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- Abordagens à escrita e desenvolvimento comunicacional na infânciaPublication . Gonçalves, Ana Margarida Rodrigues; Leal, Susana da Conceição Miranda Silva MiraO presente relatório pretende expor as práticas pedagógicas por nós desenvolvidas em contexto de Estágio a nível da Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, analisando o desenvolvimento de competências comunicacionais das crianças aquando da realização de atividades de abordagem à escrita nas diferentes áreas curriculares. Na realização deste relatório, recuperamos as perspetivas de diversos autores sobre a abordagem à escrita na infância, antes de darmos conta das nossas práticas didáticas neste domínio, bem como da nossa reflexão e investigação sobre essas práticas, numa abordagem qualitativa. No estágio em Educação Pré-escolar, as atividades desenvolvidas incidiram mais frequentemente na área de Expressão e Comunicação, incluindo todos os domínios e subdomínios que a integram, mas tendo uma especial atenção às atividades promovidas no domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita; nesta, a principal metodologia utilizada foi a de exploração de várias tipologias textuais, como o texto narrativo e expositivo, visando o desenvolvimento de competências comunicacionais e a exploração de diferentes estratégias de familiarização com a linguagem escrita na Educação Pré-Escolar. Em contexto de 1.º Ciclo, as atividades promotoras da escrita e da leitura, envolvendo o texto narrativo, dramático e expositivo, tiveram maior destaque relativamente ao desenvolvimento das competências comunicacionais escritas e orais, visando dinamizar a produção de textos com intencionalidades comunicativas diversas. Ambas as vertentes de estágio pretendiam promover práticas de escrita criativa e colaborativa com as crianças. Através da análise das atividades e dos resultados obtidos, concluímos que as estratégias adotadas pelos educadores influenciam a forma como as crianças encaram a escrita, e que é necessário promover a sua abordagem desde cedo, de modo a potenciar o desenvolvimento de boas capacidades comunicacionais na infância, sejam elas escritas ou orais, pois estas serão essenciais para o futuro.
- Effect of cortisol on bovine oocytes maturation and further embryonic development after in vitro fertilizationPublication . Mahdy, Aya Khaled Hassan; Silva, Joaquim Fernando Moreira daA maturação meiótica dos ovócitos e o posterior desenvolvimento embrionário após a fertilização são importantes requisitos fisiológicos para a sobrevivência das espécies. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da hormona relacionada com o stress, cortisol, na maturação nuclear e desenvolvimento embrionário de oócitos bovinos após fecundação in vitro. Esta hormona (C₂₁H₃₀O₅) é um corticosteroide da família de esteroides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal libertada quando um organismo está sob stress. Vários estudos demonstraram que o cortisol desempenha um papel vital inibindo as quinases extracelulares reguladas por sinal, necessárias para a progressão da prófase meiótica, essenciais para o início de eventos iniciais de maturação do ovócito de maturação meiótica (retomada da meiose), ovulação e posterior desenvolvimento embrionário. No presente estudo, para avaliar o efeito do cortisol na maturação dos ovócitos bovinos e desenvolvimento embrionário, foram recolhidos um total de 1439 óculos de vacas e novilhas púberes, abatidas em matadouros e maturados in vitro durante 24 horas com diferentes concentrações de cortisol (0 (controlo); 50 μM; 150 μM; 250 μM). Posteriormente, 412 oócitos foram desnudados, corados com aceto-orceína, sendo avaliado o desenvolvimento meiótico. Os outros 1027 foram submetidos à fecundação in vitro (FIV) e cultivados durante 9 dias, sendo avaliados nos dias 2, 6 e 9, para clivagem, mórula e blastocisto, respetivamente. No controlo, 85% dos oócitos atingiram a metáfase II, diminuindo para 49, 32 e 15% para a concentração do cortisol (50, 150 e 250 μM, respetivamente). Para os embriões obtidos a partir dos oócitos submetidos à FIV, no grupo controlo, 28,3 ± 4,8% atingiram o estágio do blastocisto, enquanto que para as concentrações de cortisol esse valor diminuiu para 22,1 ± 5,4%, 15,4 ± 6,0% e 6,5 ± 2,1 % para 50, 150 e 250 μM de cortisol, respetivamente). Os resultados do presente estudo demonstraram claramente que o stress do animal e particularmente altas concentrações de cortisol prejudicam a maturação nuclear bovina, bem como o desenvolvimento embrionário posterior após a FIV.
- Study of the arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) associated to the Azorean endemic woody plant Picconia azorica (Tutin) Knobl. and their potential application on sustainable restoration programsPublication . Luna, Sara Patrícia Bettencourt; Mendonça, Duarte Manuel da SilvaOs fungos micorrízicos arbusculares (FMA), simbiontes obrigatórios pertencentes ao filo Glomeromicota, formam relações mutualistas com cerca de 90% das espécies de plantas terrestres. Estes fungos fornecem água e minerais à planta e em troca a planta fornece produtos da fotossíntese. As comunidades de FMA presentes na rizosfera da planta endémica Picconia azorica, de duas ilhas do arquipélago dos Açores, foram estudadas com recurso a métodos morfológicos e moleculares. Os esporos de FMA isolados do solo foram morfologicamente classificados em 46 morfotipos. A caraterização molecular dos esporos foi efetuada por sequenciação de um fragmento de rADN com cerca de 1,5 kb (SSU-ITS-LSU) e resultou na obtenção de 125 sequências. Após análise filogenética estas sequências foram alocadas a 18 filotipos, as quais mostraram pertencer às famílias Acaulosporaceae, Archaeosporaceae, Claroideoglomeraceae, Gigasporaceae e Glomeraceae. Oito destas sequências não agruparam com nenhuma sequência previamente conhecida, o que sugere que correspondem a espécies que ainda não foram molecularmente identificadas ou que constituem novas espécies para a ciência. A análise da ecologia revelou que existem diferenças na comunidade de FMA entre as ilhas Terceira e São Miguel. A comunidade de FMA no solo da ilha Terceira é dominada por elementos das famílias Acaulosporaceae e Glomeraceae, enquanto, que em São Miguel é dominada pelas famílias Glomeraceae e Gigasporaceae. A análise microscópica das raízes de P. azorica revelou que as amostras se encontravam altamente colonizadas (89 – 99%) pelas diferentes estruturas do fungo (hifas, arbúsculos e vesículas), permitindo assim considerar a planta como sendo micotrófica e altamente dependente de FMA. A identificação dos fungos presentes nas raízes de P. azorica foi efetuada com base no fragmento de 1.5 kb do rADN e com recuso ao método de restrição terminal de fragmentos polimórficos (T-RFLP) conhecidos, no programa TRAMPR. A análise identificou 22 filotipos pertencentes às famílias Acaulosporaceae, Claroideoglomeraceae, Diversisporaceae, Gigasporaceae e Glomeraceae. Verificou-se que a espécie Acaulospora brasiliensis estava presente nas raízes de todas as plantas analisadas e que a família Glomeraceae foi a família mais representada com a identificação de 13 filotipos. Esta análise revelou ainda que em ambas as ilhas na colonização das raízes dominavam espécies da família Glomeraceae, sendo que nas raízes da ilha Terceira a presença de Acaulosporaceae foi mais frequente, enquanto, que nenhum membro da família Claroideoglomeraceae foi identificado em amostras de raízes de São Miguel. Os resultados destes estudos sugerem que as comunidades de FMA nas florestas nativas dos Açores são determinadas por fatores históricos e geográficos, bem como pelas propriedades químicas do solo e pelas condições ambientais. Para o estudo da capacidade de colonização de plantas micropropagadas pelas espécies Acaulospora laevis e Acaulospora koskei foram isolados e sequenciados segmentos de quatro genes de P. azorica homólogos a outros previamente relacionados à simbiose e foi analisada a expressão destes genes por qRT-PCR durante os estágios iniciais da simbiose com FMA. Nestes ensaios a indução da expressão por Ac. laevis revelou ser superior à obtida com Ac. koskei. A influência do FMA Funneliformis mosseae sobre o desenvolvimento de plantas de P. azorica micropropagadas foi estudada. Ao fim de 8 meses de tratamento as plantas inoculadas com o FMA revelaram-se maiores e mais robustas que as plantas não inoculadas. Esta é a primeira vez em que se estuda a condição de FMA presentes na rizosfera de P. azorica nas florestas nativas Açorianas. A P. azorica demonstrou elevada dependência pelos FMA o que revela sintonia com o facto de estes FMA terem revelado potencial para serem aplicados como promotores do sucesso na utilização de plantas micropropagadas em programas de conservação e restauração de florestas nativas no arquipélago dos Açores.