Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre. (Aceite; Publicado; Actualizado).
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Browsing DSOC - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by Subject "Africa"
Publication . Borges, Maria Gonçalves de Amaral; Rocha, Miguel de Oliveira Estanqueiro
Na sequência da morte trágica do Presidente John Kennedy, o vice-presidente Lyndon Johnson assumiu a presidência, e herdou todos os problemas com os quais os EUA lidavam, entre eles a causa africana, e em particular a questão colonial portuguesa.
A presente investigação tem como objetivo principal compreender a forma como Portugal e os EUA se relacionaram durante a Administração Lyndon Johnson (1963-1969), numa só questão: qual a posição da Administração Johnson, em relação à política colonial portuguesa? E como hipótese a validar, averiguar se esta se pode classificar como um meio termo entre a administração antecedente e a ulterior.
Johnson foi um presidente doméstico. Nascido no seio de uma família rural e humilde no estado do Texas, quando assumiu a presidência colocou como prioridade na sua agenda doméstica a melhoria da qualidade de vida dos norte-americanos, através da assinatura de uma série de decretos que compunham a edificação da Great Society. Por outro lado, a nível externo a sua administração ficou fortemente marcada pelo envolvimento norte-americano na Guerra do Vietname, situação que constituiu uma verdadeira obsessão para o presidente, e que se agravava pelo seu desconforto e insegurança face a questões de política externa, e mesmo pelo seu pouco conhecimento sobre o mundo exterior. Ora, a sua consumição com o Vietname, aliada à intransigência política do Governo de Lisboa, colocaram a questão colonial portuguesa num plano de importância reduzida.
Também por essa razão, mas não exclusivamente, os anos da Administração Johnson, foram anos tranquilos no âmbito relacionamento luso-americano, sem grandes choques, sem assuntos problemáticos a tratar, quando comparados com os anos da Administração Kennedy. Mas também, não são pautados pelo pragmatismo e realismo da Administração Nixon.