FCAA - Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente
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- Análise da sustentabilidade do uso agro-florestal no concelho de AlcoutimPublication . Resende, Ângela Marina Marques; Quinta-Nova, Luís Cláudio de Brito Brandão Guerreiro; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro PonceAlcoutim é um concelho do interior de Portugal, que como muitos outros se caracteriza pelo envelhecimento da sua população e o abandono da terra pelos mais jovens. A par desta situação foi considerada como região-piloto para estudos sobre a desertificação, refletindo a degradação dos solos e baixa produção dos mesmos. Para poderem contornar estas situações os agricultores recorreram a financiamentos e reconverteram as terras agrícolas em florestais, arborizando-as. Deixando de produzir algumas espécies adaptadas ao ecossistema e cuja qualidade é reconhecida por muitos como única. Esta conjuntura agrícola e florestal é fruto de orientações de políticas agroflorestais, através de Instrumentos Legais de Ordenamento e de Financiamento. Assim, propõe-se avaliar a sustentabilidade do uso agro-florestal existente no território do concelho de Alcoutim, através de uma metodologia que integre diferentes fatores associados à estrutura de uso, com particular relevo para as potencialidades genéricas de utilização do solo, os processos de degradação do solo resultantes e o valor ecológico associado aos usos e respetivo padrão de distribuição. Desta forma, poderão ser propostos indicadores a seguir no âmbito de futuras políticas agroflorestais para a região, contribuindo-se para o estabelecimento de uma matriz de sustentabilidade de uso. Para o efeito recorreu-se a uma metodologia de análise espacial multicritério – o Processo de Análise Hierárquica (AHP - Analytic Hierarchy Process). Este método permitiu identificar as aptidões do solo para um conjunto de espécies com interesse agrícola e florestal. Verificou-se com este estudo, que o concelho de Alcoutim tem como função principal a protecção, tal como definido no PROF Algarve. No entanto, de forma a garantir uma gestão multifuncional e sustentabilidade há que preconizar orientações e operações no sentido da função produção.
- Análise das deslocações do Elefante Africano (Loxodonta africana) em função de factores ambientais e actividades humanas na Reserva Florestal de Moribane, MoçambiquePublication . Manhice, António Carlos; Dias, Eduardo Manuel FerreiraEste estudo foi realizado na Reserva Florestal de Moribane, na Província de Manica em Moçambique. Tinha por objectivo avaliar a frequência das manadas a água, a tipos de habitats e em campos agrícolas, por estação do ano e durante o dia e noite, bem como analisar as deslocações por cada manada, relacionando as deslocações com os factores altitude, declives e orientação de encostas. Para o estudo das deslocações, três manadas foram monitoradas de Maio de 2011 a Fevereiro de 2013 (exceptuando a manada 1 com dois meses de estudo) usando colares GPS-VHF. Foram usadas duas imagens LANDSAT 8, para a classificação da vegetação e o Google Earth para a validação. Para determinar a presença de água recorreu-se ao Índice NDWI, também foram usadas duas imagens de Satélite -Aster para determinação das altitudes, declives e orientação de encostas. [...].
- Análise dos impactos das mudanças do uso do solo na futura gestão e conservação da Reserva da Chimanimani - MoçambiquePublication . Jaime, Gil; Dias, Eduardo Manuel FerreiraApresenta-se uma análise das tendências de mudanças temporais do uso e cobertura do solo da Reserva nacional de Chimanimani, área de conservação com uma biodiversidade excepcional, desde a sua paisagem de espécies vegetais e animais que se denomina Reserva nacional de Chimanimani, estabelecido como área de conservação transfronteiriça entre Moçambique e a República do Zimbabwe. O objectivo do estudo foi analisar as tendências das mudanças do uso e cobertura do solo da Reserva Nacional de Chimanimani usando a comparação das Imagens Satélites Landsat 4-5 dos anos 1998 a 2011 e 2000 a 2011 considerando as classes de vegetação e áreas desmatadas para ocupação residencial e agrícola. Para a realização do trabalho foram usados métodos mistos sendo o primeiro MAXIVER classificação supervisionada, Segundo ISOCLUSTER, auxiliado com Índices de Vegetação NDVI e SAVI e usando as ferramentas do software ArcGis 9.3 na extensão SPRING. E para análises dos impactos sobre a área do estudo usou se Landscape Metric. Os resultados mostraram que no método MAXIVER o desmatamento foi de 52,67% de 2000 a 2011, enquanto para o método ISOCLUSTER a mudança de uso do solo de florestal para descoberto foi de 33,86% (3263,8 hectares) durante o período de 1998 a 2011, o que significa uma redução em 18,81 % (1813,1 hectares) em relação o MAXIVER, a floresta aumentou em 23,72% (2286,4 hectares) de 1998 a 2011, são impactos resultantes destas mudanças de uma classe para outra a redução da diversidade paisagística para as comunidade de Nhaedzi e Gototo (quadrante 11) na zona central de RNC com tendências a Homogeneidades, o que pode influenciar na redução da biodiversidade nesta região, e houve o aumento de diversidade paisagística nas comunidades situadas entre Zomba e Mahate (quadrante 26) tornando esta região mais heterogenia e isto contribuem para a conservação da biodiversidade. Do estudo concluiu-se que a mudança de usos de solo tem a contribuir para a conversão de áreas cobertas em descobertas e agricultura e uso residencial são as principais causas.
- Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na zona oeste da ilha TerceiraPublication . Miguel, Alonso Teixeira; Rodrigues, António Félix FloresTendo em conta o complexo enquadramento geodinâmico do arquipélago dos Açores, que leva a que as ilhas sejam frequentemente afetadas por uma grande diversidade de perigos naturais, de entre os quais se destacam os movimentos de vertente, o objetivo geral da presente dissertação consistiu em avaliar a suscetibilidade a movimentos de vertente na zona Oeste da ilha Terceira, como contributo para um conhecimento mais aprofundado da incidência geográfica destes fenómenos a nível local, numa ótica de gestão interdisciplinar da paisagem e de planeamento e ordenamento do território. A realização do presente trabalho implicou a criação de um inventário de movimentos de vertente histórico, constituído por 207 movimentos de vertente, identificados e cartografados sob a forma de polígonos, com base na análise monoscópica de ortofotomapas e em trabalho de campo. Os referidos movimentos de vertente correspondem a deslizamentos translacionais superficiais que, em alguns casos, evoluíram para escoadas detríticas, com profundidade máxima do plano de rotura de 3,5 m. Os movimentos de vertente cartografados, apresentam, no total, uma área planimétrica de, aproximadamente, 43.800 m2 e um volume de material instabilizado estimado de cerca de 97.300 m3, distribuídos pelas freguesias da Serreta (62,56%), Doze Ribeiras (30,14%) e Santa Bárbara (7,30%). A caracterização morfométrica dos movimentos de vertente foi efetuada através do cálculo de oito parâmetros e dois índices morfométricos, determinados em medições planimétricas (2D) e superficiais (3D). Através de uma análise comparativa, concluiu-se que a utilização dos parâmetros morfométricos tridimensionais, tendo em conta o elevado declive de grande parte da área de estudo, era mais adequada para a determinação da magnitude dos movimentos de vertente, evitando uma adulteração da frequência de eventos de diferentes magnitudes ou gamas de magnitudes. Ainda no decorrer deste processo, concluiu-se que a utilização de ferramentas automáticas para a determinação do comprimento e da largura dos movimentos de vertente, que estão na base do cálculo de outros parâmetros morfométricos, teria induzido erros graves nos resultados dessas medições no presente trabalho, pelo que os mesmos foram determinados manual e individualmente para cada movimento de vertente do inventário. Para a determinação do grau de associação entre os diferentes parâmetros e índices morfométricos, foi aplicado o coeficiente de correlação de Pearson, que permitiu concluir que, em termos gerais, todos os parâmetros apresentam elevados graus de associação positiva, revelando uma elevada interdependência entre os mesmos, com exceção do ângulo da cicatriz e dos índices de alongamento e de circularidade. [...].
- Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade da Matela - Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Ilha Terceira: Uma Abordagem Multi-taxaPublication . Sousa, Mariana Aguiar; Gabriel, Rosalina Maria de Almeida; Borges, Paulo Alexandre VieiraAs áreas protegidas estão no centro dos compromissos mundiais com a sustentabilidade, como forma de preservar as espécies, em benefício das gerações presentes e futuras. No presente estudo investigou-se a biodiversidade de um fragmento de floresta nativa na ilha Terceira, a Matela (Terra Chã, Angra do Heroísmo). Este pequeno fragmento está classificado como “Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Matela”, e integra o Parque Natural da Terceira (Açores, Portugal). Localizado a média-baixa altitude (300-400 m) encontra-se visivelmente alterado devido à invasão por espécies de plantas exóticas invasoras. Os objetivos gerais deste trabalho foram os seguintes: (i) listar as espécies de cinco grupos taxonómicos (briófitos, plantas vasculares, artrópodes, aves e mamíferos) para a Matela; (ii) comparar os padrões de diversidade da Matela entre os inventários históricos e uma amostragem realizada em 2022; (iii) avaliar o avanço e os efeitos das espécies invasoras e identificar o declínio das espécies nativas e endémicas dos Açores; (iv) identificar os fatores de risco em curso na Matela e (v) avaliar a necessidade de intervenção na Matela consoante a gravidade do estado de conservação do local. Para responder a estes objetivos, foi feita uma recolha sistemática dos documentos históricos sobre a área, mobilizando também dados de herbário e outros não publicados, tendo sido revistos 48 documentos com dados de biodiversidade. A amostragem em 2022 usou uma adaptação dos protocolos GIMS - A Global Island Monitoring Scheme: para os briófitos foram amostrados nove quadrats de 2 m x 2 m, e recolhidas três amostras (microplots) de 10 cm x 5 cm por substrato, num total de 71 amostras; para as plantas vasculares foram feitos inventários em 72 sub-plots de 5 m x 5 m, além de uma listagem de todas as espécies observadas; para amostragem de artrópodes foi utilizada a metodologia BALA, complementando um conjunto de 30 armadilhas de queda (pitfall traps) para amostrar os artrópodes do solo com batimentos na copa das árvores dominantes (10 amostras por espécie de árvore); além deste protocolo foram ainda utilizadas armadilhas de interceção de voo (SLAM traps) para amostrar artrópodes voadores ou com grande capacidade de dispersão; o recenseamento de aves foi realizado em 25 pontos de observação, sempre entre as 07h00 e as 11h00, aplicando o método do ponto de audição e outras observações; o inventário de mamíferos foi feito utilizando armadilhas fotográficas (camera traps) em 30 pontos de amostragem. Para os briófitos foi possível identificar 77 taxa (45 musgos; 32 hepáticas), sendo 73 indígenas, três indeterminados e um introduzido (Campylopus introflexus) e três espécies triplamente raras (distribuição, abundância e especificidade do habitat). A comparação temporal registou uma diminuição de riqueza. Nas plantas vasculares foram identificados 28 taxa indígenas e 26 exóticos, sendo três espécies triplamente raras. Para os artrópodes, no solo, foram registadas oito taxa indígenas e 25 exóticos verificando-se entre 2002 e 2022, que não foram observadas taxas endémicos e um aumento significativo das espécies introduzidas. Nos artrópodes da copa, identificaram-se 36 taxa indígenas e 18 exóticos. Nos artrópodes capturados nas armadilhas SLAM, registaram-se 24 taxa indígenos e 15 exóticos. No total, foram registados 103 taxa, sete deles classificados como triplamente raros. Foram registados 12 taxa de aves indígenas e um introduzido, verificando-se uma diminuição de taxa, principalmente de espécies exóticas. Uma das aves identificadas é triplamente rara. Nos mamíferos, observaram-se oito taxa exóticos, todos considerados novos registos para a Matela; o anteriormente conhecido morcego, Nyctalus azoreum, único mamífero endémico dos Açores, foi classificado como triplamente raro. Conclui-se que a Matela mantém um património natural muito assinalável, quando comparado com a biodiversidade total da Ilha Terceira. No entanto, as espécies introduzidas e introduzidas invasoras têm uma grande expressão em termos de diversidade e abundância, tendo aumentado substancialmente em quase todos os grupos onde foi possível fazer comparações. O impacto real destas espécies nas comunidades nativas ainda está por esclarecer na sua total dimensão, mas confirma-se a necessidade de enfrentar este problema real para a conservação da natureza nos Açores.
- Avaliação do valor dos ecossistemas de turfeiras dos Açores, com recurso a modelação em sistemas de informação geográficaPublication . Pereira, Dinis Manuel Teixeira; Dias, Eduardo Manuel Ferreira; Elias, Rui Miguel Pires Bento da SilvaO panorama mundial tem-se debatido com os problemas inerentes às alterações climáticas, bem como os decorrentes das alterações aos usos do solo, propondo soluções que passam, em grande parte, pelo recurso a sistemas florestais. Recentemente tem-se assistido ao dealbar de vozes que reclamam as zonas húmidas como uma solução mais promissora, assistindo-se a um avanço do conhecimento caracterizador dos diferentes impactos ambientais resultantes das acções antrópicas. As turfeiras são zonas húmidas particulares, nas quais se têm centrado grandes esforços de obtenção de conhecimento, revelando-se como ecossistemas prioritários a inserir nas preocupações de entidades internacionais, tais como a FAO, ou a Comissão Europeia (e. g.: European Comission 2013; Borges et al. 2010; Joosten et al. 2012; McInnes 2007; Wood & Halsema 2008). No caso específico de Portugal as turfeiras não assumiram ainda um papel de destaque, encontrando-se uma grande área de turfeiras, perturbadas e/ou em bom estado de conservação no arquipélago dos Açores e só recentemente surgiu no debate científico como área relevante (Mendes 2009, 2010, 2013) e no plano político como área de investimento prioritário para recuperação ecológica (Decreto Legislativo Regional n.º 15/2010/A). Estas, na Região açoriana, ocupam cerca de 40% da superfície das áreas protegidas, sendo esta emergente relevância reconhecida pelas funções que as mesmas desempenham como elementos estruturadores da paisagem, na capacidade das ilhas para serem ecologicamente equilibradas, como sistema tamponizante/retentor de eventos climáticos, atuando como regularizadores do mesmo nas partes mais altas das ilhas e, consequentemente, das linhas de água a jusante. São um sistema retentor de metano e sequestrador de carbono; promotores de biodiversidade zonal e azonal (Dias et al. 2004); são ainda promotores da estabilidade física das zonas mais altas das ilhas, limitando a possibilidade de derrocadas e deslizamentos. São ecossistemas produtivos, que, nos Açores sofrem pressões antrópicas, as quais limitam as funções ecológicas desempenhadas pelos mesmos. Existem trabalhos caracterizadores das turfeiras nos Açores, porém o desconhecimento ainda é considerável, pelo que se torna premente desenvolver um estudo que quantifique os impactos que as mesmas têm na regulação do ciclo hídrico e no processo de crescimento e acumulativo de turfa (com as consequências inerentes), bem como da distribuição potencial no território açoriano. Pretende-se assim colmatar esta falta de conhecimento, estimando estes impactos, recorrendo a técnicas de modelação tridimensional em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), com recurso a dados cartográficos, modelação da distribuição potencial de diversos tipos de turfeiras, secções transversais das mesmas, medições de matéria orgânica, uso de radares de penetração no solo e dados da quantidade de água retida pelas turfeiras, bem como uma avaliação do seu potencial futuro sob diferentes modelos de gestão.
- Cambios antrópicos y variación espacio-temporal en comunidades de macroinvertebrados acuáticos de lagunas oceánicas : el caso del Archipiélago de las AzoresPublication . Lamelas López, Lucas; Florencio Díaz, Margarita; Borges, Paulo Alexandre Vieira[...]. A presente tese consta de duas partes: 1) uma amostragem temporal, em que foram amostradas cinco lagoas (3 temporárias e 2 permanentes) de forma mensal, durante dez meses (de novembro de 2013 a agosto de 2014), o qual equivale a um ciclo de inundação-dessecação completo considerando as lagoas temporárias; e 2) uma amostragem espacial, na que se amostraram doze lagoas e oito tanques artificiais distribuídos por toda a ilha, no mês de maio de 2014. Foi obtida informação detalhada sobre a caracterização físico-química das lagoas da ilha Terceira em um gradiente espaço-temporal, assim como das comunidades de macroinvertebrados que as habitam, incluindo dados sobre distribuição, fenologia e outros aspetos ecológicos. Na primeira parte sobre a variação temporal, foram analisados aspetos tais como as diferenças entre lagoas temporárias e permanentes relativamente às variáveis ambientais e às comunidades que as habitam, padrões de alfa- e beta-diversidade, a contribuição relativa do "turnover" de espécies e do "nestedness" aos padrões da beta-diversidade observados, e uma análise da variação temporal da comunidade, e a sua relação com as variáveis ambientais. Ademais, a tese está focada principalmente nos processos associados às espécies endémicas pela sua vulnerabilidade, e às espécies exóticas pelo risco associado para as comunidades nativas destas lagoas. Na segunda parte sobre a variação espacial, foram analisadas principalmente as diferencias entre tanques e lagoas, a nível das variáveis ambientais, e a nível da comunidade de macroinvertebrados. Foram igualmente analisadas as características ambientais que separam os meios de água em geral utilizando-se análises multivariadas, detetando um grupo de lagoas com entrada de nutrientes que se separam das restantes. Estas últimas lagoas estão associadas a atividades agrícolas e apresentam comunidades de macroinvertebrados diferenciadas das restantes. Por outro lado, os tanques se diferenciaram nas suas comunidades devido às diferenças de pH entre estes e as lagoas naturais. Consequentemente, a solução proposta para manter estos reservatórios de biodiversidade nos tanques artificiais, consiste em i) manter as condições ambientais ótimas, e similares às lagoas naturais (a exceção do pH e a condutividade elétrica da água, devidas a natureza e estrutura dos tanques); e ii) manter um alto grau de conservação das lagoas naturais, que salvaguarde a sua proteção perante a chegada de espécies exóticas potencialmente invasoras, já que os tanques albergam uma maior proporção das mesmas. Por último, cabe destacar que o presente projeto representa o primeiro estudo espaço-temporal sobre a comunidade de macroinvertebrados aquáticos, e a sua relação com as características ambientais das lagoas que as habitam, no arquipélago dos Açores; e o primeiro em abordar os padrões da beta-diversidade das comunidades das lagoas da ilha Terceira, abordando a maioria das lagoas existentes nesta ilha. Ademais, os resultados do projeto permitiram publicar dois artigos científicos em revistas internacionais, assim como um póster em um congresso. Também foram obtidos cinco novos registros de espécies para a ilha Terceira.
- A comunicação de risco na mitigação das alterações climáticas : como promover práticas pró-ambientaisPublication . Ferreira, Tânia Marisa Cordeiro; Arroz, Ana Margarida Moura; Rodrigues, António Félix FloresNesta investigação coloca-se ênfase na comunicação de risco ou comunicação de risco ambiental como estratégia fundamental de transmissão de conteúdos audiovisuais que poderão conduzir a ações de minimização do risco das alterações climáticas. Nesse contexto, levanta-se a seguinte questão de investigação: Quais serão os atributos necessários a uma comunicação de risco eficaz na alteração de conhecimentos e/ou ações acerca das alterações climáticas e dos seus impactos na paisagem terceirense? Assim sendo, apresenta-se como principal objetivo o seguinte: conhecer/descobrir as ferramentas e estratégias informativas necessárias para criar um dispositivo de comunicação de risco eficaz que se traduza em conhecimentos e/ou ações de mitigação do risco ou das consequências das alterações climáticas globais. São várias as etapas metodológicas necessárias ao desenvolvimento do doutoramento e à concretização do fito da investigação, salientam-se as seguintes: avaliar conhecimentos, perceções ambientais e representações das práticas de indivíduos; elaborar cenários de risco; construir e testar comunicações de risco; identificar os atributos subjacentes a uma comunicação de risco eficaz. As conclusões da presente investigação poderão contribuir para promoção de ações individuais de minimização do risco e para a implementação de medidas de mitigação, numa lógica de governança, envolvendo as dimensões sociais e políticas da gestão pública do risco.
- Contribuição para a sustentabilidade no fornecimento e uso da água em Massingir (Moçambique)Publication . Mabunda, Pinto Jorge; Quadros, Sílvia Alexandra Bettencourt de Sousa; Cascalho, José ManuelMoçambique não é considerado um país com escassez de água. É, porém, altamente vulnerável com respeito à água e inseguro por causa da incerteza crescente na base dos recursos hídricos nacionais. Além da partilha de bacias hidrográficas, a variabilidade anual e inter-anuais de precipitação, a competição na procura de água por sectores económicos em algumas bacias de rios e infraestruturas hídricas subdesenvolvidas, e em grande parte degradada, são alguns dos fatores que justificam essa vulnerabilidade hídrica. Neste contexto é necessário promover a utilização racional da água, sem conflitos e desperdícios, de forma a maximizar o bem-estar social e económico de todos os utilizadores. A falta de cobertura no fornecimento de água e o conflito entre grupos de agricultores e criadores de gado pelo uso da água em Massingir, têm conduzido a situações de tensão social nas comunidades. O trabalho teve como objetivo definir estratégias para o uso sustentável de água em Massingir (Moçambique) onde se recorreu a reuniões, entrevistas, visitas de campo, inquéritos, software Netlogo e através de debates participativos houve como resultados para resolução de conflitos entre agricultores e criadores de gado: 1) Abertura de caminhos próprios que levem o gado até ao local de abeberamento; 2) O gado deve ser sempre acompanhado pelo dono; 3) Os agricultores devem vedar os seus campos; 4) Em caso de devastação de campos agrícolas pelo gado, o proprietário do gado deve ser responsabilizado e deve pagar ao agricultor pelos danos causados. Em relação ao consumo de água, 48 % das famílias obtém água a partir de furos, 16 % tem acesso ao serviço de abastecimento de água do pequeno privado, 30 % compra água nos camiões e 6 % buscam água diretamente da barragem/rio. Esta situação torna essas pessoas vulneráveis as doenças de natureza hídrica, uma vez que água dessas fontes não esta protegida. O sistema de abastecimento de água de pequeno privado só abastece um bairro. O abastecimento de água em Massingir não satisfaz as necessidades básicas do consumo de população e as famílias continuam ainda com problemas de água e algumas consomem água imprópria. As pessoas tiram água na barragem e não pagam nenhuma taxa pela exploração de recurso e aliado a isso, deve-se estabelecer uma taxa pela exploração de água para as pessoas que tiram diretamente da barragem. O pequeno sistema de abastecimento de água deve aumentar a sua capacidade técnica e de cobertura para que água chegue a todos bairros e para que todas famílias tenham acesso a água potável. Devem continuar os esforços de educação da população relativamente à prevenção de doenças de origem hídrica, nomeadamente as visitas porta-a-porta assim como palestras em diversas instituições com vista a disseminar mensagens educativas sobre a prevenção da Malária e Diarreia.
- Contributo para a redução do risco de inundação na cidade de Angra do HeroísmoPublication . Silva, Vasco Barcelos Leandro; Quadros, Sílvia Alexandra Bettencourt de Sousa; Fontes, José Carlos GoulartEm resultado de elevados níveis de precipitação em períodos de tempo relativamente curtos, a alteração da ocupação/uso do solo e o declive acentuado das bacias hidrográficas que incluem o centro urbano da cidade de Angra do Heroísmo, tem conduzido à ocorrência de inundações. Estes episódios são consequência da insuficiente capacidade de infiltração e de escoamento da rede de drenagem urbana para águas pluviais, tornando-se de crucial importância face a fenómenos desta natureza, avaliar as principais causas do problema e posteriormente efetuar propostas de soluções que reduzam o escoamento superficial. Para o efeito foi desenvolvido um estudo recorrendo ao software ESRI® ArcGIS 10.5 preparado para criar um sistema de informação geográfica (SIG) integrado num modelo hidrológico, com o objetivo de estabelecer uma análise pormenorizada das características fisiográficas de uma das bacias hidrográficas que inclui o centro urbano da cidade de Angra do Heroísmo, bem como de simular o comportamento do escoamento superficial quando submetida a eventos de precipitação intensa de curta duração. Nesse sentido, além da caracterização da ocupação do solo que reflete o panorama atual verificado na unidade fisiográfica, foram construídos três cenários que enquadram medidas de mitigação e que pretendem simular o seu desempenho relativamente ao episódio verificado no dia quatro de setembro de 2015, que originou inundações sobre o centro urbano da cidade, nomeadamente numa secção que será pormenorizadamente analisada, localizada na Rua Direita. Concluiu-se que a bacia hidrográfica quanto às suas características fisiográficas, se apresenta com uma baixa tendência para a ocorrência de inundações, contudo ocupando 40% do centro urbano da cidade, verifica-se uma elevada área impermeabilizada que contribui para um aumento significativo da sua vulnerabilidade face a eventos de precipitação intensa de curta duração. Dessa forma, perante o estudo de cenários que enquadrem medidas de mitigação estruturais e não estruturais, aquele que demonstrou melhores resultados foi o que conjugou a implantação de pavimentação permeável e espaços verdes urbanos, verificando-se um aumento significativo das perdas associadas à infiltração e interseção do copado florestal, da capacidade da bacia em reter água que não originará escoamento superficial e consequentemente na diminuição dos caudais de ponta verificados na secção de referência. Além disso, quando dimensionada a secção que define a Rua Direita, este foi o cenário em que se observou a descida mais acentuada do nível da água, quando comparado com o panorama verificado no dia do evento de precipitação anteriormente descrito.
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