DBIO - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
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Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
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Browsing DBIO - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Biológicas"
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- Alterações de linguagem em crianças cronicamente expostas a vulcanismo ativo – ilha de São Miguel (Açores)Publication . Fontes, Rute Silveira; Rodrigues, Armindo dos Santos; Garcia, Patrícia Ventura; Coimbra, Célia Maria de Oliveira BarretoO domínio da linguagem apresenta-se como um dos elementos essenciais para a sobrevivência na atualidade e compromete a plena integração dos cidadãos na vida social. Sabe-se que o desenvolvimento da linguagem ocorre devido à conformidade de várias vertentes, nomeadamente a vertente cognitiva, emocional e do neuro desenvolvimento. Já é de conhecimento que as regiões vulcânicas emitem vários gases voláteis, nomeadamente o mercúrio, que possui propriedades neurotóxicas e, desta forma, pode comprometer a saúde dos habitantes em regiões com vulcanismo ativo, como é o caso das Furnas e da Ribeira Quente presentes neste estudo. Para compreender a interação entre o meio ambiente e a linguagem nas crianças, esta investigação tem por base a participação de 27 crianças expostas a ambiente vulcanicamente ativo (Furnas e Ribeira Quente) e 19 crianças pertencentes à freguesia de Santo António, que é o nosso grupo de referência. Estas crianças têm idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos de idade e foram submetidas a avaliação de linguagem e a testes cognitivos, nomeadamente a GOL-E – Grelha de Avaliação da Linguagem na Criança – Nível escolar e a CPM-P - Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, respetivamente. De forma a evidenciar a influência do ambiente vulcânico nos resultados obtidos nos dois testes referidos anteriormente, foi efetuada a análise a amostras de cabelo dos participantes neste estudo a diversos metais pesados, tais como arsénio (As), cádmio (Cd), chumbo (Pb), manganês (Mn), e mercúrio (Hg). Destes cinco metais, obtiveram-se concentrações de Hg 4,2 significativamente mais elevadas no grupo exposto, relativamente ao grupo não exposto. Após esta primeira análise, foi efetuado o teste t para comparar os resultados da CPM, o teste de Mann-Whitney para analisar cada estrutura da linguagem e realizaram-se correlações de Spearman, para testar a associação entre os resultados dos testes aplicados. Nenhuma das análises efetuadas revelou diferenças ou associações significativas nos dois grupos de estudo, ou seja, a exposição ao mercúrio não influenciou o desenvolvimento da linguagem nem os resultados cognitivos obtidos.
- Estudo dos efeitos da utilização das máscaras cirúrgicas vs. máscaras knotted/tucked nos profissionais de saúdePublication . Sousa, Carla Patrícia Silveira Salvado Cabral de; Rodrigues, Armindo dos Santos; Garcia, Patrícia VenturaNum mundo de constante desenvolvimento científico, em pleno século XXI, fomos confrontados com um surto viral que se transformou rapidamente numa pandemia e que ainda perdura passados mais de dois anos, o vírus SARS-Cov-2, responsável pela COVID 19. Por todo o mundo, foram adotadas alterações no quotidiano das pessoas para mitigar os efeitos do vírus, desde a higienização das mãos ao uso permanente de máscaras sociais e cirúrgicas. Os profissionais de saúde, desde auxiliares a médicos estiveram sempre na linha da frente, tendo sido o sector que mais sofreu até hoje com a pandemia. O equipamento de proteção individual (EPI) é obrigatório para profissionais de saúde, pode ser constituído por batas, luvas, sapatos apropriados, máscaras, viseiras e toucas; no entanto, antes da pandemia os profissionais de saúde usavam máscaras apenas aquando da realização de alguns procedimentos ou em determinados ambientes, como por exemplo o bloco operatório. Com a pandemia um dos acessórios que passou a ser permanentemente obrigatório foi a máscara cirúrgica. As máscaras são eficazes na prevenção de infeções respiratórias, pelo que o seu uso em situações de epidemias ou surtos de doenças virais das vias respiratórias constitui uma medida eficaz para prevenção da disseminação de vírus, em particular em contexto ocupacional. No entanto, os efeitos clínicos e fisiológicos decorrentes das diferentes formas de utilização de máscaras cirúrgicas permanecem pouco explorados nos profissionais de saúde. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos fisiológicos e a tolerabilidade (grau de desconforto e de esforço) do uso prolongado de máscaras cirúrgicas em profissionais de saúde, quando colocadas de duas formas distintas: utilizando somente a fixação dos elásticos atrás das orelhas e colocação da máscara cirúrgica com utilização da técnica de colocação “knotted and tucked”. Neste estudo foram avaliados os seguintes parâmetros fisiológicos: saturação de oxigénio, frequência cardíaca e temperatura corporal (medida na bochecha e na testa). Estes parâmetros foram medidos em 3 momentos ao longo de um turno de 8h: T0 (tempo inicial, sem máscara), T1 (hora de almoço após 4 horas com a máscara) e T2 (tempo final do turno, ao fim de 8h de trabalho). Estas medições foram feitas, para cada indivíduo, em dois turnos, cada um com uma forma diferente de utilização da máscara. Foram ainda recolhidos dados para avaliar o grau de desconforto (através de uma escala de desconforto) e a perceção subjetiva do esforço (através da escala de Borg) relativos às duas formas de utilização da máscara. No início do estudo foi efetuado um inquérito sobre aspetos gerais de saúde e estilo de vida (e.g., hábitos tabágicos, prática de exercício físico) de cada participante. Neste estudo, destaca-se o facto de que ambas as máscaras são desconfortáveis do ponto de vista respiratório para os profissionais de saúde, qualquer que seja a sua atividade profissional. No entanto, nota-se que, apesar da máscara com nó (knotted/tucked) representar um nível de proteção superior, também se traduz num maior grau de desconforto para o utilizador (particularmente no que respeita à sensação de “apertada”).
- Qualidade de sono nos profissionais de saúdePublication . Amaral, Diogo Henrique Viana; Rodrigues, Armindo dos Santos; Garcia, Patrícia VenturaO sono é um processo tão importante para o nosso organismo como a alimentação, pois é importante para que ocorra um bom desenvolvimento e regeneração de todos os processos que nele acontecem. Durante o período do sono ocorrem processos que são fundamentais para a função biológica do nosso organismo tais como, a termorregulação, a regeneração do metabolismo energético, a regeneração das funções endócrinas, entre outros. Qualquer tipo de alteração que ocorra durante o sono pode prejudicar qualquer um destes processos o que posteriormente pode provocar vários problemas na vida, diminuindo a sua qualidade. As pessoas que trabalham por turnos estão mais propícias a sofrer alterações no sono, como por exemplo os profissionais de saúde (auxiliares, administrativos, médicos e enfermeiros). Todos estes profissionais de saúde desempenham papéis que exigem muita concentração e responsabilidade os quais, muitas vezes, podem ser afetados pelo cansaço e pelo stress. Todos estes profissionais que trabalham por turnos e sob tais fatores podem sofrer alterações no sono, ter sonolência durante o dia, diminuir a atenção ao estado dos pacientes, entre outros. Através da aplicação de um questionário, que incluiu o preenchimento de escalas para avaliação da qualidade do sono e da sonolência diurna – Escala Básica de Insónia e Qualidade de Sono (BaSIQS) e escala de Sonolência de Epworth (ESE) - pretendemos analisar a qualidade do sono dos profissionais de saúde do Hospital Internacional dos Açores (HIA), e em particular, avaliar o impacto do trabalho noturno no sono destes profissionais. Neste estudo responderam ao questionário 79 profissionais de saúde, sendo que 26,6% (21 profissionais) são do sexo masculino e 73,4% (58 profissionais) do sexo feminino. A maioria dos profissionais de saúde está insatisfeita com a qualidade do seu sono (55,7%) e considera que está em privação do sono (70,9%). Apesar de não terem sido identificadas diferenças significativas entre os grupos de profissionais que trabalham nos períodos diurno e noturno, foi possível constatar que os profissionais que trabalham nos turnos noturnos dormem ligeiramente menos (6,48 h) e apresentam um ligeiro aumento das queixas de sonolência diurna (ESE 6,92). De acordo com vários estudos, a qualidade do sono pode ser afetada por diversos fatores, nomeadamente os horários de trabalho, corroborando a noção de que o trabalho noturno tem um impacto negativo no sono e qualidade de vida dos profissionais de saúde.