DGEO - Jornal ou Revista / Newspaper or Magazine / Newsletter
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Artigo publicado em jornal, revista (semanal ou mensal) ou noutro tipo de periódicos não académicos.
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- Fluxo de CO₂ em ambientes vulcânicos : da monitorização sismo vulcânica aos impactos climáticosPublication . Viveiros, FátimaO Vulcão das Furnas e um dos vulcões activos que constituem a ilha de São Miguel e foi palco de duas erupções vulcânicas desde o povoamento da ilha no seculo XV. Actualmente, as manifestações de vulcanismo neste sistema vulcânico são visíveis através dos seus campos fumarólicos, nascentes termais e nascentes de agua gasocarbónica. […]. Os primeiros estudos de desgaseificação difusa de CO₂ desenvolvidos nos Acores datam do inicio da década de 90 e foram realizados no Vulcão das Furnas. Nestes estudos foram medidas as concentrações de CO₂ no solo a cerca de 50 cm de profundidade, tendo-se caracterizado a distribuição deste gás na zona da freguesia das Furnas. Recentemente, novos trabalhos foram desenvolvidos pelo Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) neste sistema vulcânico com a finalidade não só de comparar as variações ocorridas ao longo das ultimas décadas, mas também de estimar a quantidade de CO₂ libertado para a atmosfera. A estabilidade observada nas zonas de desgaseificação anómala ao longo das ultimas duas décadas permite confirmar a utilidade dos mapas de desgaseificação difusa para a vigilância sismo vulcânica. […].
- Águas subterrâneas : um recurso natural estratégico nos AçoresPublication . Cruz, José Virgílio[…]. Em regiões vulcânicas, como os Açores, a ocorrência, circulação e armazenamento da água subterrânea apresenta especificidades bem contrastantes com outros meios geológicos. Estas particularidades resultam, em primeiro lugar, da própria edificação das ilhas, a partir de inúmeras erupções vulcânicas de magnitude e tipologia diversas e, em segundo lugar, de fatores secundários, que podem incrementar ou diminuir o potencial original das formações rochosas como aquíferos, como a alteração ou a fracturação das rochas. Estudos de base realizados pela equipa do CVARG permitiram a inventariação de 1673 nascentes e 150 furos de captação, cuja distribuição no arquipélago patenteia grandes assimetrias, o que reflete a heterogeneidade inerente ao comportamento hidrogeológico do meio vulcânico, para além dos contrastes geomorfológicos e climáticos existentes. […].
- O vulcanismo submarino : um importante fenómeno geológico nos AçoresPublication . Pacheco, José[…]. No decorrer dos últimos quinhentos anos foram relatadas mais de duas dezenas de erupções no Arquipélago dos Açores, cerca de 48% destas foram erupções litorais ou submarinas. Considerando a capacidade limitada para observar eventos submarinos e admissível que a proporção real do vulcanismo submarino nos Acores seja ainda muito maior. De facto, a ultima erupção no arquipélago (1998 a 2001) foi um evento de profundidade intermedia, centrado na Crista Submarina da Serreta, a oeste da ilha Terceira, e trouxe a ciência um novo desafio. Essa erupção originou um tipo de produto ate então desconhecido. Trata-se de estruturas elipsoidais constituídas por um fino involucro de lava envolvendo um interior oco e fechado, que lhes proporciona flutuabilidade e lhes permite permanecer a superfície por algum tempo. Estes invulgares Balões de Lava Flutuantes, descritos pela primeira vez na literatura cientifica em 1999, por membros do CVARG, são afinal mais frequentes do que o suposto. Foram recentemente reconhecidos como um dos produtos da erupção de 1981, ao largo da ilha de Pantelleria (Itália) e novamente observados na erupção de 2011 ao largo da ilha de El Hierro (Canárias), com um enorme impacto na atividade económica da ilha. […].
- Poluição difusa da água subterrânea por atividades agrícolasPublication . Cruz, José Virgílio[…] Um dos aspetos básicos do projeto, e nunca antes aplicado nos Açores, consistiu na caracterização da composição da água na zona não saturada, quer no que concerne à sua variação temporal, quer no que respeita aos gradientes em profundidade, com o recurso a instalação e operação de cápsulas porosas de sucção em várias pastagens, assim como numa área sem atividade agrícola. Com esta metodologia pretendeu-se analisar a percolação das espécies dissolvidas, e especialmente os poluentes de origem agrícola, como as espécies azotadas, e interpretar os processos geoquímicos na zona não saturada. Em consequência de vários processos modificadores, a composição da água vai sofrendo uma evolução geoquímica desde o momento da sua infiltração no solo até atingir o nível freático nos aquíferos, com um aumento de mineralização com a profundidade. […]
- Sismos : onde e como se formam?Publication . Silva, Rui[…]. O arquipélago dos Açores está localizado numa região muito peculiar que compreende a Junção Tripla dos Açores, definida pela intersecção da Crista Médio-Atlântica com as placas Eurasiática e Africana. A presença destas importantes estruturas, tornam o enquadramento geodinâmico do arquipélago deveras singular, sendo responsável pelo elevado nível de sismicidade registado no arquipélago, assim como pela atividade vulcânica que aqui ocorre. A ilha de São Miguel é a maior do arquipélago. Na sua zona central encontra-se uma das regiões mais ativas do ponto de vista sísmico, a designada zona sismogénica do Fogo-Congro. A sismicidade localizada nesta região é, usualmente, caracterizada por um padrão disperso que abrange uma área consideravelmente vasta. De facto, existem relatos históricos que reportam uma atividade sísmica recorrente, essencialmente sob a forma de enxames sísmicos. […].
- Os movimentos de vertente e a sociedadePublication . Marques, Rui T.[…]. Nos Açores, são vários os indícios geomorfológicos e as referencias documentais relativas à ocorrência de movimentos de vertente ao longo da História, que reflectem o peculiar enquadramento geográfico e geodinâmico do arquipélago. Casos há que pela sua magnitude podemos considerar terem mudado o rumo da História da região e de serem responsáveis pelo aparecimento de algumas tradições religiosas que perduram ate aos dias de hoje. Exemplo disso é a escoada detrítica desencadeada a 22 de Outubro de 1522 pelo sismo mais destruidor ocorrido na região (intensidade X, na escala EMS-98). Este evento, correspondente à maior catástrofe natural ocorrida nos Açores, soterrou Vila Franca do Campo, até então capital, e foi responsável pela morte de aproximadamente 5.000 pessoas. Pelo seu impacte esteve na origem da tradição dos romeiros, também conhecida como Visita às Casas de Nossa Senhora, que é considerada como uma manifestação religiosa única e que perdura até aos dias de hoje. […].
- Paleossismologia : estudar os sismos do passado para conhecer os sismos do futuroPublication . Hipólito, Ana[…]. Um projeto em curso promovido pelo Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores visa a caracterização detalhada de algumas destas falhas ativas, assente no reconhecimento e analise das marcas deixadas por paleoeventos sísmicos (pré-históricos e históricos) no registo geológico, junto da superfície topográfica. Este tipo de analise, denominado de paleossismologia, implica a abertura de valas, perpendicularmente a expressão morfológica que as falhas apresentam na paisagem (degrau morfológico), e a analise minuciosa dos traços deixados pelos sismos do passado no subsolo, constituindo assim um meio exclusivo de aquisição de dados que permite uma avaliação rigorosa da perigosidade sísmica. […].
- Caldeiras Vulcânicas dos Açores : processos de formação e erupções associadasPublication . Pimentel, Adriano[…]. O estudo dos processos de formação das caldeiras dos Açores tem sido uma das linhas de investigação desenvolvidas pelo Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG). Na sequência de trabalhos realizados, tem-se verificado que as caldeiras açorianas não se formaram de uma só vez, mas resultam da coalescência de vários colapsos parciais dos edifícios em consequência de diferentes erupções explosivas de magnitude moderada. As caldeiras formadas por este processo são conhecidas como caldeiras de incremento (incremental calderas em inglês). […].
- A utilização do gás radioativo radão (²²²Rn) para monitorizar o Vulcão das FurnasPublication . Silva, Catarina Paula Pacheco da[…]. Aproveitando o atual período de repouso do Vulcão das Furnas, foi realizado um ensaio de monitorização contínua de radão no solo. Este ensaio decorreu entre 2005 e 2011, em três pontos de amostragem distintos, e teve como principais objetivos estudar a variação temporal do radão no Vulcão das Furnas e definir o ruído de fundo para este vulcão, isto é, perceber as variações de radão que são consideradas normais. Aos dados obtidos foram aplicadas duas metodologias estatísticas, a análise de regressão multivariada e a análise espectral. A aplicação destas metodologias permitiu identificar as variáveis externas que têm influência na variação do radão no solo e a criação de modelos que permitem filtrar essa influência. […].
- Fumarolas : janelas para o interior da TerraPublication . Viveiros, Fátima[…]. No arquipélago dos Açores é possível encontrar diversas manifestações de vulcanismo secundário, ou seja, indicadores da atividade dos vulcões que formam as ilhas dos Açores. As fumarolas (vulgarmente conhecidas como “caldeiras”) e as nascentes termais e de água gasocarbónica constituem as emissões visíveis destes fenómenos de desgaseificação e são, sem dúvida, imagens de marca das nossas ilhas com grande interesse turístico. Para alem de atracão turística, as fumarolas podem fornecer informações preciosas sobre os processos que ocorrem no interior da Terra e tem sido alvo de vários estudos científicos por parte dos investigadores do IVAR (Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos da Universidade dos Açores) e do CIVISA (Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores). As fumarolas dos Açores apresentam temperaturas máximas próximas de 100 °C e os principais gases libertados são o vapor de água (mais de 90% dos gases), o dióxido de carbono e o sulfureto de hidrogénio, este último responsável pelo cheiro particular a enxofre reconhecido pela população. Podem-se medir também em quantidades menores o hidrogénio, o hélio, o oxigénio, o árgon, o metano, o azoto, o monóxido de carbono e o radão. […].