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ARQ - Hist2s - Vol 05 (2001)

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Artigos publicados no Vol. V - 2001

CONTEÚDO:

História Insular e Atlântica

GREGÓRIO, Rute Dias - Uma exploração agro-pecuária terceirense (1482-1550)

VENTURA, Maria da Graça A. Mateus - A aventura americana vivida e contada no feminino

SANTANA PÉREZ, Germán - Los inicios del consulado de Francia en las Islas Canarias : actuación y funciones en un periodo de conflictos bélicos

FREIRE, José António Simões - As relações comerciais entre a ilha de São Miguel e o Brasil (1700-1720)

ANANIAS, Maria Luciana Lisboa - A câmara de Ponta Delgada e a nova organização administrativa (1831-1834)

GONZÁLEZ LEMUS, Nicolás - La explotación de la cochinilla en las Canarias del siglo XIX

SANTOS, Cláudia - ”Dar a quem precisa” – o significado da caridade para a elite micaelense oitocentista : o exemplo da casa Fonte Bela

RILEY, Carlos Guilherme - José do Canto : retrato de um cavalheiro na primavera da vida

SANTOS, José Avelino Rocha dos - A enxurrada de 11 de Setembro de 1813 nas freguesias de São Bartolomeu, Santa Bárbara e São Jorge das Doze Ribeiras (Terceira)

PÉREZ MARRERO, Luís Miguel - Aplicación de un enfoque metodológico proveniente de la geografia de la población al estudio comparativo de los rasgos generales de la emigración exterior de los naturales de los archipiélagos del atlántico centrooriental (Azores, Madeira, Canarias y Cabo Verde) en los siglos XIX y XX

DIAS, José Maria Teixeira - A Sociedade de Beneficência Eclesiástico-Michaelense

NASCIMENTO, Augusto - Representações sociais e arbítrio nas roças : as primeiras levas de caboverdianos em S. Tomé e Príncipe nos primórdios de novecentos

MONTEIRO, Albertino José Ribeiro - A mortalidade infantil no concelho de Ponta Delgada no 1º quartel do século XX

GRAVE, José Augusto Gregório - Uma base estrangeira nas Lajes : o alvor

ANDRADE, Luís - Os Açores e a defesa comum europeia

MANCIA, Anita - Metodologia, contenuti e forme letterarie dell'História Insulana di Antonio Cordeiro si (1640-1720) a confronto con le Saudades da Terra di Gaspar Frutuoso (1522-1591) : riflessione su due modi di fare storia

LEITE, José Guilherme Reis Leite - A historiografia açoriana na 1ª metade do século XX : uma tentativa de compreensão

História Geral

MORENO, Humberto Baquero - Balanço de um século no Portugal anterior ao encontro do Brasil

GAMEIRO, Odília Alves - A apropriação nobiliárquica de um culto rural : a hagiografia de Santa Senhorinha de Basto

VILAR, Hermínia Vasconcelos - O episcopado do tempo de D. Dinis : trajectos pessoais e carreiras eclesiásticas (1279-1325)

VIANA, Mário - Alguns preços de vinho em Portugal (séculos XIV-XVI)

VILHENA, Maria da Conceição - O Preste João : mito, literatura e história

LOURENÇO, Maria Paula Marçal - A Casa das Rainhas e a Confraria do Espírito Santo de Alenquer (1645-1653) : poderes senhoriais e patrocinato religioso

TEIXEIRA, Christina Heine - Lisboa, símbolo de esperança e de liberdade : escritores alemães e austríacos em trânsito - 1940-41 (algumas observações)

ALMEIDA, Onésimo Teotónio - Historiografia da ciência : a recuperação de um lugar para a participação portuguesa

JOÃO, Maria Isabel - Estado, Nação e Região

MENESES, Avelino de Freitas de - As histórias nacional, regional e local nos programas e manuais escolares dos ensinos básico e secundário

Dossier: Arquivos dos Açores

MENESES, Avelino de Freitas de - As ilhas, os arquivos e a história : o caso dos Açores

RODRIGUES, José Damião - Problemas da investigação histórica nos Açores : o estado dos arquivos paroquiais

MEDEIROS, Pedro Pacheco de - O Arquivo de Ponta Delgada e a política arquivística regional

LEITE, José Guilherme Reis - Os arquivos públicos da Região Autónoma dos Açores : uma opinião

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  • Os arquivos públicos da Região Autónoma dos Açores : uma opinião
    Publication . Leite, José Guilherme Reis
    Foi-me pedido um escrito de opinião sobre os Arquivos da Região Autónoma dos Açores, na sequência de uma apreciação que fiz no lançamento do 1° volume da nova série do Arquivo dos Açores, para que se juntasse a outras que foram proferidas num encontro sobre Arquivos Insulares, que teve lugar na cidade da Horta e no qual não participei. Como já afirmei, quando moderei uma mesa redonda sobre esta temática na cidade do Funchal1, só posso emitir opinião sobre arquivos numa óptica de utilizador e nunca de especialista ou teórico que não sou. Mas a visão do frequentador dos arquivos deve ser tida em consideração para que se aproximem as instituições daqueles que as utilizam e lhe dão vida. Sem eles, os arquivos correm o risco de serem inúteis. [...]
  • O Arquivo de Ponta Delgada e a política arquivística regional
    Publication . Medeiros, Pedro Pacheco de
    O Arquivo de Ponta Delgada foi criado pelo Decreto-Lei nº 20484, de 6 de Novembro de 1931, em anexo à Biblioteca da cidade e dela fazendo parte para efeitos administrativos, à semelhança do que aconteceu com os arquivos de Évora e de Braga, criados em 1916 e 1917, respectivamente, e que foram anexados às Bibliotecas Públicas locais. No que respeita à Biblioteca de Ponta Delgada, esta foi criada em 1841, por determinação expressa no artigo 7, do Decreto de 10 de Dezembro de 1841, e instalada na ala nascente do edifício do extinto Convento da Graça, sito ao actual Largo de Camões/Rua Ernesto do Canto, onde, passados 160 anos, ainda se encontra. Acresce dizer que no mesmo edifício funcionaram outros serviços, como, por exemplo, o ensino primário e secundário de Ponta Delgada, o Tribunal Judicial da Comarca e a Conservatória do Registo Predial do concelho. Esses serviços, com o passar dos anos, foram progressivamente transferidos para outros locais, o que permitiu a expansão da Biblioteca e Arquivo, resolvendo sempre, de forma pontual, o problema relativo à falta de espaço. No início da década de noventa, devido a este problema e a pretexto das obras de substituição da instalação eléctrica e de equipamento com sistemas de detecção de incêndio, ligações telefónicas e informáticas, foi cedido a esta instituição um edifício, pertencente ao Governo Regional, que passou a funcionar como depósito da maior parte dos fundos do Arquivo, além de algumas colecções de publicações periódicas da Biblioteca Pública. [...]
  • Problemas da investigação histórica nos Açores : o estado dos arquivos paroquiais
    Publication . Rodrigues, José Damião
    O presente texto não pretende ser uma exposição técnica sobre os arquivos enquanto sistema ou sobre a sua orgânica, questão que foi já tratada pelos respectivos especialistas. Anossa exposição, escrita a partir do lugar de historiador e de cidadão, pretende apenas, de forma sucinta, chamar a atenção para alguns escolhos que se colocam quer à prática da investigação histórica nas ilhas açorianas, quer à salvaguarda do património insular, esperando-se que a mesma, em conjunto com algumas medidas em vias de implementação, possa constituir um ponto de partida para solucionar os problemas aqui enunciados. [...]
  • As ilhas, os arquivos e a história : o caso dos Açores
    Publication . Meneses, Avelino de Freitas de
    Nos Açores, a força da geografia define o carácter da história, que evidencia expressões bem diferenciadas. Por um lado, as ilhas agem como meio de aproximação dos continentes, equivalendo a um sinónimo de universalidade, que resulta de um privilegiado posicionamento no Atlântico Norte, movido pelo determinismo do mar e pelas condições da navegação à vela. Por outro lado, as ilhas figuram como factor de cristalização de comportamentos, correspondendo a um sinónimo de isolamento, motivado pelo afastamento do mundo e pela descontinuidade territorial interna. Nestas circunstâncias, os planos insulares de pesquisa histórica primam naturalmente pela pluralidade dos objectivos. Assim, demonstram uma participação muito activa na construção do mundo atlântico, que obriga à integração das investigações açorianas nas categorias mais universais do saber, mas aconselham também à realização de estudos de incidência local, conducentes à individualização de idiossincracias, que derivam da divisão do arquipélago em nove parcelas muito desiguais. Em 1979, por altura da publicação do seu livro O Arquipélago dos Açores no Século XVII: aspectos sócio-económicos (1575-1675), Maria Olímpia da Rocha Gil reconhece precisamente a indispensabilidade do desenvolvimento da investigação histórica açoriana de acordo com duas linhas ao mesmo tempo dissemelhantes e convergentes: “... em primeiro, aquela que nos leva a considerar que a história do arquipélago se integra no longo processo da história do Atlântico; em segundo lugar, a que se orienta para o estudo da evolução histórica local tendo em conta as características que lhe são próprias”. No entanto, desde tempos quase imemoriais, diversos cronistas e historiadores evidenciam um entendimento muito semelhante, que certifica a complexidade dos estudos históricos insulares. A comprová-lo, atentemos nas Saudades da Terra do Doutor Gaspar Frutuoso, redigidas logo no termo do século XVI, que relevam de uma assentada as especificidades locais, as correlações com os demais arquipélagos da Macaronésia e o envolvimento nas dinâmicas do Atlântico. [...]
  • As histórias nacional, regional e local nos programas e manuais escolares dos ensinos básico e secundário
    Publication . Meneses, Avelino de Freitas de
    A ausência de prática lectiva no âmbito dos ensinos básico e secundário constitui naturalmente um óbice de vulto à participação num debate sobre a problemática dos manuais escolares. Assim, na base destas reflexões, avultam apenas correlações profissionais e familiares com questões do ensino não superior, que oxalá não ressaltem por insuficientes e distorcidas. Com efeito, a minha correspondência com os graus de ensino em discussão no “Encontro sobre Manuais Escolares”, promovido em Ponta Delgada pelo Departamento de Ciências da Educação nos dias 13 e 14 de Setembro de 2000, deriva somente do facto de na Universidade dos Açores ser docente de um curso que também forma professores, de ter sido esporadicamente orientador de estágios integrados e ainda de ter representado a instituição universitária açoriana, entre 1990 e 1992, na Comissão Nacional das Provas Específicas de História, então realizadas no seio das Universidades, embora com base em programas substancialmente diferentes dos actuais. Porém, mais do que tudo isso, pesa decerto o convívio quotidiano que, por muitos anos, correlaciona a generalidade das famílias com o processo oficial de aprendizagem. [...]
  • Estado, nação e região
    Publication . João, Maria Isabel
    Portugal constituiu-se como Estado com fronteiras relativamente definidas e estáveis muito cedo. Em 1139, D. Afonso Henriques começou a intitular-se Rei depois da vitória alcançada contra os muçulmanos na batalha de Ourique. Um novo Reino nascia na Península Ibérica e ia construir o seu território a golpes de espada contra os mouros e à custa de tratados com os vizinhos castelhanos. Em 1249, D. Afonso III tomou o Algarve. O território de Portugal continental estava basicamente definido e poucas alterações iria sofrer nos séculos posteriores. Pelo tratado de Badajoz, em 1264, Afonso X de Castela renunciou aos direitos que detinha sobre parte do Algarve e legitimou a sua integração definitiva no Reino de Portugal. Mas a constituição de um Reino não pode ser confundida com a criação de uma Nação. Para que o Reino se transformasse em Nação foi necessário percorrer um longo caminho que só ficou completo no século XIX, no quadro da afirmação da ideologia e do Estado oriundos das revoluções liberais. [...]
  • Historiografia da ciência : a recuperação de um lugar para a participação portuguesa
    Publication . Almeida, Onésimo Teotónio
    Na avaliação do manuscrito de um livro sobre a história da expansão portuguesa solicitada por uma muito conhecida editora de língua inglesa a que o livro foi enviado, e referindo-se especificamente a um ensaio sobre a nova mentalidade científica no Portugal de quinhentos, o historiador-crítico escrevia: “É demasiado história intelectual europeia e não cabe num volume sobre esta problemática”. É sabido, e por demais relembrado, que o contributo português para a história universal foi indubitavelmente o da expansão marítima nos séculos XV e XVI. Nessa participação a historiografia portuguesa tem descurado a inclusão das transformações ocorridas na mente de um grupo ligado à expansão, especificamente o reconhecimento da importância da experiência como critério de verdade superior ao da autoridade dos clássicos, bem como um aprofundamento das reflexões sobre a interacção entre a experiência e a razão. Entre esses novos elementos constitutivos de uma mentalidade que hoje consideramos moderna, figuram ainda outros aspectos pioneiros como o da interacção entre teóricos e práticos. Diversíssimos volumes, muitos deles de inegável qualidade, têm sido publicados em Portugal na última década e meia, mas em quase todos é regularmente omitida essa faceta da participação portuguesa. Quer dizer, os historiadores portugueses estão tacitamente de acordo com os seus congéneres de outras línguas europeias ao passarem por cima dessa participação. [...]
  • Lisboa, símbolo de esperança e de liberdade : escritores alemães e austríacos em trânsito - 1940-41 (algumas observações)
    Publication . Teixeira, Christina Heine
    Em finais de Junho de 1940, poucos dias após a derrota militar francesa e a entrada em vigor do Tratado de Desarmamento entre a Alemanha nazi e a França, foi fundado o Emergency Rescue Committee em Nova Iorque. Esta organização surgiu com o objectivo de possibilitar a fuga de escritores, cientistas, jornalistas e editores, bem como de artistas europeus ilustres e não-comunistas, das zonas ocupadas ou influenciadas pelos nazis, visto que o artigo 19° do Tratado, negociado entre os dois países, obrigava o Governo de Petain a entregar os refugiados políticos às entidades oficiais alemãs, desde que tal fosse exigido. Em Agosto de 1940, Varian Fry (1907-1967), do Emergency Rescue Committee, deu início ao seu trabalho em Marselha. Ele e os colaboradores do seu grupo organizaram a fuga de centenas de exilados. Entre os primeiros escritores ilustres salvos encontravam-se Heinrich (1871-1950) e Golo Mann (1909-1994), irmão e filho de Thomas Mann. A saída de França foi conduzida através dos Pirinéus, Barcelona e Madrid até Lisboa. De Junho de 1940 a Dezembro de 1941 verifiquei a passagem de setenta e três escritores de língua alemã por Lisboa. [...]
  • A Casa das Rainhas e a Confraria do Espírito Santo de Alenquer : poderes senhoriais e patrocinato religioso
    Publication . Lourenço, Maria Paula Marçal
    Apesar da evocação constante do espírito de caridade e da acção misericordiosa das Rainhas de Portugal, escasseiam, ainda hoje, trabalhos de grande fôlego que estudem na sua pluridimensionalidade o patrocínio religioso e assistencial das consortes régias. Com uma ou outra excepção, para os tempos medievos e para a época moderna, muito está ainda por fazer. Quer para as terras do Reino, quer para as longínquas paragens da Índia, da China e do Brasil. Um outro campo de estudo apenas recentemente explorado é o das relações entre a Casa das Rainhas e as várias instituições religiosas existentes nas terras pertencentes a este domínio senhorial. Como tivemos oportunidade de sublinhar noutro trabalho, as rainhas dispunham de amplos e diversos direitos de natureza eclesiástica, que incluíam o direito de padroado das cidades, vilas e terras sob sua alçada jurisdicional, a que estava anexa a prerrogativa de provimento dos respectivos cargos e benefícios eclesiásticos; a apresentação de lugares de freiras e de merceeiras; e, por fim, a protecção a mosteiros, a conventos, a misericórdias, a confrarias, a irmandades e a hospitais. Sem esquecer as esmolas múltiplas a pessoas e a instituições. Não é esse, porém, o objectivo do presente texto, que apenas pretende estudar a natureza, o âmbito e a especificidade das ligações institucionais entre a Casa das Rainhas - através do orgão central de gestão administrativa, o Conselho da Fazenda - e a confraria hospitalar do Espírito Santo de Alenquer, entre 1645 e 1653. [...]
  • O Preste João : mito, literatura e história
    Publication . Vilhena, Maria da Conceição
    A lenda do Preste João foi divulgada na Europa no tempo da 1ª. cruzada, em finais do séc. XI. A necessidade de aliados favoreceu a crença, entre os cruzados, de que iriam receber o auxílio de um poderosíssimo soberano, vindo da Ásia, e que atacaria o Islão pelas costas. Ora começara então a circular uma mensagem dirigida ao imperador Manuel Coménio, de Bizâncio, que alimentava tal esperança. Era uma carta enviada por alguém cuja grandeza assumia duas dimensões: uma sagrada, relacionada com o divino, a outra secular, em conjugação com o mais alto poder na terra - o Preste João era um rei - sacerdote cristão, um misterioso soberano, suserano de muitas dezenas de vassalos. Tão misterioso, que o seu reino se situara sucessivamente na Mesopotâmia, na China, nas Índias, na Arábia, na África Ocidental e, finalmente, na Etiópia. Nesses tempos, os conhecimentos geográficos eram ainda muito deficientes. [...]