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- Determination of the chemical composition and in vitro activity of Laurus azorica against aging-related diseasesPublication . Lucas, Maria Francisca Fortuna Soares Albergaria; Seca, Ana Maria Loureiro da; Barreto, Maria do CarmoO processo de envelhecimento é caracterizado pelo declínio progressivo das funções fisiológicas, marcado por uma diminuição da capacidade do organismo para combater o stress oxidativo e os danos celulares. Esta vulnerabilidade aumenta o risco de desenvolver distúrbios metabólicos, incluindo diabetes mellitus e dislipidemia, e o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. A maioria das soluções farmacêuticas disponíveis para estas doenças tem como princípio ativo compostos encontrados na natureza, frequentemente produzidos por plantas. Laurus azorica, uma planta endémica do arquipélago dos Açores, está pouco caracterizada no que diz respeito ao seu potencial antienvelhecimento. Neste trabalho, foi realizado um estudo fitoquímico e do potencial antienvelhecimento dos extratos de L. azorica. Extratos de acetona, acetato de etilo e etanol das folhas desta planta, preparados por extração assistida por ultrassons utilizando diferentes tempos de extração, foram fracionados e analisados por técnicas espectroscópicas. Foram isoladas três lactonas sesquiterpénicas, costunolide, reinosina e 1β-hidroxi-arbusculina A, e as suas estruturas químicas foram elucidadas, sendo a última isolada pela primeira vez nesta espécie. No que diz respeito ao efeito antioxidante, os extratos etanólicos apresentaram o maior potencial antioxidante nos ensaios ABTS e DPPH, com valores de IC50 comparáveis ao controlo positivo (Trolox) para o ensaio ABTS. Quanto ao ensaio do radical superóxido, apenas o extrato etanólico (2-LA_3) do tempo de extração mais curto apresentou uma atividade antioxidante significativa (IC50 = 42,61 ± 2,06 μg/mL), cerca do dobro do valor IC50 do controlo positivo, ácido gálico (IC50 = 24,22 ± 1,98 μg/mL). Em geral, os resultados indicaram um aumento da atividade antioxidante com o emprego de um método de extração de tempo mais curto. O potencial antidiabético e antidislipidémico foi testado por ensaios de inibição da α-amilase, α-glicosidase e lipase, mas nenhuma das amostras testadas mostrou atividade à concentração máxima testada (250 μg/mL). Relativamente à atividade anticolinesterásica, foi avaliada a inibição da AChE e da BuChE. Dos extratos, apesar de não apresentarem a melhor atividade anticolinesterásica, apenas os extratos etanólicos foram inibidores duplos. O costunolide demonstrou o maior potencial neuroprotetor de todas as amostras testadas, não só por ser um inibidor duplo, mas também por apresentar o IC50 mais baixo para o ensaio da BuChE (IC50 = 25,38 ± 1,80 μg/mL), comparável ao padrão donepezil (IC50 = 17,77 ± 0,77 μg/mL). Esta investigação mostra resultados encorajadores para a utilização terapêutica de L.azorica.
