ARQ - Série Ciências Humanas
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Browsing ARQ - Série Ciências Humanas by Author "Carreira, José Nunes"
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- O Antigo Testamento na lírica e no teatro de CamõesPublication . Carreira, José Nunes“Em rigor, não se deveria aflorar um tema destes sem resolver uma questão prévia – a do cânone da lírica camoniana. Mas, como fixar tal corpus «não é possível no estádio dos conhecimentos actuais – e decerto nunca o será, salvo se ocorrerem miríficas descobertas de cancioneiros autógrafos ou de cancioneiros apógrafos, cuja fiabilidade não seja vulnerável…» -, submeter-se a uma exigência metodológica destas equivaleria a adiar para as calendas gregas o estudo das fontes veterotestamentárias da lírica de Camões. Investigar o teatro camoniano sob esta perspectiva é mais simples, até porque são muito ténues as influências seguras e directas do Antigo Testamento. […]”
- A expansão portuguesa e a descoberta das civilizações orientaisPublication . Carreira, José Nunes“Reconhece-se facilmente que «os livros de viagens do nosso Renascimento contêm uma matéria histórica do mais alto valor». Eles são «uma fonte para o melhor conhecimento das terras estranhas e confirmam aptidão do homem português do século XVI – herdeiro dos navegantes e exploradores da época áurea dos Descobrimentos – para compreender o sentido histórico de outras civilizações e integrar-se na sua vida quotidiana». No pano de fundo dos esforços pioneiros de outros viajantes e exploradores europeus dos séculos XV-XVII, resta perguntar se nas «outras civilizações» podemos de algum modo incluir as pré-clássicas do Egipto, da Síria – Palestina, da Arábia e Etiópia, da Mesopotâmia e da Pérsia… e se as «viagens do nosso Renascimento» não preparam remotamente o que S. Moscati, classifica de «Renascimento oriental», ou seja «a transformação profunda que, de alguns anos para cá, se manifesta nos nossos conhecimentos do mundo oriental antigo». […]”
- O homem e a civilização na Mesopotâmia e em Israel : leitura antropológica de narrativas de criaçãoPublication . Carreira, José Nunes“Até há pouco mais de um século, excepção feita à eclética e confusa cosmogonia de Sanchuniaton, eram as narrativas de GN 1-3 o único documento sobre as origens do mundo e do homem. Parecia uma glória da tradição bíblica «saber» alguma coisa sobre esses assuntos. Veio a explosão das ciências empíricas e esse monumento sentiu um forte abalo. Afinal, não era só a Bíblia que entrava em convulsão. O próprio homem com as sua mundividências entrou em crise, como bem o ilustra uma página magistral de S. Freud. […].”
- «Os Lusíadas» e o Antigo TestamentoPublication . Carreira, José Nunes“Concordo que seja «mais que tempo de ler Os Lusíadas como um poema e não como um repositório devoto de verdades patrióticas, morais, políticas, ideológicas, filosóficas, religiosas, ou místicas sumptuosas versificadas. Não porque essas ‘verdades’ de algum modo não se possam encontrar lá ou pelo menos o reflexo e eco delas, mas porque estão inseridas e envolvidas por algo bem mais decisivo e radical que é o ‘eu profundo’ do poeta e sob ele o inconsciente de uma época particularmente complexa e dilacerada cuja expressão verdadeira é de ordem mítica (mitológica) e simbólica». […]”
- Portugal e a moderna OrientalísticaPublication . Carreira, José Nunes“Os Portugueses até foram pioneiros da moderna Orientalística. Rumando directamente da «ocidental praia lusitana» às costas do Malabar, projectaram a Europa no coração da Ásia; assentaram firmemente os pés nesse Oriente misterioso e fascinante; penetraram real e seriamente nalguns recantos da alma oriental, investigando lendas e costumes, estudando línguas, culturas e religiões dos povos que aí viviam. As motivações podem ter sido muito diversas – dilatação da Fé e do Império, comércio, espírito de aventura, curiosidade intelectual. O resultado final foi um avanço apreciável na investigação do Oriente, o mesmo é dizer, na Orientalística. […]”