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Representações sociais e arbítrio nas roças : as primeiras levas de caboverdianos em S. Tomé e Príncipe nos primórdios de novecentos

dc.contributor.authorNascimento, Augusto
dc.date.accessioned2009-10-07T15:49:20Z
dc.date.available2009-10-07T15:49:20Z
dc.date.issued2001
dc.description.abstractNa derradeira década de Oitocentos, S. Tomé e Príncipe confirmouse como um exemplo da prosperidade dos empreendimentos coloniais e, acreditava-se à época, da superioridade da agricultura europeia. Essa ventura baseava-se na monocultura do cacau, cuja produção ascensional se devia à fertilidade das terras florestais virgens desmatadas e trabalhadas de forma intensiva pelos crescentes contingentes de mão-de-obra resgatada no continente africano que não era repatriada. A implantação das roças alterara drasticamente a composição social e demográfica, as dinâmicas económicas e a correlação de forças nas ilhas. As roças beneficiavam da condição política e jurídica diferenciada da mão-de-obra, cuja prestação laboral estava legalmente regulamentada. Entre outras razões, devido à heterogeneidade social dos nativos e de europeus, a dicotomia racial não coincidia com uma clivagem social. A presença europeia aumentava em número e em importância desde meados de Oitocentos, mas o facto crucial tornara-se a hegemonia dos roceiros assente no êxito das roças e favorecida por um contemporizador poder político colonial interessado nos resultados económicos da agricultura de exportação. Assim, a condução das roças e a definição das relações sociais nas roças eram deixadas ao critério dos roceiros. Naturalmente, embora sem determinarem o conteúdo das relações sociais no seu exterior, as roças não deixavam de influenciar, mesmo se de forma esconsa, a evolução política nas ilhas. Mais até do que a ilha de S. Tomé, a ainda menor ilha do Príncipe era o exemplo acabado de uma colónia-plantação, quase tão só resumida ao labor e vida das roças. Ora, este quadro de prosperidade e o curso das relações nas roças conheceriam percalços nos alvores de Novecentos, desde logo pelas mudanças então operadas no recrutamento de braços. [...]pt
dc.identifier.citation"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 5 (2001): 325-370pt
dc.identifier.issn0871-7664
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.3/347
dc.language.isoporpt
dc.publisherUniversidade dos Açorespt
dc.relation.ispartofseriesHistória. 2ª série;vol. 5
dc.subjectEmigração Cabo-Verdianapt
dc.subjectHistória de São Tomé e Príncipe (século XX)pt
dc.subjectRepresentações Sociaispt
dc.titleRepresentações sociais e arbítrio nas roças : as primeiras levas de caboverdianos em S. Tomé e Príncipe nos primórdios de novecentospt
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.endPage370pt
oaire.citation.startPage325pt
oaire.citation.titleARQUIPÉLAGO - Revista da Universidade dos Açorespt
rcaap.rightsopenAccesspt
rcaap.typearticlept

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