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- Desafios da investigação com crianças na formação de professores : contributos da sociologia da infânciaPublication . Palos, Ana CristinaEm sintonia com um quadro teórico que se vem afirmando desde os anos 70 do século XX, a formação de professores, desenvolvida em diversos países, constrói-se em torno de estratégias formativas assentes em dinâmicas de investigação. A investigação com crianças, enquanto sujeitos de aprendizagem, tem ocupado um lugar privilegiado nesta estratégia formativa encetada na Universidade dos Açores, e, em algumas unidades curriculares, os quadros concetuais da Sociologia da Infância contribuem para que os formandos compreendam a alteridade infantil e incorporem esse conhecimento na ação pedagógica. No presente artigo, prioriza-se a descrição e a análise de situações reais, que envolveram formandos e formadores da universidade, como mote para discutir os desafios que podem ocorrer na relação que o investigador e as crianças constroem no decurso dos processos de investigação, refletindo alguns dos fatores relacionais e contextuais que podem complexificar esse processo. Entre os múltiplos desafios, destacam-se a forma como as imagens que a sociedade constrói sobre a infância podem condicionar a relação investigador-criança e os obstáculos que o desempenho do ofício de aluno criam à livre expressão da identidade das crianças; reflete-se, ainda, a forma como os adultos que, no contexto escolar, controlam o acesso do investigador aos contextos, podem condicionar o conhecimento que se pretende construir sobre as crianças. Conhecimento este que é desafiado permanentemente pela incompetência do adulto que desconhece manifestações das culturas infantis.
- Lecionação sem aulas? Questões de liberdade e segurança no modelo MAPEPublication . Sousa, Francisco; Palos, Ana CristinaEtimologicamente, o conceito de aula – άυλή – associa-se à ideia de equilíbrio entre liberdade e segurança, proporcionado por um contexto de pastorícia. Nas aulas atuais – marcadas por uma enorme circunscrição e segmentação do espaço e do tempo –, a liberdade e a segurança estão sujeitas a maiores tensões. Porém, o desenvolvimento do ensino online, especialmente na variante assíncrona, ao diluir a ação pedagógica no tempo e no espaço e ao apelar naturalmente a um elevado protagonismo dos estudantes no processo educativo, estimula a reflexão sobre a possibilidade de recuperação do sentido original da aula, ou até de rutura com o conceito de aula. Assim, após algumas reflexões sobre este mesmo conceito, na sua relação com os conceitos de liberdade e segurança, relatamos um estudo empírico, com o qual procurámos compreender as perceções de professoras em formação sobre as implicações do ensino a distância em modo assíncrono. Tendo em conta a sua experiência de terem sido expostas ao modelo MAPE, essas professoras comentaram, em entrevista, aspetos importantes da formação a distância em geral e desse modelo em particular, relacionando-os com questões de liberdade e segurança. Os resultados do estudo revelam o reconhecimento de que o modelo MAPE propicia, em termos gerais, bastante liberdade e segurança, embora ainda não evite sentimentos de alguma insegurança relativamente a alguns aspetos específicos.
- Estudo dos Centros de Atividade de Tempos Livres da Região Autónoma dos Açores : um projeto em foco na promoção do desenvolvimento das criançasPublication . Major, Sofia; Caldeira, Suzana Nunes; Palos, Ana Cristina; Sousa, Francisco[...]. O presente estudo enquadra-se num projeto mais vasto com três enfoques, solicitado pela Secretaria Regional da Solidariedade Social (SRSS), com vista ao estudo dos CATLs na Região Autónoma dos Açores (RAA). Assim, este subprojecto tem como objetivo geral analisar os CATL enquanto contextos de promoção do desenvolvimento e de facilitação de sucesso escolar, sendo operacionalizado através da análise de diferenças nos níveis de competência social, comportamentos problemáticos, aptidões para a aprendizagem escolar (entre outras) nas crianças que frequentam CATL e nas que não frequentam. A amostra irá envolver um grupo de 120 crianças a frequentar os dois primeiros anos da escolaridade básica, repartidas em dois grupos (n= 60 cada), sendo um grupo de crianças que frequentam CATL emparelhado (e.g., variáveis idade, sexo) com um grupo de crianças que não frequentam CATL. A amostra será recolhida em diversos CATLs da ilha de são Miguel (selecionados de acordo com os CATLs que integram o projeto). O protocolo de avaliação irá envolver diversos instrumentos de avaliação, nomeadamente uma ficha de caraterização das crianças, respetivos agregados familiares e frequência de CATLs e uma escala de avaliação da competência social, problemas de comportamento e competência académica (preenchida pelo professor de cada criança). Será igualmente realizada uma avaliação individual a cada criança das suas aptidões para a aprendizagem escolar. […].