Browsing by Author "Santos, Maria de Lurdes Machado"
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- A formação dos educadores de infância na área das ciênciasPublication . Santos, Maria de Lurdes Machado; Lima, Jorge Manuel Ávila; Gomes, Carlos JoãoNa Educação Pré-Escolar, muitas vezes, a necessidade que as crianças sentem de encontrar explicações para tudo o que as rodeia encontra-se diretamente associada à Área de Conhecimento do Mundo. Através de um estudo empírico, procurámos caracterizar a formação inicial dos educadores de infância na área das ciências, analisar as suas representações e práticas educativas no que concerne a atividades de índole científica e perceber que estratégias de formação e de supervisão poderão ser utilizadas para abordar esta área de forma mais consistente neste nível educativo. O estudo empírico, que envolveu um inquérito por questionário e entrevistas, foi realizado na rede de Educação Pré-Escolar do Concelho de Ponta Delgada. Os resultados mostram que a maioria das educadoras tem como agrupamento de origem as Humanidades, tendo tido o 9.º ano como o último ano de frequência de disciplinas de ciências físico-químicas e naturais. As inquiridas consideraram insuficiente a sua formação nesta área. Reconheceram a importância e as potencialidades da realização de atividades de ciências com as crianças, mas mais de metade afirmou realizar estas atividades apenas uma vez por semana. Quase todas as educadoras admitiram a necessidade de melhorar as suas práticas neste âmbito. Estes resultados são discutidos à luz de mudanças necessárias ao nível da formação inicial e contínua de educadores nesta área, assim como de possíveis ajustamentos nas práticas e estratégias de supervisão utilizadas com estas profissionais.
- A formação dos educadores de infância na área das ciências: implicações para a supervisãoPublication . Santos, Maria de Lurdes Machado; Lima, Jorge Manuel Ávila de; Gomes, CarlosPela definição da Educação Pré-Escolar "enquanto primeira etapa da educação básica, estrutura de suporte de uma educação que se desenvolve ao longo da vida" (Orientações Curriculares, 1997, p. 11), percebe-se a importância deste nível de ensino no quotidiano das crianças e na sociedade atual. A Educação Pré-Escolar, caracterizada por um regime de monodocência, exige que os educadores de infância dominem várias áreas de saberes, de forma a dar resposta à necessidade que as crianças sentem de encontrar explicações para tudo o que as rodeia. Na maior parte das vezes, esta curiosidade encontra-se diretamente associada à área do Conhecimento do Mundo, preconizada nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar como uma "sensibilização às Ciências" (Orientações Curriculares, 1997, p. 80). Foi com o intuito de tentar perceber como é abordada esta área na Educação Pré-Escolar, como se caracteriza a formação dos educadores de infância nesta área e como é supervisionada pelos supervisores cooperantes a área do Conhecimento do Mundo, que surgiu o interesse pela realização desta investigação. A metodologia adotada carateriza-se por uma abordagem mista, de forma a enriquecer e tornar mais completa a investigação. Numa primeira fase, foram distribuídos cento e vinte e seis questionários aos educadores de infância que se encontravam a lecionar na rede de Educação Pré-Escolar do concelho de Ponta Delgada, dos quais se recolheram cento e um. Posteriormente, foram realizadas cinco entrevistas semi-directivas. Através do questionário, foi possível aferir as principais caraterísticas da formação não-superior, superior e contínua dos educadores de infância; quais as suas representações sobre educação em ciências; as principais caraterísticas das suas práticas educativas e, finalmente, a sua opinião sobre a supervisão em ciências. As entrevistas permitiram aprofundar um pouco mais alguns aspetos que tinham sido abordados no questionário, sobretudo a parte referente à supervisão em ciências. As principais conclusões deste estudo revelam-nos que, apesar de a área do Conhecimento do Mundo ter extrema importância para o desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar, e de esta importância ser reconhecida pelos educadores de infância, acaba por ser um pouco negligenciada pelos mesmos. Tal deve-se, em parte, segundo a nossa investigação, ao fato de muitos dos educadores de infância terem, como último ano de frequência de uma disciplina de ciências físico-químicas e naturais, o 9º ano. Deve-se, igualmente, às caraterísticas da formação superior dos educadores de infância, assente sobretudo em aulas teóricas, e à escassez de ações de formações contínua na área do Conhecimento do Mundo. Esta investigação remete-nos ainda para a visão tradicionalista que muito educadores de infância têm sobre a ciência e a forma como esta se trabalha, associando-se muitas vezes ciências a experiências. Quanto às conclusões referentes ao papel do supervisor cooperante enquanto orientador de estágio, verifica-se alguma insegurança da parte destes quando têm que supervisionar atividades relacionadas com a área do Conhecimento do Mundo. Essencialmente, porque eles próprios reconhecem nem sempre se sentem muito à vontade para realizar determinadas atividades neste âmbito, tendo estas de ser muito bem planificadas e estruturadas, o que revela sentimentos de insegurança da sua parte. Por último, esta dissertação termina referindo as limitações encontradas no decurso do estudo, bem como apresentando sugestões para futuras investigações.