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Abstract(s)
[...] O Congresso Açoriano de 1938, conforme a escrita que dele se fez, teria sido organizado com competência, articulando diferentes facetas da vida do Arquipélago dos Açores. Lembra-nos José Medeiros Ferreira que o evento se realizou “num dos períodos mais duros da ditadura salazarista,
fortalecida pelo decurso da guerra civil em Espanha e pela afirmação de ideologias autoritárias, centralistas e imperiais no continente europeu. Em 1938 todos se preparavam para a guerra”. Apesar deste contexto, a imagem que se tem é a da constituição de um lugar apolíneo onde homens
e mulheres aparentavam desinteresse e mostravam erudição. Criou-se todo um sistema de imaginários capaz de mobilizar vontades, de atrair adesões e, neste caso, interessava publicitar, no Continente, os interesses
dos Açores. A festa, geralmente, é tomada como um lugar onde Dionísio se instala e contagia. O Congresso é também uma festa, mas tudo estava programado, tudo tinha um lugar e hora para acontecer. A racionalidade
imperava. A organização torna-se fundamental.
Este evento, visibilizado em 1940 através da publicação de um livro, constituiu-se numa celebração que evocou o passado com a intenção de conformar e legitimar o que se pretendia instalar no presente. O espaço continental português deveria reconhecer todo um universo insular, tendo como referente um passado de glória, de feitos épicos, peculiar ao momento áureo de Portugal e da luta pela independência nacional. [...]
Description
Keywords
Autonomia Administrativa Cultura Açoriana Emigração Açoriana História dos Açores
Citation
"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 4, nº 2 (2000): 481-507
Publisher
Universidade dos Açores