Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais - Açores
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O CICS.NOVA.UAc é uma unidade descentralizada do CICS.NOVA, vocacionada para o desenvolvimento da investigação científica, formação, extensão cultural e prestação de serviços à comunidade, de forma interdisciplinar e com destaque para as seguintes áreas científicas: a) Sociologia; b) Demografia; c) Psicologia; d) Ciências da Educação.
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- Algumas peculiaridades da pobreza nos AçoresPublication . Diogo, FernandoOs Açores são a região portuguesa que apresenta a maior taxa de pobreza e, ao mesmo tempo, um maior número de beneficiários do RSI em função da sua população residente. Neste texto mostra-se que a pobreza, medida através do RSI, não se distribui de forma homogénea pelo território regional, dado que tende a concentrar-se na ilha de S. Miguel (a mais populosa). A questão que se coloca é o que é que justifica o lugar ocupado pelos Açores no contexto nacional e o que é que pode explicar a maior incidência do RSI. Neste artigo procura-se mobilizar indicadores para equacionar essa questão e esboçar algumas ideias para fazer uma primeira tentativa de resposta. Assim, conclui-se que a taxa de pobreza nos Açores é muito influenciada pelo facto de ser nesta ilha que habita a maioria da população do arquipélago.
- Cartas e desenhos evocando a natureza dos Açores : um olhar ecocrítico sobre Samuel Longfellow na HortaPublication . Simas, Rosa NevesDurante o século XIX, a localização geográfica do arquipélago, quase a meio do Atlântico Norte, entre a Europa e os Estados Unidos, encaminhou visitantes norte-americanos, em travessias transatlânticas, até aos Açores, e foi a natureza física açórica que mais os impressionou. Um desses viajantes foi Samuel Longfellow, irmão mais novo do conceituado poeta americano Henry Wadsworth Longfellow, que viajou até ao Faial, em 1843, por razões de saúde e para assumir as funções de preceptor dos filhos da família Dabney. Durante o ano e meio que viveu na Horta, escreveu cartas referindo a sua experiência e a natureza das ilhas, e criou desenhos retratando paisagens variadas do Faial e Pico. Partindo dessas cartas e desenhos, este artigo analisa as representações da natureza das ilhas aí recriadas, à luz da ecocrítica, uma corrente teórica recente que estuda a produção artístico-cultural em relação ao mundo físico. As cartas e os desenhos de Samuel Longfellow evocam as emoções e aspirações de um jovem, profundamente influenciado pelos movimentos do transcendentalism e do picturesque e firmemente alicerçado na tradição do antropocentrismo. Desta forma, retratam as reações e impressões de um norte-americano, influenciado pelos ideais espirituais e estéticos da sociedade oitocentista, onde tinha crescido e para onde iria voltar.
- Compreendendo a família de uma criança com Perturbação do Espetro do AutismoPublication . Matos, Patrícia; Romão, Bárbara; Mota, Pilar; Botelho, Tânia; Caldeira, Suzana Nunes; Rego, Isabel Estrela; Silva, Osvaldo; Sousa, ÁureaO quotidiano das famílias com crianças com o diagnóstico Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) carateriza-se por um conjunto de exigências acrescidas devidas ao impacto que esta perturbação do neuro desenvolvimento traz ao funcionamento familiar e à interação com as diferentes esferas que entrecruzam com as vivências familiares (Pinto, Torquato, Collet, Reichert, Neto & Saraiva, 2016). O presente estudo visa identificar dimensões prevalecentes de impacto da PEA na família. Participaram no estudo pais/cuidadores de 121 crianças, com idades compreendidas entres os 3 e os 11 anos, a residir na Região Autónoma dos Açores (RAA). A recolha de dados foi realizada através de um processo de inquérito, para além de se proceder a análise documental. Os principais resultados indicam que a dimensão com um maior impacto da PEA na família é o "Bem-estar familiar e social" (36,7% das respostas dadas pelos encarregados de educação relativamente ao conjunto de itens que integram esta dimensão foram "Sim"), seguida pelas dimensões "Bem-estar psicológico" (30,2%) e "Bem-estar material" (15,3%). No que se refere à dimensão "bem-estar familiar e social", os itens com mais respostas afirmativas foram "Quando preciso, tenho apoio de algum familiar/amigo a quem recorro para ficar com o meu filho com PEA" (81,8%) dos inquiridos responderam "Sim"), "Passo muito mais tempo em casa (60%)", "Passei a procurar menos os meus amigos" (55%) e "A maior parte da minha vida "gira à volta da deficiência"" (50,8%). No que concerne à dimensão "Bem-estar psicológico", os itens mais assinalados foram "Tive uma perturbação psicológica/psiquiátrica" (38,8%) e "O meu/a minha cônjuge teve uma perturbação psicológica/psiquiátrica" (21,5%). No que diz respeito à dimensão "Bem-estar material", os itens com uma maior percentagem de respostas "Sim" foram "Consultas médicas" (42,1%), "Medicação" (38,8%) e "Transportes" (37,2%). Estes resultados evidenciam, à semelhança do estudo de Minatel e Matsukura (2014) áreas com maior afetação sentidas por estas famílias e alertam para a importância da disponibilização de apoios sociais, psicológicos e de lazer a estas famílias, perspetivando a otimização da qualidade de vida de todos os seus membros.
- Concentração demográfica em espaço insular : os Açores, 1864-2011Publication . Rocha, Gilberta Pavão NunesUma das características do arquipélago dos Açores é a sua desigualdade demográfica, associada, em primeiro lugar, à dimensão geográfica das várias ilhas, mas que a ela não se confina, sendo também de enorme importância a respectiva localização no interior do arquipélago, aspecto que não pode ser desenquadrado das ligações económicas, sociais e políticas que estabelecem nos diferentes períodos históricos. Mas a singularidade, essencial para um conhecimento mais efectivo do todo decorrente do estudo de cada uma das partes, não deve ignorar igualmente a perspectiva regional, isto é, o papel que o arquipélago teve e tem nos cenários nacionais e internacionais, o seu estatuto de maior ou menor centralidade ou perificidade. [...].
- Desigualdades de género e pobreza nos AçoresPublication . Diogo, Fernando; Rocha, GilbertaOs Açores são um território e uma sociedade onde as desigualdades de género assumem algumas peculiaridades no contexto nacional, de que a violência doméstica é um exemplo (Rocha et al., 2010). Existem, aliás, diversas questões sociais em que apresentam um ritmo próprio e algo distinto do conjunto do País. Por exemplo, na atividade feminina, na escolaridade e na escolarização dos estudantes, como também na dinâmica demográfica (A. Diogo, 2008; Palos, 2002; Rocha, 1991, 2015; Rocha et al.,2010, 2012, 2016). Essas diferenças também são visíveis na problemática da Pobreza, quer no peso dos beneficiários do RSI na população residente, quer na própria taxa de risco de pobreza, como a seguir se verá. As desigualdades de género são uma temática estruturante da análise sociológica, tanto no passado, como no presente, neste caso em aspetos que estão intimamente relacionados com as transformações profundas do papel da mulher na modernidade, e que apontam para a sua maior vulnerabilidade social (Silva, 2016), designadamente no mundo laboral. A entrada da mulher no mercado de trabalho fez-se mais tardiamente nos Açores, pois em 1981, enquanto que as mulheres empregadas representavam na média nacional, 29% do total, nos Açores o valor era de apenas 11,8%. A maior participação feminina observada nos anos posteriores fez diminuir as diferenças entre os Açores e o País no seu conjunto, mantendo, todavia, a Região valores ligeiramente inferiores. Considerando a Taxa Bruta de Atividade em 2011, estes são de 40,1% e 43,9%, respetivamente (Rocha et al., 2016: 273). Além disso, há cerca de 20 anos, com consequências no tempo presente, verificava-se que “as mulheres evidenciam uma saída da vida activa mais precoce do que os homens, pois o volume de mulheres que permanece em atividade começa a reduzir-se após os 35 anos, ficando o sustento da família a cargo do marido.” (Rocha et al., 1999: 85).
- Desigualdades regionais no RSI, o que é que torna os Açores diferentes?Publication . Diogo, Fernando; Bulhões, MartaAtravés dos dados do IDEF pode-se observar que ao longo da vivência deste inquérito os Açores sempre a maior taxa de pobreza do país (por regiões NUTS II). No que respeita ao RSI os valores também são os maiores do país. Contudo, a comparação das taxas de pobreza com as taxas de beneficiários em percentagem da população residente, colocam um problema adicional que é preciso responder. A Região tem, de longe, a maior percentagem de população residente com o estatuto de beneficiário do RSI no conjunto do território nacional, 7,5% em dezembro de 2016. Em contraste, o valor nacional situava-se nos 2% e a região seguinte com mais beneficiários, a de Lisboa, tinha 2,2%. De facto, o valor dos Açores representa mais do que três vezes a média e é verdadeiramente singular no contexto nacional. Se a taxa de pobreza dos Açores se situa nos 148% da nacional, no caso do RSI, a taxa açoriana corresponde a 375% do seu equivalente para o conjunto do país. Nesta comunicação, pretende-se recensear as possíveis razões que explicam a grande diferença entre os Açores e o resto do país e apresentar os resultados disponíveis que justificam essa diferença. Defende-se que estas razões estão associadas a algumas particularidades do funcionamento da economia açoriana, à estrutura familiar e à eficácia do aparelho de Ação Social regional. Em termos teóricos, o trabalho é enquadrado por referências sobre os Açores de Rocha e Diogo, nacionais de Capucha, Diogo e Rodrigues, sobre o RSI e internacionais de Paugam sobre a pobreza.
- Dinâmicas sociais nos AçoresPublication . Rocha, Gilberta Pavão Nunes; Lalanda-Gonçalves, Rolando; Tomás, Licínio Manuel Vicente; Diogo, Fernando; Borralho, ÁlvaroPretende-se neste capítulo apresentar algumas das dinâmicas sociais nos Açores nas últimas duas décadas, enquadrando-as na evolução global observada no país. O período adotado é justificável não só pela proximidade temporal, mas também por nele se identificarem algumas das mudanças sociais mais significativas ocorridas na sociedade açoriana e, em alguns casos, um atenuar das diferenças face ao todo nacional. Procura-se, assim, dar conta de alguns dos principais elementos estruturantes da análise sociológica, apresentados em pontos separados, 1 como a população e a educação, o emprego, a pobreza e a religiosidade, inseridos num contexto insular, de acentuada dispersão e desigualdade na dimensão geográfica e demográfica das várias ilhas. Como espaço(s) insular(es), de pequena dimensão, aqui não teorizado (s), nem fundamentado(s) nas características identificadoras da(s) insularidade(s), a análise e a compreensão da(s) sociedade(s) açoriana(s) não pode deixar de ter em consideração esta sua especificidade territorial. De facto, como já foi posto em evidência (Lalanda-Gonçalves, 2000), existe uma relação entre a insularidade (definida enquanto distância ao exterior e pequena dimensão territorial) e a contração do espaço de oportunidade (definido como a probabilidade de obter um emprego compatível com a qualificação obtida num determinado espaço socioeconómico). Procura-se, assim, integrar as diferentes dinâmicas sociais, económicas e culturais, e compreender o sistema societal açoriano tendo em conta a sua historicidade (Touraine, 1974).
- (Dis)similaridades nas características da população açorianaPublication . Silva, Osvaldo; Sousa, ÁureaNeste trabalho, é efetuada uma comparação entre a população residente em Portugal, tendo em atenção as regiões geográficas (NUTS II), com base nos dados dos Censos 2011, de forma a comparar a Região Autónoma dos Açores com as restantes regiões, a nível do género, grupo etário, estado civil, habilitações literárias, dimensão das famílias, situação da população residente com 65 ou mais anos (se vivem sozinhas ou com uma ou duas ou mais pessoas da sua faixa etária) e as taxas de variação, de 2001 para 2011, relativas à população residente e ao número de famílias, respetivamente. Pretende-se identificar as regiões que apresentam características mais similares e mais diferenciadas no que se refere às variáveis consideradas. É efetuada, ainda, a comparação entre as ilhas, assim como entre os concelhos dos Açores.
- Energia numa Dinâmica Geracional (genare@uac.pt)Publication . Simas, Rosa NevesNo âmbito do Projecto Green Islands da Universidade dos Açores, que visa contribuir para uma maior sustentabilidade energética da Região, o Projecto GenARE (Generations of Azoreans and Renewable Energy) consiste no estudo comparativo das perspectivas, atitudes e práticas de três gerações de açorianos em relação ao ambiente e a energia. O arquipélago dos Açores afigura-se como um laboratório natural para um estudo deste género, porque alberga três gerações com experiências de vida muito distintas: uma geração mais idosa que se lembra de viver sem electricidade e água canalizada; uma do meio que viveu a introdução destas novas realidades; e uma mais jovem que não imagina viver sem estar ligada a parafernália de equipamentos hoje comercializados. Depois da Fase do Estudo, que decorreu durante 2011, está agora a decorrer a Fase de Intervenção. […].
- Estudo dos Centros de Atividade de Tempos Livres da Região Autónoma dos Açores : um projeto em foco na promoção do desenvolvimento das criançasPublication . Major, Sofia; Caldeira, Suzana Nunes; Palos, Ana Cristina; Sousa, Francisco[...]. O presente estudo enquadra-se num projeto mais vasto com três enfoques, solicitado pela Secretaria Regional da Solidariedade Social (SRSS), com vista ao estudo dos CATLs na Região Autónoma dos Açores (RAA). Assim, este subprojecto tem como objetivo geral analisar os CATL enquanto contextos de promoção do desenvolvimento e de facilitação de sucesso escolar, sendo operacionalizado através da análise de diferenças nos níveis de competência social, comportamentos problemáticos, aptidões para a aprendizagem escolar (entre outras) nas crianças que frequentam CATL e nas que não frequentam. A amostra irá envolver um grupo de 120 crianças a frequentar os dois primeiros anos da escolaridade básica, repartidas em dois grupos (n= 60 cada), sendo um grupo de crianças que frequentam CATL emparelhado (e.g., variáveis idade, sexo) com um grupo de crianças que não frequentam CATL. A amostra será recolhida em diversos CATLs da ilha de são Miguel (selecionados de acordo com os CATLs que integram o projeto). O protocolo de avaliação irá envolver diversos instrumentos de avaliação, nomeadamente uma ficha de caraterização das crianças, respetivos agregados familiares e frequência de CATLs e uma escala de avaliação da competência social, problemas de comportamento e competência académica (preenchida pelo professor de cada criança). Será igualmente realizada uma avaliação individual a cada criança das suas aptidões para a aprendizagem escolar. […].
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