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- Identificação de necessidades e planeamento de respostas para as pessoas idosasPublication . Cabral, Sónia Margarida Sousa; Martin, José Ignácio Guinaldo; Sousa, Maria Manuela Pimentel CostaO envelhecimento da população tem gerado a necessidade de se encontrar estratégias de intervenção que possam colmatar as necessidades da população idosa. Na ilha de Santa Maria, o envelhecimento populacional não é excepção. Desta forma, o presente estudo pretende identificar as necessidades dos idosos da referida ilha com o intuito de apresentar propostas de intervenção. Num universo de 676 idosos que residem na ilha, participaram no estudo 430 indivíduos. O instrumento de recolha de dados utilizado, para avaliar as necessidades da pessoa idosa, foi o EASY Care, tendo-se elaborado um algoritmo de decisão no âmbito do planeamento de respostas sociais às necessidades identificadas. Dos resultados do estudo evidencia-se que em termos de necessidades a incapacidade física afecta 87,7% dos idosos; a incapacidade funcional está associada ao sexo masculino e ao aumento da idade e a incapacidade total tem uma preponderância reduzida (24,2%). Porém, ao aumento da dependência está associado o aumento da idade. Verifica-se também que 60,9% dos idosos apresentam sinais/sintomas de depressão estando a sintomatologia depressiva principalmente associada ao sexo feminino, e que 39,8% dos idosos apresentam diminuição moderada a grave na função cognitiva, estando a diminuição cognitiva associada ao aumento da idade. No âmbito do planeamento de respostas sociais constata-se que 24 idosos poderão ter as suas necessidades satisfeitas com a resposta social lar, 16 idosos com a residência, 150 idosos com o centro de dia, 209 idosos com o serviço de apoio ao domicílio e 27 idosos apresentam necessidades que poderão ser colmatadas na resposta de centro de convívio. Constata-se, pois, a necessidade de se planear intervenções direccionadas para a continuidade do idoso no seu domicílio e inserido na comunidade, privilegiando-se as respostas sociais de serviço de apoio ao domicílio, centro de convívio, e centro de dia, asseguradas pelo estado e os recursos disponíveis na comunidade.
- Combatentes Terceirenses e vulnerabilidade psicossocial : as necessidades psicossociais e as respostas actuaisPublication . Rodrigues, José Pereira; Hipólito, João Evangelista de Jesus; Correia, AntónioO objectivo da presente investigação é avaliar as necessidades psicossociais, numa amostra de antigos combatentes da Guerra Colonial Portuguesa, residentes na Ilha Terceira - Açores. A amostra é constituída por 255 indivíduos, com idades compreendidas entre os 55 e os 73 anos (M=63; DP=4,18). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sócio-emográfico; PCL-M; Escala Toulosana de Coping (E.T.C.); Symptom Checklist 90 Revised (SCL-90-R); Escala de Estima de Si (S.E.R.T.H.U.A.L.); Nova Escala de Valores e Escala de Avaliação da Situação Sócio-familiar de Gijón. Os resultados sugerem a presença de sintomas de PTSD, de nível de gravidade ligeiro (53,5%), moderado (41,2%) e grave (5,5%), com uma tendência para os sintomas ligeiros passarem a moderados com o aumento da idade. Ao nível da associação entre as variáveis psicossociais, verificam-se associações estatisticamente significativas (p<.01) entre as dimensões da PCL-M (reexperimentação intrusiva, evitamento e embotamento e excitabilidade aumentada), com a dimensão da ETC, (retraimento, adictividade e mudança e coping negativo) e as dimensões negativas da auto estima (tensões emocionais e hostilidade consigo próprio) e as dimensões da SCL-90-R, sendo as mais significativas: a ansiedade, a depressão, a hostilidade, a somatização e a sintomatologia obsessivo compulsivo. Em termos globais, os resultados sugerem que os ex-combatentes recorrem com mais frequência a estratégias de coping directas ou centradas no problema e que apresentam níveis positivos em termos de auto-estima e valorizam os aspectos relacionados com a família, trabalho, saúde, liberdade, paz, carinho e a fé. Em síntese o estudo pretende contribuir para melhorar o conhecimento e a compreensão das necessidades psicossociais da população combatente, sugerindo respostas mais adequadas a este tipo de população, eventualmente com a criação de programas de intervenção específicos, tendo em conta as necessidades dos mesmos.