Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente
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Browsing Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente by Subject "Comunidade de Investigação"
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- A possibilidade do tempo e a temporalidade dos possíveis na comunidade de investigação filosóficaPublication . Costa Carvalho, MagdaNa senda de Levinas, para quem a defesa bergsoniana da duração para além do tempo meramente cronológico corresponde à libertação do terror de um mundo sem novidade possível, propomos uma reflexão que, no campo da filosofia para crianças, justifique que o exercício do pensamento para além do que se conhece e domina, contrariando os ritmos confortáveis e habituais do previsível e desalojando(-se) de ideias naturalmente aceites. A partir do cruzamento entre os conceitos bergsonianos de possibilidade e de temporalidade, propomos então a promoção de um diálogo colaborativo e problematizador em ambiente educativo. Para isso, dividimos a reflexão em duas direções de pensamento, que formulamos como perguntas orientadoras: é possível o tempo na comunidade de investigação filosófica? há tempo para os possíveis na comunidade de investigação filosófica? Como se as noções bergsonianas de tempo e de possível fossem lentes fotográficas que captam uma determinada luz, procuramos problematizar a prática de diálogo filosófico com as crianças a partir dessa objetiva. Mais especificamente, interessar-nos-á refletir sobre a preparação e a realização de atividades em comunidade de investigação filosófica.
- The richness of questions in philosophy for childrenPublication . Costa Carvalho, Magda; Mendonça, DinaEste artigo defende que as variadas abordagens dentro da filosofia para crianças ganhariam em integrar, de forma intencional, a exploração do questionamento, em vez de apenas apresentar às crianças perguntas já preparadas como pontos de partida da investigação. Esta ideia torna-se particulamente relevante uma vez que a filosofia para crianças é um dos poucos ambientes educativos que oferecem às crianças um espaço para que elas possam questionar e explorar as variações das suas perguntas, assim como o impacto que essas perguntas podem ter nas suas vidas. Desta forma, defendemos que a integração intencional, numa sessão de filosofia para crianças, de perguntas feitas pelas próprias crianças faz justiça à herança das diferentes tradições filosóficas e reforça que as perguntas são formas privilegiadas de os seres humanos se relacionarem com o mundo. Mais do que um simples passo metodológico no encadeamento de uma sessão de filosofia para crianças, as perguntas representam um recurso educativo fundamental. As perguntas são também uma parte central do pensamento e da investigação que se produzem numa sessão de filosofia com crianças. O artigo propõe, então, uma forma inovadora de lidar com esta ferramenta que são as perguntas, defendendo que a definição da filosofia como uma obsessão para ultrapassar a opacidade e uma obsessão pela transparência (Caeiro, 2015) pode ajudar os participantes numa comunidade de investigação a identificarem perguntas que poderão potenciar o diálogo de uma forma filosófica.