Centro de Estudos Humanísticos
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O Centro de Estudos Humanísticos (CEHu) é uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento (UI&D) da Universidade dos Açores, que promove a qualificação de alto nível, a produção e difusão do conhecimento no âmbito dos Estudos Humanísticos, assim como a Aprendizagem ao Longo da Vida.
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- As pessoas sem-abrigo : contributos para uma intervenção interdisciplinarPublication . Fontes, Paulo VitorinoReconhecendo a importância dos factores estruturais como as barreiras no acesso ao mercado de habitação e ao mercado de trabalho, os processos de estigmatização e de exclusão social, não devemos pensar os problemas individuais unicamente como reflexo das estruturas. Como Thomas Main (1998) fez notar, as pessoas sem-abrigo requerem ambas as perspectivas, pois não é um problema nem inteiramente estrutural nem inteiramente individual.
- O papel da Sociologia : sobre a intervenção dos seus profissionaisPublication . Fontes, Paulo VitorinoSegundo Rui Sampaio da Silva (1998), existem dois modos fundamentais de conceber o estatuto e o papel das ciências sociais. Em primeiro lugar, e esta é uma conceção com grande peso ao longo do séc. XX, podemos encarar, por exemplo, a sociologia como uma “ciência auxiliar para a administração racional” (expressão usada por Habermas). Nesta perspetiva, o investigador das ciências sociais deverá privilegiar as aplicações práticas dos seus conhecimentos, procedendo para o efeito a levantamentos estatísticos e a previsões sobre a evolução dos comportamentos sociais. O material assim recolhido é em seguida posto ao serviço de técnicos administrativos, com vista ao aperfeiçoamento do controlo social. Daí resulta uma conceção meramente instrumental do conhecimento sociológico, de acordo com a qual o objetivo das ciências sociais consiste basicamente na reprodução da ordem social, acompanhada do aumento dos respetivos índices de eficiência, e não na crítica da referida ordem. Uma outra consequência decorrente desta perspetiva diz respeito ao modo como se procura solucionar os problemas de adaptação social dos indivíduos: a solução preferencial consiste no ajustamento do indivíduo aos padrões dominantes e não na revisão ou transformação destes mesmos padrões. Contra uma tal interpretação do conhecimento sociológico, é possível propor uma outra orientação teórica que, ao invés de reduzir a sociologia ao estudo dos meios adequados à realização de fins previamente dados pelo sistema social, procure antes refletir sobre estes fins, preservando assim a vocação crítica dos estudos sociais. Nesta segunda perspetiva proposta pela teoria crítica alemã, os estudos empíricos devem ser complementados por uma reflexão teórica orientada para a análise dos pressupostos subjacentes ao trabalho sociológico e para a exploração de novas possibilidades de organização social.
- Repensar a violência desde a voz da vítimaPublication . Fontes, Paulo VitorinoComo romper com a mediatização da violência? Como interromper o ciclo mimético da violência, sem retornar ao seu núcleo mítico e sacrificial que subjaz à maior parte dos nossos mecanismos para regular a violência, incluindo a nossa consciência e o nosso ordenamento jurídico-político? Como restaurar algum horizonte de sentido e algum contexto interpretativo da violência, sem contribuir para algum tipo de justificação ou legitimação da violência na história? Não podemos aqui responder a estas perguntas complexas, mas ter consciência que a violência atravessa a amplitude de assuntos humanos e não se detém apenas mediante a sua imputação ou justificação moral, a sua administração instrumental, sua regulação jurídico-política, na compensação das injustiças, ou na sua espectacularização pseudo-catártica. Ao esboçarem-se novos formatos de violência recíproca e de compensação da violência mantém-se a reprodução da violência de uma forma simbólica. […].
- Do Mar da Grécia ao Mar dos Açores : imagens literárias do cromatismo marinho em Homero, Camões e Raul BrandãoPublication . Silva, Anna ChristinaO presente artigo discute as representações do cromatismo marinho em Homero, Camões e Raul Brandão. Pretendo mostrar que a intensa relação cotidiana com o mar traduz, de algum modo, a identidade histórica da Grécia e de Portugal. Há também, entre gregos e portugueses, uma aproximação bem notória que pode intrometer-se entre a concretude da experiência de marinhagem e as intensas ressonâncias de uma imagem cultural que o mar personifica e objetiva. Esta situação civilizacional de proximidade cotidiana com o mar influenciou a ampla repercussão temática do mesmo nas suas produções literárias.
- A salvaguarda da criatividade em Paul Ricoeur face ao estruturalismo de Lévi-StraussPublication . Castro, Maria GabrielaIn the sixties, between 1960 and 1969, the emergence of Freud’s psychoanalysis and Claude Lévi-Strauss’ structural anthropology takes place. These two approaches question the dimensions of truth, of meaning and of creativity in the thought of French philosopher Paul Ricoeur and force him to a new stage in his philosophical course. In the universe of the conflict of interpretations, Ricoeur would have to face the new challenges that were put to the hermeneutical model of approaching symbolism, mainly in the language and anthropology areas. This study aims at enhancing the key points of the analysis-critique of hermeneutics in Paul Ricoeur in face of structuralism so that it can bring forth the hiatus of creativity in the “science of signs” versus “the philosophy of the meaning of symbols”. How Paul Ricoeur regards the new paradigm of philosophical intelligibility means that he congregates under the same designation of structuralism linguistics, as it originates in Ferdinand de Saussure, Roland Barthes’ semiology, A. J. Greimas’ semiotics and literary critique as represented by G. Genette, inasmuch all these authors have in common the fact that they “confine themselves to the structures of the text, without any reference to the author’s possible intention”. It is here that Ricoeur includes Lévi-Strauss and the science of myths published under the title Mythologiques (4 volumes); and it is precisely through the analysis-critique of this work that Ricoeur keeps a vigorous debate going with Lévi-Strauss in “Réponses à quelquer questions”, the text chosen as the main idea underlying this our approach to structuralism, having as problematizing issue creativity. This option arises from the fact that in this philosophical confrontation structuralism enhances the marginalization of the theme imagination. Nevertheless, and because we detected two nuclear points that interconnect with it — the postponement of history and of creativity in relation to the priority of structure — we ask: will Paul Ricouer adopt a position capable of safeguarding the dynamics of creativity?
- A luta feminista e o DireitoPublication . Fontes, Paulo VitorinoAo vivermos num Estado de Direito democrático podemos ter a ilusão que todas as pessoas têm direitos iguais e o mesmo valor. Apesar de assim estar consagrado na Lei, ao analisarmos a igualdade promovida pelo liberalismo, somos confrontados com inúmeras discriminações e desigualdades. Partimos aqui da violência doméstica maioritariamente exercida sobre as mulheres como um exemplo da sociedade patriarcal em que vivemos. A violência nas relações de intimidade permanece na atualidade como uma relevante fonte de exclusão social. […].
- Regionalism and Regional Autonomy in an Age of RenationalizationPublication . Amaral, Carlos Eduardo PachecoOrganized in three fundamental moments, this text focuses upon the ideas of regionalism and regional autonomy, instrumentally understood as tools that allow us to revisit the political organization of the Continent. A first moment is dedicated to the idea of sovereignty and to the Europe of sovereign independent States it heralded. A second moment is centered upon the erosion of sovereignty and the crisis that befell the Europe of sovereign States, at least, since the middle of the last century- opening the way, in fact, to the re-emergence of the ideas of regional autonomy and infra and supra-national integration. A third moment highlights the re-emergence of the idea of regional autonomy and the ways in which it has been recuperated to forge and to integrate new political communities in the continent, both within and beyond the previously sovereign States, transfiguring the political map of Europe. Finally, a concluding moment is reserved to an evaluation, albeit tentative, of the success and shortcomings of regional autonomy and of both infra-national and supra-national integration throughout Europe in the second half of the 20th century and in these first decades of the 21st century- and the study of the current reinforcement and growing appeal of nationalism and State sovereignty, both at the supra-national, European, level, evidenced in such tendencies as the Brexit, for example, and at the infra-national level, manifest in the separatist aspirations of autonomous regions that appear to aspire to become sovereign States, like Catalonia, Scotland or Flanders, for example.
- O contributo de Axel Honneth para a teoria política internacionalPublication . Fontes, Paulo VitorinoO trabalho do filósofo Axel Honneth e a sua conhecida Teoria do Reconhecimento ganharam importantes debates nos últimos anos. Honneth ao estender a sua teoria às relações internacionais opõe-se à conceção utilitarista dominante de que os governos nacionais orientam a sua ação essencialmente em relação a fins e mostra que os atores estatais orientam o seu agir a partir de um substrato moral, procurando o respeito e o reconhecimento da comunidade por eles representada. Deste modo, na presente comunicação, serão destacadas as razões a favor de uma maior consideração da dimensão do reconhecimento na explicação das relações internacionais e exploradas as implicações normativas que surgem a partir de tal mudança de paradigma para a compreensão e o tratamento das relações internacionais.
- Juventude e ecologia política: uma reflexão a partir dos movimentos ambientalistas açorianosPublication . Fontes, Paulo VitorinoNum contexto de crise global ou numa conjuntura de transição, como alguns autores preferem chamar, em que as mudanças estão cada vez mais aceleradas, mas sem termos uma ideia clara de futuro, os problemas ambientais e ecológicos potenciam os problemas sociais e políticos. Têm surgido vários movimentos sociais que questionam o modelo de desenvolvimento ocidental, orientado pelo crescimento económico sem limites, e que propõem novos modelos de desenvolvimento, assentes em novos indicadores de prosperidade que defendem uma nova relação do ser humano com o ambiente. Pensar a ecologia política a partir da participação da juventude nos denominados movimentos ambientalistas é um dos nossos objetivos. O qual iremos perseguir de uma forma mais específica ao analisar a participação da juventude nos movimentos sociais emergentes na sociedade açoriana, as suas redes de interconexão, a partir de um entendimento amplo do conceito de “político” e do trabalho de “politização”, ou seja, da possibilidade de transformação do aparente não político em político. Para tal pretendemos explorar problemas e experiências que muitas vezes permanecem invisíveis e evidenciar as novas relações de poder que se estabelecem através de confrontos de grande visibilidade pública. Pretende-se também explorar a participação da juventude açoriana na esfera pública transnacional na articulação das causas globais ecológicas com as locais e na diferenciação destas últimas. [da Introdução]
- Axel Honneth e a sua proposta de renovação da ideia de socialismoPublication . Fontes, Paulo VitorinoHegel continua a influenciar grande parte do trabalho de Honneth, com maior enfâse no seu recente livro, Direito da liberdade. Esboço de uma eticidade democrática ([2011] 2014). Mas os escritos de Honneth também são assombrados pela questão do que a tradição radical pode significar no mundo de hoje. Alguém pode resgatar o ideal socialista da sua história de decepções e fracassos? A democracia pode tornar-se mais do que um ideal vazio na nossa idade? Deve uma política radical significar um fim em relação a todos os aspectos da sociedade burguesa? Ou existe uma maneira de sintetizar o que é melhor nas tradições socialistas e liberais e talvez refazer o nosso sistema económico ao longo das linhas do que alguns agora chamam de "socialismo de mercado"?
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