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- Necessidades dos idosos do concelho da Praia da Vitória em cuidados continuados domiciliáriosPublication . Costa, Ana Teresa Toledo; Fonseca, António Manuel Godinho; Pereira, Sandra MartinsOs cuidados continuados domiciliários são cuidados globais, centrados nas necessidades bio-psico-sociais do indivíduo e na promoção da funcionalidade. Este tipo de cuidados é susceptível de ser prestado no domicílio, permitindo que o idoso permaneça no seio familiar, constituindo um recurso para a família e sociedade e evitando internamentos e institucionalizações desnecessárias. Numa sociedade com um aumento significativo da população idosa, estes cuidados assumem-se como essenciais. Neste contexto, e tendo em conta que estes cuidados não estão implementados no concelho da Praia da Vitória, desenvolveu-se este estudo de investigação que incidiu na identificação das necessidades de cuidados continuados domiciliários da população idosa do concelho. O estudo realizado assume um cariz quantitativo, de natureza exploratória, descritiva e inferencial, utilizando como técnica de recolha de dados um questionário sócio-demográfico e uma escala de avaliação funcional – escala das actividades de vida diária e actividades instrumentais de vida de Lawton e Brody. Este instrumento foi aplicado a duzentos e setenta e oito indivíduos idosos, correspondentes à população idosa do Concelho da Praia da Vitória, que na altura da recolha de dados recebia cuidados das equipas domiciliárias do Centro de Saúde local. A partir deste estudo foi possível concluir que a população estudada, de acordo com os níveis de dependência identificados, necessita de cuidados continuados domiciliários. A percentagem de mulheres idosas que vivem sós é também considerável, apresentando os maiores níveis de dependência nas dimensões "cuidados pessoais", "locomoção" e "relações sociais". Os níveis de dependência são mais evidentes nas faixas etárias mais altas, o que vem confirmar o que a literatura defende sobre a importância da avaliação funcional na promoção da independência do idoso. De acordo com as principais conclusões deste estudo, torna-se preponderante implementar cuidados continuados domiciliários, acompanhado de um programa de educação para a saúde sobre envelhecimento dirigido a idosos e seus familiares, e de um programa de monitorização funcional para idosos.
- A pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio : estudo de casoPublication . Alves, Cynthia Ann; Fonseca, António Manuel Godinho; Pereira, Sandra MartinsA dissertação de mestrado aqui apresentada visa compreender a experiência de cuidar a pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio na perspectiva dos diversos intervenientes: família com o papel de cuidadores informais, outros familiares, e profissionais de saúde que acompanharam o processo. O presente estudo de caso consiste na experiência de uma família e de profissionais de saúde no acompanhamento e cuidado de uma pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio, nos Açores. Para a obtenção dos dados, foram utilizados vários instrumentos: entrevistas aos familiares cuidadores da pessoa idosa em fim de vida no domicílio, entrevistas aos profissionais de saúde que acompanharam o caso, relatos experienciais escritos de outros familiares, processo clínico da idosa em situação de fim de vida, diário do cuidador informal e testemunho do marido (cuidador principal). As principais conclusões apontam para os seguintes aspectos: a) A pessoa idosa em situação de fim de vida no domicílio apresenta necessidades físicas, psicológicas e emocionais, e sociais; b) Existem factores intrínsecos e extrínsecos que levam a família a cuidar da pessoa idosa em fim de vida no domicílio; c) Os familiares, enquanto cuidavam da pessoa idosa no domicílio, desenvolveram sentimentos intensos, quer negativos e/ou difíceis de gerir, quer positivos e recompensadores; d) Na assistência à pessoa idosa em fim de vida no domicílio, a família experienciou sobretudo necessidades de informação, orientação e apoio; e) Segundo a família, os profissionais de saúde estabeleceram uma relação de ajuda com a pessoa idosa e com a família, existindo, por parte da família, um reconhecimento pelo apoio prestado pelos profissionais de saúde; f) Os profissionais de saúde que acompanharam a pessoa idosa em fim de vida no domicílio, e os seus familiares, valorizaram a formação que possuíam em cuidados paliativos, o trabalho em equipa e o papel da família da pessoa idosa.
- Resiliência em idosos viúvosPublication . Amorim, Emanuel Martins; Fonseca, António Manuel GodinhoA dissertação de mestrado exposta neste documento revela o processo de resiliência no idoso. A vulnerabilidade dos idosos é facto assente, podendo ser intensificada por eventos de vida stressantes. A viuvez como um momento de transição de vida vivenciado por muitos idosos é descrita como um processo complexo. Ao ter sido estudada a fase da resolução do luto, foi possível apreender os factores que ajudam os idosos a reorganizarem as suas vidas e quais os que colocam em perigo a reabilitação. Optou-se por entrevistar viúvos a viver sós, salvaguardando-se a ocorrência do fenómeno de resiliência em idosos que, à partida, estavam a conseguir gerir o stress a as dificuldades geradas pelo luto e viuvez. Mais do que estudar o modo como os idosos resolvem o luto, pretendeu-se analisar as implicações, transformações e adaptações daí decorrentes. O estudo prende-se com o processo de transição gerado pelo luto, do evento de vida de morte do cônjuge e com os estilos e estratégias de coping, reconhecidas pelos idosos como sendo ou tendo sido importantes para a manutenção da sua autonomia. O estudo qualitativo incidiu na análise destes recursos, com entrevistas semi-estruturadas a 10 mulheres e a 8 homens. A análise do conteúdo revelou várias condições que devem coexistir para que a resiliência se manifeste e perdure, possibilitando um resultado final positivo. Das condições necessárias à manutenção do idoso viúvo no seu lar, destaca-se o apoio familiar, a saúde em geral, os recursos económicos e o auto conceito positivo. Apesar dos idosos do estudo ainda não terem reorganizado as suas vidas de forma clara e evidenciarem muitas fragilidades emocionais, demonstram percepção das suas capacidades e actuam no sentido de colmatar as suas carências. Os idosos aceitam a morte do seu cônjuge, apesar do sofrimento emocional que lhes causa. Embora a solidão esteja presente, os idosos não forçam os contactos sociais, favorecendo mesmo o isolamento e a introspecção. O seu comportamento não revela a manutenção de actividades inúteis, mas também não demonstra vontade expressa de reorganização da vida. O fenómeno da resiliência no luto dos idosos perdura aquando da presença permanente de factores de protecção, minimizando os factores de risco que persistem.