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- Encontros com a Rádio: Um espaço de cidadania e trabalho com o oral e o escrito na escolaPublication . Mira Leal, SusanaNeste início de século, o ensino do Português rege-se por princípios de desenvolvimento comunicacional que colocam outro enfoque sobre o desenvolvimento de competências de compreensão e expressão oral, competências tradicionalmente desvalorizadas no contexto de aprendizagem formal da língua. Os actuais programas de Português, tanto no nível básico como no secundário, abrem-se a outras tipologias textuais e elegem novas linguagens, entre as quais o discurso dos media, a cuja análise e produção convidam. Essa janela de oportunidades comunicacionais que se abre hoje na aula de Português pode, se bem aproveitada, constituir-se espaço de aprofundamento do conhecimento linguístico-discursivo e comunicacional dos alunos. A convocação para a aula de linguagens e textos de difusão radiofónica e a criação e dinamização de rádios escolares pode constituir, neste contexto, um espaço privilegiado de trabalho em torno do oral, mas não se lhe circunscreve, pois que analisar o que se escuta e planificar o que se diz requer a realização de actividades de leitura e escrita. De igual modo, alimentar a programação de uma rádio escolar impulsiona a aquisição de um conjunto vasto e transdisciplinar de conhecimentos e o desenvolvimento de todo um conjunto de competências, muitas das quais de natureza pessoal, atitudinal e ética, que à escola cumpre também promover no caminho para a construção de cidadãos conscientes, reflexivos, críticos e activos.
- Migrações e espaço de oportunidade : uma reflexão sociológicaPublication . Lalanda-Gonçalves, RolandoA abordagem comunicacional das migrações é uma área que necessita de uma lógica integrada de análise para afirmar os seus “princípios” no quadro da sistémica qualitativa. Contudo, em termos provisórios podemos afirmar que existe uma clara influência da percepção do espaço insular no “discurso” dos agentes sociais. A afirmação do conceito de “ultraperiferia” no contexto europeu é disso uma prova. A consciência das limitações e constrições da insularidade manifesta-se, de forma mais do que evidente, no texto do próprio Tratado da União Europeia. No quadro do arquipélago, a consciência das disparidades intra-regionais leva os responsáveis à elaboração de programáticas ligadas à coesão regional e a um discurso tendencialmente uniforme, como se o “contexto” formatasse as opções discursivas sobre o próprio território. Também no próprio contexto de ilha o “discurso” autárquico dos concelhos mais periféricos reforça a ideia de uma “problemática” espacial traduzida num conjunto de significados cuja pertinência é diferencial nos diferentes contextos da sua formulação. Em última análise encontramos a problemática da identidade subjacente às lógicas e discursos sobre o território. Os elementos de significação ganham, assim, nos “contextos” sociais a sua pertinência, o que nem sempre é, de imediato, reconhecido pelos investigadores.
- Arthropods as surrogates of diversity at different spatial scalesPublication . Gaspar, Clara; Gaston, Kevin J.; Borges, Paulo A. V.This study evaluates the effectiveness of taxonomic, colonization and trophic groups of arthropods from native forests of the Azores archipelago as surrogates of the diversity of other arthropod groups and of the remaining arthropods. Consistency in the performance of surrogates was tested across three spatial scales and using two measures of diversity. Pitfall and beating samples from 109 transects, 18 forest fragments and seven islands were analysed. The results showed that Araneae, Hemiptera and small orders taxonomic groups; native, endemic and introduced colonization groups; and the herbivores trophic group were consistent surrogates of the remaining diversity across the three spatial scales analysed, for both alpha and dissimilarity diversities. However, none of the subsets considered was significantly related with all of the other subsets at any of the three spatial scales. The effectiveness of surrogacy was dependent on the spatial level considered, and groups behaved inconsistently depending on the measure of diversity used. The value of a group as a diversity surrogate should be evaluated for a study area for a given spatial scale and diversity measure, in accordance with the scale and measure that will be used for biodiversity assessments and monitoring programs in that area.
- The Future of the Asylum Institute in the WorldPublication . Rodrigues, José NoronhaWhat is the future of the Asylum Institute? In our opinion it is of the utmost importance to urgently proceed to universalize and to uniform the rights and obligations of asylum seekers and sheltered, the qualified entities who evaluate the asylum requests, the essential and necessary criteria and requirements for the concession of asylum, and to trigger the necessary processes and procedures which will enable to successfully achieve the so yearned for international protection.
- Assessing the completeness of bryophyte inventories: an oceanic island as a case study (Terceira, Azorean archipelago)Publication . Aranda, Silvia C.; Gabriel, Rosalina; Borges, Paulo A. V.; Lobo, Jorge M.How useful, complete or unbiased are comprehensive databases in order to provide reliable estimations of diversity? Using compiled data from bryophytes in Terceira Island (Azores), we specifically aim (1) to describe the register of species over time, (2) to assess the inventory completeness, i.e., the ratio between the observed and the maximum expected species, and (3) to locate the most promising areas for further surveys. First, each new recorded species was plotted against its collecting year, using the number of database-records as a surrogate of survey effort, to get the accumulation curves. These curves were then extrapolated to obtain the theoretical number of existing species according to Clench and exponential models. Spatial and habitat characteristics of the recorded taxa were also explored. Our results show an increasing trend in the rate of recorded species (c. five species per year), as well as a maximum of around a third of the theoretically “real” number of expected species that could yet remain unknown. Nevertheless, predictions of species richness were highly variable depending on the fitting curve used. Survey effort was similar between liverworts and mosses, as were inventory completeness values, but the rate of new recorded species was higher for mosses. Although bryologists visited preferably native habitats, we show that new species citations may also be found in modified habitats (e.g., exotic forests and semi-natural grasslands). We conclude that the analysis of extensive databases is a useful tool in revealing the recording and taxonomic gaps, further showing that bryophyte inventories could still be incomplete in Terceira Island. A strategy on how to improve species’ collections in remote areas is suggested, hoping to contribute to all-inclusive biodiversity studies in the Azores and elsewhere.
- João Bosco Mota Amaral e o Regime Açoriano de Autonomia PolíticaPublication . Ferreira, Maria Filomena da Silva Sousa; Amaral, Carlos Eduardo Pacheco“João Bosco Mota Amaral é portador de um projecto político singular para os Açores, se bem que integrado nos quadros nacional e europeu, pelo qual pugna e cuja implementação assume, na sequência de eleições livres. De facto, a sua actuação política, quer no quadro da Assembleia Nacional, quer nas fases do período revolucionário, quer da consolidação do regime democrático, foi determinante para a conceptualização da autonomia das regiões insulares e a operacionalização da autonomia política e legislativa dos Açores. O trabalho que agora se apresenta parte do pressuposto de que a filosofia não é apenas uma actividade interrogativa e contemplativa, com graus de profundidade e fecundidade variáveis, mas também uma intencionalidade orientada para a praxis nos seus mais variados domínios, dos quais se destacam, pela sua relevância, o axiológico, o antropológico, o social e o político. Com efeito, consideramos, na senda do pensamento de Gramsci1, que a filosofia não se resume a um saber articulado num todo coerente, fruto do labor apurado dos filósofos sistemáticos, mas que se efectiva, também, no pensar profundo do homem comum que se agita e que age orientado por um ideal. Para este filósofo e activista, tal como para o político João Bosco Mota Amaral, o mundo e a existência não são concebidos como dados; configuraram-se, pelo contrário, como problemáticos, desencadeadores da reflexão e da acção transformadora. No caso do político açoriano, o ideário, materializado na assunção de responsabilidades representativas, governativas e, ainda, na escrita, ultrapassa o solipsismo e subjectivismo do homem singular e concreto e impulsiona a comunidade portuguesa, de Portugal, dos Açores e da diáspora, a ousar novas formas de organização do social e do político e ganha uma pregnância de sentidos numa outra lógica, a característica da imaginação (re)fundadora de significados e de instauração de novas realidades. Pressupomos, também, que as comunidades não são entidades abstractas desenraizadas dos âmbitos concretos nos quais se elevam. Com efeito, advogamos que o curso das suas existências é condicionado pela acção concreta de agentes políticos. É, pois, por isto que ousamos pensar que nos Açores, no ocaso do Estado Novo e aurora da Democracia, emerge uma existência vigilante, a de João Bosco Mota Amaral, capaz de captar com acutilância o alcance genésico de factos históricos, o que lhe permite encarnar os desígnios do povo e, através do seu ideário vertido em acção, determinar-lhe o curso existencial. Deste modo, o pensamento e a acção deste agente político singular, João Bosco Mota Amaral, são, simultaneamente, determinados por um quadro de referência (Liberalismo, Social-democracia, Humanismo, Personalismo e Doutrina Social da Igreja) e configurados como matrizes constitutivas do rumo da sociedade de que fazem parte, determinando-lhe o percurso futuro. […]”
- Percepção das crianças do 1º ciclo do Ensino Básico do concelho das Lajes do Pico (Açores) sobre resíduos sólidos urbanos e a sua gestãoPublication . Silva, Cristina Maria Moreira Machado da; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro PonceOs problemas ambientais causados pela acção do homem impõem a necessidade de se procurarem formas de desenvolvimento adequadas ao ambiente. Esta problemática é objecto de estudo da Educação Ambiental, que considera as dimensões sociais, políticas, económicas, culturais, ecológicas e éticas das questões ambientais e informa a gestão e conservação da natureza. Um dos principais problemas dos tempos modernos, que necessita de ser enfrentado pela sociedade é o tratamento de resíduos sólidos urbanos. Este assunto tem sido alvo de um conjunto amplo de investigações, que resultam em regulamentações próprias que procuram minimizar este problema ambiental, culminando em diversas campanhas de informação e formação do público em geral. Em Portugal, a ilha do Pico (Região Autónoma dos Açores), é um dos pontos onde a instalação de infra-estruturas adequadas à recepção separada de resíduos sólidos mais terá tardado. Partindo deste conhecimento local, e da importância da escola, cujo principal papel envolve o desenvolvimento nas crianças e jovens de atitudes de respeito pelo ambiente, procurámos, utilizando uma metodologia de carácter predominantemente qualitativa, do tipo descritivo interpretativo, caracterizar o que sabem e o que pensam as crianças a frequentar o último ano do primeiro ciclo do ensino básico de todas escolas do concelho das Lajes do Pico (n=49), sobre resíduos sólidos e a sua gestão. As crianças responderam a um questionário com diversos tipos de perguntas, incluindo associações livres, perguntas abertas, fechadas e de opinião, além de terem elaborado ainda uma composição sobre resíduos sólidos. As respostas destas crianças, com nove e 10 anos de idade, sugerem que detêm alguns conhecimentos sobre resíduos e uma grande abertura e sensibilização para trabalhar temas relacionados com o ambiente. Entre as principais lacunas de conhecimento, destacaram-se o destino final dos resíduos sólidos, o processo de reciclagem, alguma confusão de termos (ex. reciclagem / separação) e omissão de comportamentos de redução e reutilização de bens e recursos. Das variáveis pesquisadas (sexo, idade, habilitações dos pais, frequência de eco-escola), nenhuma se mostrou particularmente consistente na explicação de diferenças de conhecimento ou sensibilização. As principais fontes do conhecimento referidas foram a escola (professores) e a família. Espera-se que este trabalho venha a contribuir para o delineamento de novas planificações por parte dos professores sobre o tema dos resíduos sólidos urbanos de modo a colmatar as lacunas detectadas, contribuindo para a formação integral dos alunos como cidadãos activos e responsáveis.
- Interpretação e linguagem na hermenêutica de GadamerPublication . Toste, Abel Ricardo Aguiar; Silva, Rui Sampaio daDesde que os historiadores começaram a fazer história que se pôs a pergunta acerca da hermenêutica. Para se atingir o verdadeiro sentido dos textos, evitando a sua má interpretação, estabeleceram-se métodos diversos. Para alguns hermeneutas, tratava-se de conhecer a personalidade do autor, para melhor compreender a sua obra. Para outros, o mais importante seria reconstruir os sistemas filosóficos, ou os debates de ideias anteriores ao texto. Opondo-se a todo o género de subjectivismo e de relativismo, o trabalho hermenêutico de Hans-Georg Gadamer, figura decisiva da hermenêutica do século passado, veio combater todas as noções de método interpretativo, estabelecendo todo o seu sistema filosófico-hermenêutico no acontecimento da tradição, mediado pela linguagem. […]. A sua importância para a teologia, jurisprudência e estética é enorme. A noção da pré-compreensão, derivada do contexto vital do intérprete foi aplicada à hermenêutica, e a interpretação deixa de ser uma questão de método, para ser um existencial, uma questão relativa à existência do intérprete. Deste modo, interpretar é compreender, e compreender é aplicar. Só assim haverá verdadeira compreensão. A interpretação busca conhecer as condições em que ocorre a compreensão; ou seja, procura compreender a própria linguagem e, através dela, o próprio homem, a sua história e existência. É através da linguagem que se dá o acesso ao mundo e às coisas. […]. (Da Introdução)
- Consumos juvenis e atitudes ambientais : um estudo exploratório das perspectivas dos alunos do Ensino Secundário na ilha do Pico (Açores)Publication . Pinto, Jacycarla Silva Thé; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Arroz, Ana Margarida MouraAs problemáticas ambientais ocupam um lugar central nas preocupações da sociedade contemporânea. Partindo da perspectiva do desenvolvimento sustentável e dos questionamentos que o conceito suscita, examina-se o cenário actual de modo a compreender os problemas decorrentes da relação existente entre a sociedade e ambiente. Inúmeros problemas ambientais tem sido estudados no meio académico, mas a questão do consumo emerge como fundamental para uma sociedade sustentável. Assim, este trabalho investiga a compreensão das perspectivas ambientais dos jovens e da sua articulação com as disposições e práticas de consumo. O objectivo principal deste estudo situa-se, assim, ao nível da caracterização das práticas de consumo e atitudes ambientais. A influência exercida pelo nível de consciência ambiental do jovem consumidor e das suas atitudes em relação ao consumo sustentável foram apreciadas, na Ilha do Pico - Açores, através da aplicação de inquéritos por questionário. O trabalho foi realizado dentro das três escolas desta ilha, abrangendo o total dos alunos do secundário e os cursos profissionais, num total de 339 alunos, matriculados. Uma das suas principais mais valias deste estudo reporta-se precisamente ao facto de disponibilizar informação relativamente à generalidade dos alunos do ensino secundário na Ilha do Pico. Quando questionados em relação aos critérios de consumo, os jovens, na sua maioria, responderam que compravam por “Gostar”, resposta que sinaliza alguma irreflexão. No entanto a questão ambiental não lhes passa despercebida. De acordo com as respostas obtidas na aplicação da escala do Novo Paradigma Ecológico, a prudência representa a norma subjectiva deste grupo, incluindo mais de metade dos jovens (58,6%). O peso relativo da confiança, de cerca de um quinto dos inquiridos (19,7 + 2,6%) é ainda menor se atendermos a que a generalidade convive com crenças de carácter aparentemente irreconciliável e típicas dos dois paradigmas em presença na escala NEP. Na percepção destes jovens as soluções para os problemas ambientais relacionados com o consumo é uma responsabilidade directa dos seres humanos. No geral as respostas dos inquiridos deixam subentender a necessidade de um maior debate público sobre o tema, de forma que haver maior consciencialização e responsabilização individual. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o delineamento de políticas e programas de intervenção no âmbito da cidadania, de modo a ajudar na formação de jovens mais ambientalmente conscientes do impacto das suas atitudes e valores, sobre o meio ambiente. Espera-se ainda contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre a articulação entre a consciência ambiental e o consumo em jovens portugueses.
- Paideia e direitos humanosPublication . Santos, Auxiliadora Conceição dos; Miúdo, Berta Pimentel“[…]. O Homem tem consciência das suas potencialidades e é dentro dela que se torna um Homem pleno de direitos, entendendo o outro Homem como uma mais-valia para a sua formação e aperfeiçoamento. A educação é a forma privilegiada de aperfeiçoamento do Homem em todas as suas dimensões, desde a psicológica até à política. Cada vez mais, a sociedade actual toma consciência que é através de uma educação, organizada e aberta às diferenças, que poderá melhorar todos os cidadãos que dela fazem parte. Aos jovens têm de ser dadas as ferramentas não só físicas, mas fundamentalmente mentais, que lhes possibilitem progredir como pessoas. A educação deve promover todas as dimensões humanas, perseguindo os valores positivos que se encontram na base de toda a formação. Valores como a fraternidade, a solidariedade, a responsabilidade, a liberdade e o respeito mútuo são metas que todos deviam procurar alcançar numa sociedade que procura a defesa e a efectivação dos Direitos Humanos. Nesta ordem de ideias, é necessário que a Escola não descure a educação para a cidadania, preparando crianças e jovens para a sua integração na comunidade, para o respeito pelo Outro, mesmo que não sejam da mesma cultura, religião ou partido político, mesmo que não tenham as mesmas convicções, a mesma cor da pele ou a mesma orientação sexual. A Escola tem um papel essencial na educação para a cidadania. Deve ser o lugar onde se ensinam os jovens a serem tolerantes, respeitando todos os outros e reconhecendo a sua humanidade, para além de todas as diferenças, preferindo o diálogo e a argumentação em vez da violência, aceitando a diversidade de opiniões e de crenças e não discriminando os que têm convicções diferentes. A Filosofia, no Ensino Secundário, será neste sentido, a disciplina que contribui de forma significativa para a formação dos jovens. Segundo a UNESCO, a Filosofia deve ser uma disciplina a que todos os jovens do mundo devem ter acesso, porque contribui para a formação de Homens livres e de cidadãos críticos, participativos e responsáveis. Estudar Filosofia mobiliza a capacidade crítica e argumentativa, favorece a abertura de espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância entre os indivíduos e os grupos. […]” (da Introdução)