DCEA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis
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Dissertação de Mestrado. Nível intermédio de uma dissertação (4 ou 5 anos de estudo). Contempla também dissertações do período pré-Bolonha para graus académicos que agora são reconhecidos como grau de mestre.
(Aceite; Publicado; Actualizado).
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Browsing DCEA - Dissertações de Mestrado / Master Thesis by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Agrárias::Ciência Animal e dos Laticínios"
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- Caracterização reprodutiva da Raça Brava em PortugalPublication . Narciso, Sónia Patrícia Evangelho; Silva, Joaquim Fernando Moreira daO presente trabalho de conclusão do curso de Mestrado em Engenharia Zootécnica, pela Universidade dos Açores e tem como objetivos analisar parâmetros reprodutivos da Raça Brava em três localidades portuguesas (Ribatejo, Alentejo, Açores) e contribuir para o melhoramento da eficiência reprodutiva nas ganadarias. Foram analisados dados de 1556 animais divididos da seguinte forma: 114 fêmeas reprodutoras, no período 2011 a 2016, pertencentes a 7 ganadarias açorianas e 1442 vacas de 10 ganadarias do continente português, das quais 5 eram do Ribatejo e 5 do Alentejo, nos períodos de 2009 a 2011 e de 2013-2016). Nos animais considerados no estudo, foram contabilizadas as vacas que não pariram no final da época reprodutiva, o intervalo médio entre partos, a taxa de fertilidade anual, a distribuição das cobrições e dos partos ao longo do ano, idade média das vacas ao primeiro parto, bem como as taxas de prolificidade e de refugo das reprodutoras. Os resultados demonstraram elevadas percentagens de vacas sem parir (Açores = 44,78 ± 2,79%; Ribatejo= 36,02 ± 2,69%; Alentejo= 34,15 ± 2,60%). O intervalo entre partos registou valores entre os 561,97 ± 42,59 dias (Açores), 505,76 ± 14,26 dias (Ribatejo) e 480,56 ± 7,74 dias (Alentejo). As taxas de fertilidade anuais mostraram-se reduzidas para sistemas de produção sujeitos a monta natural com 65,28 ± 5,66% nos Açores, 73,32 ± 1,80% no Ribatejo e 76,48 ± 1,26% no Alentejo. Nos Açores a maioria das cobrições verificaram-se no mês de julho e agosto, com os partos em abril e maio, enquanto que, no Alentejo as cobrições dão-se em abril e os partos em janeiro. Por outro lado, no Ribatejo não foram observadas épocas fixas de cobrições. Apesar de nos Açores não ter sido possível calcular a idade média das vacas ao primeiro parto no Ribatejo esta foi de 43,06 ± 1,33 meses enquanto que no Alentejo foi de 46,84 ± 0,87 meses. Esta raça apresenta uma prolificidade de 1,02 ± 0,18 (Alentejo) e 1,01 ± 0,15 (Ribatejo). O refugo das reprodutoras no Alentejo foi cerca de 4,65±2,77% e 5,30±1,41% no Ribatejo, não sendo possível calcular estes parâmetros para os Açores A eficiência reprodutiva mostrou-se, de uma forma geral, reduzida, podendo ser apresentadas diferentes possibilidades como justificação, nomeadamente o maneio em geral destes animais, as condições edafoclimáticas dos locais onde estes animais se encontram em pastoreio, a falta um controlo reprodutivo, entre outros. Para os Açores, além destas condicionantes, a falta de um programa efetivo de registo dos eventos reprodutivos destes animais, não se observam no terreno sistemas de suplementação alimentar dos animais, ou programas de reprodução adequados às diferentes ganadarias.
- Efeito do antioxidante Alfa-Tocoferol na taxa de maturação de ovócitos bovinosPublication . Valadão, Lóide Isabel Simões Soares; Silva, Joaquim Fernando Moreira daA produção in vitro de embriões é uma técnica com fins experimentais que é também utilizada como ferramenta de campo, para o melhoramento reprodutivo e genético das explorações. O presente trabalho foi delineado para avaliar o efeito do antioxidante Alfa-Tocoferol na taxa de maturação de ovócitos bovinos. Para tal, foram recolhidos no Matadouro do IAMA da Ilha Terceira, um total de 194 ovários transportados para o laboratório em solução salina, sendo processados no máximo 2 horas após o abate. Foram feitas no total 12 manipulações. Os folículos de 2 a 8mm de diâmetro, foram puncionados tendo sido conseguidos um total de 779 complexos de cumulus – ovocitários (COCs) considerados de qualidade 1 e 2 de acordo com o seu aspeto morfológico. Estes COCs foram divididos em 4 grupos, tendo sido cultivados em meio de maturação suplementado com diferentes concentrações (0; 0,5; 1 e 2mM) de Alfa-Tocoferol durante 24h a 38,5°C, com 5% de CO₂ no ar e saturada de humidade. Após este período, os COCs foram transferidos para tubos cónicos de 15mL devidamente identificados que continham 2-3mL de meio de lavagem. Posteriormente, as células do cumulus foram removidas, os ovócitos foram corados com aceto-orceína e observados ao microscópio de contraste de fase, procedendo-se à avaliação das diferentes fases nucleares nas diferentes concentrações de α-Tocoferol. Os resultados da maturação in vitro foram expressos em percentagem. O antioxidante α-Tocoferol numa concentração de 0,5mM fez aumentar significativamente (P<0.05) a taxa de maturação, relativamente ao grupo de controlo, tendo os resultados sido, respetivamente de 60,87 vs 68,00. Para as outras duas concentrações, não foram observadas diferenças significativas quando comparados com os resultados obtidos no grupo de controlo, tendo a taxa de maturação sido respetivamente de 64,29 e de 60,61, respetivamente para as concentrações de 1 e 2mM de α-Tocoferol. Este estudo sugere-nos que adição do antioxidante α-Tocoferol na concentração de 0,5mM aumenta a Taxa de Maturação dos ovócitos da espécie bovina. Futuramente, seria importante complementar este estudo com a realização de trabalhos sobre o efeito deste antioxidante sobre a taxa de produção in vitro de embriões, bem como a suplementação da alimentação das fêmeas bovinas com Vitamina E.
- Effect of cortisol on bovine oocytes maturation and further embryonic development after in vitro fertilizationPublication . Mahdy, Aya Khaled Hassan; Silva, Joaquim Fernando Moreira daA maturação meiótica dos ovócitos e o posterior desenvolvimento embrionário após a fertilização são importantes requisitos fisiológicos para a sobrevivência das espécies. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da hormona relacionada com o stress, cortisol, na maturação nuclear e desenvolvimento embrionário de oócitos bovinos após fecundação in vitro. Esta hormona (C₂₁H₃₀O₅) é um corticosteroide da família de esteroides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal libertada quando um organismo está sob stress. Vários estudos demonstraram que o cortisol desempenha um papel vital inibindo as quinases extracelulares reguladas por sinal, necessárias para a progressão da prófase meiótica, essenciais para o início de eventos iniciais de maturação do ovócito de maturação meiótica (retomada da meiose), ovulação e posterior desenvolvimento embrionário. No presente estudo, para avaliar o efeito do cortisol na maturação dos ovócitos bovinos e desenvolvimento embrionário, foram recolhidos um total de 1439 óculos de vacas e novilhas púberes, abatidas em matadouros e maturados in vitro durante 24 horas com diferentes concentrações de cortisol (0 (controlo); 50 μM; 150 μM; 250 μM). Posteriormente, 412 oócitos foram desnudados, corados com aceto-orceína, sendo avaliado o desenvolvimento meiótico. Os outros 1027 foram submetidos à fecundação in vitro (FIV) e cultivados durante 9 dias, sendo avaliados nos dias 2, 6 e 9, para clivagem, mórula e blastocisto, respetivamente. No controlo, 85% dos oócitos atingiram a metáfase II, diminuindo para 49, 32 e 15% para a concentração do cortisol (50, 150 e 250 μM, respetivamente). Para os embriões obtidos a partir dos oócitos submetidos à FIV, no grupo controlo, 28,3 ± 4,8% atingiram o estágio do blastocisto, enquanto que para as concentrações de cortisol esse valor diminuiu para 22,1 ± 5,4%, 15,4 ± 6,0% e 6,5 ± 2,1 % para 50, 150 e 250 μM de cortisol, respetivamente). Os resultados do presente estudo demonstraram claramente que o stress do animal e particularmente altas concentrações de cortisol prejudicam a maturação nuclear bovina, bem como o desenvolvimento embrionário posterior após a FIV.
- Valorização do mel dos Açores : caraterização físico-química, polínica e atividade antimicrobianaPublication . Tomé, Nuno Miguel Aguiar; Souto, Luís Filipe Martins Amaro Ramada; Dapkevicius, Maria de Lurdes Nunes Enes; Lopes, Marina Filipa Paixão DomingosA produção apícola tem vindo a aumentar nos Açores ao longo dos últimos anos, quer em quantidade, quer em qualidade. Apesar disso, a Região não é ainda autossuficiente no que toca a este produto. Dadas as especificidades edafoclimáticas e florísticas da Região, o mel dos Açores é considerado único, fato este que foi reconhecido ao ser-lhe atribuído estatuto de Denominação de Origem Protegida em 1993. Nessa altura, foi preparado o respetivo Caderno de Encargos, que não contém, contudo, as características físico-químicas e polínicas a que o Mel dos Açores deverá obedecer, dificultando o desenvolvimento dos processos de certificação das origens geográfica e floral. Nalgumas regiões do mundo com tradição de produção de mel, possuidoras de flora específica, como sucede com os Açores, têm promovido e valorizado os seus produtos apícolas com base no seu potencial para o combate a infeções bacterianas. Foram objetivos deste trabalho caracterizar uma amostra representativa dos méis dos Açores quanto às suas propriedades físico-químicas (teor de água, matérias insolúveis, condutividade elétrica, acidez livre, pH, teor em açúcares, índice diastásico e teor em hidroximetilfurfural), perfil polínico e atividade antimicrobiana contra oito bactérias patogénicas (Escherichia coli ATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, Listeria monocytogenes ATCC 7466, Clostridium perfringens ATCC 8357, Streptococcus pyogenes, Proteus spp., Staphylococcus aureus ATCC 29523 e S. aureus ATCC 9144). Utilizaram-se 39 amostras de mel provenientes de 8 das 9 ilhas dos Açores. Os métodos de análise empregues foram os métodos padrão. Do ponto de vista das análises físico-químicas, todas as amostras analisadas cumpriram o previsto na legislação, exceto no que toca ao índice diastásico, o que pode dever-se à sua origem floral ou às especificidades da produção, uma vez que os restantes fatores não indiciam adulteração. Como elemento da certificação de origem geográfica, o perfil polínico dos méis produzidos nos Açores deve apresentar a presença dos seguintes tipos polínicos: Pittosporum undulatum, Trifolium repens e Morella faya. Quer pelo seu espetro de inibição quer pela sua potência, alguns méis têm elevado potencial como agentes terapêuticos contra infeções superficiais. O patógeno mais frequentemente inibido foi o S. pyogenes, enquanto que o menor número de inibições se verificou no S. aureus ATCC 29523.