FCAA - Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente
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- Avaliação da vulnerabilidade costeira no concelho de Almada (Portugal)Publication . Silva, Patrícia Maria Pereira da Costa Pinto; Gato, Otília da Conceição Alves Correia ValeAs zonas costeiras são territórios dinâmicos, cuja resiliência depende da sua capacidade de reajustamento perante variações dos fatores ambientais e antrópicos, mantendo a sua funcionalidade. Além dos estímulos atuais, os efeitos das alterações climáticas sobre estes territórios contribuirão para um aumento das vulnerabilidades e do risco de perda de valores e dos serviços prestados por estes sistemas. Neste trabalho pretende-se avaliar a vulnerabilidade costeira e a importância das comunidades vegetais na resiliência do sistema dunar da Costa da Caparica, uma área com elevada atratividade e procura balnear e simultaneamente sujeita a uma acentuada tendência de recuo da linha de costa. [...].
- Avaliação do valor dos ecossistemas de turfeiras dos Açores, com recurso a modelação em sistemas de informação geográficaPublication . Pereira, Dinis Manuel Teixeira; Dias, Eduardo Manuel Ferreira; Elias, Rui Miguel Pires Bento da SilvaO panorama mundial tem-se debatido com os problemas inerentes às alterações climáticas, bem como os decorrentes das alterações aos usos do solo, propondo soluções que passam, em grande parte, pelo recurso a sistemas florestais. Recentemente tem-se assistido ao dealbar de vozes que reclamam as zonas húmidas como uma solução mais promissora, assistindo-se a um avanço do conhecimento caracterizador dos diferentes impactos ambientais resultantes das acções antrópicas. As turfeiras são zonas húmidas particulares, nas quais se têm centrado grandes esforços de obtenção de conhecimento, revelando-se como ecossistemas prioritários a inserir nas preocupações de entidades internacionais, tais como a FAO, ou a Comissão Europeia (e. g.: European Comission 2013; Borges et al. 2010; Joosten et al. 2012; McInnes 2007; Wood & Halsema 2008). No caso específico de Portugal as turfeiras não assumiram ainda um papel de destaque, encontrando-se uma grande área de turfeiras, perturbadas e/ou em bom estado de conservação no arquipélago dos Açores e só recentemente surgiu no debate científico como área relevante (Mendes 2009, 2010, 2013) e no plano político como área de investimento prioritário para recuperação ecológica (Decreto Legislativo Regional n.º 15/2010/A). Estas, na Região açoriana, ocupam cerca de 40% da superfície das áreas protegidas, sendo esta emergente relevância reconhecida pelas funções que as mesmas desempenham como elementos estruturadores da paisagem, na capacidade das ilhas para serem ecologicamente equilibradas, como sistema tamponizante/retentor de eventos climáticos, atuando como regularizadores do mesmo nas partes mais altas das ilhas e, consequentemente, das linhas de água a jusante. São um sistema retentor de metano e sequestrador de carbono; promotores de biodiversidade zonal e azonal (Dias et al. 2004); são ainda promotores da estabilidade física das zonas mais altas das ilhas, limitando a possibilidade de derrocadas e deslizamentos. São ecossistemas produtivos, que, nos Açores sofrem pressões antrópicas, as quais limitam as funções ecológicas desempenhadas pelos mesmos. Existem trabalhos caracterizadores das turfeiras nos Açores, porém o desconhecimento ainda é considerável, pelo que se torna premente desenvolver um estudo que quantifique os impactos que as mesmas têm na regulação do ciclo hídrico e no processo de crescimento e acumulativo de turfa (com as consequências inerentes), bem como da distribuição potencial no território açoriano. Pretende-se assim colmatar esta falta de conhecimento, estimando estes impactos, recorrendo a técnicas de modelação tridimensional em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), com recurso a dados cartográficos, modelação da distribuição potencial de diversos tipos de turfeiras, secções transversais das mesmas, medições de matéria orgânica, uso de radares de penetração no solo e dados da quantidade de água retida pelas turfeiras, bem como uma avaliação do seu potencial futuro sob diferentes modelos de gestão.
- Biodiversity conservation in Island protected areas : the case of plant-insect pollinating networksPublication . Picanço, Ana Luísa Coderniz; Borges, Paulo Alexandre Vieira; Rigal, FrançoisAs preocupações relativamente ao funcionamento dos ecossistemas surgiram com o declínio mundial da biodiversidade. Esta relação é particularmente evidente para os insectos polinizadores responsáveis por um importante serviço de ecossistema: a polinização das plantas, essencial para a manutenção da diversidade biológica das plantas e produção de alimentos. Porém, actualmente as comunidades de polinizadores encontram-se ameaçadas por todo o planeta, principalmente devido às alterações do uso do solo, considerado um dos factores contemporâneos mais importantes pela perda da biodiversidade. As alterações do uso do solo revelam ser mais proeminentes em ilhas oceânicas isoladas que foram desproporcionalmente afectadas pelas perturbações antropogénicas nos últimos séculos. Como tal, é urgente identificar devidamente as vias responsáveis pela mudança das comunidades de insectos polinizadores e subsequente estrutura das redes plantas – insectos polinizadores de modo a planear adequadamente a sua conservação, restauro e para a preservação dos serviços de ecossistemas que podem suprir os humanos. Nesta tese foi investigado o impacto das alterações dos usos do solo: (i) na estrutura da comunidade dos insectos polinizadores (capítulo 2), (ii) nas redes da interacção planta-insecto (capítulo 3), (iii) nos serviços de polinização tendo em conta o seu valor económico (capítulo 4), (iv) e foram propostas áreas prioritárias para a conservação dos insectos polinizadores (capítulo 5). Os insectos polinizadores foram amostrados durante dois anos através de um protocolo de amostragem padronizado em 50 transectos, em cinco tipos de habitat diferentes correspondendo a um gradiente do uso do solo na ilha Terceira (Açores). Os resultados revelam que as comunidades de insectos polinizadores estudadas são constituídas maioritariamente por espécies indígenas (sendo a maioria espécies nativas não endémicas) com prevalência por espécies de abundância intermédia. As comunidades de insectos polinizadores são também muito simplificadas ao longo de todo o gradiente com poucas diferenças entre os habitats, excepto entre a floresta nativa e as pastagens intensivas. Na ausência de fortes competidores exóticos, os insectos polinizadores indígenos expandem e ocupam novos habitats antropogénicos, facilitando assim a expansão de um vasto número de espécies de plantas exóticas. Notavelmente, não só as áreas de vegetação pristina, mas também as áreas agrícolas e de pomares possuem valores elevados de serviços de polinização, apesar de ambos os usos do solo possuírem níveis de perturbação opostos. Quanto às estruturas de rede planta-insecto, estas são basicamente redes pequenas e muito simplificadas, aninhadas e de modularidade não significativa. A natureza generalista e abundância relativa individual dos insectos polinizadores foi considerada como uma das principais causas para a estrutura da rede, o que seria de esperar de uma ilha oceânica recente e pequena. Inclusivé, ao agregar as redes dos habitats numa só matriz, foi verificado que não existe modularidade, sugerindo que as diferenças entre habitats não são suficientes para formar subgrupos interligados, evidenciando assim que a moderna paisagem da ilha Açoreana é uniforme ou homogénea em relação às espécies polinizadoras. Relativamente à valoração económica das comunidades de insectos polinizadores, os insectos contribuem com um total de 36,2% da média anual total do rendimento agrícola das colheitas dependentes dos polinizadores, o que enfatiza a importância dos insectos polinizadores para a produção agrícola. Por fim, a complementar estes resultados, a avaliação dos diferentes usos do solo para a conservação, permitiu verificar que para além das áreas protegidas e bem preservadas de floresta nativa da Terceira, outros usos do solo, como as áreas de vegetação naturalizada, florestas exóticas e pastagens semi-naturais poderão servir como um continuum para a rede de áreas protegidas. Este resultado tem implicações consideráveis para a conservação dos insectos polinizadores da ilha Terceira, implicando a necessidade de uma gestão mais sustentável das práticas humanas nos ecossistemas agrícolas.
- Development of decision support tools for implementing mitigation strategies of Medfly populationsPublication . Pimentel, Reinaldo Macedo Soares; Lopes, David João Horta; Mexia, António Maria Marques; Mumford, John DavidA Mosca-do-Mediterrâneo (Ceratitis capitata Wiedemann) é uma das principais ameaças para o comércio de frutas frescas por todo o mundo devido ao impacto económico negativo na qualidade dos frutos e à capacidade de adaptação desta a uma ampla variedade de condições geográficas e climáticas. Considerando-se todos os trabalhos já realizados nos Açores, principalmente na Ilha Terceira sobre esta problemática, com a perspetiva de resolver problemas operacionais que normalmente surgem nos programas de controlo integrado da mosca-do-Mediterrâneo, nomeadamente os relacionados com a agregação desta praga e sua distribuição espacial, que os principais objetivos do presente trabalho foram: analisar a dinâmica populacional da Mosca-do-Mediterrâneo nas Ilhas Terceira e São Jorge (Açores); avaliar o impacto de estações esterilizadoras de longa duração (1 ano) contra as suas populações adultas; avaliar se existia qualquer relação significativa entre a abundância de adultos selvagens de mosca-do-Mediterrâneo e as características espaciais de um determinado local a tratar; e avaliar a eficiência de três métodos de análise geomática para estimar valores de moscas por armadilha, por dia, para áreas não fora do âmbito de amostragem e para as condições da Ilha Terceira e da ilha de S. Jorge. Os estudos de dinâmica populacional revelaram, na Ilha de São Jorge, uma proporção sexual dos machos / fêmeas significativamente menor do que o observado na Ilha Terceira e em termos de dinâmica populacional revelou também que as dinâmicas populacionais nas duas Ilhas estudadas estão geralmente relacionadas com a disponibilidade e abundância de frutos nos seus hospedeiros. No entanto, o número de picos populacionais ou registos de capturas poderão não ser uma base fidedigna para a tomada de decisão por parte do produtor. Na Ilha Terceira, em determinadas condições, foram observadas infestações de mosca-do-Mediterrâneo em alguns frutos (por exemplo, frutos Solanum mauritianum), enquanto, em simultâneo neste hospedeiro não houve quaisquer registos de adultos. [...].
- Principais fatores que limitam a produtividade das culturas nos horizontes subsuperficiais dum andossolo insaturadoPublication . Lopes, Vanda Margarida Rocha; Pinheiro, Jorge Alberto Vieira Ferraz; Monjardino, Paulo Ferreira MendesÉ de há muito realçado pelos agricultores açorianos que os horizontes subsuperficiais de solo, quando trazidos para a superfície, são prejudiciais às culturas, mas as razões que a isso levam são desconhecidas. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de descobrir os principais fatores que limitam a produtividade das culturas nos horizontes subsuperficiais dum andossolo alofânico típico - Typic Hapludand (andossolo insaturado). Foi realizado um ensaio de vasos em estufa, com amostras provenientes de três horizontes diferentes (A, C1 e C2) de um mesmo solo com três níveis de fertilização fosfatada (30, 60 e 90 kg de P/ha) e um controlo (0 kg de P/ha), onde foram cultivadas plantas de milho. No fim do ensaio mediu-se a produção de peso seco total e de grão das plantas e avaliou-se o grau da fertilidade residual do solo com base na sua análise nutritiva. Neste ensaio verificou-se haver uma resposta positiva da produção aos acréscimos de fertilização fosfatada para todos os horizontes. Porém, no horizonte A obtiveram-se produções de peso seco mais elevadas para os maiores níveis de fertilização fosfatada, do que nos horizontes C1 e C2 onde os acréscimos produtivos foram bastante inferiores. O mesmo ocorreu com a produção de grão, sendo que esta foi quase sempre nula para o horizonte C2. A retenção de fosfato (Blackmore et al., 1981) foi elevada para todos os horizontes, afetando a absorção deste elemento pelas plantas, o que poderá ter sido uma importante condicionante ao seu crescimento nos horizontes subsuperficiais. Não se verificaram variações do pH durante o ensaio, assim como dos teores de matéria orgânica. Os níveis de cálcio no fim do ensaio foram superiores aos iniciais, sendo que foram tanto maiores quanto maior a fertilização fosfatada. O potássio e o magnésio não deverão ter sido a causa pela qual os horizontes subsuperficiais criaram dificuldades ao crescimento das plantas, dado que os níveis que mais baixaram durante o ensaio foram os dos casos em que as plantas mais produziram. De igual modo, os teores de sais solúveis no início e fim do ensaio não foram limitativos para as plantas. Verificou-se que a fertilização fosfatada melhorou significativamente a produção das plantas de milho no horizonte A, mas que não foi suficiente para superar as limitações nos horizontes subsuperficias (C1 e C2). Demonstrou-se que o fósforo será o principal fator limitante da produção nestes solos, mas que poderá não ser o único.
- Promoção do uso de alimentos promotores de saúde na dieta de grupos socioeconómicos desfavorecidosPublication . Berbereia, Vera Lúcia Dinis; Silveira, Maria da GraçaOs grupos populacionais em dificuldade socioeconómica têm sido considerados como grupos de risco para uma alimentação inadequada e consequentemente para contrair doenças crónicas. A introdução de Alimentos Promotores da Saúde ou alimentos funcionais, na dieta pode constituir uma solução preventiva na redução da prevalência destas doenças. A este nível os Açores têm condições para oferecer uma grande diversidadade de produtos alimentares de elevada qualidade. Assim, com o presente trabalho pretendeu-se promover o desenvolvimento de competências em alimentação saudável e económica de pessoas com dificuldades socioeconómicas, no âmbito do projeto intitulado “Cozinha Saudável para todos” da iniciativa da Direção Regional da Segurança Social dos Açores. Para o efeito, ministraram-se ações de formação teórico-práticas em nutrição, culinária saudável e económica, promovendo alimentos promotores de saúde de origem açoriana. Com as ações de formação pretendeu-se ainda trabalhar questões relacionadas ainda com o desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Finalmente, e como ferramenta de apoio, elaborou-se um livro de receitas económicas e nutricionalmente equilibradas tendo por base alimentos e receitas tradicionais açorianas, incluindo os alimentos funcionais da região. [...].
- Valorização económica da água na ilha TerceiraPublication . Lourenço, Gisele Evangelho Toste; Silva, Emiliana Leonilde Diniz Gil SoaresO desconhecimento do valor económico da água terá conduzido ao seu desperdício e a danos ambientais decorrentes do seu uso. A gestão da água, como bem económico, é uma forma de atingir a eficiência no seu uso e promover a sua conservação. A escassez da água leva à necessidade de se estimar um valor real para o seu custo. É neste contexto que surge o presente estudo no âmbito da Dissertação do Doutoramento em Ciências Agrárias, ministrado na Universidade dos Açores, que tem por título: Valoração Económica da Água na Ilha Terceira. Pretende-se estimar, teoricamente, o valor económico da água, recorrendo a um dos métodos de valoração ambiental, mais propriamente o método de avaliação contingente, bem como estimar os fatores que condicionam esta decisão. […]. Os resultados obtidos nesta investigação têm como finalidade servir de base para a tomada de decisão, em investimentos na área de gestão dos recursos hídricos, como definir diretrizes nas políticas de recursos hídricos, sendo também um contributo para futuros estudos referentes à valorização económica da água noutras regiões do Arquipélago dos Açores. Este estudo também servirá para aprofundar o conhecimento técnico e científico sobre os recursos hídricos.