DESMG - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
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Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
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- Academia da terceira idade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo : caracterização do modelo de formaçãoPublication . Pereira, Ana Cristina Carvalho Macedo; Fonseca, António Manuel GodinhoPercecionar e caracterizar o paradigma de formação da Academia da Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, é o principal foco da presente dissertação, no âmbito do Mestrado em Gerontologia Social. O envelhecimento é vivenciado de forma cada vez menos “formatada” ou padronizada, sendo cada vez mais heterogéneo e protagonizado por seniores mais autónomos, ativos e com maior formação escolar/académica. Esta realidade traduz-se em opções diferenciadas de ocupação e de vivência do próprio envelhecimento, podendo-se destacar a educação/formação dos seniores como uma resposta em crescente expansão e constante revisão e adaptação para um público que continua a investir no seu desenvolvimento através da aprendizagem ao longo da vida. Neste contexto, procurou-se conhecer a perceção de formadores e alunos seniores da referida Academia acerca da formação nesta preconizada, bem como tentar perceber os seus efeitos nos participantes e ainda recolher sugestões de intervenção. Para este efeito, e recorrendo a um estudo qualitativo, optou-se por recolher os dados através de dois grupos de focagem com formadores de seniores e três grupos de focagem de alunos seniores, organizados por distintos grupos de habilitações literárias. Podemos concluir que as motivações de formadores e alunos para adesão à Academia, de um modo geral, se concretizam positivamente com a experiência que vivenciam e, sobretudo, que a formação desenvolvida vai ao encontro das características dos alunos seniores, respeitando os seus ritmos, competências e interesses, através da aplicação de conteúdos práticos e úteis aos mesmos, seguindo metodologias de formação práticas, dinâmicas e adaptadas, isto é numa linha predominantemente direcionada para a prática da gerontagogia.
- Adesão terapêutica do idoso hospitalizado com doença crónicaPublication . Azevedo, Célia Maria Alemão Mendes; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Gonçalves, Maria Narcisa da CostaA adesão ao regime terapêutico na pessoa idosa, com doença crónica, é um processo comportamental, multidimensional, complexo, contínuo e dinâmico, influenciado por vários factores (características do doente, do ambiente envolvente, da doença e do tratamento), não existindo um "gold standard" para a sua avaliação. Constitui um problema de saúde de grandes dimensões, compromete a eficácia do tratamento, tem implicações na gestão e controle da doença, com consequências na saúde e qualidade de vida do indivíduo, originando aumento dos encargos e sobrecarga do sistema de saúde. Para a compreensão do problema da adesão à terapêutica e da influência da adesão ao regime terapêutico efectuado no domicílio, procedemos à sua avaliação no internamento do idoso com doença crónica, de origem cardíaca, de onde resultou um estudo quantitativo, exploratório, descritivo e transversal, com o recurso à colheita de dados por questionário. A amostra foi por conveniência, constituída por pessoas idosas, com 65 e mais anos, internadas num serviço de Cardiologia, com doença cardíaca e que efectuavam no domicílio medicação prescrita para a doença cardíaca. Do estudo fizeram parte 44 pessoas idosas, de ambos os sexos, com média de idades de 74,68 anos, casados/união de facto, coabitam em famílias nucleares sem filhos, residem em meio rural, reformados, sem habilitações literárias, com baixo rendimento mensal, despendem mensalmente 50 a 100 Euros na compra de medicamentos, com antecedentes de doença cardíaca e várias co-morbilidades (evidenciando-se a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus), com média de 2,59 internamentos por doença cardíaca, com média de 6,28 dias no último internamento, acompanhados maioritariamente pelo Cardiologista, realizam em média 2,98 consultas médicas anuais. Fazem duas e quatro tomas diárias de medicação, com autonomia, usam medicação cardíaca há mais de 87 meses, utilizando em média 4,25 medicamentos para a doença cardíaca, sendo os anticoagulantes o sub-grupo terapêutico mais utilizado, 86,4% são aderentes e 13,5% não aderentes ao regime terapêutico. Devido à reduzida dimensão da amostra, não foi possível determinar se existe ou não associação estatística significativa entre a adesão à terapêutica e o número de internamentos do idoso com doença crónica, de origem cardíaca. No entanto, este estudo permitiu caracterizar a amostra em relação a alguns factores que influenciam a adesão à terapêutica, possibilitando intervenções de enfermagem mais direccionadas e adequadas na promoção da adesão ao regime terapêutico e da autonomia das pessoas idosas, na prevenção de complicações relacionadas com os grupos e sub-grupos terapêuticos mais utilizados e com o uso de medicação de forma prolongada.
- Combatentes Terceirenses e vulnerabilidade psicossocial : as necessidades psicossociais e as respostas actuaisPublication . Rodrigues, José Pereira; Hipólito, João Evangelista de Jesus; Correia, AntónioO objectivo da presente investigação é avaliar as necessidades psicossociais, numa amostra de antigos combatentes da Guerra Colonial Portuguesa, residentes na Ilha Terceira - Açores. A amostra é constituída por 255 indivíduos, com idades compreendidas entre os 55 e os 73 anos (M=63; DP=4,18). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sócio-emográfico; PCL-M; Escala Toulosana de Coping (E.T.C.); Symptom Checklist 90 Revised (SCL-90-R); Escala de Estima de Si (S.E.R.T.H.U.A.L.); Nova Escala de Valores e Escala de Avaliação da Situação Sócio-familiar de Gijón. Os resultados sugerem a presença de sintomas de PTSD, de nível de gravidade ligeiro (53,5%), moderado (41,2%) e grave (5,5%), com uma tendência para os sintomas ligeiros passarem a moderados com o aumento da idade. Ao nível da associação entre as variáveis psicossociais, verificam-se associações estatisticamente significativas (p<.01) entre as dimensões da PCL-M (reexperimentação intrusiva, evitamento e embotamento e excitabilidade aumentada), com a dimensão da ETC, (retraimento, adictividade e mudança e coping negativo) e as dimensões negativas da auto estima (tensões emocionais e hostilidade consigo próprio) e as dimensões da SCL-90-R, sendo as mais significativas: a ansiedade, a depressão, a hostilidade, a somatização e a sintomatologia obsessivo compulsivo. Em termos globais, os resultados sugerem que os ex-combatentes recorrem com mais frequência a estratégias de coping directas ou centradas no problema e que apresentam níveis positivos em termos de auto-estima e valorizam os aspectos relacionados com a família, trabalho, saúde, liberdade, paz, carinho e a fé. Em síntese o estudo pretende contribuir para melhorar o conhecimento e a compreensão das necessidades psicossociais da população combatente, sugerindo respostas mais adequadas a este tipo de população, eventualmente com a criação de programas de intervenção específicos, tendo em conta as necessidades dos mesmos.
- Cuidador informal secundário : papéis familiaresPublication . Figueiredo, Sónia Maria da Silva; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Araújo, Isabel Maria BatistaO envelhecimento demográfico é uma realidade contemporânea transversal a todo o mundo. Paralelamente ao envelhecimento surgem as co-morbilidades e a dependência funcional da pessoa idosa, conferindo aos cuidadores formais e informais a responsabilidade de garantir respostas eficazes e eficientes, que garantam a satisfação das suas necessidades e a promoção da qualidade de vida. Cuidar da pessoa idosa dependente em contexto domiciliário determina um vasto leque de alterações nas dinâmicas familiares e nos papéis desempenhados pelos cuidadores. Neste âmbito, é determinante conhecer os papéis sócio-familiares dos cuidadores informais secundários, na presença de uma pessoa idosa dependente no seio familiar. Assumimos, pois, como finalidade, contribuir para uma melhor assistência às pessoas idosas dependentes no domicílio, reforçando as potencialidades dos cuidadores secundários. Este estudo é de cariz quantitativo, exploratório e descritivo. A amostra é constituída por 168 cuidadores informais secundários de 114 pessoas idosas dependentes residentes no concelho de Angra do Heroísmo, excluindo-se os cuidadores informais principais. A colheita de dados foi dirigida ao cuidador informal secundário, sob a forma de questionário, seguido de um inquérito sobre a pessoa idosa dependente. Em termos sócio-demográficos, o papel de cuidador informal secundário é maioritariamente assumido por mulheres adultas, em idade profissional ativa, que prestam apoio à pessoa idosa dependente durante mais de 40 horas por semana e com quem coabitam. O que motiva a se tornarem cuidadoras é o amor e ternura, bem como a vontade de não institucionalizar pessoa idosa dependente. Estes cuidadores secundários reconhecem a importância do papel terapêutico nas suas vidas, sustentando a manutenção das relações inter-familiares e sociais. Pretende-se que este estudo desperte os enfermeiros para a necessidade de integrar outros elementos da família da pessoa idosa dependente no seu plano de intervenção familiar, articulando cuidados de saúde primários e secundários, na identificação e resolução das necessidades de cada família.
- Envelhecimento bem sucedido : que percepções?Publication . Freitas, Catarina Moura; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Rocha, Ana Paula Melo FigueiredoO envelhecimento e o modo como nos adaptamos a esse processo é uma preocupação crescente na nossa sociedade pelo aumento do número de pessoas idosas e da esperança de vida. Na tentativa de perceber como estes percepcionam esta etapa do seu ciclo de vida este estudo pretende determinar qual a percepção das pessoas idosas que frequentam o Centro Comunitário de Santa Luzia no concelho em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores, sobre o envelhecimento bem-sucedido. Trata-se de um estudo de cariz qualitativo, através de uma abordagem fenomenológica do tipo descritivo simples, utilizando como método de recolha de dados a entrevista que foi aplicada a uma população escolhida intencionalmente, constituída por sete idosos, seis mulheres e um homem com idades entre os 68 e 88 anos, após transcrição das entrevistas foi feita análise de conteúdo tendo em conta os pressupostos de Laurence Bardin. A partir desta análise foram identificados seis temas: O processo de envelhecimento; Ser idoso na actualidade, O Idoso e a Família; Saúde; Religiosidade do Idoso; e Suportes do envelhecimento. Salienta-se que embora existam perdas e ganhos no processo de envelhecimento, as primeiras sobrepõe-se, no entanto, referenciam a adaptação através do suporte familiar, desempenho de actividades significativas e frequência do Centro Comunitário. Destaca-se ainda a religiosidade como aspecto presente em todos os seus discursos e a importância que atribuem à saúde nas suas diferentes vertentes, permitindo-lhes manter-se autónomos nas suas tarefas diárias, ao mesmo tempo que mencionam as dificuldades que sentem com os sinais e sintomas resultantes de situações de doença. Embora este seja um processo complexo e multidimensional que envolve adversidades, perdas, diminuições e pressões do meio envolvente, estes participantes reconhecem a possibilidade de viver satisfatoriamente com as suas limitações fazendo planos e projectos, mesmo que tenham medos e receios do tempo que lhes espera.
- Identificação de necessidades e planeamento de respostas para as pessoas idosasPublication . Cabral, Sónia Margarida Sousa; Martin, José Ignácio Guinaldo; Sousa, Maria Manuela Pimentel CostaO envelhecimento da população tem gerado a necessidade de se encontrar estratégias de intervenção que possam colmatar as necessidades da população idosa. Na ilha de Santa Maria, o envelhecimento populacional não é excepção. Desta forma, o presente estudo pretende identificar as necessidades dos idosos da referida ilha com o intuito de apresentar propostas de intervenção. Num universo de 676 idosos que residem na ilha, participaram no estudo 430 indivíduos. O instrumento de recolha de dados utilizado, para avaliar as necessidades da pessoa idosa, foi o EASY Care, tendo-se elaborado um algoritmo de decisão no âmbito do planeamento de respostas sociais às necessidades identificadas. Dos resultados do estudo evidencia-se que em termos de necessidades a incapacidade física afecta 87,7% dos idosos; a incapacidade funcional está associada ao sexo masculino e ao aumento da idade e a incapacidade total tem uma preponderância reduzida (24,2%). Porém, ao aumento da dependência está associado o aumento da idade. Verifica-se também que 60,9% dos idosos apresentam sinais/sintomas de depressão estando a sintomatologia depressiva principalmente associada ao sexo feminino, e que 39,8% dos idosos apresentam diminuição moderada a grave na função cognitiva, estando a diminuição cognitiva associada ao aumento da idade. No âmbito do planeamento de respostas sociais constata-se que 24 idosos poderão ter as suas necessidades satisfeitas com a resposta social lar, 16 idosos com a residência, 150 idosos com o centro de dia, 209 idosos com o serviço de apoio ao domicílio e 27 idosos apresentam necessidades que poderão ser colmatadas na resposta de centro de convívio. Constata-se, pois, a necessidade de se planear intervenções direccionadas para a continuidade do idoso no seu domicílio e inserido na comunidade, privilegiando-se as respostas sociais de serviço de apoio ao domicílio, centro de convívio, e centro de dia, asseguradas pelo estado e os recursos disponíveis na comunidade.
- Maus-tratos a pessoas idosas no domicílio : a perceção dos cuidadores formaisPublication . Sousa, Vera Lúcia Almeida; Bicudo, Maria José Garoupa Albergaria; Silva, Rosa Maria Carvalhal daNuma sociedade que se tem pautado pela implementação de políticas sociais que preconizam a permanência da pessoa idosa no domicílio, assiste-se à preocupante ocorrência de maus-tratos, frequentemente induzidos pelos cuidadores informais, nomeadamente, cônjuge e/ou filhos. Os cuidadores formais dos Serviços de Apoio Domiciliário (SAD), por vezes, são os únicos elementos, externos ao meio familiar, que contactam diretamente com as pessoas idosas no domicílio, pelo que desempenham um papel determinante na prevenção, identificação e encaminhamento adequado das situações de suspeita de maus-tratos. Deste modo, emergiu a seguinte pergunta de partida: será que os cuidadores formais do SAD estão sensibilizados para a problemática dos maus-tratos às pessoas idosas no domicílio? Assim, traçaram-se os seguintes objetivos: identificar os tipos de maus-tratos a pessoas idosas com que os cuidadores formais do SAD se deparam; descrever os fatores que contribuem para a ocorrência de maus-tratos a pessoas idosas no domicílio, identificados pelos cuidadores formais do SAD; identificar as implicações dos maus-tratos a pessoas idosas no domicílio, reconhecidas pelos cuidadores formais do SAD e descrever as estratégias adotadas pelos cuidadores formais do SAD perante situações de maus-tratos às pessoas idosas no domicílio. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo em que as estratégias de colheita de dados foram o “focus group” (com 24 cuidadores formais do SAD dos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande), cujos dados foram submetidos a análise de conteúdo e para a caracterização sociodemográfica dos participantes optou-se pelo questionário. Os resultados permitiram concluir que os cuidadores formais do SAD estão sensibilizados para a problemática, ao identificarem a existência de negligência, maus-tratos físicos, psicológicos e financeiros, embora deem maior ênfase aos dois primeiros. Como fatores da sua ocorrência salientaram a relação/vinculação afetiva pessoa idosa/cuidador informal e o contexto psicosociocultural. Consideraram que os maus-tratos têm implicações não só na pessoa idosa, mas também no cuidador formal. Relativamente às estratégias acionadas, as mesmas direcionam-se para a pessoa idosa e para os cuidadores informais, tendo-se evidenciado que apesar de partilharem as suspeitas de maus-tratos com a equipa, nem sempre as comunicam aos responsáveis.
- Necessidades dos idosos do concelho da Praia da Vitória em cuidados continuados domiciliáriosPublication . Costa, Ana Teresa Toledo; Fonseca, António Manuel Godinho; Pereira, Sandra MartinsOs cuidados continuados domiciliários são cuidados globais, centrados nas necessidades bio-psico-sociais do indivíduo e na promoção da funcionalidade. Este tipo de cuidados é susceptível de ser prestado no domicílio, permitindo que o idoso permaneça no seio familiar, constituindo um recurso para a família e sociedade e evitando internamentos e institucionalizações desnecessárias. Numa sociedade com um aumento significativo da população idosa, estes cuidados assumem-se como essenciais. Neste contexto, e tendo em conta que estes cuidados não estão implementados no concelho da Praia da Vitória, desenvolveu-se este estudo de investigação que incidiu na identificação das necessidades de cuidados continuados domiciliários da população idosa do concelho. O estudo realizado assume um cariz quantitativo, de natureza exploratória, descritiva e inferencial, utilizando como técnica de recolha de dados um questionário sócio-demográfico e uma escala de avaliação funcional – escala das actividades de vida diária e actividades instrumentais de vida de Lawton e Brody. Este instrumento foi aplicado a duzentos e setenta e oito indivíduos idosos, correspondentes à população idosa do Concelho da Praia da Vitória, que na altura da recolha de dados recebia cuidados das equipas domiciliárias do Centro de Saúde local. A partir deste estudo foi possível concluir que a população estudada, de acordo com os níveis de dependência identificados, necessita de cuidados continuados domiciliários. A percentagem de mulheres idosas que vivem sós é também considerável, apresentando os maiores níveis de dependência nas dimensões "cuidados pessoais", "locomoção" e "relações sociais". Os níveis de dependência são mais evidentes nas faixas etárias mais altas, o que vem confirmar o que a literatura defende sobre a importância da avaliação funcional na promoção da independência do idoso. De acordo com as principais conclusões deste estudo, torna-se preponderante implementar cuidados continuados domiciliários, acompanhado de um programa de educação para a saúde sobre envelhecimento dirigido a idosos e seus familiares, e de um programa de monitorização funcional para idosos.
- A pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio : estudo de casoPublication . Alves, Cynthia Ann; Fonseca, António Manuel Godinho; Pereira, Sandra MartinsA dissertação de mestrado aqui apresentada visa compreender a experiência de cuidar a pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio na perspectiva dos diversos intervenientes: família com o papel de cuidadores informais, outros familiares, e profissionais de saúde que acompanharam o processo. O presente estudo de caso consiste na experiência de uma família e de profissionais de saúde no acompanhamento e cuidado de uma pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio, nos Açores. Para a obtenção dos dados, foram utilizados vários instrumentos: entrevistas aos familiares cuidadores da pessoa idosa em fim de vida no domicílio, entrevistas aos profissionais de saúde que acompanharam o caso, relatos experienciais escritos de outros familiares, processo clínico da idosa em situação de fim de vida, diário do cuidador informal e testemunho do marido (cuidador principal). As principais conclusões apontam para os seguintes aspectos: a) A pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio apresenta necessidades físicas, psicológicas e emocionais, e sociais; b) Existem factores intrínsecos e extrínsecos que levam a família a cuidar da pessoa idosa em fim de vida no domicílio; c) Os familiares, enquanto cuidavam da pessoa idosa no domicílio, desenvolveram sentimentos intensos, quer negativos e/ou difíceis de gerir, quer positivos e recompensadores; d) Na assistência à pessoa idosa em fim de vida no domicílio, a família experienciou sobretudo necessidades de informação, orientação e apoio; e) Segundo a família, os profissionais de saúde estabeleceram uma relação de ajuda com a pessoa idosa e com a família, existindo, por parte da família, um reconhecimento pelo apoio prestado pelos profissionais de saúde; f) Os profissionais de saúde que acompanharam a pessoa idosa em fim de vida no domicílio, e os seus familiares, valorizaram a formação que possuíam em cuidados paliativos, o trabalho em equipa e o papel da família da pessoa idosa.
- Qualidade de vida dos idosos do Concelho da Praia da VitóriaPublication . Azevedo, Manuela Fátima Silva; Martins, Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva; Fernandes, Carla Sílvia Neves da NovaAs alterações demográficas do envelhecimento e a qualidade de vida das pessoas idosas são preocupações que nos levaram a realizar este estudo científico que tem como objetivo perceber a qualidade de vida dos idosos do Concelho da Praia da Vitória com 75 e mais anos. O estudo pretende saber qual a perceção que os idosos têm acerca da qualidade de vida, doença, vida independente, relações sociais, sentidos e bem-estar psicológico, caraterizar as variáveis sociodemográficas (idade, género, estado civil e escolaridade), o nível de rendimento mensal dos mesmos e analisar a qualidade de vida face às características dos idosos e a cada uma das suas varáveis. Do Universo identificado a partir do Centro de Saúde da Praia da Vitória, de 1518 pessoas idosas com idades iguais ou superiores a 75 anos foi criada uma amostra estratificada por freguesias no total de 304 pessoas idosas. O instrumento de medida utilizado para medir a perceção dos idosos sobre a qualidade de vida foi um questionário com Alpha de Cronbach de 0,8 composto pela escala IAQdV de Fonseca et al., (2009). Da análise dos resultados obtidos constatou-se que a idade média é de 80,7 anos, o género mais representado foi o feminino, os idosos possuem o ensino básico sendo na maioria casados e tendo em média o rendimento mensal no valor compreendido entre 201€ e 400€. Nenhuma das variáveis sociodemográficas estabeleceu diferenças significativas com a qualidade de vida. Pelo contrário, todas as outras variáveis do estudo estabeleceram diferenças significativas com a qualidade de vida. Sobre a perceção da qualidade de vida global, verificamos que 39,8 % dos idosos da amostra a referiu como suficiente.