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  • Portos e actividades marítimas, nos Açores, à luz da literatura de viagens (século XIX)
    Publication . Silva, Susana Serpa
    Num século em que os oceanos continuavam a ser as grandes pontes de ligação entre continentes e ilhas; num tempo em que as viagens se faziam em bergantins, brigues, chalupas, escunas, brigues-escuna, lugres, patachos e ainda em barcos a vapor, nos quais se aglomeravam mercadorias e passageiros, inúmeros viajantes visitaram o arquipélago dos Açores que, segundo José Rodrigues Pereira, uma vez situado na região dos ventos do oeste, se havia tornado, há muito, ponto de passagem obrigatória das rotas de navegação à vela que das Américas Central e do Sul, da África e do Oriente se dirigiam para a Europa. Em pleno Atlântico Norte, as ilhas açorianas ofereciam abrigo, socorro, algum comércio e características geológicas, vulcânicas, hidrológicas. meteorológicas e marinhas que atraíram, ao longo de oitocentos, inúmeros viajantes estrangeiros, por entre oficiais de marinha, negociantes, militares, naturalistas, jornalistas, turistas, doentes em busca de uma cura ou familiares na demanda de algum parente que se fixara no arquipélago. Estes viajantes, preferencialmente britânicos e norte-americanos, deixaram relevantes relatos e testemunhos, publicando em jornais. revistas ou em livro as suas anotações e impressões de viagem. Este tipo de literatura, bastante diversificada, embora enferme de juízos de valor, de comparações anacrónicas ou de olhares preconceituosos e etnocêntricos. não deixa de constituir uma importante fonte para a História, na medida em que agrega autênticos registos de memórias, notas de minuciosas observações. de enorme abrangência temática. Algumas descrições são bastante fidedignas, até porque certas obras procuravam instruir futuros viajantes sobre um conjunto de ilhas que, para muitos, ainda permaneciam desconhecidas e, como tal, motivo de acrescida curiosidade. Entre as inúmeras descrições e observações relatadas, com cariz informativo, de natureza científica ou pseudocientífica, deparamo-nos, por vezes, com apontamentos sobre as viagens transatlânticas, os portos e as baías açorianas, as embarcações e a navegação (sobretudo inter-ilhas), configurando uma panóplia de indicações sobre as actividades marítimas insulares ou não fosse o mar, por essência, o complemento e o prolongamento das ilhas, a seiva que alimenta a vida quotidiana e o imaginário dos seus habitantes. É, portanto, sobre estas anotações e registos, em particular, que faremos incidir a nossa análise. [da Nota Introdutória].
  • A ilha Graciosa nos relatos de viajantes estrangeiros (século XIX)
    Publication . Silva, Susana Serpa
    A literatura de viagens, que abrange uma grande amplitude de categorias (diários, relatos, crónicas, cartas, ensaios científicos, entre outros), não se reporta somente aos estudos literários, sendo muito utilizada, como fonte, pela historiografia. Como, e bem, referiu António Andrade Moniz “a literatura de viagens, enquanto expressão da experiência humana de deambulação e de encontro físico e cultural com a pluralidade de espaços, está particularmente vocacionada, mais do que qualquer outro género ou subgénero, para o diálogo intercultural com todas as ciências”. Logo, a História não é excepção, não obstante a necessária salvaguarda de um espírito crítico na análise deste tipo de testemunhos, por vezes descritivos e rigorosos; por vezes subjetivos, imprecisos e presos a juízos de valor. Os textos da literatura de viagens confrontam o sujeito, individual e colectivo, com a problemática central da identidade/alteridade, ou seja, o eu e o outro, pelo que nem sempre se tratam de narrativas ou visões estritamente científicas, mas resultantes de interpretações e impressões pessoais e, até, em alguns casos, sustentadas em escritos e relatos anteriores, ou seja, em fontes nem sempre fidedignas ou isentas de erros. […]. No caso da literatura de viagens sobre as ilhas dos Açores, no século XIX, deparamos com diferentes tipologias e com múltiplas situações no que se refere aos próprios viajantes. Por isso, […].
  • Trabalho (no) Feminino - Histórias de Mulheres (séculos XVIII a XX)
    Publication . Silva, Susana Serpa; Moscatel, Cristina; Oliveira, Nzinga; Soares, Daniela; Valério, Bruna Travassos
    Esta publicação é um dos resultados do Projeto “Trabalho (no) Feminino (1850-1916) – Histórias dos Açores”, financiado pelo Governo Regional dos Açores – Direção Regional da Ciência e Tecnologia, através do programa PRO-SCIENTIA: Eixo 1 – Valorizar – Valorização em Ciência e Tecnologia. Ação 1.1 – “Capacitar as entidades do SCTA e valorizar as suas atividades”. Medida 1.1.c– “Implementação de projetos de I&DI” na área das Ciências Sociais e Humanas, com a Ref.ª M1.1.C/C.S./022/2019/0.