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Abstract(s)
Na avaliação do manuscrito de um livro sobre a história da expansão portuguesa solicitada por uma muito conhecida editora de língua
inglesa a que o livro foi enviado, e referindo-se especificamente a um
ensaio sobre a nova mentalidade científica no Portugal de quinhentos, o historiador-crítico escrevia: “É demasiado história intelectual europeia e não cabe num volume sobre esta problemática”. É sabido, e por demais relembrado, que o contributo português
para a história universal foi indubitavelmente o da expansão marítima nos
séculos XV e XVI. Nessa participação a historiografia portuguesa tem descurado
a inclusão das transformações ocorridas na mente de um grupo ligado à expansão, especificamente o reconhecimento da importância da experiência como critério de verdade superior ao da autoridade dos clássicos, bem como um aprofundamento das reflexões sobre a interacção entre a
experiência e a razão. Entre esses novos elementos constitutivos de uma
mentalidade que hoje consideramos moderna, figuram ainda outros aspectos pioneiros como o da interacção entre teóricos e práticos. Diversíssimos volumes, muitos deles de inegável qualidade, têm sido publicados em
Portugal na última década e meia, mas em quase todos é regularmente omitida essa faceta da participação portuguesa. Quer dizer, os historiadores portugueses estão tacitamente de acordo com os seus congéneres de outras línguas europeias ao passarem por cima dessa participação. [...]
Description
Keywords
Historiografia da Ciência Historiografia Portuguesa
Citation
"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 5 (2001): 681-688