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ARQ - Hist2s - Vol 03 (1999)

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Artigos publicados no Vol. III - 1999

CONTEÚDO:

História Insular e Atlântica

VIEIRA, Alberto - Os italianos na Madeira : séculos XV-XVI

GREGÓRIO, Rute Dias - Configurações do patrocínio religioso de um ilustre açoriano do século XVI : o 1º Provedor das Armadas, Pero Anes do Canto

CARITA, Rui - As cidades insulares no universo urbanístico português

BRAGA, Paulo Drumond - A inquisição e os soldados dos presídios açorianos (1592-1619)

COSTA, Susana Goulart - Visitas pastorais na Paróquia do Faial da Terra : apontamentos para o estudo das religiosidades de Antigo Regime : 1698-1765

WEHLING, Arno, WEHLING, Maria José - O escravo na justiça do Antigo Regime : o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro

MADEIRA, Artur Boavida - As fontes demográficas de Antigo Regime nos Açores

BOAVIDA, Isabel - O povo da floresta adormecida : a população da ilha das Flores (1681-1720)

MENESES, Avelino de Freitas de - Os ilhéus na colonização do Brasil : o caso das gentes do Pico na década de 1720

ÁVILA, Edison d' - Um açoriano tardio na história de Itajaí : Manoel António Fontes, sua contribuição ao progresso social e político da cidade

COSTA, Ricardo Manuel Madruga da - As invasões francesas e a transferência da coroa portuguesa para o Brasil : algumas repercussões nos Açores

LEITE, José Guilherme Reis - As primeiras eleições cartistas nos Açores em 1826

ALBERGARIA, Isabel Soares de - O jardim da Lombinha : história e significado

VILHENA, Maria da Conceição - As mulheres do Gungunhana

NASCIMENTO, Augusto - A liga dos interesses indígenas de S. Tomé e Príncipe (1910-1926)

RILEY, Carlos Guilherme - Um discípulo açoriano de Mahan : Alfredo Botelho de Sousa : subsídios para o estudo da sua vida e obra

ANDRADE, Luís - Os Açores no século XX : um contributo para a sua história militar

DIAS, Fátima Sequeira - Uma breve reflexão sobre a história dos Açores com particular incidência no exemplo micaelense

História Geral

VIANA, Mário - Algumas medidas lineares medievais portuguesas

MARTINS, Rui de Sousa - Mito e história no nordeste de Angola

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  • Mito e história no noroeste de Angola
    Publication . Martins, Rui de Sousa
    Este trabalho de síntese constitui a primeira parte de uma obra mais vasta, dedicada ao sistema político tradicional das populações do Noroeste de Angola, na qual abordaremos, igualmente, os emblemas dos chefes e alguns aspectos etno-morfológicos e estéticos de uma insígnia particular: o bastão (mvwala). A escolha desta temática não foi meramente arbitrária, mas resultou da necessidade de completarmos e aprofundarmos a discussão dos resultados do trabalho de campo realizado entre os Ndembu durante os anos de 1972 e 1973. Todo o passado do Noroeste angolano foi dominado pelo desenvolvimento e queda do Estado Kongo e, por isso, o estudo de qualquer população dessa vasta região pressupõe o conhecimento da evolução do "Reino de São Salvador". Por outro lado, não é possível abordar a problemática das insígnias dos chefes sem saber o que é um chefe Kongo, em que sistema político se insere e de que poderes disfruta. Porém, o Kongo do século XVIII não era igual àquele que os portugueses contactaram, pela primeira vez, no século XV, e a situação presente é o resultado de um complexo e fascinante processo histórico. Assim, se o âmbito do nosso trabalho é especialmente limitado pela área de influência da cultura conguesa, no tempo, ele percorre um caminho que vai do século XV aos nossos dias. Contudo, a nossa intenção não é reconhecer exaustivamente a realidade Kongo, tarefa impossível para os ombros de um só investigador, mas determinar somente as características fundamentais da sua organização política. Esta tarefa pareceu-nos indispensável para uma cabal compreensão do quadro sócio-político do Noroeste de Angola e, em última análise, para situar o Estado Kongo na tipologia dos Estados Negro-Africanos. Afim de prosseguirmos este projecto de investigação, definimos previamente vários problemas, em torno dos quais procurámos desenvolver o nosso trabalho. Recorremos para isso à riquíssima documentação histórica disponível, às tradições orais registadas, e aos estudos históricos e etnológicos. No caso específico dos Ndembu, utilizámos dados recolhidos durante os trabalhos de campo. Visto globalmente, todo este manancial de fontes apresenta-se crivado de lacunas. Os documentos escritos, apesar de abundantes e, por vezes ricos de conteúdo, estão muito longe de cobrir todos os aspectos da realidade, distribuem-se de forma desigual ao longo do tempo e relacionam-se com regiões particulares dentro da área, o que torna controversa a generalização do respectivo conteúdo. Além disso, foram elaborados em grande parte por Missionários e têm de ser encarados criticamente. Quanto às tradições orais, pouco ou nada se sabe dos locais e circunstâncias em que foram recolhidas, o que torna a sua utilização sempre problemática. Os historiadores, ligados ou não à Antropologia Cultural, têm produzido trabalhos de excepcional mérito, mas as suas perspectivas são diferentes e até contraditórias. Quase se pode afirmar que há tantos "reinos" Kongo quanto os historiadores. No domínio etnológico existem boas monografias, muito embora grande número de sociedades esteja ainda por estudar. [...]
  • Algumas medidas lineares medievais portuguesas : o astil e as varas
    Publication . Viana, Mário
    A ideia de «caos» aplicada aos antigos sistemas de pesos e medidas é, de certa maneira, a projecção inconsciente do estado larvar da nossa metrologia histórica. Não dispomos de nenhum estudo de base, mas tão só de algumas memórias oitocentistas, das muitas notícias agrupadas por Henrique da Gama Barros, do conhecido artigo de A. H. de Oliveira Marques, “Pesos e medidas”, publicado no Dicionário de História de Portugal, no qual se delegam em geral as responsabilidades na matéria, e mais recentemente de um estudo de Mário Jorge Barroca. [...]
  • Uma breve reflexão sobre a história dos Açores com particular incidência no exemplo micaelense
    Publication . Dias, Fátima Sequeira
    Esta breve reflexão sobre a História dos Açores apresenta uma certa perspectiva, pressupondo, por isso, uma determinada visão, sem outras ambições que não sejam as de traçar um quadro de referências, uma ténue pincelada de uma realidade bem mais complexa, porquanto apenas foi considerado o percurso económico-social do arquipélago, com particular incidência o da ilha de S. Miguel, negligenciando-se, de propósito, outras possíveis perspectivas e outras possíveis abordagens. Aliás, a própria reflexão sobre "Ponta Delgada: de ermo a cidade" é enquadrada na dinâmica do arquipélago, por se considerar que a sua história não se pode desligar da História das ilhas e por ainda faltar fazer muita investigação sobre a vida urbana micaelense. Além disso, considerou-se importante levantar questões e não procurar dar respostas, pois, na verdade, não as temos, assim como se pensou ser importante "revisitar" alguma da bibliografia sobre os Açores, publicada nos últimos anos, numa tentativa de sugerir linhas de investigação científica para os nossos alunos de História. [...]
  • Os Açores no século XX : um contributo para a sua história militar
    Publication . Andrade, Luís Manuel Vieira de
    Este trabalho visa, sobretudo, analisar o importante papel desempenhado pelo arquipélago dos Açores, no âmbito da política externa portuguesa, ao longo do século XX. Daremos, contudo, especial realce, aos períodos referentes à Segunda Guerra Mundial e ao pós-guerra na medida em que são, em nosso entender, aqueles que se revestiram de especial importância nos planos geopolítico e geoestratégico. Através do estudo da historiografia portuguesa, designadamente na sua componente militar, não restam dúvidas de que o arquipélago dos Açores, ao longo dos séculos, tem prestado um inegável serviço não apenas ao país, como é evidente, mas também às potências ocidentais, nomeadamente à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos da América assim como, de uma forma geral, à própria Aliança Atlântica após 1949. [...]
  • Um discípulo açoriano de Mahan : Alfredo Botelho de Sousa : subsídios para o estudo da sua vida e obra
    Publication . Riley, Carlos Guilherme
    Pareceu-me oportuno trazer aqui alguns subsídios para o estudo de um açoriano natural da ilha de S. Miguel, Alfredo Botelho de Sousa, cuja notoriedade no capítulo da História Militar portuguesa na primeira metade do século XX - quer pelo protagonismo político e militar desempenhado nas duas Grandes Guerras Mundiais, quer pelo labor historiográfico no domínio dos conflitos navais portugueses dos séculos XVI-XVII -, justifica sem dúvida a sua presença, enquanto objecto de estudo, no âmbito do presente Colóquio. Nascido na freguesia da Bretanha em 1880, Alfredo Botelho de Sousa passa a infância nas Capelas, sua terra adoptiva, após o que vem para Ponta Delgada onde frequenta o curso liceal, que completa em 1896. Parte da ilha de S. Miguel para ingressar na Escola Politécnica em Lisboa, donde transita em 1898 para a Escola Naval, dando aí entrada a 20 de Outubro como Aspirante de Marinha. [...]
  • A Liga dos Interesses Indígenas de S. Tomé e Príncipe (1910-1926)
    Publication . Nascimento, Augusto
    Apesar da quase inexistente bibliografia e das escassas informações, patentes quase só nos jornais coevos, tentaremos neste texto reconstituir a trajectória da Liga dos Interesses Indígenas de S. Tomé e Príncipe, temporalmente quase coincidente com a República. Para isso destacaremos os objectivos, a representatividade e o dinamismo da Liga dos Interesses Indígenas (doravante LII) quer na colaboração, quer no confronto com autoridades e os europeus. [...]
  • As mulheres do Gungunhana
    Publication . Vilhena, Maria da Conceição
    No último quartel do século XIX, nas terras do sul de Moçambique, entre os rios Incomati e Zambeze, Gungunhana impunha-se como o maior potentado africano. Era o senhor do reino de Gaza, tinha mais de uma centena de vassalos e possuía uma enorme riqueza, constituída por ouro, marfim e rebanhos de gado. O seu prestígio político e social vinha-lhe ainda do facto de possuir entre 200 a 300 esposas: 40 viviam junto da corte e as restantes habitavam nas aldeias circunvizinhas. A aquisição de novas esposas fazia-se a um ritmo quase bimestral; e cada casamento era sempre causa de maior engrandecimento, por permitir novas alianças e atrair grande número de presentes. Era uma grande honra ter o régulo de Gaza como genro e protector. Seria demasiado longo falarmos da vida que levavam estas mulheres, em geral; por isso nos limitaremos às sete que acompanharam o marido no exílio. [...]
  • O jardim da Lombinha : história e significado
    Publication . Albergaria, Isabel Soares de
    O jardim de António Borges, conhecido no século passado por jardim da Lombinha é, sem dúvida, um dos melhores exemplares que a arte paisagista de Oitocentos nos legou. Constituindo uma experiência de amadurecido gosto artístico e aturado conhecimento técnico, o jardim da Lombinha estabelece uma aliança feliz entre os figurinos eruditos ditados pelas modas europeias e a atenção ao “espírito do lugar”, ali recriado com o artificialismo de uma linguagem natural. O estado actual de degradação e abandono em que se apresenta encontra, resultado da sobrecarga do uso, da acção do tempo e da incúria dos homens, obriga-nos a repensar aquele espaço. O texto que aqui se apresenta parte de uma interrogação simples: qual o sentido actual e futuro para o jardim da Lombinha? A correcta avaliação desta questão depende, necessariamente, da compreensão profunda do jardim, quer no plano dos seus processos criativos e motivações próprias, quer no plano evolutivo, como resultado das sucessivas mutações de forma e significado inerentes à sua condição de organismo vivo.
  • As primeiras eleições cartistas nos Açores em 1826
    Publication . Leite, José Guilherme Reis
    Para se compreender as eleições de 1826 nos Açores é necessário recordar algumas circunstâncias políticas das ilhas e, consequentemente, recuar pelo menos três anos. A partir de 1823, a política reformista do Conde de Subserra (que, recorde-se, era terceirense), ministro poderoso de D. João VI, havia tentado repôr a ordem no arquipélago restabelecendo a Capitania Geral e dando de novo unidade político-administrativa a esta parcela do território. A lei de 18 de Agosto de 1823, que revogara as leis vintistas, ainda que repondo a legalidade anterior, não deixava de dar resposta aos anseios de descentralização interna nas ilhas, anseios esses encarnados essencialmente pelas elites micaelense e faialense, mas em boa verdade era muito tímido nas suas propostas reformistas, pois a muitos parecia que a manutenção do capitão general com plenos poderes no governo político, militar e judicial, mesmo obrigando-o a residir alternadamente em Angra e Ponta Delgada e a criação da Comarca da Horta, ficavam aquém daquilo que esperavam os críticos do sistema, principalmente os liberais ilhéus, defensores acérrimos da descentralização municipalista. [...]
  • As invasões francesas e a transferência da coroa portuguesa para o Brasil : algumas repercussões nos Açores
    Publication . Costa, Ricardo Manuel Madruga da
    A ter em conta o que nos dão a saber as sínteses de História de Portugal a respeito das Invasões Francesas, seremos forçados a concluir que os Açores são totalmente ignorados relativamente à aventura napoleónica na sua fase peninsular em que Portugal foi teatro de operações. Esta marginalidade, entenda-se, traduz-se numa absoluta omissão quanto a qualquer relação, directa ou indirecta, com os desenvolvimentos desse relevante período da nossa história. Dir-se-ia que o espaço português se reparte, então, pela porção continental ocupada pelos exércitos de Napoleão e pelo território do Brasil para onde a Corte se tranferiu em finais de 1807, dando lugar a uma fase marcante da vida nacional já que, como afirma Kenneth Maxwell "representou uma verdadeira linha divisória, tanto na história de Portugal como da do Brasil”. [...] Desta feita, propomo-nos trabalhar sobre um conjunto documental diversificado relativo à Capitania-Geral dos Açores, visando estabelecer em torno da sua análise uma perspectiva esclarecedora quanto às incidências nos Açores das dificuldades resultantes da devastação causada pelas invasões napoleónicas, da consequente transferência da corte portuguesa para o Brasil e, em última análise, do endividamento externo da coroa, daí resultante. [...]