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- O Estudo do Meio como pilar de integração e de aprendizagens significativas na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Melo, Beatriz Paz; Fonseca, Josélia Mafalda RibeiroO presente relatório de estágio reporta o trabalho desenvolvido na educação Pré-Escolar e no 1.ºCiclo do Ensino Básico, no âmbito das unidades curriculares Estágio Pedagógico I e II, do plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, sob a responsabilidade do Departamento de Educação, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores. Optámos por incidir sobre o tema “O Estudo do Meio como pilar de integração e de aprendizagens significativas na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico”, para estudar a potencialidade desta área e o seu contributo para articular os conhecimentos as vivências e as experiências dos alunos. Como ainda existem muitos alunos desinteressados na escola e no currículo, este tema visa investigar como esta união pode potencializar aprendizagens mais significativas. Esta área proporciona aprendizagens e descobertas relacionadas com a vivência dos alunos e, através da sua participação neste processo, poderá viabilizar um melhor significado potencializando o interesse e a motivação em adquirir novos conhecimentos. Ao longo dos estágios procuramos promover atividades em torno dos temas desta área, uma vez que a sua organização em descobertas sobre o interior e exterior do aluno possibilita a sua participação levando a descrever as suas vivências e experiências. Sendo o Estudo do Meio uma área integradora e integrada, importa rentabilizar essa potencialidade articulando não só as experiências e as vivências dos alunos, mas também consubstanciando os conteúdos e competências das restantes áreas, viabilizando uma aprendizagem mais significativa e ao mesmo tempo mais duradoura e integradora. Toda a prática pedagógica foi, então, sustentada num design de investigação-ação, arrogando um paradigma interpretativo, tornando possível a observação, planificação, intervenção e reflexão sobre os objetivos definidos. Com este documento pretendemos que os professores e educadores reflitam acerca da gestão do currículo e das potencialidades desta área curricular, dando primazia às características das suas crianças/alunos para potencializar o interesse e consequentemente o sucesso educativo. Contudo, e para ajudar os professores/educadores a colmatar os seus anseios, apresentamos algumas sugestões para evidenciar este tema, podendo ser analisadas no capítulo três com o título: “O Estudo do Meio como eixo de integração curricular: relatos de experiências”.
- Biodiversity conservation in Island protected areas : the case of plant-insect pollinating networksPublication . Picanço, Ana Luísa Coderniz; Borges, Paulo Alexandre Vieira; Rigal, FrançoisAs preocupações relativamente ao funcionamento dos ecossistemas surgiram com o declínio mundial da biodiversidade. Esta relação é particularmente evidente para os insectos polinizadores responsáveis por um importante serviço de ecossistema: a polinização das plantas, essencial para a manutenção da diversidade biológica das plantas e produção de alimentos. Porém, actualmente as comunidades de polinizadores encontram-se ameaçadas por todo o planeta, principalmente devido às alterações do uso do solo, considerado um dos factores contemporâneos mais importantes pela perda da biodiversidade. As alterações do uso do solo revelam ser mais proeminentes em ilhas oceânicas isoladas que foram desproporcionalmente afectadas pelas perturbações antropogénicas nos últimos séculos. Como tal, é urgente identificar devidamente as vias responsáveis pela mudança das comunidades de insectos polinizadores e subsequente estrutura das redes plantas – insectos polinizadores de modo a planear adequadamente a sua conservação, restauro e para a preservação dos serviços de ecossistemas que podem suprir os humanos. Nesta tese foi investigado o impacto das alterações dos usos do solo: (i) na estrutura da comunidade dos insectos polinizadores (capítulo 2), (ii) nas redes da interacção planta-insecto (capítulo 3), (iii) nos serviços de polinização tendo em conta o seu valor económico (capítulo 4), (iv) e foram propostas áreas prioritárias para a conservação dos insectos polinizadores (capítulo 5). Os insectos polinizadores foram amostrados durante dois anos através de um protocolo de amostragem padronizado em 50 transectos, em cinco tipos de habitat diferentes correspondendo a um gradiente do uso do solo na ilha Terceira (Açores). Os resultados revelam que as comunidades de insectos polinizadores estudadas são constituídas maioritariamente por espécies indígenas (sendo a maioria espécies nativas não endémicas) com prevalência por espécies de abundância intermédia. As comunidades de insectos polinizadores são também muito simplificadas ao longo de todo o gradiente com poucas diferenças entre os habitats, excepto entre a floresta nativa e as pastagens intensivas. Na ausência de fortes competidores exóticos, os insectos polinizadores indígenos expandem e ocupam novos habitats antropogénicos, facilitando assim a expansão de um vasto número de espécies de plantas exóticas. Notavelmente, não só as áreas de vegetação pristina, mas também as áreas agrícolas e de pomares possuem valores elevados de serviços de polinização, apesar de ambos os usos do solo possuírem níveis de perturbação opostos. Quanto às estruturas de rede planta-insecto, estas são basicamente redes pequenas e muito simplificadas, aninhadas e de modularidade não significativa. A natureza generalista e abundância relativa individual dos insectos polinizadores foi considerada como uma das principais causas para a estrutura da rede, o que seria de esperar de uma ilha oceânica recente e pequena. Inclusivé, ao agregar as redes dos habitats numa só matriz, foi verificado que não existe modularidade, sugerindo que as diferenças entre habitats não são suficientes para formar subgrupos interligados, evidenciando assim que a moderna paisagem da ilha Açoreana é uniforme ou homogénea em relação às espécies polinizadoras. Relativamente à valoração económica das comunidades de insectos polinizadores, os insectos contribuem com um total de 36,2% da média anual total do rendimento agrícola das colheitas dependentes dos polinizadores, o que enfatiza a importância dos insectos polinizadores para a produção agrícola. Por fim, a complementar estes resultados, a avaliação dos diferentes usos do solo para a conservação, permitiu verificar que para além das áreas protegidas e bem preservadas de floresta nativa da Terceira, outros usos do solo, como as áreas de vegetação naturalizada, florestas exóticas e pastagens semi-naturais poderão servir como um continuum para a rede de áreas protegidas. Este resultado tem implicações consideráveis para a conservação dos insectos polinizadores da ilha Terceira, implicando a necessidade de uma gestão mais sustentável das práticas humanas nos ecossistemas agrícolas.