DHFA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
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Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
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Browsing DHFA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by advisor "Castro, Gabriela Couto Teves de Azevedo e"
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- Dar Forma aos Conceitos na Comunidade de Investigação FilosóficaPublication . Pacheco, Juan Manuel Cabral Martins Silva; Carvalho, Magda Costa; Castro, Gabriela Couto Teves de Azevedo eCom a realização deste estudo pretendemos entender os conceitos não só por via da linguagem oral, como também os expressando de uma forma artística, mais especificamente através da escultura. O pensamento que vai surgindo nos diálogos filosóficos desafia-nos a pensar os conceitos, a materializá-los, a conferir-lhes forma e volume, isto é, ampliá-los para além da verbalização. Pretendemos investigar se os conceitos podem ser interpretados e registados de diferentes modos, nomeadamente através do diálogo e da modelação. Esta dissertação1 irá incidir na procura de conceitos presentes no questionamento e no diálogo. Numa comunidade de investigação filosófica (Sharp, 1987; Kennedy, 2020) incentiva-se a possibilidade de em conjunto pensarmos, dialogarmos, argumentarmos ou contra-argumentarmos, imaginarmos, verbalizarmos, de modo a termos uma presença ativa na sociedade, enquanto indivíduos pensantes e questionadores. Esses pensamentos que somos convidados a ter, em comunidade de investigação, advêm das experiências, das vivências intrínsecas de cada pessoa. O questionamento temático ou conceptual dá origem ao diálogo. Contudo, nem todos os membros da comunidade conseguem expressar os pensamentos com recurso a verbalização ou aos gestos, pelas mais diversas razões: porque são tímidos, porque não conseguem exprimir de forma oral o que pensam, porque têm receio do que os outros vão dizer, porque não encontram uma forma de expressão apropriada ou porque não lhes é dada a oportunidade de se expressarem. Por vezes encontramos estas diversas dificuldades de como revelar o que realmente queremos transmitir. Neste contexto questionamos: porque não, criar a possibilidade, numa comunidade de investigação filosófica, de dar (outras) formas aos conceitos? Esta pergunta será o ponto de partida para desenvolvermos o nosso estudo. A nossa investigação decorrerá no âmbito da interseção entre a área curricular das Artes Visuais e o trabalho em comunidade de investigação filosófica, na Escola Básica e Secundária Armando Côrtes – Rodrigues, na qual decorre o projeto “Filosofâncias”2. Será importante realçar que, num primeiro momento da dissertação, pretendemos abordar a importância das Artes Visuais como um campo que permite explorar e contribuir para a diversificação de canais de expressão potenciando o pensamento, a criatividade e o espírito crítico. Esta área disciplinar baseia-se em três domínios nomeadamente: Apropriação e Reflexão; Interpretação e Comunicação; e Experimentação e Criação (Aprendizagens Essenciais)3. Perante estes domínios considera-se que pode estar aberta a possibilidade de experimentação a partir de diversos conceitos, de forma que os alunos tenham a possibilidade de ampliar a sua capacidade de criação no âmbito das artes, promovendo as competências de criatividade e de capacidade de expressão estética e filosófica. Num segundo momento, propomo-nos investigar o que significa uma Comunidade de Investigação Filosófica, no âmbito do Programa curricular e filosófico inovador de Matthew Lipman e Ann Sharp designado como “Filosofia para Crianças”, assim como a sua atual relevância na Educação. (Lipman, 2003; Tibaldeo, 2023) Por último, no culminar deste estudo, pretendemos colocar mãos à obra, cruzando o diálogo filosófico com as Artes Visuais, mais especificamente a escultura. Para tal, vamos propor a comunidade de investigação filosófica que pensem das mais diversificadas formas, mais concretamente, desde a forma verbal até à manual, explorando os conceitos que surjam quer dos pensamentos, das vivências, das experiências que as crianças queiram partilhar. Assim, procuraremos escutar e explorar esses conceitos no diálogo e nas esculturas.