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- Portugal e a CEE: As Causas e as Consequências da Sua AdesãoPublication . Carreiro, Donaldo da Costa; Rocha, Miguel de Oliveira EstanqueiroA 25 de abril de 1974, dava-se fim ao Estado Novo, um regime autoritário de inspiração fascista que vigorava desde 1933. No entanto, o processo de transição não foi pacífico, tendo havido um forte risco de Portugal cair no raio de influência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). No entanto, nas duas primeiras eleições legislativas, tornou-se claro que o trajeto a ser definido seria um regime de cariz liberal e próximo a países como a França, a República Federal Alemã (RFA) e o Reino Unido. Pela mesma altura, Espanha também tinha saído do regime franquista e as intenções da Comunidade Económica Europeia (CEE) era que ambos os países ibéricos se tornassem membros da referida organização internacional ao mesmo tempo. Aos poucos, foi consagrado o interesse de aderir ao projeto europeu, tendo este sido demorado por conta das condições económicas do país e não seria até 1985 que Portugal viria a tornar-se Estado-membro. Com o passar dos anos, a qualidade de vida e os níveis económicos e sociais de Portugal, assim como das Regiões Autónomas, foram melhorando graças à adoção das políticas comunitárias, tais como a Política Agrícola Comum (PAC), a livre circulação de bens e pessoas entre os estados-membros, a moeda única e políticas sociais e ambientais, com o apogeu deste processo de integração sendo a assinatura do Tratado de Lisboa em 2009. No entanto, as desigualdades sociais, as crises migratórias, o crescente envelhecimento da população e a má gestão dos fundos comunitários são desafios que têm vindo a contribuir para um crescente euroceticismo, o que poderá constituir um entrave no futuro.