ARQ - História, 2ª série
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- 1830-1835 : seis anos de criminalidade e violência em Ponta Delgada : subsídios para um estudo multifacePublication . Silva, Susana Serpa[...]. O presente artigo pretende ser uma achega para o estudo da história da criminalidade. Insere-se na investigação, ainda em curso e a que nos propusemos com vista à prestação de P.A.P.C.C., circunscrita à Comarca de Ponta Delgada e ao segundo quartel da primeira metade do séc. XIX. Para a sua concretização, baseamo-nos na análise de processos crime do Tribunal respectivo, bem como em algumas obras oitocentístas, de carácter jurídico, como as da autoria do advogado Joaquim José Caetano Pereira e Sousa (respectivamente edições de 1806 e 1830). [...]
- Uma abordagem à estratégia comercial da F.T.M. durante a gerência de José Bensaúde (1866-1922)Publication . Dias, Fátima SequeiraDesde inícios de oitocentos, as experiências efectuadas pelo desembargador Vicente José Ferreira Cardoso da Costa tinham aconselhado a introdução da cultura do tabaco na ilha de S. Miguel, mercê da riqueza do seu solo e do seu clima. A partir de então, numerosos autores salientaram as vantagens da introdução da planta do tabaco nas ilhas, com vista a aumentar o rendimento das famílias açorianas e a diversificar a produção agrícola, no tempo ainda orientada para as culturas da laranja e do milho para exportação. [...]
- Os Açores e a defesa comum europeiaPublication . Andrade, Luís Manuel Vieira deNo final do século XX, houve a coincidência de terem ocorrido duas importantes quedas de muros : um muro físico, o de Berlim, em Novembro de 1989, significando o fim de uma era dos pontos de vista político e ideológico mais conhecida por guerra fria; e outros mais pequenos, menos físicos, mas nem por isso menos importantes e que poderiamos relacionar com o Uruguay Round do GATT e com a globalização e a mundialização da nossa economia. As tranformações tecnológicas ocorridas que revolucionaram o mundo são, de facto, notáveis. Obviamente que as implicações de todos estes factores no âmbito da segurança e da defesa do Velho Continente foram e são apreciáveis. No que concerne aos Açores e ao seu papel no âmbito da defesa comum europeia, é necessário, antes de mais, tecermos algumas considerações relativamente ao que se convencionou chamar a nova arquitectura de segurança europeia. [...]
- Os Açores e os impérios : séculos XV a XXPublication . Meneses, Avelino de Freitas de[...]. Os Açores não constituem simplesmente um elo da correspondência transatlântica. Aliás, possuem uma identidade bem complexa. Com efeito, se a História evidencia muito a mundividência, apresentando as ilhas como o centro do Mundo, já a literatura ressalta muito o isolamento, resultante do afastamento dos continentes e da descontinuidade territorial, apresentando as ilhas como o fim do Mundo. Curiosamente, a política e os políticos, talvez com maior sentido do pragmatismo e da oportunidade, agem em função das circunstâncias. De facto, proclamam a projecção da universalidade, quando reivindicam mais capacidade de auto-governo, mas insistem na pobreza da ultraperifericidade, quando exigem mais contrapartidas financeiras. Apesar da divergência das perspectivas, atentemos mais na universalidade dos Açores, que historicamente influi na definição das dinâmicas do Atlântico, conferindo maior projecção à Europa.
- Açores em Lisboa : o livro do congresso açoriano de 1938 e a escrita da história : poder, raça, culturaPublication . Serpa, Élio Cantalício[...] O Congresso Açoriano de 1938, conforme a escrita que dele se fez, teria sido organizado com competência, articulando diferentes facetas da vida do Arquipélago dos Açores. Lembra-nos José Medeiros Ferreira que o evento se realizou “num dos períodos mais duros da ditadura salazarista, fortalecida pelo decurso da guerra civil em Espanha e pela afirmação de ideologias autoritárias, centralistas e imperiais no continente europeu. Em 1938 todos se preparavam para a guerra”. Apesar deste contexto, a imagem que se tem é a da constituição de um lugar apolíneo onde homens e mulheres aparentavam desinteresse e mostravam erudição. Criou-se todo um sistema de imaginários capaz de mobilizar vontades, de atrair adesões e, neste caso, interessava publicitar, no Continente, os interesses dos Açores. A festa, geralmente, é tomada como um lugar onde Dionísio se instala e contagia. O Congresso é também uma festa, mas tudo estava programado, tudo tinha um lugar e hora para acontecer. A racionalidade imperava. A organização torna-se fundamental. Este evento, visibilizado em 1940 através da publicação de um livro, constituiu-se numa celebração que evocou o passado com a intenção de conformar e legitimar o que se pretendia instalar no presente. O espaço continental português deveria reconhecer todo um universo insular, tendo como referente um passado de glória, de feitos épicos, peculiar ao momento áureo de Portugal e da luta pela independência nacional. [...]
- Os Açores na História do Atlântico : sustentáculo da aproximação dos mundos e acervo de património cultural submarinoPublication . Meneses, Avelino de Freitas de[...]. A escala das armadas comerciais motiva uma concentração excessiva de embarcações no mar dos Açores, se considerarmos o período curto e individualizado desta ocorrência anual. No entanto, aos navios de proveniência ultramarina adicionamos também distintas esquadras de origem europeia, que muito contribuem para o acréscimo da densidade naval em espaços precisos das águas açorianas. [...]
- Os Açores no século XX : um contributo para a sua história militarPublication . Andrade, Luís Manuel Vieira deEste trabalho visa, sobretudo, analisar o importante papel desempenhado pelo arquipélago dos Açores, no âmbito da política externa portuguesa, ao longo do século XX. Daremos, contudo, especial realce, aos períodos referentes à Segunda Guerra Mundial e ao pós-guerra na medida em que são, em nosso entender, aqueles que se revestiram de especial importância nos planos geopolítico e geoestratégico. Através do estudo da historiografia portuguesa, designadamente na sua componente militar, não restam dúvidas de que o arquipélago dos Açores, ao longo dos séculos, tem prestado um inegável serviço não apenas ao país, como é evidente, mas também às potências ocidentais, nomeadamente à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos da América assim como, de uma forma geral, à própria Aliança Atlântica após 1949. [...]
- Um açoriano tardio na história de Itajaí : Manoel António Fontes, sua contribuição ao progresso social e político da cidadePublication . Ávila, EdisonA historiografia regional do Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina, é pródiga em trabalhos sobre a contribuição de lideranças imigradas germânicas e italianas ao progresso económico, social e político das diversas comunidades da região. Não nos espanta que assim o seja, posto que a contribuição de ítalo-germânicos à colonização do Vale do Itajaí foi determinante do seu progresso e desenvolvimento. No entanto, há que se lamentar a existência de lacunas nesta historiografia no que diz respeito a imigrantes de outras etnias que também participaram decididamente na construção do progresso das comunidades do Vale do Itajaí. No caso de Itajaí, vamos nos ocupar neste estudo do açoriano Manoel António Fontes. Sua contribuição ao progresso social e político do Município de Itajaí foi notável e decisiva, como veremos. Não obstante, nossa historiografia quase o esqueceu. Somente o Prof. Henrique da Silva Fontes, seu filho e o Prof. Walter Fernando Piazza escreveram alguns informes biográficos sobre este açoriano “tardio”. [...]
- Açorianos do litoral catarinense : da invisibilidade à mercantilização da culturaPublication . Campos, Nazareno José deAs populações de origem açoriana do litoral catarinense possuem, no processo histórico, forte grau de invisibilidade. Se nos anos 1940 a política de brasilidade do governo Getulio Vargas pôs em evidência a questão da açorianidade, em especial com o Primeiro Congresso de História Catarinense ocorrido em 1949, apenas nas últimas décadas do século XX é que a cultura aço- riana volta a ter visibilidade. Todavia, não mais pelos mesmos motivos, mas plenamente integrada à conjuntura econômico-social local-regional, em que se inserem novos contextos e interesses econômicos, entre os quais o setor do turismo.
- Açorianos no Rio Grande do Sul : a identidade açoriana nas obras de cronistas, viajantes e historiadores sul-riograndensesPublication . Franzen, Beatriz VasconcelosA presença açoriana, no extremo sul da América portuguesa, incluindo a Colônia do Sacramento, faz-se notar antes mesmo da sua vinda oficial, iniciada em 1748, quando foram enviados para Santa Catarina os primeiros casais de número. Em 1722 foram mandados para a Colônia do Sacramento trinta ilhéus que haviam chegado no Rio de Janeiro, sem autorização. Em vez de faze-los retornar a Portugal, como determinava a lei, o governador resolveu remete-los para a Colônia do Sacramento, que, naquele momento, vivia um período de calma (após o Tratado de Utrech – 1715 - até o início do novo cerco que ocorrerá de 1735 a 1737) e necessitava incrementar seu povoamento. Dois anos depois (1724), sete casais chegados ao Rio nas mesmas condições são, também, enviados para a colônia. Em 1728, segundo os documentos da época, “uma leva de ilhéus” chegava à colônia, novamente enviados pelo Governador do Rio, visto que haviam aportado naquela cidade sem autorização para emigrar. A partir de 1737 com a fundação de Rio Grande (instalação do forte de Jesus, Maria e José), muitos açorianos, vindos da Colônia do Sacramento, fugindo dos conflitos permanentes a que aquele estabelecimento português no Rio da Prata estava sujeito, buscavam segurança e tranquilidade no novo povoado. Nos primeiros anos, as dificuldades eram grandes. Em 1744, o padre Melchor Strasser, S.J., que participava de uma expedição de missionários que se destinava ao Paraguai e ao Chile, teve o seu navio naufragado nas costas do Rio Grande do Sul. Alguns sobreviventes chegaram a praia e após algumas peripécias alcançaram o povoado de Rio Grande. [...]