Todo o tipo de documentos relacionados com uma conferência; ex.: artigos de conferências, relatórios de conferências, palestras em conferências, artigos publicados em proceedings de conferências, relatórios de abstracts de artigos de conferência e posters de conferências. (Aceite; Publicado; Actualizado).
Browse
Browsing DHFA - Comunicações a Conferências / ConferenceItem by Subject "Aesthetics"
Maurice Merleau-Ponty na sua obra Elogio da filosofia afirma, citando Stendhal, “é uma felicidade ter como profissão a sua paixão” . Esta é uma realidade que partilho com todos aqueles que tiveram a sorte de poderem trabalhar naquilo para que estavam intrinsecamente motivados. Quando estamos convictos de que aquilo que fazemos é a nossa razão de ser profissional corremos o risco de perspectivar toda a nossa actividade pelo ponto de vista que nos apaixona. Conscientemente corro esse risco e encontro na dimensão filosófica da estética o nó górdio da inteligibilidade da própria humanidade do homem. A arte é a verdadeira força criadora mais profunda do espírito humano, estando a estética presente em todas as dimensões do homem e, de modo muito especial, na dimensão da educação. É o meu objectivo, neste trabalho, tentar lançar algumas pistas de reflexão que nos ajudarão a compreender o papel que essa dimensão, tradicionalmente ligada à arte e ao gozo artístico, tem a ver com a educação. Para o efeito, dividi este trabalho em três momentos: I- O que é a estética?; II- O que é a educação? e III- A dimensão estética na educação.
A descrição eidética do acto cognitivo, levada a cabo por Husserl, revelou serem a intuição e a evidência os seus conceitos fundamentais e inseparáveis, que requerem uma nova abordagem fenomenológico-estética pois o objecto artístico alterou-se de modo significativo. Desde a Antiguidade Clássica que a noção de arte se prende com a capacidade que o ser humano tem para produzir. Se procurarmos a origem desta capacidade criativa existente no ser humano, encontrá-la-emos quer na razão quer na imaginação, consoante o universo ontológico em que nos coloquemos: o da subjectividade de herança aristiotélico-tomista ou o da subjectividade de herança kantiana, no qual se insere Husserl.