais significativas: a ansiedade, a depressão, a hostilidade, a somatização e a sintomatologia obsessivo compulsivo. Em termos globais, os resultados sugerem que os ex-combatentes recorrem com mais frequência a estratégias de coping directas ou centradas no problema e que apresentam níveis positivos em termos de auto-estima e valorizam os aspectos relacionados com a família, trabalho, saúde, liberdade, paz, carinho e a fé. Em síntese o estudo pretende contribuir para melhorar o conhecimento e a compreensão das necessidades psicossociais da população combatente, sugerindo respostas mais adequadas a este tipo de população, eventualmente com a criação de programas de intervenção específicos, tendo em conta as necessidades dos mesmos.
  • Identificação de necessidades e planeamento de respostas para as pessoas idosas
    Publication . Cabral, Sónia Margarida Sousa; Martin, José Ignácio Guinaldo; Sousa, Maria Manuela Pimentel Costa
    O envelhecimento da população tem gerado a necessidade de se encontrar estratégias de intervenção que possam colmatar as necessidades da população idosa. Na ilha de Santa Maria, o envelhecimento populacional não é excepção. Desta forma, o presente estudo pretende identificar as necessidades dos idosos da referida ilha com o intuito de apresentar propostas de intervenção. Num universo de 676 idosos que residem na ilha, participaram no estudo 430 indivíduos. O instrumento de recolha de dados utilizado, para avaliar as necessidades da pessoa idosa, foi o EASY Care, tendo-se elaborado um algoritmo de decisão no âmbito do planeamento de respostas sociais às necessidades identificadas. Dos resultados do estudo evidencia-se que em termos de necessidades a incapacidade física afecta 87,7% dos idosos; a incapacidade funcional está associada ao sexo masculino e ao aumento da idade e a incapacidade total tem uma preponderância reduzida (24,2%). Porém, ao aumento da dependência está associado o aumento da idade. Verifica-se também que 60,9% dos idosos apresentam sinais/sintomas de depressão estando a sintomatologia depressiva principalmente associada ao sexo feminino, e que 39,8% dos idosos apresentam diminuição moderada a grave na função cognitiva, estando a diminuição cognitiva associada ao aumento da idade. No âmbito do planeamento de respostas sociais constata-se que 24 idosos poderão ter as suas necessidades satisfeitas com a resposta social lar, 16 idosos com a residência, 150 idosos com o centro de dia, 209 idosos com o serviço de apoio ao domicílio e 27 idosos apresentam necessidades que poderão ser colmatadas na resposta de centro de convívio. Constata-se, pois, a necessidade de se planear intervenções direccionadas para a continuidade do idoso no seu domicílio e inserido na comunidade, privilegiando-se as respostas sociais de serviço de apoio ao domicílio, centro de convívio, e centro de dia, asseguradas pelo estado e os recursos disponíveis na comunidade.
  • Reforma: um novo tempo de ser : estratégias de adaptação à reforma utilizadas pelos reformados da ilha Terceira
    Publication . Pinheiro, Joana Cristina Areias Codorniz; Fonseca, António Manuel Godinho
    A reforma é um acontecimento marcante na vida dos indivíduos. Como fenómeno social, conotado com a entrada na velhice, tem vindo a registar inúmeras alterações, quer pela forma como é encarado, quer pelas vias que lhe dão acesso. Não obstante essas variações, como transição desenvolvimental a reforma implica sempre um jogo de equilíbrio entre ganhos e perdas, que impele os indivíduos na busca de um leque de estratégias com vista à redefinição de papéis e ao sucesso adaptativo nesta nova etapa. Considerar a reforma isoladamente é redutor, pelo que é importante contextualizá-la e integrá-la numa trajectória de vida, cujo background condiciona as estratégias adoptadas. Neste sentido, procurou-se conhecer as estratégias utilizadas pelos reformados da Ilha Terceira para fazer face à nova condição. Mais do que fazer extrapolações, quisemos contextualizar o fenómeno no espaço onde ele acontece. Assim sendo, foi levado a cabo um estudo Qualitativo, de natureza Exploratória com o objectivo de ouvir falar as pessoas e de compreender as suas estratégias. Os dados foram obtidos, indutivamente, a partir de 8 Grupos de Focagem, nos quais participaram 46 reformados, 23 mulheres e 23 homens, com idades compreendidas entre os 55 e os 80 anos e um nível de escolaridade entre o 1º ciclo e a Licenciatura. Podemos concluir que, para estes reformados a passagem à reforma fez-se acompanhar predominantemente por sentimentos de felicidade e bem-estar, mas também de alguma desorientação, ainda que na maioria das vezes transitória. Para encontrarem um rumo após esta viragem, os Reformados adoptam como principal estratégia para a ocupação do tempo o recurso a um vasto leque de actividades, das quais se destacam as recreativas e familiares/domésticas. Em termos de satisfação de vida, predomina uma avaliação positiva.